terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Morreu Eduardo Lourenço, o filósofo que procurou Portugal no seu labirinto



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O ensaísta Eduardo Lourenço, de 97 anos, morreu nesta terça-feira (1 de dezembro) em Lisboa. Professor, filósofo, escritor, crítico literário, ensaísta, interventor cívico, várias vezes galardoado e distinguido, Eduardo Lourenço foi um dos pensadores mais proeminentes da cultura portuguesa.

Tem uma biblioteca com o seu nome na Guarda, mas a obra de Eduardo Lourenço não cabe em nenhuma estante. São dezenas de volumes que deixa escritos - centenas de ensaios e milhares de opiniões - e onde a presença de Portugal é marcante, mesmo que tenham sido escritos em Bordéus, onde estagiou com uma bolsa Fulbright (1949), em Hamburgo ou Heidelberg onde foi leitor de Cultura Portuguesa (1953 a 1955), na Universidade de Montpellier (1956 a 1958), numa estada na Universidade Federal da Bahia em 1959, ou vivendo em França a partir de 1960 e durante quase quatro décadas, após as quais regressa periodicamente a Portugal e depois da morte da mulher em definitivo. Para trás fica a residência em Vence, com atividade docente nas universidades de Grenoble e de Nice, para assumir o cargo de administrador na Fundação Gulbenkian.

A sua morte conhecida nesta terça-feira vai obrigar a uma releitura de tão vasta obra e recordar o que sempre disse em público de uma forma sedutora e sobre qualquer assunto do mundo, afinal a sua visão era grande e fundamentada pela história, filosofia e todos as ciências sociais, que o tornaram uma das principais figuras do pensamento português do século XX e XXI

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