sábado, 27 de abril de 2024

Alterações climáticas principal causa da perda de biodiversidade em 2050


As alterações climáticas podem tornar-se a principal causa da perda de biodiversidade a meio do século, mais do que as mudanças na utilização dos solos, alerta um estudo divulgado ontem.

Publicado na revista científica “Science”, e com a participação de cientistas portugueses, o estudo começa por dizer que a biodiversidade global diminuiu entre 02 e 11% ao longo do século XX, devido apenas às alterações no uso dos solos. A destruição de uma floresta para usar o terreno para agricultura é um exemplo de alteração de uso do solo.

Mas os resultados da investigação, indica um comunicado divulgado pela Universidade de Coimbra, mostraram que as alterações climáticas vão ter um “impacto negativo acrescido” tanto na biodiversidade, como nos serviços dos ecossistemas (os benefícios da natureza).

“Embora as mudanças na utilização dos solos continuem a assumir um papel relevante, as alterações climáticas tenderão a tornar-se na principal causa da perda de biodiversidade até à primeira metade deste século”, alerta-se no documento.

O estudo, o maior com recurso a modelos climáticos realizado até à data, foi liderado pelo Centro Alemão de Investigação Integrativa da Biodiversidade (iDiv) e pela Universidade Martin Luther de Halle-Wittenberg (MLU), tendo a participação de investigadores portugueses, entre eles o docente da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC) Carlos Guerra, e o investigador do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto Henrique Pereira.

As mudanças do uso do solo, devido à agricultura ou ao avanço das cidades, por exemplo, são das principais causas para a perda de biodiversidade mas, diz-se no comunicado, a real dimensão desse declínio nas últimas décadas tem dividido os cientistas.

Para melhor responder a essas dúvidas os cientistas usaram modelos climáticos e compararam 13 modelos para calcular os impactos das mudanças na utilização dos solos e das alterações climáticas em quatro indicadores de biodiversidade diferentes, e em nove serviços de ecossistemas.

Citado no documento, Henrique Pereira diz que a inclusão de todas as regiões do mundo no modelo permitiu melhores resultados.

Os investigadores usaram também outros modelos para calcular o impacto simultâneo das alterações do uso do solo nos chamados serviços dos ecossistemas, os benefícios que a natureza disponibiliza aos seres humanos.

Foi com base nesses estudos que a equipa concluiu pela tendência da relevância das alterações climáticas na perda de biodiversidade.

Avaliando três cenários, entre um de desenvolvimento sustentável e um de emissões elevadas de gases com efeito de estufa, os investigadores concluíram que nos três casos “a conjugação do impacto das alterações do uso do solo e das alterações climáticas resulta numa perda de biodiversidade em todas as regiões do mundo”, com variantes significativas entre regiões, modelos e cenários, refere o comunicado.

“Este estudo ilustra de forma muito clara os impactos que resultam das ações humanas sobre o planeta e sobre a biodiversidade da qual nós dependemos e a dimensão das alterações que estão a ocorrer um pouco por todo o mundo”, diz, citado no comunicado, Carlos Guerra.

Admitindo que os cenários não recorreram a todas as medidas possíveis e que “haverá certamente imprecisões” nos modelos, os investigadores deixam ainda assim um aviso: “Os nossos resultados mostram claramente que as políticas atuais são insuficientes para atingir os objetivos internacionais em matéria de biodiversidade. Precisamos de esforços renovados para fazer progressos contra um dos maiores problemas do mundo, que é a perda da biodiversidade provocada pela ação humana”.

Música do BioTerra - Patrick Watson - Sit down beside me


Sit down beside me and stay awhile
Let our hearts do their parts
With wine and words to meet the hours
So the day never starts

'Cause that's what I want
That's what we need
'Cause that's who we are
'Cause that's what we need

Sit down beside me and stay awhile
I don't want to waste my time
Till we're old and grey
Till we've got nothing left to say

'Cause that's who we are
That's what we need
'Cause that's who we are
That's what we need

That's what we need
'Cause that's who we are
That's what we need

How long, lady love
You couldn't talk to me now

How long, lady love
You couldn't talk to me now
And stay awhile

How long, lady love
You couldn't talk to me now
And stay awhile

Sit down beside me and stay awhile
Till the night runs away
Till the morning rises and we part away
Till the end of our days

sexta-feira, 26 de abril de 2024

Resumo da Festa de ontem do 50º Aniversário do 25 de Abril

Seguramente vi, no Porto, 750 jovens (foto minha, ontem)

O que aconteceu ontem é politicamente central. Mais de milhão de pessoas só em Lisboa, 600 mil talvez, maior ou pelo menos do tamanho da Geração à Rasca, um milhão em todo o país contando Porto, outras cidades, e os milhares de associações e grupos que o festejaram. A manifestação tinha milhares de jovens, impressionante, com cartazes e exigências, claras, de direitos sociais. Uma festa de gente decente, alegre, famílias, amigos, abraços entre iguais. Não foi convocada pelas celebrações oficiais, pelo contrário, são milhares de grupos auto organizados, sindicatos, movimentos sociais, que foram pelo seu pé, sem financiamento Estatal, gente individual e gente organizada, na rua, pelo direito ao futuro. Foi um "voto com os pés", na rua, contra a degeneração expressa na votação de 10 de Março e a eleição de grupos neofascistas. Os media insistem numa agenda irrelevante e, perdoem, nas redes sociais vão atrás da "banana": Bogalho, discursos de Marcelo, tudo isso é fait divers. Ontem aconteceu algo a sério - uma massa de gente veio para a rua dizer direito ao trabalho, Palestina livre, fim ao genocídio em Gaza, direito a casa própria, democracia no trabalho, também lá estávamos, ser livre, em cada esquina um amigo, fascistas não passarão. Um voto de protesto com os pés, em movimento. Que bela festa pá, um dia assim por dia e já os nossos problemas como sociedade tinham "milagrosamente" sido resolvidos, como em 1974-1975 quando "caíram do céu", lei-se das lutas colectivas, direito ao trabalho com direitos, casas, SNS, educação.

Festa do 50º Aniversário do 25 de Abril, em Lisboa

Da minha pequena contribuição, fiquei IMENSAMENTE feliz de ver antigos alunos meus (gerações 25-30-35) na rua, com os seus filhos de 3-7 anos empunhando com ânimo um cravo na mão. Dois vieram a Portugal só para se juntar à festa no Porto.

Festa do 50º Aniversário do 25 de Abril, no Porto

E depois ontem assistimos ao Nuno Melo que agora é Ministro da Defesa a ter que prestar Homenagem ao estratega do 25 de Abril Otelo Saraiva de Carvalho, a quem tinha chamado terrorista! Força aí, malta jovem. 

Álbum de memórias


quinta-feira, 25 de abril de 2024

Música do BioTerra: Moby feat. Sinead O'Connor - Harbour


The street bears no release
When everybody's fighting
The street bears no release
With life so hard and biting

I run the stairs away
And walk into the night-time
The sadness flows like water
And washes down the heartache
And washes down the heartache

[Refrão]
My heart is full
My heart is wide
The saddest songs are played
On the strings of my heart

The heat is on its own
The roof seems so inviting
A vantage point is gained
To watch the children fighting

So lead me to the harbor
And float me on the waves
Sink me in the ocean
To sleep in a sailor's grace
To sleep in a sailor's grace

[Refrão]

50º Aniversário do 25 de Abril- Em cada rosto, dignidade!


50 anos anos de 25 de Abril
O balanço da Revolução de Abril é globalmente positivo
A Revolução liquidou o colonialismo português, conquistou os direitos, liberdades e garantias fundamentais de um regime democrático e permitiu um certo grau de desenvolvimento económico, social e cultural.
Claro está que a Revolução não logrou alcançar aquilo que, em determinada altura, passou a ser o seu objectivo principal: a liquidação do capitalismo e da exploração do homem pelo homem e a instauração do socialismo.
Estas continuam a ser as tarefas centrais e cada vez mais actuantes da Revolução em Portugal e no Mundo.

Agora vou até à Avenida dos Aliados celebrar a Festa dos Cravos

50º Aniversário do 25 de Abril


O 25 de Abril de 1974 em Portugal é realmente uma data marcante, cheia de significado e poesia. Foi o dia em que o povo português, cansado da ditadura que oprimia suas liberdades, se uniu numa revolução pacífica e determinada. É um exemplo poderoso de como a vontade coletiva pode transformar o destino de um País.

Esta revolução não apenas trouxe o fim da ditadura, mas também inaugurou uma nova era de liberdade, democracia e esperança para o país. As ruas de Lisboa, naquela primavera de 1974, ecoaram não apenas com os sons da mudança política, mas também com a poesia da transição de um regime opressivo para um regime republicano livre e pluripartidário. Rapidamente em todas cidades e aldeias do nosso País, a Revolução dos Cravos chegou e fizeram-se festas populares. Gritos de liberdade e canções de intervenção foram entoados por todo o território de Portugal.

O 25 de Abril é uma celebração da coragem e da determinação do povo português em lutar por um futuro melhor. É um lembrete de que, mesmo diante das adversidades, a união e a vontade de mudança de um povo podem superar qualquer obstáculo. Que essa data continue a inspirar gerações futuras a lutar pelos seus direitos e pela justiça, sempre de forma pacífica e entusiástica.

Logo à tarde, vou estar a celebrar na Avenida dos Aliados a Festa da Liberdade. Viva o 25 de Abril! Fascismo, nunca mais!

April 25, 1974 - April 25, 2024


Celebration of the 50th anniversary of the Carnation Revolution. The defining moment. The birth of Portuguese democracy
.
✍ "Neither pleasure, nor glory, nor power: freedom, just freedom." - Bernardo Soares

🎨 Marta Nunes

25 de Abril - Uma revolução romântica


As fotos documentam uma revolução como não voltei a ver. Civis, mulheres, crianças, sem o menor receio de levar um tiro, apesar de estarem rodeados de armas por todos os lados. (Foto Alfredo Cunha)

Poster- Grândola Vila Morena


quarta-feira, 24 de abril de 2024

Desfile de 25 de Abril na ruas do Porto, pelos Alunos da Escola Artística Soares dos Reis


Parabéns ao meu amigo José Caldas pelo empenho e trabalho na EA Soares dos Reis (clica na imagem e liga o som!)

Impeachment ao Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa! Demita-se!


Bom, ele a mim nunca me enganou. Os meus sentimentos aos burlados. Está a mais no cargo!

Marcelo não me representa mais: não é cata-vento. Está ao nível do Chega. É racista, salazarento, incita o ódio. Está um arrivista! Escolheu a dedo o energúmeno, extremista de direita e esquizóide João Miguel Tavares para discurso do dia 10 de Junho. Não me esqueci!!

Marcelo está a passos largos de ser o pior Presidente da República que já tivemos. Ultrapassou Cavaco Silva!

Somos 9 milhões de democratas! Estamos na véspera do 25 de Abril. Está na altura de nos impormos e mobilizarmo-nos para o impeachment a Marcelo Rebelo de Sousa.

Em Portugal, a destituição teria início por proposta de um quinto dos deputados da Assembleia da República, sendo necessária uma maioria qualificada de dois terços – a mesma que permite a revisão constitucional – para o processo ser julgado no STJ. Só após a condenação do Chefe de Estado por crime de responsabilidade, cometido no exercício das funções, ter transitado em julgado, caberia ao juiz-presidente do STJ enviar a certidão da decisão condenatória para o Tribunal Constitucional. Este reuniria em sessão plenária no dia seguinte e, verificada a autenticidade da certidão, declararia o Presidente da República destituído.

Poema - Botões em flor


"Na primavera, o mundo desperta,
Cores dançam ao vento, a natureza oferta,
Um poema sem rédeas, livre e aberto,
Cada verso é um brotar, um alento.

Os campos enfeitam-se de flores em festa,
E o sol, generoso, aquece a floresta,
Em cada brisa, segredos sussurrados,
Ecos de vida, em todos os lados.

As aves tecem canções no ar,
Em harmonia com o pulsar do mar,
Neste poema livre, sem amarras,
A primavera revela as suas caras.

Entre risos de crianças e suspiros de amor,
A estação das flores espalha o seu fulgor,
E neste poema, a liberdade se faz lei,
Primavera, eterna musa, és tu, em cada rei."
João Soares. 23.04.2024

Dados da OMM e Copernicus. Mortes associadas ao calor aumentam 30% na Europa


O serviço de observação da Terra da União Europeia, Copernicus, e a Organização Meteorológica Mundial (OMM) apresentaram uma análise sobre o “stress térmico extremo” que assola a Europa.

O relatório conjunto sobre o estado do clima afirma que a taxa de mortalidade devido ao clima quente aumentou 30 por cento na Europa em duas décadas. 2023 foi o ano de todos os máximos em termos de calor. Onze dos 12 meses registaram temperaturas acima da média no ar e à superfície do mar. Setembro foi mesmo o mês mais quente desde que há registos. Os poluentes que retêm o calor e obstruem a atmosfera contribuíram para elevar as temperaturas na Europa, em 2023, para níveis nunca antes registados. O estudo apurou também que os europeus, ao sofrerem com este calor sem precedentes durante o dia, acumulam stress e as noites tornam-se desconfortáveis.

“O custo da ação climática pode parecer elevado”, disse a secretária-geral da OMM, Celeste Saulo, “mas o custo da inação é muito mais elevado”.

Calor e chuva intensos
Durante o ano passado, as temperaturas na Europa estiveram acima da média durante 11 meses de 2023. O mês de setembro foi considerado o mais quente desde que há registo, de acordo com o estudo. Neste ciclo de altas temperaturas, o clima quente e seco facilitou a propagação de grandes incêndios, que por sua vez saturaram a atmosfera das cidades com a grande quantidade de fumo espalhado no ar. Portugal, Espanha e Itália são os países europeus identificados como os mais fragilizados pela seca. A Grécia está apontada como tendo sofrido o maior incêndio florestal registado na UE, com 96 mil hectares de área ardida. Mas não é só o calor a provocar desastres. As chuvas intensas também causaram inundações mortais por toda a Europa. Em 2023, o território europeu teve um aumento de sete por cento de precipitação, relativamente à média dos últimos 30 anos.

O relatório conclui que um terço da rede fluvial ultrapassou o limiar “alto” de cheias. Um sexto atingiu níveis “severos”. "A temperatura média da superfície do mar em toda a Europa foi a mais alta já registada, e os Alpes viram perda excepcional de gelo", reporta o estudo.

“Em 2023, a Europa testemunhou o maior incêndio florestal alguma vez registado, um dos anos mais chuvosos, fortes ondas de calor marinhas e inundações devastadoras generalizadas”, sublinhou Carlo Buontempo, diretor do serviço de alterações climáticas Copernicus, citado no jornal britânico The Guardian. Os glaciares dos Alpes perderam dez por cento do volume nos últimos dois anos.“As temperaturas continuam a aumentar, tornando os nossos dados cada vez mais vitais na preparação para os impactos das alterações climáticas”, acrescentou. O relatório não forneceu dados sobre o número de mortes causadas pelo calor em 2023, mas estima que houve mais 70 mil óbitos extra em 2022.

Friederike Otto, cientista climática do Imperial College London, não esteve envolvida no relatório mas admite que o “número de mortes relacionadas com o calor em 2023 provavelmente terá sido maior”.“Para muitas destas mortes, o calor adicional causado pelas emissões de combustíveis fósseis teria sido a diferença entre a vida e a morte”, adverte Otto. Ana Raquel Nunes, professora assistente de saúde e ambiente na Universidade de Warwick, externa ao estudo acentua que é “imperativo tomar medidas urgentes para proteger a saúde e incluí-la na política climática”.“Qualquer coisa menos do que isso significaria negar às gerações futuras a proteção e a previsão que merecem”, remata.

Inteligência artificial vai criar muito desemprego

A rede X anda muito silenciosa com a nova revolução tecnológica: a IA. O nosso patrão Elon Musk vai muito à frente e investe puro e duro na IA. Aqui vai um cartoon, para refletirmos. 
"- Que fazia antes de se encontrar desempregada? 
- Ocupava o seu emprego!"

terça-feira, 23 de abril de 2024

De forquilha em riste



Chega a Primavera e com ela motas e veículos todo terreno. Entram num canto da aldeia e atravessam-na a toda a brida, quitados com os símbolos do grupo e forrados de lama. Querem lá saber das crianças, dos velhos, das máquinas agrícolas a cinco à hora, dos gados guiados por pastores e cães ou do direito ao sossego de quem aqui vive. Vale a adrenalina porque os indígenas são empecilhos. Espero um acidente grave um destes dias.
Já vi grupos com dezenas deles, organizados em grupos à margem da lei, no interior do PNM. Muitos deles até são estrangeiros que vêm para aqui fazer o que não podem na terra deles. Em contrapartida, os agentes de animação turística legais têm, e bem, de se inscrever no Turismo de Portugal e possuir autorização do ICNF para orientar pessoas em percursos pedestres.
Enquanto ninguém lhes carrega hei de os receber de forquilha em riste para andarem de mansinho, como fiz na semana passada. A ver se não tomaram juízo.

Meu comentário
E ainda com probabilidade de retirada de subsídio às pessoas da aldeia. Há de uma faísca provocada pelo sobre aquecimento de pneus ou aqueles escapes potentes provocarem um incêndio, para não falar do provocado por lixo depositado. Afirmam que gostam da paisagem e da Natureza mas depois querem conduzir por cima dela na maior velocidade que puderem.
Somente por respeito à lei e ao estado de direito se resiste à vontade de espalhar estrepes nos caminhos…

Poema - Árvore naufraga

Mindelo

"Árvore naufraga quer ir ter com o mar,
Raízes cansadas de terra e chão,
Anseia pelo sal, pelo vasto, o sem par,
Navegar em ondas de pura emoção.

Os seus galhos, outrora altivos, agora clamam,
Por dançar com as brisas do oceano,
Sussurrar segredos que as marés inflamam,
E encontrar-se no horizonte, sem engano.

Despe-se das folhas, da rigidez terrestre,
Abraça a fluidez do azul infinito,
No balanço das águas, encontra o seu mestre,
Numa dança eterna, num ritmo bendito."

João Soares, 20.04.2024

segunda-feira, 22 de abril de 2024

Ode a Gaia - Tão lindo este poema para o Dia da Terra

Releif from the Ara Pacis Augustae (Altar of Augustan Peace), 9 BC, Ara Pacis Museum in Rome.

Orphic Hymn to Gaia
Divine Gaia, mother of men and of the blessed gods,
you nourish all, you give all, you bring all to fruition, and you destroy all.
When the season is fair you are heavy with fruits and growing blossoms;
and, O multiform maiden, you are the seat of the immortal cosmos,
and in the pains of labor you bring forth fruit of all kinds.
Eternal, reverend, deep-bosomed, and blessed,
you delight in the sweet breath of grass, O goddess bedecked with flowers.
Yours is the joy of the rain, and round you the intricate realm of the stars
revolves in endless and awesome flow.
But, O blessed goddess, may you multiply the gladsome fruits
and, together with the beautiful seasons, grant me favor.

A imagem mostra um relevo do Ara Pacis Augustae (Altar da Paz Augusta), 9 aC, Museu Ara Pacis em Roma.
"O painel mais bem preservado da parede leste retrata uma figura feminina sentada (acima) que foi interpretada de várias maneiras como Tellus (a Terra), Italia (Itália), Pax (Paz), bem como Vénus. O painel retrata uma cena de fertilidade humana e abundância natural Dois bebés sentam-se no colo da fêmea sentada, puxando sua roupagem. Ao redor da fêmea central está a abundância natural das terras e flanqueando-a estão as personificações da brisa terrestre e marítima. A deusa é considerada Tellus ou Pax, o tema enfatizado é a harmonia e abundância da Itália, um tema central para a mensagem de Augusto de um estado de paz restaurado para o povo romano - a Pax Romana. 

No Dia Mundial da Terra, não esquecer a deusa mitológica de Gaia. Os gregos já eram ambientalistas antes de nós. A civilização grega teve o seu desenvolvimento entre 800 e 140 a.C. Entre as civilizações europeias nascidas na Antiguidade a civilização grega foi aquela que legou ao mundo ocidental elementos essenciais para a sua constituição.

Félix Rodríguez de la Fuente - Não às touradas


Dia Mundial da Terra: reutilização de T-Shirts usadas

Sacos feitos a partir de T-shirts velhas 


Dia Mundial da Terra 2024 – Planeta vs. Plásticos
O Dia Mundial da Terra é comemorado, anualmente, a 22 de abril. Esta data visa reconhecer a importância do planeta e alertar para a preservação dos recursos naturais do mundo, tendo como tema em 2024 - Planeta versus Plásticos

O Dia Mundial da Terra é uma celebração anual que visa despertar a consciência para a necessidade de proteger os recursos naturais para que possam ser usados pelas gerações futuras. O tema escolhido para este ano pela Earth Day Network (EDN) é o Planeta versus Plásticos, almejando que haja uma redução em 60% de todos os plásticos, até 2040.

Uma forma de ajudar a diminuir o consumo de plástico passa pela utilização de outros materiais que o possam substituir, como o caso do papel. Face ao plástico, o papel tem a vantagem de ser biodegradável e ainda pode ser obtido com impactos reduzidos no ambiente quando aplicadas práticas silvícolas sustentáveis. Realça-se que o papel é amplamente reciclável e pode ser transformado em novos produtos. Ou por ideias interessantes de reutilização  (como ilustrado na imagem acima) de fazer sacos a partir de T-shirts velhas, reduzindo o uso de sacos de plástico.

Dia Mundial da Terra: Quais são as soluções aos problemas ecológicos globais que enfrentamos?


"Esta frase é na verdade mais uma falácia [...] É uma questão mal formulada porque parte de uma estrutura conceitual errónea".
"Todo o trabalho que fiz nesses 14 anos de divulgação, é resumido em que não há maneira técnica de manter o capitalismo. Não é possível, fisicamente, continuar com o mesmo sistema socioeconómico. Faltarão recursos, faltará energia, e os problemas ambientais e as Alterações Climáticas, em particular, já estão a causar catástrofes em cascata que afectam a execução "normal" do sistema económico".
"Essa questão contém implicitamente a ideia de soluções técnicas para manter o sistema como está. Ao fazer essa pergunta dessa maneira, supõe-se que o capitalismo deve ser mantido e só é aceite ouvir sobre os desenvolvimentos científicos e tecnológicos.
Estamos presos neste momento literalmente décadas. Sabemos há 50 anos que não existem soluções técnico-científicas para manter o capitalismo, mas temos colocado todo o peso da discussão em soluções técnico-científicas há 50 anos.
É a estrutura mental do inimigo. Pensamos com a estrutura mental do inimigo, o que torna impossível encontrar qualquer solução".
"Quais são as soluções?"
Existe apenas uma.
Saia da estrutura mental do inimigo.
Não há solução possível dentro do capitalismo. Simplesmente não há.
O crescimento econômico é incompatível com a preservação ambiental. A própria Agência Europeia do Ambiente diz isso, órgão dependente da Comissão Europeia.
Não há negociação possível com o capitalismo. A única coisa que podemos discutir é a sua conclusão, se queremos ter um futuro.
Existem soluções, mas não são de natureza técnica. Isso não significa que a ciência, a técnica e o desenvolvimento tecnológico não sejam úteis. Eles são; Além disso, eles são uma parte essencial da solução. Mas fora de um quadro capitalista.
Os industriais continuam a fazer barulho repetidamente para nos impedir de parar e perceber que o problema está mal colocado. Que o problema não pode ser resolvido com mais tecnologia, mas sim com mais cultura, mais sociedade, mais pessoas verdadeiramente humanas. O solucionismo distrai-nos da discussão real.
A mudança que precisamos é cultural, é social, é económica, é política e é radical, já que é necessário ir à raiz do problema. Precisamos sair da estrutura mental do inimigo e começar a pensar por nós mesmos, sendo livres, respirando".
António Turiel
(cientista e divulgador, licenciado em Física e Matemática e doutor em Física Teórica pela Universidade Autônoma de Madrid)

domingo, 21 de abril de 2024

Musica do BioTerra: Cocteau Twins - Eperdu: Galactic Dreams


"We are Star-beings" A Celestial rhapsody of Divine proportions! Newly upgraded video and audio from the 27th anniversary digipak release of 1996. Worthy of anything Bach, Handel, Mozart, or Delibes might have done! 
Cocteau Twins - Eperdu, from "Milk and Kisses" (1996) "The Titan of Rock albums!" Video from 'Contact' (1997) with lovely Jodie Foster as Ellie

Petição - Lutar contra a corrupção com uma transparência pública mais eficaz

Vamos realmente lutar contra a corrupção e agir, em vez da conversa fiada?
O JN publicou esta semana uma notícia gravíssima: em Portugal, a lei dá aos cidadãos transparência plena no acesso aos documentos administrativos. 
Mas os poderes públicos não cumprem e, quando os cidadãos recorrem ao organismo que trata disso (a CADA - Comissão do Acesso aos Documentos Administrativos, que só pode fazer recomendações) continuam a não cumprir e nada acontece, porque só em tribunal acabam por poder ser penalizados.
Mudanças simples na Lei, que existem noutros países, acabavam com isso e era um grande ganho à transparência e luta contra a má gestão e governação.
A Petição está no site público mais conhecido para isso e estará também no site da Assembleia da República (onde assinar é mais difícil, mas as assinaturas valem logo para a contagem).
Esta ideia vem na sequência duma outra anterior, há uns tempos, que ajudou a vincar que os documentos da ADD dos professores, tinham de ser entregues a todos os candidatos sem limitações quando quisessem reclamar. 
Esse era um caso concreto mas, realmente, precisamos abordar e resolver o caso geral, em que estamos atrasados em relação a outros países, em que esta questão da transparência está muito melhor resolvida e sem as eternas discussões que acontecem em Portugal.

ASSINAR Petição

Mirtilos e morangos voltam à lista negra de alimentos com pesticidas


Estudos nos EUA associam pesticidas a nascimentos prematuros, malformações congénitas, aborto espontâneo e um aumento dos danos genéticos nos seres humanos. A exposição a pesticidas também tem sido associada a concentrações mais baixas de esperma, doenças cardíacas, cancro e outras perturbações

Aproximadamente 95% dos morangos não biológicos, folhas verdes como espinafres e couve, couve-galega e folhas de mostarda, uvas, pêssegos e peras testados pelo governo dos Estados Unidos continham níveis detetáveis de pesticidas, de acordo com o 2024 Shopper's Guide to Pesticides in Produce.

Nectarinas, maçãs, pimentos e pimentas, cerejas, mirtilos e feijão verde completaram a lista das 12 amostras de produtos mais contaminados. É apelidada de "Dirty Dozen" (“Dúzia Suja”, na tradução) pelo Environmental Working Group, ou EWG, uma organização de defesa do ambiente e da saúde que produz o relatório anual desde 2004.

Os pesticidas foram associados em estudos a nascimentos prematuros, malformações congénitas como defeitos do tubo neural, abortos espontâneos e um aumento dos danos genéticos nos seres humanos. A exposição a pesticidas também tem sido associada a concentrações mais baixas de esperma, doenças cardíacas, cancro e outras perturbações.

Os trabalhadores agrícolas que utilizam ou estão expostos a pesticidas estão em maior risco, de acordo com estudos. Uma meta-análise de 2022 revelou que os trabalhadores expostos a pesticidas eram quase cinco vezes mais prováveis de sofrer danos no ADN, enquanto um estudo de fevereiro descobriu que as crianças expostas numa idade precoce apresentavam um pior desenvolvimento neurológico desde a infância até à adolescência.

Nem tudo são más notícias. Os abacates, o milho doce, o ananás, as cebolas e as papaias lideram a lista dos “Clean Fifteen” (“Quinze Limpos”, na tradução) de produtos cultivados convencionalmente com a menor quantidade de vestígios de pesticidas - cerca de 65% dos frutos e legumes desse grupo não tinham resíduos de pesticidas detetáveis, de acordo com o relatório divulgado na quarta-feira, dia 20 de março.

A completar os "Quinze Limpos" estavam as ervilhas doces congeladas, espargos, meloas, kiwis, repolhos, melancias, cogumelos, mangas, batatas doces e cenouras.

Lavados, descascados e esfregados
Todos os anos, uma lista rotativa de produtos nacionais e importados é testada pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla original) e pela Food and Drug Administration dos EUA (FDA, na sigla original). Os funcionários do Programa de Dados sobre Pesticidas do USDA lavam, descascam e esfregam os frutos e legumes como os consumidores fariam, enquanto os trabalhadores da FDA apenas limpam a sujidade dos produtos. Depois, as frutas e os legumes são testados para mais de 250 pesticidas diferentes e os resultados são publicados online.

Para 2024, os investigadores do EWG examinaram os dados de 47.510 amostras de 46 frutas e legumes não biológicos, sendo a maioria dos testes realizados pelo USDA. Uma análise desses dados encontrou vestígios de 254 pesticidas em todas as frutas e legumes analisados, com 209 desses produtos químicos em produtos da lista "Dúzia Suja".

"Descobrimos que o que acaba numa lista ou na outra reflete a forma como essas frutas e legumes são cultivados", disse Alexis Temkin, toxicologista sénior do EWG. "Os abacates, por exemplo, não são intensivos em pesticidas, enquanto que os morangos crescem muito perto do solo e têm muitas pragas".

O relatório é injusto para os agricultores, dizem os críticos
Cerca de 70% dos produtos não biológicos testados pelo USDA e pela FDA têm níveis de pesticidas dentro dos limites legais permitidos pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA, de acordo com o relatório do EWG. Este facto torna o relatório enganador, afirmou Carl Winter, professor emérito de extensão cooperativa na Universidade da Califórnia, em Davis.

"A dose faz o veneno, não a sua presença ou a sua ausência e essa dose determina o potencial de dano. Em muitos casos, teríamos de ser expostos a um milhão de vezes mais do que aquilo a que estamos expostos para vermos quaisquer efeitos", disse Winter, falando em nome da Alliance on Food and Farming, que representa os agricultores biológicos e convencionais.

No entanto, "níveis legais não significam níveis seguros", afirmou Temkin em resposta. Ela apontou para momentos em que os reguladores permitiram que produtos químicos potencialmente perigosos, como o pesticida DCPA, permanecessem no mercado muito depois de a pesquisa científica ter levantado preocupações. O herbicida foi associado a preocupações com a tiroide durante anos antes de a EPA dizer ao público que o produto químico representava "riscos significativos para a saúde humana" em 2023.

Outro exemplo: o clorpirifos, um pesticida associado a danos cerebrais em crianças e fetos. A Academia Americana de Pediatria juntou-se ao EWG em 2017, protestando contra a aprovação contínua do produto químico pela EPA.

Para além disso, os pesticidas proibidos pelo governo continuam a aparecer nas culturas vendidas nos EUA, de acordo com o relatório do EWG.

"O feijão verde, por exemplo, continua a apresentar vestígios de acefato, um pesticida tóxico cuja utilização no feijão verde foi proibida pela EPA há mais de 10 anos", afirmou Temkin. “Muitos dos pesticidas que constam da lista "Dúzia Suja" foram também proibidos na União Europeia devido aos seus efeitos nocivos para a saúde humana".

Outra preocupação dos críticos é o facto de a lista "Dúzia Suja" ser um insulto para os agricultores de várias gerações que lutam para produzir alimentos para a nação e dar esses mesmos produtos aos seus próprios filhos, disse Steve Clement, diretor executivo da Pacific Northwest Tree Fruit.

“Quando este relatório é publicado, é como se nos esfaqueassem um pouco, porque estamos a trabalhar arduamente para produzir um produto saudável e a implicação da lista 'Dúzia Suja' é que não é saudável", afirmou Clement. "É como fazer algo de bom por alguém e depois essa pessoa virar-se para nós e chamar-nos uma espécie de monstro".

O relatório pode assustar as pessoas para não comerem os frutos e legumes de que necessitam, disse Neil Nagata, cuja família cultiva morangos orgânicos e convencionais em Oceanside, Califórnia, há décadas.

"Sempre que sai um relatório ou há um susto com os morangos importados, vemos as nossas vendas a cair", disse Nagata. "Não é que estejamos a fazer algo de errado ou incorreto, estamos na verdade a produzir alimentos muito saudáveis e seguros. De facto, vivemos no campo de morangos e o meu pai tem 100 anos e a minha mãe 97 e ainda comem morangos."

É importante que as pessoas comam muitas frutas e legumes, mesmo que sejam cultivados convencionalmente, disse Temkin do EWG.

"Enfatizamos sempre isso", disse ela. "Queremos permitir que os consumidores que desejam evitar o maior número possível de pesticidas optem por versões orgânicas da 'Dúzia Suja', onde os níveis de pesticidas serão mais baixos e, em seguida, se desejarem, escolher produtos cultivados convencionalmente mais baratos dos 'Quinze Limpos'".

Os produtos biológicos não são mais nutritivos, mas estudos revelaram que os níveis de pesticidas na urina de adultos e crianças podem baixar até 95% após a mudança para uma dieta biológica.

Os níveis de fungicida eram elevados
Pela primeira vez, os analistas do EWG analisaram os níveis comunicados de fungicidas, uma forma de pesticida utilizada para matar doenças fúngicas como o oídio.

“Quatro em cada cinco dos pesticidas mais frequentemente encontrados na lista 'Dúzia Suja' eram fungicidas e também foram encontrados em concentrações particularmente elevadas", disse Temkin.

Dois fungicidas - fludioxonil e pirimetanil - registaram uma maior concentração do que qualquer outro pesticida na lista dos "Dúzia Suja", de acordo com o relatório. O fludioxonil foi encontrado em 90% dos pêssegos e em quase 30% de todas as amostras da "Dúzia Suja", segundo o estudo. O pirimetanil foi descoberto em 65% das amostras de pêra, 30% das de maçã, 27% das de uva, 26% das de morango e 24% das de nectarina.

"Os fungicidas são frequentemente aplicados após a colheita para manter os produtos sem bolor a caminho do mercado. É provavelmente por isso que as concentrações eram tão elevadas em algumas amostras - mais altas do que outros pesticidas usados no início da estação de crescimento", disse Temkin. "A aplicação do fungicida também está mais próxima da altura em que os produtos são colocados nas prateleiras das lojas e os consumidores os consomem."

Escrito na pedra: O neoliberalismo é divertido até esgotar a dignidade dos outros


Written in stone: Neoliberalism is all fun until you run out of other people's dignity.

Anarco-capitalismo = Privataria

sábado, 20 de abril de 2024

Visão Europeu - Criticamente Em Perigo de Extinção


Actualmente existem menos de 500 indivíduos da espécie em Espanha, no País Basco, Navarra, La Rioja, extremo noroeste de Aragão e extremo nordeste de Castela e Leão. É possível que tenha ocorrido no nordeste transmontano; ainda hoje se debate a origem do visão do Velho Mundo na Península Ibérica e a sua área máxima de distribuição.

Actualmente existe um programa de reprodução em cativeiro na região de Toledo para tentar recuperar o nosso visão no nordeste de Espanha. A espécie está classificada como Criticamente Em Perigo de extinção na Lista Vermelha da UICN. Existem apenas três população viáveis, na Rússia, Roménia, e sudoeste de França e nordeste de Espanha. Uma das maiores ameaças a este mamífero é a competição com o visão-americano (Neovison vison), uma espécie exótica e invasora, que tem proliferado um pouco por todo o continente europeu, e está também presente no Norte de Portugal. Outras ameaças incluem a poluição de cursos de água, a destruição de habitat e humanização das paisagens.

Pacheco Pereira sobre Liberdade de Expressão

Pacheco Pereira a pôr os pontos nos iis , no Público. Sobre a Liberdade de Expressão. Não à cultura do cancelamento . Não à cultura do silenciamento e da omissão . Não à hipocrisia . Não ao encobrimento.


"A liberdade de expressão é a primeira fronteira da democracia. A única limitação à liberdade de expressão não é à própria liberdade de se dizer ou escrever o que se entende, por muito que me indigne o que lá está, mas sim saber se é crime ou não. Se for crime, de calúnia, difamação, invenção deliberada de mentiras para atacar alguém, ou qualquer outra forma de abuso legalmente tipificado, que os tribunais sejam chamados a punir os criminosos". Pacheco Pereira no Público.

As virtudes do dente-de-leão (Taraxacum officinale)


Olá eu sou o Dente de Leão
Quando você me vir, lembre-se que eu sou o único que quer e pode crescer naquele lugar específico.
Isto é porque:
  1. Ou o solo está muito compacto / duro / passado e quero soltá-lo com as minhas raízes.
  2. Ou há muito pouco cálcio no solo. Não se preocupe, vou enchê-lo com a morte das minhas folhas.
  3. Ou o solo é muito ácido, mas vou melhorar isso para você se me der uma hipótese.
  4. Ou uma mistura de todas as opções acima.
Estou aqui porque a sua terra precisa da minha ajuda, então é melhor me deixar crescer sem me incomodar! Quando tudo estiver consertado, irei desaparecer novamente - eu prometo!
Tentando me remover prematuramente com meu root? Não importa o quão meticuloso você seja, voltarei 2 vezes mais forte! Somente até que sua terra melhore.
Você pode até ver crescendo em que estágio está minha ajuda. Se os meus lençóis estão planos no chão, então estou longe de terminar meu negócio, mas se todos eles se levantarem, então estou quase terminando.
Eu sou uma das primeiras flores da primavera, então vou anunciar a primavera / verão para você.
Durante o dia, quando está calor, abro minhas flores, mas à tarde, quando está frio, fecho-as novamente rapidamente. Na verdade, se não estiver quente o suficiente durante o dia, não vou abri-los de jeito nenhum!
Minhas flores são o primeiro alimento para os insetos após a hibernação e, ao contrário da maioria das outras plantas, tenho pólen e néctar. E sou generoso com eles pelas abelhas.
Aliás, minhas flores são realmente deliciosas para você, sabia? Ele costumava-me chamar de mel (ou ouro) dos pobres, porque as minhas flores são muito doces. A Internet está cheia de receitas - veja-as.
Mas espere até o final de maio ou depois antes de começar a me cortar e mesmo assim, não corte toda a planta. A biodiversidade e as abelhas ficarão muito gratas!
E finalmente, quando você me vir e em vez de pétalas amarelas, eu tiver um balão de dente-de-leão com penugem, assopre forte e faça um pedido: vou tentar realizar!
De Seu Bom Amigo Dente de Leão.

sexta-feira, 19 de abril de 2024

Henri Cartier Bresson


Cada pessoa é um afluente da longa memória do mundo. Insubstituível como experiência e como testemunho. E ao mesmo tempo sinal da singular comunhão que a todos integra, para além do sofrimento e do ruído dos combates que tantas vezes nos dilaceram, na alegria e na tragédia da muito frágil condição humana.

Música do BioTerra: Apoptygma Berzerk - Apollo (Live on Your TV)

The sun is up
Mission begins
Suits and helmets on
Now we look like twins
Are we going to succeed, I wonder
Then they shut the door
And engines start to roar.

(Cameras rolling and we're ready to go!)

[Refrão] Live on your TV defying gravity
There's a pale blue planet beneath us
We're live on your TV dictating history
Knowing that they'll never believe us.

Staring at a paper moon
Thinking to myself,
I wish we'd go home soon
Inside the eagle's shell
We float in space
We know just what to do
Waiting for our cue.

(Cameras rolling and we're ready to go!)

[Refrão]

Spread the news from east to west
Greatest wonder of our time
We got it on film.

[Refrão] 2X

Documentário: O Papa, a Crise Ambiental e os Líderes de Destaque (The Letter: Laudato Si' Film)


The Letter conta a história do apelo do Papa pelo cuidado com nosso planeta. Para obter informações ou versões traduzidas e para tomar uma atitude, visite TheLetter Film

Em 2015, o Papa Francisco escreveu Laudato Si’ (A Carta), uma epístola sobre a crise ambiental dirigida a cada uma das pessoas no mundo. Alguns anos depois, quatro vozes que não foram ouvidas em conversações globais foram convidadas para uma conversa sem precedentes com o Papa. Vindos do Senegal, Amazonas, Índia e Havaí, eles trazem as perspectivas e soluções dos pobres, dos povos originários, dos jovens e da vida selvagem para a conversa com o próprio Papa Francisco. Este documentário acompanha suas viagens a Roma e as extraordinárias experiências que lá ocorreram e é recheado com histórias pessoais impactantes e tocantes, ao lado das mais atualizadas informações sobre a crise planetária e o preço que a natureza e o povo estão pagando. Saiba mais sobre os protagonistas e como você pode se juntar à ação em TheLetter Film

Porque, nas palavras de Lorna Gold, a presidente o Movimento Laudato Si’, “uma vez que conhecemos, não conseguimos mais ignorar.”

quinta-feira, 18 de abril de 2024

Encontros Improváveis: Charles Baudelaire e Fraunhofer Diffraction


Spleen
Quando o cinzento céu, como pesada tampa,
Carrega sobre nós, e nossa alma atormenta,
E a sua fria cor sobre a terra se estampa,
O dia transformado em noite pardacenta;

Quando se muda a terra em húmida enxovia
D'onde a Esperança, qual morcego espavorido,
Foge, roçando ao muro a sua asa sombria,
Com a cabeça a dar no tecto apodrecido;

Quando a chuva, caindo a cântaros, parece
D'uma prisão enorme os sinistros varões,
E em nossa mente em frebre a aranha fia e tece,
Com paciente labor, fantásticas visões,

- Ouve-se o bimbalhar dos sinos retumbantes,
Lançando para os céus um brado furibundo,
Como os doridos ais de espíritos errantes
Que a chorrar e a carpir se arrastam pelo mundo;

Soturnos funerais deslizam tristemente
Em minh'alma sombria. A sucumbida Esp'rança,
Lamenta-se, chorando; e a Angústia, cruelmente,
Seu negro pavilhão sobre os meus ombros lança!

Charles Baudelaire, in "As Flores do Mal"

Mark Twain - Life is short


“Life is short, break the rules, forgive quickly, kiss slowly, love truly, laugh uncontrollably, and never regret anything that made you smile.”
― Mark Twain

quarta-feira, 17 de abril de 2024

Parem de me seguir


Just STOP Oil


A minha opinião sobre transumanismo

O vídeo usa cenas do filme "In Time 2011"

Nunca fui muito adepto da tecnologia, a fé transumanista. Dizem eles que tudo pode ser resolvido com ciência (manipulada) e mais tecnologia. Mais do mesmo. Capitalismo é uma armadilha envenenada. Sou adepto sim de soluções baseadas na Natureza e um imperativo civilizacional de renaturalizar. Não sou primitivista, mas nada me consola que um bom livro, todo sublinhado, com notas pessoais. Detesto tablets. Não gosto da Icloud. Para quê? E a nossa privacidade, que o Metaverso utiliza para nos encharcar com anúncios, quase personalizados. Consumir, mais e mais recursos. Não dá. Há que desacelerar isto. Não tenho varinha de condão, mas o transumanismo é pernicioso e por vezes letal. 
Escolhi este trecho de um filme que nos alerta para um futuro que está aí à porta. Não augura nada de bom. Detesto transumanistas. Ponto.

terça-feira, 16 de abril de 2024

Luís Sepúlveda

Quarto-crescente - 14.04.2024
"E o meu irmão
sabe
muitas coisas.
Sabe, por exemplo,
que um grama de pólen
é como um grama de si mesmo,
docemente predestinado ao lodo germinal,
ao mistério daquilo que se erguerá vivo de ramos,
de frutos e de filhos, com a bela certeza das transformações,
do começo inevitável e do necessário final, porque o que é imutável
encerra o perigo do eterno, e só os deuses têm tempo para a eternidade."

Luís Sepúlveda

José Goulão – o sionismo explicado pelos sionistas. Como pensa e age a “raça pura”


Os árabes e muçulmanos… Sempre os árabes e muçulmanos culpados por tudo de mau que acontece aos judeus, a começar por quererem manter-se numa terra que não lhes pertence, uma vez que, voltando a citar o ex-primeiro-ministro israelita Naftali Bennet em 2022, «ainda vocês trepavam às árvores já nós tínhamos um Estado». Esta é uma das essências do sionismo e do seu racismo fundamentalista. Não é que existam formas benignas de racismo mas, tal como o regime de apartheid – cujo ideólogo, Cecil Rhodes, foi tão enaltecido pelo fundador do sionismo –, a teoria e prática em que assentam o Estado de Israel são um caso extremo e psicopata de racismo cultivado num ambiente doentio em que se cruzam aberrações teológicas, a crueldade mística e sádica emanando do Antigo Testamento, os mitos do «povo escolhido» e da «terra prometida» encarados como preceitos divinos a respeitar acima de quaisquer leis terrenas e das decisões tomadas pelos humanos não-judeus, que afinal existem «apenas para nos servir».
À resultante desta mistela de elucubrações tonificadas por uma ficção delirante na qual o ser humano que não seja «judeu» é a menor das preocupações do deus do sionismo, chama o Ocidente colectivo «a única democracia do Médio Oriente».
A função de Israel como um «polo da civilização no meio da barbárie», ou seja, o argumento que está na base do papel colonial e imperial geostratégico que o regime de Telavive continua a desempenhar, com a crueldade inerente, vem dos primórdios do sionismo; isto é, a componente mística e a nova cruzada na Palestina tiveram também no bojo os interesses económicos, financeiros e o controlo de rotas comerciais e matérias-primas dos poderes mundiais dominantes, na altura o Império Britânico. Não é por acaso que este assumiu o mandato internacional da Palestina, preparando o terreno para que o papel de colonizador transitasse para o sionismo.
Theodor Herzl especificou, no seu trabalho fundador, que um Estado judaico construído pelo sionismo será «um muro de defesa da Europa na Ásia, um posto avançado da civilização contra a barbárie (…) pelo que a Europa deverá garantir a nossa segurança». Herzl tinha, por certo, veia de «profeta», embora sem o mérito dos de antanho porque o desfecho era previsível perante um quadro de relação de forças tão definido como o da época, tal como o actual – embora este seja bem mais periclitante. Aliás, Joseph Biden parece ter herdado uma costela de Herzl: nos anos oitenta, quando ainda não era guiado pelos auriculares e pelo teleponto, dizia que «o Estado de Israel se não existisse teria de ser inventado».

Não é por acaso que o actual presidente dos Estados Unidos se define como «um cristão sionista». O sionismo assegura os interesses terrenos dominantes; a religião, que afinal pode não ser apenas a judaica, garante a mistificação da História e das realidades próprias do colonialismo, quando não do fascismo, independentemente das épocas. Um singelo exemplo doméstico: D.ª Lucinda Ribeiro Alves, uma fundadora do Chega, diz-se uma «evangélica cristã sionista», além de seguidora de Bolsonaro.
O sionismo é uma doutrina doentia, aberrante, oportunista e violenta que não pode, nem deve, ser confundida com o judaísmo e a cultura hebraica, muito menos com os povos semitas. O sionismo, seguindo a teoria e a prática dos seus mentores, é uma ideologia antissemita. David Ben Gurion, considerado o fundador do Estado de Israel, que se considerava laico e trabalhista, não deixou dúvidas quanto a isso ao afirmar que «as considerações sionistas prevalecem sobre os sentimentos judaicos e quando o digo não faço mais do que ter em conta os preceitos sionistas».
Os conceitos de «raça pura» e «povo escolhido» elevam, porém, o Estado de Israel para um patamar transcendente; são conceitos assustadores a todos os níveis e sob quaisquer perspectivas porque sustentam uma entidade supostamente dotada de imunidade, impunidade e de uma missão escatológica associada ao fim do mundo, o Armagedão, a luta final entre o bem e o mal biblicamente programada para o lugar de Meggido, por sinal no interior do território israelita. Não se creia que estamos apenas perante delírios místicos. Ariel Sharon, criminoso de guerra com o sangue dos mártires de Sabra e Chatila nas mãos e ex-primeiro ministro de Israel, garantiu numa entrevista ao jornal britânico Guardian que, em caso de confrontação limite no planeta, «temos capacidade para destruir o mundo e garanto que isso acontecerá antes de Israel se afundar».
Sharon nunca foi conhecido por ter muita garganta e ser um fanfarrão.

«Um projecto nacionalista, mais nada»
Sionismo e racismo são indissociáveis. Assentam na ficção mística e têm como objectivo terreno a expansão do poder judaico de origem europeia, dotado de um estatuto civilizacional e humanista de que o Ocidente colectivo se declarou proprietário, através de vastas zonas de influências económicas, estratégicas e, sobretudo, militares do Médio Oriente.
Pode dizer-se que o Estado de Israel é um pequeno território. Pode até acrescentar-se um desabafo da antiga primeira-ministra sionista Golda Meir: «A única coisa que tenho contra Moisés é ele ter andado 40 anos no deserto para nos conduzir ao único lugar no Médio Oriente que não tem petróleo. Se Moisés tivesse virado à direita em vez de ter virado à esquerda teríamos petróleo e os árabes areia».
O errado palpite geográfico de Moisés, no entanto, é uma coisa que se corrige. Segundo a mesma Golda Meir, «a fronteira de Israel é onde os judeus vivem, não onde existe uma linha no mapa».
Considerações afins já tinham sido proferidas por Ben Gurion vinte a trinta anos antes ao enunciar o dogma de que «a pedra de toque do sionismo é a verdadeira colonização conduzida por judeus em todas as regiões da Terra de Israel», um conceito que então ainda deixou em aberto. Posteriormente o primeiro primeiro-ministro de Israel avançou na especificação dessa ideia, embora sem desvendar ainda totalmente o jogo, ao declarar que «o Estado será apenas uma etapa na realização do sionismo e a sua tarefa é preparar a expansão; o Estado deverá preservar a ordem não apenas pregando a moralidade mas também com metralhadoras, se necessário».

Dito e feito. No «protocolo de governo» quando se tornou primeiro-ministro, em 1948, Ben Gurion estabeleceu que «devemos partir para a ofensiva com o objectivo de esmagar o Líbano, a Transjordânia (actualmente Jordânia) e a Síria». Citado pelo Times of Israel, o lendário dirigente sionista e israelita desvendou a sua estratégia militar: «quando bombardearmos Amã eliminaremos também a Cisjordânia e então a Síria cairá; sem qualquer esforço militar especial que ponha em perigo as outras frentes, apenas usando as tropas já designadas para essa tarefa, poderemos limpar a Galileia», no norte do território actual de Israel até à fronteira com o Líbano, o que implicou a expulsão de pelo menos 100 mil palestinianos. Ben Gurion «limpou» a Galileia, é certo, mas outras alíneas do programa continuam por cumprir – percebendo-se, no entanto, que não foram retiradas do pacote de ambições sionistas.
Num conselho ao então jovem oficial Ariel Sharon, dado no seguimento do massacre na aldeia de Qibya em 1953 – chacina de 70 pessoas, dois terços das quais eram mulheres e crianças, não faltaram mestres aos genocidas de agora em Gaza – Ben Gurion disse que «a única coisa que interessa é podermos existir aqui na terra dos nossos antepassados; e que mostremos aos árabes que há um alto preço a pagar pelo assassínio de judeus». «Existir» nesta terra, de acordo com o pensamento do primeiro chefe de um governo israelita, significa «que devemos aceitar as fronteiras de hoje, mas os limites das aspirações sionistas são uma questão do povo judaico e nenhum factor externo será capaz de limitá-lo». Palavras que são todo um inequívoco programa político-militar genocida, ignorando deliberadamente o direito internacional.