Depois do expediente, começa o segundo turno.
O que não dá dinheiro, mas dá dores nas costas.
Que não tem horário, mas ocupa tempo.
Que não conta para a reforma,
mas conta e muito na desigualdade.
Em casa, as mulheres trabalham três vezes mais.
Trabalho sem contrato, sem aplausos,
sem fim-de-semana:
cozinhar, limpar a casa,
cuidar dos filhos, tratar dos pais,
organizar tudo e ainda sorrir.
Sim, é trabalho.
Mesmo quando feito com amor, é trabalho.
Mesmo quando é invisível, tem valor.
E é preciso fazer esse tempo aparecer, agora:
porque se o mundo parasse para ver
quem realmente o sustenta…
O Mundo mudava.
Se fosse contabilizado, o trabalho não pago de cuidado e doméstico teria um valor na economia de 78 mil milhões de euros. Mais do triplo do sector do turismo.
Por isso, queremos algo tão simples, mas que parece revolucionário:
justiça.
"Tarefa de mulher” é um conceito antigo e ultrapassado.
Responsabilidade partilhada é justiça e também inteligência.
Homem que “ajuda” em casa não é moderno.
É mal informado.
Queremos horários flexíveis,
redes públicas de creches e lares,
apoios domiciliários
e empresas que percebam que
igualdade é produtividade.
Queremos que cada mulher
possa ser mais dona do seu tempo.
Não para fazer tudo.
Mas para fazer o que quiser.
Cuidar de si, estar com os filhos,
crescer na carreira, respirar com calma,
fazer política ou fazer nada.
Porque tempo livre também é um DIREITO.
E não devia ser um luxo.
Conheça o Projeto Invisíveis, cuidado doméstico e de cuidado não pago.
Estação de Metro do Cais do Sodré, Lisboa.
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