sábado, 24 de maio de 2025

Lucros da banca: riqueza para uns, sacrifício para o povo

Os números falam por si: os grandes bancos portugueses anunciaram lucros astronómicos. Milhões e milhões acumulados — não por mérito produtivo, mas à custa do aperto que o povo enfrenta todos os dias.

Enquanto as famílias vivem com salários estagnados, enfrentam rendas insustentáveis e veem os serviços públicos a degradar-se, os bancos celebram em festa. Crescem comissões, aumentam juros nos créditos à habitação, e lucra-se com a dívida de quem só quer viver com dignidade.

É o retrato de um sistema invertido: os que produzem riqueza são penalizados, os que a acumulam sem produzir são premiados. Um sistema onde a especulação vale mais do que o trabalho, onde os direitos de quem trabalha são tratados como obstáculos, enquanto os lucros dos acionistas são tratados como intocáveis.

Esta situação não é inevitável. É o resultado de escolhas políticas:
– Escolhas que protegem o grande capital.
– Que alimentam desigualdades.
– Que empobrecem a maioria para enriquecer uma minoria.

É inaceitável que se continue a tratar a banca como se fosse um setor “sagrado”, imune a qualquer responsabilização social ou fiscal. O que hoje existe não é economia — é um sistema de extração, onde os bancos funcionam como máquinas de sugar o pouco que resta às famílias trabalhadoras.

A solução não é dar mais benefícios aos banqueiros.
A solução é romper com a política de direita que desmantela o Estado social e entrega o país aos interesses financeiros.

Está na hora de dizer basta.
Está na hora de valorizar quem trabalha, de garantir direitos, de regular a banca com coragem, e de reconstruir um país onde o lucro de uns não se faça à custa da miséria dos outros.

O povo não pode continuar a pagar a fatura do privilégio

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