segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Poluição, alterações climáticas e desigualdade social

Será néscio negar a excessiva poluição que o Ser Humano provoca, em especial a queima de combustíveis fósseis para o fornecimento de energia à indústria e aos transportes, com especial gravidade nos aéreos e marítimos, ou a produção de plásticos e baterias para tudo quanto é aparelho.
O problema é grave e urge encontrar soluções que modifiquem os hábitos de todos os consumidores, como já vai acontecendo, e não castigar os mais desfavorecidos através da penalização com impostos que, para além de não alterarem hábitos, criam uma desigualdade inaceitável entre ricos e remediados, onde os primeiros poderão continuar a poluir quanto quiserem desde que paguem!

De uma forma geral, podemos dizer que os governos, nomeadamente o de Portugal, parece apostarem em arrecadar cada vez maior receita de impostos à boleia do discurso anti-poluição!
A preocupação verbalizada ad nauseum sobre as alterações climáticas tem servido, apenas cavar uma desigualdade social gravíssima, onde os ricos pagam para poluir e os outros sofrem com a poluição dos primeiros e ainda têm de pagar cada vez mais impostos!

Se o intuito fosse alterar os comportamentos dos consumidores, seria socialmente muito mais aceitável e eficaz a restrição generalizada ou até a proibição total, como fizeram com o tabaco, por exemplo, mas não sinto que os governantes estejam dispostos a abdicar do aumento da receita de impostos e muito menos que tenham coragem política para afrontar, através de restrição ou proibição, os mais poderosos.
A médio prazo, a discriminação social e a desigualdade que se acentuará, em vez, por via de impostos que deveriam servir para a atenuar, promovida por esta prática ávida de receita, conduzirá tensões de difícil aceitação, onde os que não podem e os que podem com dificuldade, revoltar-se-ão contra os que podem continuar a poluir.

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