Por muitas justificações que Paulo Pedroso invoque, 46.000 euros é muito dinheiro. Apesar de a decisão ter sido justificada com o “preço mais baixo”, a opção por uma empresa ligada a um ex-governante do PS é favorecimento político com impacto nos negócios com o Estado. Em 13 de Julho PP afirmava o seguinte: "A Iniciativa Liberal, na moção de Mariana Leitão, é um partido conservador liberal, encostado à direita, mas totalmente despido de consciência social. O elogio rasgado a Milei, sintetiza-o."
Coerência? Nenhuma! Não sei como quebrar este imbróglio, mas revolta-me.
Cai por terra o que aqui escreve: "Aos liberais que acreditam que a solução para as relações de trabalho é o regresso ao paradigma da igualdade entre as partes não podemos deixar de recordar que essa foi a base do desastre do capitalismo liberal da segunda metade do século XIX, com as insanáveis contradições da “questão social”, o empobrecimento generalizado dos trabalhadores numa sociedade que gerava cada vez mais riqueza. Esse foi o quadro social que gerou as reações críticas de setores tão dispares quanto os movimentos socialistas de vários matizes e a doutrina social da igreja."
Claro que é um pagamento abusivo. O orçamento de Estado para a Ciência, para a Educação e para a Saúde são miseráveis. O da Cultura e Ambiente (quase a zeros)!!! E agora que seja uma equipa que vai trabalhar por 2 meses e 3 semana pedir 46.000 euros é revoltante! Onde está a "consciência social" que ele escreve no artigo da Revista "Solidariedade"? E mais, o referido contrato foi assinado um dia após a data da nova lei do Código dos Contratos Públicos (CCP) - Decreto‑Lei n.º 112/2025, de 23 de outubro de 2025. Houve claramente um aproveitamento político e abuso.
Nesta nova Lei, os ajustes directos têm a seguinte redacção:
1.Procedimento de consulta prévia simplificada com convite a pelo menos cinco entidades: valor inferior a € 143.000 (quando adjudicante central/Estado) ou € 221.000 (outras entidades)
2. Procedimento de ajuste direto (regime geral): valor igual ou inferior a € 30.00 euros
3. Procedimento de ajuste direto simplificado: valor igual ou inferior a € 15.000
Preparemo-nos: vamos assistir nos próximos meses a situações muito escabrosas. E o nosso erário público e reserva do Banco de Portugal a saque!!!!

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