Este 8 de junho é o Dia Mundial dos Oceanos. Juntos, eles produzem pelo menos 50% do oxigénio do planeta.
Principais ameaças aos oceanos
Entre os principais perigos que os oceanos enfrentam estão a poluição (incluindo os plásticos), a sobrepesca, a perda de biodiversidade e o aumento da temperatura da água, fatores agravados pela ação humana e pelas alterações climáticas.
A poluição plástica, no entanto, está acabando com cardumes, levando à perda de ecossistemas marinhos assim como ao aumento da temperatura que eleva o nível do mar.
Para o secretário-geral da ONU, António Guterres, a data serve para soar o alerta a governos em todo o mundo sobre fazer mais para proteger os mares. Os oceanos fornecem ar, alimentos, empregos e um clima do qual se depende.
Plano de Acção
Segundo a ONU, pelo menos 40 milhões de pessoas deverão ser empregadas na indústria oceânica até 2030.
Guterres defende investimentos massivos na ciência, na conservação e na economia azul sustentável além de ampliar o apoio às comunidades costeiras, pessoas indígenas e aos Pequenos Estados-Ilha, que já sofrem com as consequências da mudança climática.
Os mares absorvem 30% do carbono gerado por seres humanos sendo um grande aliado na luta contra as alterações do clima.
O secretário-geral lembra que é preciso proteger a biodiversidade marinha, rejeitando práticas que levaram a danos irreparáveis. A proposta de Guterres é de que os países cumpram as promessas previstas no Acordo de Biodiversidade Além da Jurisdição Nacional. Ver o seu progresso aqui, em Inglês.
A Conferência dos Oceanos começa nesta segunda-feira, 9 de junho, em Nice, na França. Para a ONU, o evento será uma oportunidade de avançar com as prioridades e a renovar os compromissos coletivos de proteção dos oceanos.
O objetivo é ambicioso: alcançar um acordo histórico para o oceano, à semelhança do que foi o Acordo de Paris para o clima, adotado há dez anos.
“Queremos um plano de ação operacional, em que os países se comprometam com medidas concretas para proteger o oceano”, afirmou o embaixador francês nas Nações Unidas, Jérôme Bonnafont.
A conferência culminará com a adoção da Declaração de Nice para a Ação no Oceano, um documento político que, embora não vinculativo, procurará refletir o consenso internacional sobre temas como biodiversidade marinha, financiamento, governação e combate à poluição.
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