quinta-feira, 24 de julho de 2025

Maravilha. Quando um patrão já não precisa do trabalhador, basta dizer: “Fica em casa, estás de férias... extra.” Sem salário, claro.


Aliás, já existe a possibilidade de, em conjunto com a empresa, o trabalhador tirar dias — mas agora esses dias têm preço. Basicamente, trata-se de mercantilizar as férias.
As férias tornaram-se um produto. No futuro, quem quiser férias terá de pagar. É sempre assim: cada vez mais à direita, cada vez pior e sempre um pouco de cada vez, para ninguém dar por isso.
Um mimo do “empreendedorismo moderno”. 
E depois há quem vote na direita porque tem medo de imigrantes.
Pois bem, agora trabalham para os donos dos Ferraris. Estão a colher o que semearam.
E não me venham os bonecos dos bilionários comentar que “o trabalhador tem de dar permissão para isso”.
Qual permissão, qual quê? Todos sabemos como funciona: o patrão diz “ou assinas ou faço da tua vida um inferno”.
Liberdade? Só se for para os de cima.
E nem falei da precariedade gourmet: trabalhas 12 meses, mas a empresa só te quer durante 10.
Vais para o desemprego e, depois, contratam-te por outsourcing durante os mesmos 10 meses. E nos outros dois? Passas fome.
A mesma direita que, cinicamente, fala de família e crianças é a que as destrói através da precariedade e da exploração.
Mas pronto, a culpa é sempre do imigrante — nunca do dono do Ferrari que compra o CHEGA ao quilo e mete avenças em políticos.

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