She was a girl from BirminghamShe just had an abortionShe was a case of insanityHer name was Pauline, she lived in a tree
She was a no-one who killed her babyShe sent her letters from the countryShe was an animalShe was a bloody disgrace
Body, I'm not an animalBody, I'm not an animal
Dragged on a table in a factoryIllegitimate place to beIn a packet in a lavatoryDie little baby screaming
Body, screaming, fucking, bloody messNot an animal, it's an abortion
Body I'm not an animalMummy, mummy, mummy, I'm an abortionThrobbing squirm, gurgling bloody mess
I'm not a dischargeI'm not a loss in proteinI'm not a throbbing squirm
Ah! Fuck this and fuck thatFuck it all the fuck out of the fucking bratShe don't wanna a baby that looks like thatI don't wanna a baby that looks like that
Body, I'm not an animalBody, an abortionBody, I'm not an animalBody, I'm not an animalAn animalI'm not an animalI'm not an animal, an animal, an-an-an animalI'm not a bodyI'm not an animal, an animal, an-an-an animalI'm not an animalMummy! Uh!
A Crítica Social e a Controvérsia em 'Bodies' dos Sex Pistols (1977)
A música 'Bodies' dos Sex Pistols é uma das mais controversas e provocativas do punk rock, refletindo a crítica social agressiva que caracteriza a banda. A letra narra a história de Pauline, uma adolescente que realizou um aborto e é descrita de maneira perturbadora e desumanizada. A repetição das frases 'I'm not an animal' e 'I'm not an abortion' sugere um grito de identidade e humanidade, questionando as visões sociais sobre o aborto e a marginalização de indivíduos.
O uso de linguagem explícita e imagens chocantes serve para chamar a atenção para as condições desumanas e a falta de empatia enfrentadas por pessoas como Pauline. A banda utiliza a música como um espelho crítico da sociedade, desafiando o ouvinte a refletir sobre temas de autonomia corporal, estigma social e a brutalidade com que certos temas são tratados. A abordagem direta e sem censura é típica do estilo punk dos Sex Pistols, que não temia abordar questões controversas de frente.
'Bodies' não é apenas uma música, mas um manifesto sobre a complexidade das escolhas pessoais e as consequências sociais que acompanham essas escolhas. Através de sua letra provocativa, os Sex Pistols convidam a uma reflexão sobre como a sociedade julga e trata os mais vulneráveis, especialmente em questões tão divisivas como o aborto. A música permanece um exemplo poderoso de como a arte pode ser usada para provocar discussão e mudança social.
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