A última foto de Ian Curtis, tirada na manhã de 15 de Maio de 1980, para o passaporte daquela que iria ser a primeira digressão americana dos Joy Division. Como se sabe Curtis nunca chegou a fazer essa viagem porque, dias depois, há 45 anos, pôs fim à vida. Os Joy Division, como uma vez disse Peter Hook foram “profissionais” apenas durante os 6 meses anteriores à morte de Curtis, porque todos eles tinham ocupações profissionais antes. Se pensarmos bem provavelmente nunca existiu outra banda tão influente nos desenvolvimentos da música popular, ainda hoje com um legado muito potente, tendo sido “profissional” apenas seis meses.
Na noite do dia 17 de maio, dias antes do início da primeira turnê do Joy Division nos Estados Unidos, Ian assistiu a um de seus filmes favoritos, Stroszek, de Werner Herzog, enquanto ouvia Weeping, momentos antes de se enforcar, falou por telefone com Genesis P-Orridge. E nas primeiras horas da manhã do dia 18 de maio, Ian enforcou-se em sua cozinha, utilizando uma corda que sustentava o varal de roupas, segundo se conta, ouvindo o disco The Idiot, primeiro lançamento do cantor norte-americano Iggy Pop. Os pontos de vista e as preferências de Ian Curtis continuam a gerar especulações sobre as reais razões pelas quais ele resolveu tirar a própria vida. Alguns dizem que ele simplesmente desejou morrer jovem. Mas o fato é que Ian já era conturbado na sua adolescência, com pensamentos e ideologias de contracultura, uma mente provavelmente já farta do mundo ao seu redor.
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