I can lose for a victory
And if we wanna change our destiny
There’s a way that can set us free
Just by following our enemy
I can lose for a victory
And if we wanna change our history
There’s a way that can set us free
You left me off
Right from the start
You left me off
In exile after my regicide
Go on, arrest me and kill me
I know my guilt is not here
Just by following our enemy
I can live for a victory
And if we wanna change our destiny
There’s a way that can set us free…
Therе’s a way that can set us
There’s a way
You lеft me off
Right from the start
You left me off
In exile after my regicide
Shoot the king to show your better side
Inspirado por Gaetano Bresci, um anarquista que assassinou o Rei de Itália, Humberto I, em 1900 para protestar contra o massacre de manifestantes, Fernando Nuti refere esta figura como ponto de partida: fala do exílio, da violência propositada – "Não matei Humberto. Eu matei o rei. Eu matei um princípio" (frase pronunciada por Bresci imediatamente após o assassinato, em resposta às acusações da multidão) – e da culpa inevitável que este ato deixa para trás.
O termo regicídio, literalmente “assassinato de um rei”, serve de metáfora para a rebelião contra as estruturas de poder ultrapassadas, uma luta que questiona se o fim justifica os meios.
Interpretação Lírica
Os versos:
“Atira ao rei para mostrar o teu melhor lado / Deixaste-me / No exílio após o meu regicídio” combinam temas de vingança, exílio e transformação pessoal. O narrador parece chegar a uma conclusão sobre se o ato violento representa uma verdadeira mudança ou apenas a substituição de uma opressão por outra.
Som e Estilo
Musicalmente, a música mistura guitarras psicadélicas com baixo eletrónico gótico e um ritmo disco nos versos, criando um contraste entre a mensagem violenta e uma atmosfera quase dançante.
Esta dicotomia reforça a ideia do sinistro envolto no sedutor.
Conclusão
“Regicide” é uma reflexão profunda sobre a violência política e moral. Ela questiona:
É legítimo derrubar o poder quando este oprime?
Existe o risco de nos tornarmos naquilo que foi criticado?
O que é sacrificado — a solidão, o exílio, a culpa — em nome da mudança?
A ambiguidade lírica permite múltiplas interpretações, e é esse o propósito: não fornecer respostas fáceis, mas provocar reflexão.
Sem comentários:
Enviar um comentário