quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Historian Timothy Snyder on the future of American Democracy & the Rule of Law


O historiador Timothy Snyder e autor dos livros "Sobre a Tirania" e "Sobre a Liberdade" é um dos principais especialistas em fascismo e na ameaça que os autoritários representam para o futuro da democracia americana e do Estado de Direito. Neste vídeo, discute o futuro da democracia americana e a ascensão alarmante do autoritarismo

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Legado de James Harrisson


James Harrison, foi um doador de sangue australiano cuja contribuição salvou mais de 2 milhões de bebés. Ele faleceu aos 88 anos em 17 de fevereiro de 2025, enquanto dormia em uma casa de repouso em Umina Beach, Nova Gales do Sul, Austrália. 
Aos 14 anos, Harrison passou por uma cirurgia torácica que exigiu múltiplas transfusões de sangue. Grato por ter sobrevivido, ele prometeu começar a doar sangue ao atingir a maioridade. 
Aos 18 anos, iniciou suas doações e, pouco depois, os médicos descobriram que seu sangue continha um anticorpo raro, o Anti-D. Este anticorpo é essencial para prevenir a doença hemolítica do recém-nascido (DHRN), uma condição grave que pode ser fatal para os bebés. Durante seis décadas, Harrison doou sangue mais de 1.100 vezes, ajudando a desenvolver uma injeção que combate a DHRN. Sua dedicação permitiu que milhões de mães e bebés recebessem tratamento adequado, salvando aproximadamente 2,4 milhões de vidas.
Em reconhecimento ao seu altruísmo, Harrison recebeu a Medalha da Ordem da Austrália em 1999. Ele continuou a doar sangue regularmente até os 81 anos, quando atingiu o limite de idade para doações no país. Sua filha, Tracey Mellowship, expressou orgulho pela jornada do pai e pelo impacto positivo que ele teve na vida de tantas famílias. 
James Harrison será lembrado como um herói cuja generosidade e compromisso salvaram milhões de vidas.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Emissões poluentes dos jatos privados portugueses equivalem às de 141 mil pessoas



A campanha ATERRA divulgou esta segunda-feira que o número de jatos privados registados em Portugal aumentou de 145, em 2023, para 153 em 2024. As emissões destes jatos aumentaram de 277 mil toneladas de CO2 em 2023 para 283 mil toneladas em 2024, valores que correspondem às emissões anuais de 141 mil portugueses.

Os números estão incluídos na atualização dos dados de emissões de jatos privados em Private Aircrafts, operado pelo investigador Jorge Leitão, co-autor do estudo “Private aviation is making a growing contribution to climate change”, publicado em 2024 na prestigiada Nature Communications, Earth & Environment.

Portugal está na lista dos dez países com maiores emissões por jatos privados, muito graças à sede portuguesa da maior empresa de jatos privados do mundo, a NetJets Europe, que detém a maioria da frota portuguesa. Acima de Portugal no número de emissões de jatos privados estão os Estados Unidos, Canadá, Malta, Alemanha, Reino Unido, México e Brasil.

Para a ATERRA, que reúne mais de vinte organizações portuguesas que defendem o decrescimento da aviação e uma mobilidade justa e ecológica, “os jatos privados constituem o exemplo mais escandaloso de um setor cujas emissões não param de crescer, e qualquer compromisso climático credível implica o fim dos projetos de expansão de infraestrutura aeroportuária e uma redução drástica do tráfego aéreo permitido em Portugal”. E defende medidas “simples e sensatas” para travar estas emissões, como o fim da isenção de impostos sobre os bilhetes e o combustível dos aviões, ou a implementação de uma taxa sobre voos frequentes.

Este movimento questiona “se podemos aceitar que uns poucos multimilionários, apenas para manter hábitos de viagem supérfluos, luxuosos e ultra poluentes, possam ter um impacto tão devastador para o nosso clima como dezenas de milhares de pessoas”.