Já tenho o livro há uns tempos. Mas também desejo falar-vos de Paulo Trincão, o autor.
É com enorme prazer que reproduzo a postagem sobre o autor no Natureza Naturada.
É com enorme prazer que reproduzo a postagem sobre o autor no Natureza Naturada.
Lembramos que o Professor Paulo Renato Trincão foi, efectivamente, o último director do Museu Nacional da Ciência e da Técnica, tendo sido nomeado para o cargo pelo ministro Mariano Gago, aquando do seu primeiro mandato no tempo de Guterres. Houve quem pensasse, ingenuamente, que tinha finalmente chegado a hora do Museu se erguer definitivamente. Criava-se, também, junto do Museu, o primeiro Instituto dedicado ao estudo da História da Ciência e da Técnica em Portugal. Uma área em que existia (e existe) uma lacuna, bem reconhecida pelo ministro aquando do discurso da tomada de posse de Paulo Trincão. Paulo Trincão deixou-nos também uma fotobiografia fabulosa do Professor Mário Silva. Mas estavam enganados. Bastou ter caído o governo, para que os seguintes, os governos de Durão e Santana, terem feito tudo para deitar abaixo o Museu, destituindo o Professor Renato Trincão e dando alento às ideias mesquinhas de uma certa direita retrógrada, bem coimbrinha, que sempre se abrigou à sombra do PSD. Entretanto, eis que retorna Mariano Gago para um novo mandato, agora sob os auspícios do engenheiro Sócrates. Infelizmente, esquecendo o que tinha feito durante o seu primeiro mandato, dando razão aos carrascos do Museu, desfere-lhe a derradeira machadada ao entregar todo o espólio do Museu Nacional aos cuidados da Universidade de Coimbra, mantendo no cargo, desde o início, o director Paulo Gama da Mota, que tinha sido nomeado no tempo do PSD, acumulando este com o cargo de director do novo Museu da Ciência da Universidade de Coimbra... enfim... incompatibilidade que nunca deveria ter sido permitida, mas que neste país… enfim… O Professor Mário Augusto da Silva e a cidade de Coimbra não mereciam mais esta afronta!
Pena que o ministro tenha dado o dito por não dito e que, provavelmente, pela primeira vez no mundo, pasme-se, tenha sido possível encerrar um Museu Nacional de Ciência. Este acto só é comparável com a destruição das estátuas dos budas gigantes pelos talibãs no Afeganistão. Coimbra ficou mais pobre, mas Portugal também. Porreiro, pá!
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