sábado, 5 de novembro de 2022

Proteger os nossos oceanos e o meio ambiente da radiação sem fio 5G e sonar


Anti-5G
Tecnoecocídio: a destruição sistemática de nosso ecossistema pelo uso explorador da tecnologia.

Embora muitos tenham visto anúncios promovendo as rápidas capacidades sem fio do 5G conectando tudo e todos e prometendo que essas tecnologias inteligentes fornecerão um futuro de energia renovável, a pesquisa científica e os esforços de defesa ambiental mostram o oposto do que essas indústrias com fins lucrativos prometem – com centenas de cientistas , ativistas das mudanças climáticas e especialistas em saúde pública exigindo uma moratória na implantação dessas tecnologias.

Nossa missão é apoiar o movimento global para conter a expansão sem fio na Terra, nos céus e no oceano, porque representa uma ameaça imediata a toda a vida. É nossa esperança que conscientizemos o público sobre os danos do 5G, satélites e oceanos “inteligentes” e iniciemos um diálogo sobre opções de tecnologia mais sábias e equilibradas para um futuro mais seguro e afirmativo da vida.

Pró - 5G

O 5G pode vir a ter um impacto muito positivo no plano ambiental, socorrendo-se de outras áreas do conhecimento como sejam a Internet das Coisas (Internet of Things – IoT), Machine Learning, Inteligência Artificial e Big Data. A combinação com essas áreas permitirá, por exemplo, a análise e tratamento da informação em tempo real, a aprendizagem das máquinas e o desenvolvimento de equipamentos que vão gerar informação que, após processada, resultará em conhecimento útil para a tomada de decisões mais sustentáveis.

Primeiros passos
Em 2016 foi subscrito o Acordo de Paris, o primeiro acordo universal e juridicamente vinculativo sobre alterações climáticas, subscrito pela União Europeia.

No mesmo ano, o projeto SCAVENGE (sustainable celular network harvesting ambiental energy) foi lançado pela Comissão Europeia (CE), com o objetivo de definir designs, protocolos, arquiteturas e algoritmos sustentáveis para as redes móveis 5G. Em traços gerais, pretendia-se incentivar que estações de base, dispositivos móveis e sensores 5G pudessem vir a beneficiar de fontes de energia renovável.

Em 2018, a Comissão Europeia (CE) emitiu o comunicado Um Planeta Limpo para Todos – Estratégia a longo prazo da UE para uma economia próspera, moderna, competitiva e com impacto neutro no clima. Este comunicado inclui as sete principais componentes estratégicas da CE para alcançar a neutralidade climática, ou seja uma economia com zero emissões líquidas de gases com efeito de estufa, até 2050.

Em 2019, o comunicado da CE sobre o Pacto Ecológico Europeu contextualiza o 5G em termos do papel que poderá ter na neutralidade climática.

“A Comissão estudará medidas para garantir que as tecnologias digitais, como os sistemas de inteligência artificial, a tecnologia 5G, a computação em nuvem e de proximidade e a Internet das coisas, possam acelerar e maximizar o impacto das políticas que visem lidar com as alterações climáticas e proteger o ambiente”

Normas internacionais

A UIT inclui um grupo de trabalho para o tema do ambiente e da economia circular (grupo de trabalho 5 da ITU-T) que, entre outros, tem como objetivo estudar metodologias de avaliação dos efeitos das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) nas alterações climáticas e publicar diretrizes para a utilização das TIC de forma ecológica.

Este grupo reconhece que o 5G, em conjunto com a IoT, blockchain, cloud computing, realidade virtual e aumentada, entre outras tecnologias emergentes, são importantes na criação de soluções que permitam enfrentar alguns dos desafios globais como as alterações climáticas e tem vindo a desenvolver esforços para aprovar normas que permitam apoiar: soluções sustentáveis de alimentação de energia para o 5G; centros de dados energeticamente eficientes; e gestão inteligente de energia para as estações de base de telecomunicações.

Para além do trabalho desenvolvido ao nível das futuras normas supramencionadas, a UIT também publica documentos com os requisitos ambientais para a implementação do 5G e relatórios sobre o tema do ambiente e das alterações climáticas, entre os quais se destaca o relatório “Frontier technologies to protect the environment and tackle climate change“, realizado com a colaboração de outras entidades das Nações Unidas.

Sem comentários: