segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Em protesto contra a eventual transformação da Casa Garret em mais um hotel


O historiador Hélder Pacheco diz o seguinte “com a perda da casa Garrett, perde o Porto a oportunidade de nela criar um lugar de divulgação, consagração e celebração da vida e da obra de Garrett, o maior vulto portuense e, provavelmente, da cultura portuguesa”.
Se estás de acordo, assina e divulga a petição

domingo, 22 de dezembro de 2024

Sabedoria indígena dos EUA


"Se falar com os animais, eles falarão consigo e conhecer-se-ão. Se não falar com eles, não os conhecerá, e o que não sabe, temerá. O que se teme, destrói-se." ~ Chefe Dan George, Tsleil-Waututh Nation

"If you talk to the animals, they will talk with you and you will know each other. If you do not talk to them, you will not know them, and what you do not know, you will fear. What one fears, one destroys.”
~ Chief Dan George, Tsleil-Waututh Nation

sábado, 21 de dezembro de 2024

Os polinizadores! Sabe quais são?!


Tem a certeza?!
É melhor ver o vídeo.
Neste vídeo só são mencionados os polinizadores insectos.
Tenha em atenção que cerca de 70% dos polinizadores insectos fazem o seu ninho no solo. Assim sendo, envie esta informação aos autarcas que pulverizam as autarquias com herbicidas.

Saber mais e outros vídeos aqui deste projecto da Quercus em 2021 





sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Parque das Serras do Porto – um olhar independente


Um trabalho independente sobre o estado atual da área verde mais importante do Grande Porto. E que na minha opinião não está a ser devidamente acautelada. Este documentário de cerca de 12 minutos, feito em 2013, contou com os depoimentos de Jorge Gomes, José Pereira, Vitor Parati, Serafim Riem e Filipa Almeida.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

As ilhas do Porto


As ilhas do Porto eram um tipo de habitação operária muito diferente do de outras cidades industriais, como Lisboa, onde existem os pátios, ou as cidades industriais europeias. Surgiram inicialmente na zona oriental da cidade, mas rapidamente se estenderam ao centro e aos concelhos limítrofes.
Para o aparecimento das ilhas acredita-se que tenha contribuído a grande influência inglesa na cidade. O esquema das ilhas é frequentemente associado às primeiras back-to-back houses em Leeds, quer em termos de morfologia, de promotores e em termos de intuito de construção.
A origem das ilhas é desconhecida sendo certo que no século XVIII já eram relatadas casas a que se chamava de ilhas.
Em inquirições de D. Afonso IV (1291-1357) fazem-se referência também a conjuntos de habitações com apenas uma saída para a rua.
Foi, no entanto, no final do século XIX, com o desenvolvimento industrial da cidade, e com a chegada de muitos migrantes das terras do norte do país, que este tipo de habitação se massificou.
Somente na freguesia de Campanhã houve 243 " ilhas". Ainda restam cerca de oito mil casas dos antigos bairros operários portuenses embora apenas pouco mais da metade ainda sejam habitadas.
Fontes: Viva! Porto, Domus Social, Cargo, Wikipédia.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Direito ao sono - Pelo fim dos voos nocturnos no Aeroporto Humberto Delgado

Para: Presidente da Assembleia da República Portuguesa, Governo de Portugal

1 - O Aeroporto de Lisboa é o único grande aeroporto internacional que ainda funciona dentro de uma capital europeia. Este aeroporto fustiga mais de 200.000 cidadãos de Lisboa com um número de aviões sem precedentes a passar a baixa altitude: são em média voos a cada 2,5 minutos, mais de 200.000 voos por ano, mais de 600 voos por dia, mais de 20.000 voos por ano no período das 23:00 às 07:00.

2 - Os outros aeroportos europeus com um potencial de afectação da população semelhante ou inferior encerram todos à noite (salvo excepções e emergências).

3 - Não é o caso de Lisboa, onde são permitidos 26 voos por noite e 91 por semana entre as 0:00 e as 06:00, os quais são muitas vezes superados.

4 - Os cidadãos de Lisboa estão exaustos de conviver com esta situação, com impactos negativos no seu descanso e na sua saúde. É um brutal impacto no que há de mais básico nas suas vidas, sendo impreterível e inadiável terminar este flagelo.

5 - Por todas estas razões, a Plataforma Cívica «Aeroporto Fora, Lisboa Melhora» e os signatários desta petição vêm por este meio exigir o fim definitivo dos voos nocturnos.

domingo, 15 de dezembro de 2024

Tire as mãos da terra do Tibete


Os projectos de desenvolvimento em grande escala da China no Tibete, incluindo barragens, auto-estradas e operações mineiras, ameaçam o ambiente, o património cultural da região e a vida do povo tibetano. Estes projectos servem os interesses estratégicos da China no controlo dos recursos e nas reivindicações territoriais, mas têm efeitos devastadores no ecossistema do Tibete, nos locais culturais antigos e nos direitos dos seus habitantes.

Entretanto, o Ocidente estabeleceu uma parceria com a China para benefício económico mútuo, ignorando ao mesmo tempo a ocupação do Tibete, a exploração dos seus recursos naturais e os danos ambientais irreversíveis infligidos à região. Os interesses ocidentais e chineses na transição para a Energia Verde continuam a violar os direitos dos Tibetanos às suas terras e recursos sem o seu consentimento, resultando na detenção, prisão e tortura de manifestantes tibetanos.

Assina e divulga a petição

sábado, 14 de dezembro de 2024

África

África. É bom lembrar como era a realidade ainda não há muito tempo. Hoje por outros meios, o processo de esbulho das suas riquezas e populações procura perpetuar a mesma realidade.
Em 1913, a 20 de outubro, a Inglaterra fez um acordo com a Alemanha para eles ficarem com Angola e Moçambique. Se os alemães não tivessem cheios de vontade de começar uma guerra com a Rússia antes de esta se tornar demasiado forte para eles, esse mapa seria muito diferente.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Moita de Deus é a falência da humanidade de que o Público fala


Segundo um recente relatório, Gaza é a zona do mundo com maior n° de crianças amputadas. A falta de empatia deste tipo de pessoas é a prova que evolução tecnológica ou intelectual não tem relação com evolução ética ou moral. Não passam de crápulas de fato, ignorantes, alheios à dor e ao sofrimento humano. Puros monstros.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Loteamento de solos rústicos: seis décadas depois, reabrimos a caixa de Pandora?


Por Pedro Bingre do Amaral
Quase sessenta anos depois, com estas novas alterações, corremos o risco de manter as carências de habitação, ao mesmo tempo que prejudicamos a agricultura, a floresta e o ambiente, ao criarmos sobre os mercados imobiliários expectativas de valorização súbita dos terrenos rústicos por meio de alvarás de loteamento concedidos ad hoc

No final de novembro foi aprovado, para audições da Associação Nacional dos Municípios Portugueses e outras entidades, um decreto-lei que, ao alterar o Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT), permitirá às autarquias autorizar a construção de habitações em terrenos rústicos, ou seja, fora dos perímetros até agora dados como urbanos ou urbanizáveis nas Cartas de Ordenamento dos Planos Diretores Municipais (PDM). Com esta medida o legislador pretende enfrentar o renovado problema da habitação, disponibilizando mais terrenos para a construção de casas em solos que até agora se destinavam à agricultura, à floresta e à proteção da Natureza. Já em janeiro deste mesmo ano fora promulgada uma simplificação do mesmo RJIGT, também para facilitar novas construções.

Por atendíveis que sejam as preocupações sociais destas alterações legislativas, poderemos estar perante opções não somente ineficazes de satisfazer o interesse comum em matérias de imobiliário, como também deletérias para a qualidade do ambiente e do território. As soluções plasmadas nesta iniciativa legislativa repetem, na sua essência, os erros cometidos pelos legisladores portugueses de 1965 quando para resolver o problema da escassez de habitação e das pressões especulativas se promulgaram o Decreto-Lei n.º 46673, de 29 de novembro, criando a figura dos loteamentos privados ad hoc em solo rústico. Este decreto-lei criou o enquadramento legal para o desordenamento do território dos cinquenta anos seguintes.

Em termos muito simplificados, antes deste decreto-lei de 1965 a expansão urbana processava-se nas seguintes fases. Em primeiro lugar a administração pública traçava o plano do bairro que se pretendia criar, segundo os modelos urbanísticos de cidade clássica, cidade-jardim ou cidade moderna.

Seguidamente, adquiria os prédios rústicos necessários para implantar esse novo bairro, emparcelando-os. Tal como nos países mais desenvolvidos da Europa ocidental, era então prerrogativa exclusiva da Administração Pública concretizar as expansões urbanas. Aos particulares estava vedada a transformação de solo rústico em solo urbano. O poder público comprava ou expropriava solo rústico adjacente à malha urbana preexistente, pagando por esses terrenos o valor próprio de terras cujos únicos aproveitamentos autorizados eram a agricultura ou a silvicultura, já que a nenhum privado era concedida a faculdade de urbanizar.

Concluída esta etapa, realizavam-se as obras de infra-estruturação: vias de circulação, saneamento, jardins, &c. Estas obras definiam novos lotes urbanos, os quais eram vendidos aos particulares para edificação segundo a volumetria e finalidades estabelecidos no plano. Da venda destes lotes edificáveis resultavam avultadas mais-valias urbanísticas que ressarciam os custos que o erário suportara na operação de compra de terrenos agrícolas e da construção de infraestruturas. A Administração Pública não se endividava, os proprietários de solo rústico eram remunerados pela perda de terra agrícola, os construtores adquiriam a preços não especulativos solo onde edificar, os compradores finais encontravam habitação em bairros de boa traça arquitetónica e boa qualidade de engenharia civil. Assim nasceram bairros lisboetas como Alvalade, Azul, Alvito, Benfica, Campo de Ourique, Restelo, Areeiro, Encarnação, Olivais, &c. Como o preço do solo se mantinha bem regulado, era possível reservar para fruição pública (jardins, parques, praças, largos, calçadas) uma percentagem elevada da área urbana.

Chegados, porém, a meados da década de 1960, a situação sócio-económica alterou-se: as periferias das cidades portuguesas começam a sentir os efeitos combinados de uma explosão demográfica, do êxodo rural e de uma economia em franco crescimento. Escasseava habitação para o imenso número de famílias que chegavam às cidades e vilas, principalmente na faixa litoral entre Setúbal e Viana do Castelo. Os preços do imobiliário tornaram-se proibitivos para a maioria da população; a carestia de arquitetos e engenheiros atrasava a produção de novas expansões urbanas de iniciativa pública. O orçamento de Estado estava comprometido com um esforço de guerra para sustentar o aparelho militar em África. Perante isto, num acto irreflectido, os legisladores portugueses promulgaram o já referido Decreto-Lei n.º 46673, de 29 de novembro de 1965, permitindo aos privados substituírem-se ao sector público e concedeu-lhes a prerrogativa de realizar loteamentos urbanos em zonas rurais. Abriram-se as portas ao crescimento desregrado de novas manchas urbanas, de escassa qualidade, sem se ter, em compensação, conseguido tornar a habitação mais acessível, posto que tal decreto agravou sobremaneira as pressões especulativas. Em suma: até 1965 as cidades expandiam-se gradualmente por “bairros” em terrenos emparcelados cuja qualidade supera a da maioria das urbanizações construídas após a promulgação deste diploma legal; a partir de 1965 passaram a expandir-se por “urbanizações” em parcelas agrícolas avulsas, não emparceladas, de quintas e casais. O território ainda hoje se ressente da ocupação disfuncional e inestética que se produziu nas décadas seguintes, com loteamentos densos esparzidos pelo território, retalhados segundo a lógica da antiga malha cadastral agrícola.

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Diversidade: o segredo da resiliência humana e natural


Tal como na natureza, onde ecossistemas biodiversos são mais produtivos e resilientes, os grupos humanos prosperam na diversidade. Cada indivíduo contribui com competências, perspetivas e talentos únicos, que, combinados, criam uma "rede de interações" mais forte e funcional. 
Tal como espécies diferentes num ecossistema contribuem para o seu funcionamento e estabilidade, os contributos humanos complementares ajudam a superar desafios e a promover avanços em áreas diversas da ciência, cultura, arte e tecnologia.
Quando pessoas com diferentes formações e experiências se reúnem para resolver problemas complexos, as suas perspetivas variadas permitem explorar abordagens mais criativas e abrangentes - reflete o conceito ecológico de "nicho complementar", onde diferentes espécies ocupam papéis únicos e, juntas, tornam o sistema mais eficiente e equilibrado.
Além disso, a diversidade humana também atua como uma barreira natural contra a disseminação de ideias ou comportamentos prejudiciais, como no caso de ecossistemas ricos que resistem melhor a espécies invasoras. Num ambiente humano inclusivo, a multiplicidade de pontos de vista e experiências impede que preconceitos ou práticas destrutivas ganhem espaço de maneira descontrolada.
A ideia de resiliência também é crucial. Tal como os ecossistemas com elevada biodiversidade respondem melhor a perturbações, uma sociedade diversificada adapta-se melhor a mudanças e crises. Essa resiliência vem da capacidade de aprender com os erros, de absorver influências externas e de encontrar soluções inovadoras. 
Num contexto humano, isso poderia significar enfrentar crises económicas desafios ambientais ou adaptação às novas tecnologias. Os ecossistemas biodiversos cativam-nos pela sua beleza e complexidade. Da mesma forma, a diversidade humana enriquece a nossa convivência, fomentando a criatividade e a resiliência.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Os bilionários



Dou por mim, muitas vezes  pensar que quem manda nisto tudo é o poder do dinheiro e que os governos, eles próprios, são dominados por esse poder. Já aqui escrevi que o poder do feiticeiro reside na ignorância dos seus irmãos tribais. 
O texto atribuído ao grande divulgador Cal Sagan que se transcreve acima diz, por palavras sábias, esta minha convicção.