domingo, 4 de abril de 2021

O que é biorremediação e quais são são os seus princípios?

Biorremediação é um processo que utiliza organismos vivos para transformar contaminantes em substâncias de baixa ou nenhuma toxicidade



A biorremediação pode ser definida como sendo o uso de processos biológicos para degradar, transformar ou remover contaminantes de uma matriz ambiental, como água ou solo. Ela ocorre naturalmente pela ação de micro-organismos capazes de utilizar substâncias tóxicas como fonte de carbono e energia. A biorremediação é uma técnica bastante promissora, já que busca a minimização dos impactos antrópicos e a reestruturação dos habitats naturais.

Relativamente nova, essa técnica possui grande aplicabilidade e a otimização do seu processo depende das condições ambientais, do tipo de contaminante e da técnica empregada. Os tratamentos se diferenciam por ser “in situ”, isto é, quando realizado no próprio local, ou “ex situ”, quando há remoção do contaminante para tratamento em outro ambiente.

Vale ressaltar que a biorremediação utiliza tanto os micro-organismos do próprio ambiente quanto culturas geneticamente modificadas, especialmente adaptadas para uma determinada situação.
Para que serve a biorremediação?

A biorremediação pode ser utilizada para diversos fins, como remoção de toxinas de poços subterrâneos, descontaminação do solo, degradação de herbicidas, pesticidas ou inseticidas, decomposição de substâncias orgânicas e inorgânicas, desentupimento de bueiros, entre outros. Por isso, essa técnica possui grande importância ambiental, econômica e social.

Princípios da biorremediação

A biorremediação é baseada em três princípios básicos:
  • Disponibilidade do contaminante;
  • Presença de algum micro-organismo com capacidade metabólica;
  • Condições ambientais adequadas para o crescimento e atividade microbiana.
Fatores determinantes na biorremediação

A biorremediação pode ser entendida como a aceleração do processo de biodegradação. Por isso, está limitada à disponibilidade de nutrientes, umidade, temperatura, pH, concentração de minerais, potencial redox, natureza do contaminante e às características físicas e químicas dos ambientes contaminados.

Além disso, para que o processo de biorremediação ocorra de forma eficiente, os micro-organismos devem estar ativos e saudáveis. Por isso, medidas biocorretivas podem ser adotadas para aumentar a população microbiana e proporcionar uma condição ótima para o seu desenvolvimento.

Por fim, o sucesso da biorremediação está ligado a uma ampla compreensão das condições físicas, químicas e biológicas e de uma detalhada avaliação da aplicabilidade das técnicas “in situ” e “ex situ”.

Processos de biorremediação “in situ”

As técnicas de biorremediação “in situ” são aquelas em que não há necessidade de remoção do material contaminado do seu local de origem. Sendo assim, elas evitam custos e desastres ambientais associados ao transporte da substância tóxica para a estação de tratamento.

Processos de biorremediação “ex situ”

As técnicas de biorremediação “ex situ” são aquelas em que há necessidade de remoção do material contaminado do seu local de origem. Utilizadas para evitar o alastramento das substâncias tóxicas, elas produzem um resultado mais rápido, já que são mais fáceis de serem controladas e apresentam uma maior versatilidade para o tratamento de vários tipos de contaminantes.

A biorremediação vem alcançando grande importância mundial devido à desenfreada degradação do meio ambiente. Ela já é bastante utilizada em países como Estados Unidos e Holanda. No Brasil, a biorremediação ainda é pouco empregada, mas várias pesquisas têm sido desenvolvidas para a sua futura aplicação em locais contaminados com petróleo e seus derivados.

Fontes

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