Factory Farm Map , criado em 2007, tem sido um instrumento poderoso de expôr factos e relacionar dados, com a agricultura nos EUA, através de um mapa interactivo. Um exemplo a seguir em mais países.
sábado, 31 de dezembro de 2011
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Noam Chomsky: como o debate sobre alterações climáticas tornou-se uma fraude liberal
Um tema para fechar o ano de 2011: as alterações climáticas de origem humana - é urgente uma refocagem!
Neste vídeo sexto da série "Pico do Petróleo e um Clima em Mudança" do The Nation e On The Productions Terra, filósofo, linguista e ativista político Noam Chomsky fala sobre a Câmara de Comércio, o American Petroleum Institute e outros negócios lobbies com entusiasmo a realização campanhas "para tentar convencer a população que o aquecimento global é uma farsa liberal." De acordo com Chomsky, esta enorme campanha de relações públicas tem conseguido levar uma boa parte da população em dúvida as causas humanas do aquecimento global.
Conhecido por suas críticas à média, Chomsky não é titular de volta neste clip, colocar a culpa na média tradicional, como o New York Times, que será executado nas primeiras páginas com artigos sobre o que os meteorologistas pensam sobre o aquecimento global. "Os meteorologistas são meros leitores de ponto dizendo se vai chover amanhã", diz Chomsky. "O que eles têm a dizer mais do que seu barbeiro?" Tudo isso faz parte da perseguição da média contra a "objetividade" e vendem mentiras com lucros fabulosos.
De particular preocupação para Chomsky é a atmosfera de medo, raiva e hostilidade que reina atualmente na América. O ódio do público dos democratas, os republicanos de negócios, grandes e bancos e desconfiança do público de cientistas todos levam à desconsideração geral para as conclusões do "pointy-headed elitistas". As eleições de 2010 poderia ser interpretado como uma "sentença de morte para a espécie" porque a maioria dos republicanos no Congresso são os negadores do aquecimento global. "Se isso estivesse acontecendo em algum país pequeno", Chomsky conclui, "não importaria muito. Mas quando se está acontecendo no país mais rico, mais poderoso do mundo, é um perigo para a sobrevivência da espécie."
Visite www.TheNation.com para saber mais sobre "Peak Oil e um Clima em Mudança", e ver os outros vídeos da série.
Para saber mais sobre Noam Chomsky:
Articles and videos featuring Noam Chomsky at AnarchismToday
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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Dívidas privadas: consumo crítico e (eco)consciente - estudo sobre o perfil dos sobrendividados em Portugal (2008)
A fechar o ano 2011, temos que abordar a crise portuguesa. Ela é económica, política e cultural e terá que ser resolvida em contexto europeu, no contexto da CPLP e no contexto global, mediante a recusa do status quo do medo, da especulação e sentirmo-nos "paralisados" sem nada fazer. De facto podemos e devemos fazer a nossa parte por uma globalização contra-corporações e por um pacto sócio-ecológico imune ao feitiço do crescimento económico.A medio-longo prazo devemos reconhecer que se não civilizarmos a economia, corremos o risco de enormes passivos socio-ecológicos que vamos chutar para as gerações vindouras. Creio que não é isso que desejamos. Já conseguimos muito mas há que mudar de civilização. Vamos a tempo? [1]
[1] Adaptado do livro "Portugal- ensaio contra a auto-flagelação" de Boaventura de Sousa Santos
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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
O mais e o menos do Portugal agrícola
Factor humano é uma das maiores limitações
Os pontos fortes
O sector leiteiro Portugal não só é capaz de produzir o leite que consome como ainda dispõe de uma ligeira margem para exportar. Mais: num sector aberto ao investimento estrangeiro, as marcas nacionais continuam a dominar o mercado. O sucesso do sector resulta em grande parte do trabalho da rede de cooperativas do Norte e do Centro do país que se uniram para criar o gigante Lactogal. A concorrência e a procura da eficiência afastaram dezenas de milhar de pequenos produtores do negócio e, nos dias de hoje, a redução dos preços está a causar ameaças aos que restam. Mas, numa área difícil, a agricultura nacional saiu-se bem.
Azeite É talvez o mais fulgurante caso de sucesso dos últimos anos. Por volta de 1960, a produção de azeite foi ameaçada pelos incentivos políticos concedidos aos óleos vegetais. Quando entrou na CEE, Portugal importava mais de três quartos das suas necessidades, embora reexportasse uma parte. A cultura caiu no esquecimento, mas uma série de investimentos espanhóis, nota Sevinate Pinto, “ensinou-nos como se faz”. Ainda que tenhamos de comprar quase metade das nossas necessidades, na última década fez-se o maior olival do mundo, a área cresceu 10 mil hectares entre 2005 e 2009 e quando os jovens olivais entrarem em produção Portugal pode ficar perto da auto-suficiência.
Frutas e legumes Há anos que se anunciava o potencial nacional para as frutas e legumes e agora esse potencial começa a dar frutos. No ano passado, as exportações do sector ficaram quase 200 milhões de euros acima das do vinho. Sem alarido, nas zonas do Oeste ou no vale do Mira, jovens empresários, voltados para o mercado e abertos à exportação começaram a tornar o sector num caso sério. Portugal é excedentário em legumes, mas, apesar do lento salto na produção de fruta, ainda depende em 35 por cento do que consome do exterior. O país está ainda a ganhar fôlego em novas produções, com o destaque para o kiwi.
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Palestra: O que Darwin diria ao Homem contemporâneo?
O que dizem os biólogos sobre as famílias? Como confrontar as estatísticas com a biologia da espécie Homo sapiens sapiens? Eis algumas respostas interessantes, num debate sempre polémico, mas encontrei nesta palestra um bom balanço do que são as "famílias" do homem moderno e como responderia Darwin perante a desmultiplicação de uma unidade tão crucial ao homem como são as famílias e os genes.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
domingo, 25 de dezembro de 2011
25 de Dezembro: Caccini's Ave Maria
Foi cantada ao vivo pelo contratenor Coreano/Canadiano David Lee DQ num programa de música muito popular entre os Coreanos chamado de "Carta de Amor/Do-Hyun Yoon", em Abril de 2008.
sábado, 24 de dezembro de 2011
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
BP abandona a energia solar fotovoltaica
Sei mesmo quem são os mais vígaros no planeta...não são apenas os eurodeputados, os políticos fracos, as multinacionais...é o sistema obscuro plurinacional em que uns poucos ficam muito ricos e empobrecem e subjugam biliões de humanos...enquanto "alimentarmos este sistema" somos todos culpados e estaremos em ruína, em petroapocalipse e num sistema tóxico e radiocativo e de guerra permanente.
[fonte: Energías Renobables] A reestruturação empreendida pelo aparelho BP empresa adaptada aos novos tempos no setor PV não foi suficiente ea empresa britânica decidiu deixar a energia solar. Isto é declarado em um e-mail interno enviada por empregados da BP que teve acesso a Energia Renovável .

Esta carta anuncia que "nós fizemos a difícil decisão de deixar o negócio", referindo-se às atividades solares que a empres manteve . A determinação complicada após quase 40 anos de compromisso com a energia solar. " O texto explica que os principais mercados solares todo o mundo têm sofrido profundas alterações nos últimos anos e reconhece que a BP não tem sido capaz de gerar as margens necessárias para manter o negócio de energia solar. BP anunciou no correio interno empregados nos próximos meses para completar os projetos a ser desenvolvido e tomará as medidas necessárias para transferir as suas obrigações e ativos. Da mesma forma, ele lamenta o impacto que terá cerca de 100 trabalhadores que anuncia medidas de apoio alternativas à BP, e subsídios de desemprego.
Espanha já viveu o adeus da BP Solar
BP Solar fechado na primavera de 2009 era uma fábrica de células e montagem que situada em Madrid, e esta medida afectou 480 trabalhadores. Então, a empresa disse que a medida era "parte da estratégia global da BP Solar para alcançar uma posição competitiva a nível mundial." Seus planos eram de "reestruturar as atividades de produção para reduzir custos e melhorar a sua competitividade a nível global." Agora, dois anos mais tarde, deixando a nível mundial de energia BP solar. Na carta enviada aos funcionários, assegurando que ele continua comprometido com as energias renováveis e recorda três ações realizadas durante 2011 em biocombustíveis com a aquisição da Companhia Nacional de Açúcar e Álcool (CNAA), o aumento participação na Tropical Bioenergia SA e a instalação de três parques eólicos nos Estados Unidos
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Infografia- Se a energia solar recebesse os mesmos subsídios que o petróleo (estudo de caso nos EUA)
Não acredito muito nas subsidiarizações, baseadas no petróleo e carvão (quase em exclusivo e culturalmente imposta/aceite) e nunca/jamais para o nuclear. Acredito mais na socialização de várias fontes de energia renováveis, incluindo a solar e a hidrogénio e em especial a biomassa.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Energia Solar a 23% (?) : Portugal em perfeito contraciclo com as grande potências económicas europeias e mundiais
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Locais do globo com forte potencial para a energia solar [fonte] |
1. Espanha, Japão, China projectam-se na energia solar e eólica. Cá a energia solar em 2012 passará para IVA de 23% e sem benefícios fiscais. É o enterro do País?
China has set a target for installed solar power generating capacity to reach 15 gigawatts by 2015 and wind power capacity to hit 100 GW2.O caso execpcional da Índia: num ano aumentou 6 vezes mais a sua produção em solar! [link]
3.Os Japoneses não lamentam ou vivem a vida a chorar os problemas e aprendem com Fukushima: Japão instalou 1.3GW atingindo o top-5 ranking
4.Ver todo o Panorama Mundial e rankings neste relatório, publicado em 13 de Dezembro, em que a Itália destrona a Alemanha [mais detalhado aqui].
Actualização do Dossiê Planificando a Sustentabilidade.
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Alterações cimáticas e energia: tantas assimetrias e desiguldades no acesso
Eu diria de cor algumas caras "megeras" que andam por aí, em várias línguas. Lembremo-nos que a linguagem falada é uma componente exclusivamente humana, bem como a noção de futuro. A era pós-pico de petróleo será muito dolorosa, se não mudarmos o sistema, se não fizermos a transição e corrigirmos o crescimento populacional da nossa espécie.
1. Os subsídios que estimulam o consumo excessivo de combustíveis fósseis subiram para mais de 400 000 milhões de dólares. O número de pessoas sem acesso à electricidade manteve-se ao nível inaceitavelmente elevado de 1,3 mil milhões, representando cerca de 20% da população mundial.
2. As importações de petróleo para os Estados Unidos da América, o maior importador mundial actual, diminuem à medida que os ganhos de eficiência reduzem a procura e que são desenvolvidas novas fontes de abastecimento, como o petróleo leve condensado; contudo, a dependência crescente das importações de petróleo nas outras partes do mundo aumenta as preocupações sobre o custo das importações e a segurança dos abastecimentos. Em 2035, quatro quintos do petróleo consumido nos países Asiáticos não membros da OCDE provêm de importações, enquanto esse valor representa apenas pouco mais de metade em 2010. Globalmente, a dependência aumenta em relação a um número de produtores bastante limitado, sobretudo na região MENA, com o petróleo a transitar por vias de aprovisionamento vulneráveis. Em valores agregados, o aumento da produção oriunda desta região é superior a 90% do crescimento necessário na produção mundial de petróleo, elevando a quota-parte da OPEC na produção global para mais de 50% em 2035.
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domingo, 18 de dezembro de 2011
Alterações climáticas: o que são? o que fazer?
Video produzido pela Secção de Mato Grosso do Movimento Nacional de Direitos Humanos do Brasil
Ver e seguir o blogue
sábado, 17 de dezembro de 2011
Buxtehude - Jesu meines Lebens Leben
Posso dizer que a minha relação com a religião é mais académica e estética do que propriamente fé ou aceitação passiva de ritos e até muitas vezes tomo posições provocadoras, pos vejo pouca consistência entre os textos e as condutas das hierarquias, a burocracia e outros impedimentos humanos ao entendimento mais justo e profundo dos textos fundadores ou "cultura" das religiões que existem no mundo. Há, contudo, tecidos similares em quase todas elas: a compaixão, a solidariedade, a elevação moral e algumas histórias/estórias formativas.
Trouxe-vos este trecho de Buxtehude. Os primeiros versos traduzidos dizem o seguinte:
"Mil, mil vezes, Amo Jesus, Vós estais agradecido por isso.
Ó, que resistiu a blasfémias, escárnio e desprezo,
Cuspidelas, pauladas, cordas e algemas,
Filho Justo de Deus,
Abraço-me a Ti para salvar-nos das cadeias do diabo e do Pecado!
Mil, mil vezes Amo Jesus"
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Pacto dos Autarcas pelo Clima
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Grande Botânico Joseph Dalton Hooker (1817-1911)- centenário da sua morte
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Talauma Hodgsoni, do Livro 'Illustrations of Himalayan Plants" |
Saiba mais sobre este grande explorador aqui
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Sobre o Projecto "Compre o que é Nosso"
Esta campanha iniciada em 2007 (creio) recolhe como muitas outras campanhas escolares a baixa auto-estima e o preconceito e alheamento de alguns portugueses. Postas as barreiras políticas de lado (falso ou exagerado patriotismo) temos o direito de escolher o que é bom, e numa economia dita globalizada, nem tudo o que é português também se pode dizer que é BOM. Mas por outro lado deixemo-nos de preconceitos e de achar que só do estrangeiro existe qualidade e que é BOM ou "bonito".
Dá trabalho escolher, pois dá. É muito mais confortável irmos aos centros comerciais e despejarmos lá todo o dinheiro e termos a sensação de bem-estar. Mas não fizemos bem...há qualquer mágoa, quando descobrimos que quase tudo "estrangeiro" foi made in China ou India ou Thailand.
Pois bem, também já estamos um pouco "vacinados" com o que fazem a PT, EDP e GALP aos conterrâneos: tudo a preços muito altos para o bolso e salários que recebemos. Parece que fazem de nós parvos.
E de facto também vemos que a tão propalada competição de preços afinal em Portugal não existe. As restantes companhias rivais (seja Vodafone, Repsol, etc) mesmo já muito confortáveis com lucros da globalização, "roubam-nos" indecentemente, pois os preços por elas praticados são iguais aos da PT e GALP(!).
Por favor saia de casa, não vá para os centros comerciais e procure melhor.Às tantas encontra o que procura, é português e inovador, sem ser necessariamente "moderno" ou "inferior"- interessa é que o que comprarmos seja BOM e a preço JUSTO (que proteja o produtor e o trabalhador).
Procure a lista de empresas aderentes ao "Compre o que é Nosso" aqui
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Um índio guaraní e um argentino assassinados por defenderem as florestas
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Inez e Vinoodh para Alexander McQueen- V Magazine 2004 |
Fonte:No Soy Un DomingueroNo olvidemos que se estima que hay más 150 millones de personas en el mundo que viven y dependen de los bosques. Sólo 24 millones en la Amazonia.Cuando hablamos de la protección de los últimos bosques primarios, significa que las comunidades locales y pueblos indígenas puedan seguir teniendo acceso a los recursos, impidiendo que grandes corporaciones y empresas madereras, del sector agropeacuario etc, acampen a sus anchas esquilmando ecosistemas de un valor fundamental para el Planeta. Hay numerosos conflictos sociales por el control y el acceso a las tierras que están queriendo ser robadas y usurpadas por grandes corporaciones. Por ello, muchos pueblos luchan por el derecho a sus tierras ancestrales, por su protección.Desde Argentina, hace unas semanas conocíamos la noticia del asesinato de Cristian Ferreyra, un joven dirigente del Movimiento Campesino de Santiago del Estero-Vía Campesina que se resistió al desmonte y desalojo de su tierra en Santiago del Estero.Una de sus demandas era avanzar de forma urgente en la titularización de las tierras que habitan campesinos e indígenas desde hace varias generaciones. En Argentina ya se perdieron el 70% de los bosques primarios (la mayor extensión de bosque templado intacto del mundo), entre 1998 y 2006 la superficie deforestada en Santiago del Estero fue la mayor de Argentina y alcanzó las 821.283 hectáreas.En otro área de bosque primario, la Amazonia, un líder era asesinado por pistoleros. Pertenecía a la comunidad indígena guaraní que había vuelto a los que son sus tierras ancestrales a principios de noviembre, y allí se mantenían acampados.No son las únicas personas muertas, ya repudiamos los asesinatos del matrimonio Maria do Espírito Santo Ribeiro y José Claudio Ribeiro y de otros muchos casos como el líder campesino Adelino Ramos, conocido como Dinho.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
A brutal lógica das alterações climáticas
Let's walk through Anderson's logic.
1. How much can global average temperature rise before we risk "dangerous" changes in climate? The current consensus answer is: 2 ºC [3.6 ºF] above pre-industrial levels.The 2 ºC number has been around for over a decade and was reaffirmed by the Copenhagen Accord just last year. Deciding on an "acceptable" level of temperature is a political and somewhat arbitrary judgment, of course, since it lets one number stand in for a wide range of heterogeneous considerations. But it's an important marker. And when it was first developed, it was based on the science of the day.
Here's a chart attempting to show, in simplified form, what amount of temperature rise will produce dangerous effects (the red zones) and what the 2 ºC level means:
Seems sensible enough. But there's a hitch: Climate science has not stood still for the last decade. According to the latest research, the level of damages once expected at 2 ºC is now expected at considerably lower temperatures. Here's a graph that shows science's evolving understanding:
As you can see, the 2 ºC "guardrail" that separated acceptable from dangerous in 2001 is, in 2009, squarely inside several red zones. Today, the exact same social and political considerations that settled on 2 ºC as the threshold of safety by all rights ought to settle on 1 ºC [1.8 ºF]. After all, we now know 2 ºC is extremely dangerous.
At this point, however, stopping at 1 ºC is physically impossible (we can thank our past inaction for that). Indeed, as we'll see, stopping at 2 ºC is getting close to impossible as well. There is no longer any reasonable chance of avoiding "dangerous" climate change, so 1 ºC vs. 2 ºC is a somewhat academic debate. At this point we're just shooting to avoid super-duper-dangerous. Regardless, the numbers that follow are based on 2 ºC.
Digo e repito sempre: estamos numa encruzilhada em que privado/público deixará de fazer sentido quando cair todo o carbono e pesticidas reflectidos em nossas vidas. SE NADA houver um empoderamento colectivo em refrear a banca, descredibilizar as empresas de rating e colocarmos os autores e "empresas" de paraísos fiscais em Tribunais Internacionais, o quanto antes...não auguro nada de bom.
Para saber mais
- Kevin Anderson Beyond 'dangerous' climate change artigo (paper)
- The brutal logic of climate change, por David Rogers (faz uma análise do artigo científico)
domingo, 11 de dezembro de 2011
2011- No Ano Internacional da Química
1. Documentário "Dimitri Mendeleev e a Tabela Periódica dos Elementos Químicos"
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Sítio Oficial aqui |
2. Podem consultar o meu Dossiê Química,Segurança Química (pesticidas e poluição), Farmacêutica e Bioquímica (sempre em actualização)
3. Compreender as Alterações Climáticas na perspectiva da Química (em inglês)
É um sítio compreendendo 9 aulas (a 9ª está em fase de conclusão) completamente interactivas. Cada lição contem informação, resumos, testes e glossário (em inglês)
5. Tom Lehrer- Chemstry Element Song
sábado, 10 de dezembro de 2011
Dia Mundial dos Direitos Humanos - keep breathing:: mantem-te a respirar
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Fonte: Fora da Estante |
No dia 31 de Janeiro de 1891 a cidade do Porto assistiu a um levantamento militar contra as cedências do Governo ao ultimato britânico de 1890. A revolta, liderada por capitão Amaral Leitão, alferes Rodolfo Malheiro, tenente Coelho e por outras figuras intelectuais da época, (Alves da Veiga, Basílio Teles, João Chagas, Paz dos Reis, Sampaio Bruno e Verdial Cardoso), foi a primeira tentativa de implantação do regime republicano em Portugal. Os revoltosos foram parados por um poderoso ataque da Guarda Municipal que fuzilou a multidão em marcha, tendo-se aí registado meia centena de vítimas.
SÍTiOS OFICIAIS das COMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIO DA REPÚBLICA (2010):
Centenário da República nas Escolas
Newsletters do Centenário
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
O Plano Nacional de Barragens vai custar ao Estado (e a todos nós) 16 mil milhões de euros, vão produzir 0% de energia líquida e vamos ter a factura mais cara da Europa!
Esta e outras irregularidades (nomeadamente falta de transparência nos processos) denunciadas neste programa do Biosfera!
Outras consequências
Barragens de rios provocam erosão no litoral
Outras consequências
Barragens de rios provocam erosão no litoral
As barragens de rios - tanto as que servem a hidrelétricas quanto as que têm a função de manter açudes em ambientes áridos - impactam a zona costeira a quilómetros de distância de onde foram construídas. É o que prova um estudo do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Transferência de Materiais Continente-Oceano, que ganhou neste ano o Prêmio Fundação Bunge no tema Oceanografia.
"Quando se constrói uma barragem, parte dos sedimentos que o rio levaria para o mar acaba ficando no mesmo lugar. Estima-se que hoje em dia os oceanos recebam apenas 50% dos sedimentos transportados há 100 anos, antes da construção das grandes represas", afirma Luiz Drude de Lacerda, pesquisador que trabalha na bacia do Rio Jaguaribe, que corta 70% do Ceará e tem 87 reservatórios de água.
Esse material deveria repor o alimento das espécies marinhas e substituir parte do terreno que é engolido pela ação do mar. Por isso, Drude defende que os relatórios de impacto ambiental de barragens considerem também os ecossistemas marinhos onde os rios afetados desaguam. Fonte: Estadão Brasil
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
O Projecto Planet Design
O Projecto Planet Design tem como objectivo potenciar, revitalizar e dinamizar a indústria mobiliária.
É uma parceria entre entidades Portuguesas, Italianas e Espanholas onde os seus esforços serão aplicados na investigação, informação e divulgação de novas formas de produção e introdução de novas matérias primas aplicadas, também em conjunto com a madeira.
O projecto pretende assim contribuir para a melhoria no sector, onde não se deve descurar as tendências de mercado com base na inovação, estética e sustentabilidade ambiental.
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Degas,Bailarinas,Chopin e Maria João Pires
Consultar todas as postagens BioTerra sobre Bailado
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
domingo, 4 de dezembro de 2011
Os Novos Saberes dos Professores, por Roberto Carneiro
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
2050: o mundo poderá ser sustentadamente alimentado por energias renováveis
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Segundo o novo estudo da WWF, toda a energia que o mundo necessita pode ser obtida de forma limpa, renovável e economicamente sustentável até 2050, reduzindo-se assim drasticamente as ansiedades sobre energia, segurança, poluição e não menos importante, alterações climáticas catastróficas.
O Relatório Energia (The Energy Report), depois de dois anos de trabalho, aponta para um novo caminho, a energia total necessária, incluindo os transportes, pode ser totalmente obtida de forma segura e adequada. “Se continuarmos a depender dos combustíveis fósseis enfrentaremos um futuro de ansiedade relativamente aos custos da energia, segurança e impactos das alterações climáticas”. “O Relatório Energia mostra que em quatro décadas podemos ter um mundo de economias vibrantes e sociedades alimentadas por energia limpa, barata e renovável e com uma boa qualidade de vida. Este relatório é mais do que um cenário – é um apelo á acção. Podemos atingir um futuro renovável e limpo, mas temos que começar agora.”
O relatório que contém uma análise detalhada e um cenário apresentado pela Ecofys, respeitada consultora para a energia, e uma análise da WWF, mostra que até 2050 as necessidades de energia, de transporte e de energia doméstica e industrial podem ser satisfeitas com usos residuais de combustíveis fósseis e nucleares.
No cenário da Ecofys, em 2050 a procura total de energia será 15 por cento mais baixa do que em 2005, apesar do aumento da população, dos outputs industriais, das viagens e dos transportes de mercadorias. O mundo não irá depender do carvão ou dos combustíveis nucleares, enquanto as regras internacionais e a cooperação limitarão os potenciais estragos ambientais gerados pelo desenvolvimento do biocombustível e da hidro-electricidade.
Ter energia limpa a custos controlados à escala necessária requererá um esforço global, semelhante à resposta global à crise financeira mundial, mas os benefícios serão muito superiores a longo prazo a nível da energia renovável comparativamente aos investimentos necessários nesta área das renováveis e da eficiência energética até 2040; a WWF estima que num cenário de “Business-As-Usual” os custos da energia limpa até 2050 serão de 4 triliões de euros. Do ponto de vista político e ambiental, providenciar energia limpa pode evitar conflitos internacionais relacionados com o abastecimento de energia, riscos de derrames de petróleo e quebras nas cadeias de abastecimento de combustíveis que são inerentes à exploração dos combustíveis fósseis.
O cenário do Relatório Energia considera que a redução de 80 por cento das emissões de CO2 no abastecimento de energia a nível mundial até 2050, prevendo que o aumento da temperatura média anual será limitado a menos de dois graus Celsius, evita desta forma catástrofes ao nível dos impactos das alterações climáticas. “Viveremos de forma diferente, mas viveremos bem,” “Temos que garantir energia para todos sem prejudicar o nosso planeta e este relatório mostra que nós somos capazes.”
Portugal tem já um caminho percorrido nessa direcção: uma elevada percentagem da energia que consumimos é renovável e é estratégico o investimento no desenvolvimento destas fontes de energia (como a energia das ondas). Conta ainda com experiências a nível das smart-grids e dá os primeiros passos a nível de mobilidade eléctrica (carro eléctrico), cujo combustível (electricidade) terá uma fracção de energias renováveis, o que não acontece com a mobilidade a gasóleo ou gasolina. “Estes investimentos têm de se manter para se atingir o Cenário da Energia Limpa em 2050”.
“Portugal enfrentará ainda grandes desafios para atingir este cenário. Existe um longo caminho a percorrer ao nível de melhoria da eficiência energética, ao nível agrícola e industrial (produção de produtos) e ao nível dos edifícios. Existe também a questão do transporte: a necessidade de desenvolver e melhorar o transporte público, bem como promover a sua utilização.” “Também ao nível do planeamento e ordenamento do território deverá considerar-se a minimização da necessidade e do tempo de deslocação, de forma a reduzir os consumos em energia e as emissões de gases de efeito de estufa”.
O Relatório de Energia 2011Resumo Técnico do Relatório de Energia 2011
Fontes: WWF; naturlink.sapo.pt e Bem Comum
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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Mapa do Dia - a vulnerabilidade à desertificação em todo o mundo
Desertificação é o fenómeno que corresponde à transformação de uma área num deserto. Segundo a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, a desertificação é “a degradação da terra nas regiões áridas, semi-áridas e sub-húmidas secas, resultante de vários factores, entre eles as variações climáticas e as actividades humanas”. Considera-se as áreas susceptíveis aquelas com Índice de Aridez entre 0,05 e 0,65.
Portugal e Espanha estão entre os três países mais desertificados da Europa segundo a Agência Espacial Europeia.
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quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Curta-Metragem- The Beuty of Polinization: Uma comunidade polinizadora
Todos nós dependemos uns dos outros. We all depend each other
No dia da votação da vergonha do orçamento para 2012, apesar das empresas rating e miserabilização da condição humana do nosso País,resolvi trazer este vídeo, como bâlsamo e esperança e tentativa de mudar as nossas mentes (ricos e pobres, emigrantes e imigrantes, séniores e jovens) e sintonizarmos mais e ainda mais com a Natureza. Temos um mundo que vale a pena (sobre)viver e, em comum, defendermos a conservação do ambiente.
Video retirado do Ted Talk com o realizador de cinema naturalista Louie Schwartzberg, extraídas por sua vez do filme "Wings of Life" que alerta para a extinção das abelhas melíferas.
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Ted Talk (imprescindível!)- Como a desigualdade económica prejudica as sociedades, por Richard Wilkilson
Um grande contributo para percebermos como é a redistribuição da riqueza, mais concretamente a desigualdade nessa distribuição, que é a causa dos males que atravessamos e de como não é empobrecendo para que os bancos e a finança continue a amealhar a fatia de leão da riqueza produzida, que algum dia vamos melhorar.
Vejam o quanto somos pobres (somos os europeus mais parecidos com os asiáticos) e quão grande é a diferença, em Portugal, entre os ricos e pobres, e as consequências que isso tem na nossa vida e no nosso país.
Uma vergonha que a política do séc. XXI esconde e quer agravar com cortes de pensões e salários (subsídios de férias e Natal e trabalho não pago), fazendo o povo acreditar que professores, enfermeiros e a classe média em geral ganhamos bastante e é esta corrupção e fosso salarial não só é a causa, como a solução da dívida. Além disso a Europa precisa de uma nova força, pois estas medidas cada vez sabemos que irá agravar mais o fosso intergeracional, mais destruição das poucas areas selvagens que nos resta e mais desertificação e menos esperança de vida em Portugal. Nós não cumpriremos sozinhos o assalto generalizado aos bens comuns perpetrados pelas agências de rating e donos dos paraísos fiscais. Precisamos ansiosamente por uma União Europeia mais proactiva.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Sobre os séniores em Portugal - divulgação de estudo exaustivo e a urgência de pontes intergeracionais
O facebook traz pessoas espantosas e dá a conhecer/partilhar documentos importantíssimos como este que encontrei a partir de uma docente universitária em Lisboa, Rosa Silvestre (Argentina). O facebook não é apenas um mero espaço lúdico, para jogos ou com interesses promocionais e angariar mais clientes.
Por isso e porque a escola e a sociedade portuguesa estão cada vez mais exigentes, urge a meu ver a criação de pontes intergeracionais. Enquanto docente, pai e porque não tive avós, procurei sempre nos mais velhos sinais e modelos da pessoa que sou hoje.
E é sobretudo esta mensagem que desejo passar e simultaneamente dar a conhecer este documento, quiçá útil para muitas famílias e acções de formação futuras.
Partilho ainda o texto que me chegou às mãos da minha amiga Rosa , desejando que tanto o texto como o estudo (mais de 300 páginas) crie raízes mais profundas, mais solidárias e mais rigor no debate urgente do envelhecimento da nossa população e amor/paixão por estudar e aprender mais e mais, numa sociedade em crise.
domingo, 27 de novembro de 2011
Relatório da Food & Water Watch sobre os OGM nos EUA

B) "Em 2010, mais de 365 milhões de hectares de transgénicos foram cultivados em 29 países - representando 10 por cento da área cultivada global"
C) "Nos Estados Unidos, a clonagem é usada principalmente para produzir touros de rodeio e outros alimentos não-animais, mas também já se acredita que existem no país várias centenas de animais clonados para alimentação."
Clica aqui para descarregares o documento da Food and Water Watch
2. Mais um estudo científico, desta feita durante uma década, comprova os efeitos negativos dos OGM nas rações de animais e nos seres humanos: Animais ficam mais gordos e sofrem alterações a níveis intestinais. Foram identificadas alterações no sistema imunitário do Homem e presença da toxina Bt OGM nos fetos humanos, entre outros efeitos.[estudo aqui]
Informações e mais hiperligações no Dossiê Transgénicos e postagens do BioTerra sobre OGM.
Informações e mais hiperligações no Dossiê Transgénicos e postagens do BioTerra sobre OGM.
sábado, 26 de novembro de 2011
No Ano Internacional da Floresta- Uma pequena biografia de John Seed - Wild Earth, Wild Mind, Wild Heart
Soberba lição de maturidade intelectual, cívica e ecocentrica. Muito grato por este vídeo.Biografia de John Seed aqui
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Lynn Margulis, autoridade mundial em biologia evolutiva, morre aos 73 anos
[Fonte: Terra Ciência] A cientista americana Lynn Margulis, conhecida por seus trabalhos sobre a origem e evolução das células, e considerada uma autoridade em biologia evolutiva, morreu aos 73 anos em sua casa em Amherst (Massachusetts, Estados Unidos). Margulis, segundo um comunicado divulgado nesta quarta-feira pela Universidade de Massachusetts, onde deu aulas, morreu em sua casa na terça-feira em consequência de um acidente vascular cerebral que sofreu recentemente.
A cientista ficou conhecida por sua teoria da simbiogênese, que desafia as teorias neodarwinistas com o argumento que as variações herdadas não se devem a mutações ao acaso, mas à interação entre os organismos em longo prazo. Segundo Margulis, a origem das primeiras células com núcleo se deu a partir da fusão de bactérias primitivas há bilhões de anos, com o que essas bactérias seriam um fator a levar em conta na origem da vida.
Margulis, doutora honoris causa pela Universidade Autônoma de Madri e agraciada com a Medalha Nacional de Ciência dos EUA em 1999, foi também uma das impulsoras, ao lado do britânico James Lovelock, da Teoria de Gaia. Segundo a hipótese colocada nesta teoria, o meio ambiente mudou devido ao comportamento dos seres vivos que o habitam e à sua interação com o entorno, enquanto outras teorias falam de adaptação dos organismos a um ambiente determinado.
Nascida em Chicago em 1938, entrou na Universidade de Chicago quando tinha 14 anos. Formada em Zoologia e Genética pela Universidade de Wisconsin, também era doutora em Genética pela Universidade da Califórnia e co-diretora do departamento de Biologia Planetária da Nasa (agência espacial americana).
Sua obra ofereceu uma visão nova da microbiologia e ajudou a posicionar a figura da espécie humana em harmonia com o resto da natureza, inclusive de microorganismos. Era membro da Academia de Ciências dos EUA desde 1983, da Academia Russa de Ciências Naturais desde 1997 e da Academia Americana de Artes e Ciências desde 1998, além da Sociedade Internacional para o Estudo da Origem da Vida e a Sociedade Catalã de Biologia.
Lynn Margulis publicou numerosos artigos e livros. Seu texto "Simbiose na evolução da célula" (1981) é considerado um clássico da Biologia do século 20.
Margulis foi casada com o astrônomo Carl Sagan, um divulgador da ciência que ganhou fama mundial com seu programa de televisão "Cosmos", falecido em 1996, e era mãe do poeta Dorion Sagan, que colaborou com ela em diversas publicações.
Mais info (em Inglês): National Center of Science Education e University of Massachusetts
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
O canibalismo capitalista continua: cartoon da semana com video
Alessio Rastani explica que sonha com uma nova recessão e afirma: "os governos não mandam no mundo, o Goldman Sachs manda no mundo" [fonte: Dinheiro Vivo, 28/09/11]
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Faço Greve - um pouco de história das greves em Portugal e Mundo
Faço greve, por convicção, por coerência com o que penso e porque hoje faço o futuro e o futuro que eu quero é um mundo sempre livre. A nossa dignidade não é comprada, nem tem preço!
A Greve (por José Soeiro)
Aconteceu numa quinta-feira de 1890. Eram cerca de 8 mil operários nas ruas de Lisboa. Decidiram rumar ao cemitério dos Prazeres e prestar homenagem a José Fontana, fundador da Fraternidade Operária e um dos primeiros socialistas em Portugal. Ali mesmo, vários tomaram a palavra para defender uma coisa simples: uma jornada máxima de 8 horas de trabalho por dia.
No ano anterior, em Paris, um congresso de trabalhadores reunia-se para apelar a que naquela quinta-feira de 1890 as ruas e praças fossem ocupadas não só em Lisboa mas em todo o mundo para lembrar os mártires de Chicago.
Quatro anos antes, em Chicago, foi em nome dessas mesmas 8 horas que meio milhão de trabalhadores fizeram greve e marcharam pela cidade. A polícia reprimiu a manifestação, matou dezenas de operários e julgou os responsáveis. Georg Engel, Adolf Fischer, Albert Parsons e Auguste Spies foram enforcados. Em cada primeiro de maio, o mundo recorda-os.
Nessa altura, em Portugal como pelo mundo, o contrato de trabalho quase não existia. Nem férias, nem protecção na doença, nem segurança social, nem educação pública. Os trabalhadores começavam a juntar-se em associações de socorros mútuos. Os sindicatos eram coligações operárias ilegais. A greve era proibida.
Mesmo proibidos, os trabalhadores paravam. Havia o medo e a incerteza do resultado. Mas arriscavam. Foi assim em 1842, na Inglaterra e em Gales. Foi assim em Portugal, em 1849. Em Chicago, em 1886. E não mais parou. Foram greves que trouxeram saúde e educação, impostos para os mais ricos e até o sufrágio universal. Os trabalhadores não faziam greve porque tinham contrato e direitos. Tiveram contrato e direitos porque fizeram greve.
Estamos em 2011 e Portugal mudou muito. E esqueceu muito.
Há 900 mil trabalhadores que não têm contrato de trabalho: passam recibos verdes e na lei não se prevê que façam greve. Mais de 600 mil não encontram trabalho. Dois milhões são precários. Muitos, se querem juntar-se, têm de fazê-lo clandestinamente.
Se em 1891 o governo monárquico fixava as 8 horas para alguns sectores, 120 anos depois o governo já decidiu que quer acabar com isso e pretende aumentar meia hora por dia o horário de trabalho. Os patrões agradecem e calculam o lucro que lhes vai dar o dia mensal de trabalho gratuito.
Na Grécia como em Portugal, se hoje o capitalismo tolera o sufrágio, ele dispensa a democracia. Se não propõe a escravatura, exerce-a de novas formas. Se não proíbe a greve, expulsa os trabalhadores do contrato. E a ditadura da dívida dita a impossibilidade das escolhas.
Vai acontecer no dia 24 de Novembro. Há quem diga que não vale a pena, porque se perde o dia de salário ou se arrisca o contrato. Ou porque se não o temos, ela não é para nós. Mas nunca fizemos greve por termos contrato e direitos. Teremos contrato e direitos se fizermos greve.
terça-feira, 22 de novembro de 2011
A Obesidade Mental - Andrew Oitke (?) - Aviso à Navegação
Não existe o tal Andrew Oitke nem a obra Mental Obesity. O artigo é de facto de João César das Neves, efabulação por ele criada e publicada no DN em 22.03.04
Portanto averiguem sempre as fontes.
Portanto averiguem sempre as fontes.
O prof. Andrew Oitke publicou o seu polémico livro «Mental Obesity»,que revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral.
Nessa obra, o catedrático de Antropologia em Harvard introduziu o conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da sociedade moderna.
«Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou consciência dos perigos do excesso de gordura física por uma alimentação desregrada. Está na altura de se notar que os nossos abusos no campo da informação e conhecimento estão a criar problemas tão ou mais sérios que esses.». Segundo o autor, «a nossa sociedade está mais atafulhada de preconceitos que de proteínas, mais intoxicada de lugares-comuns que de hidratos de carbono.
As pessoas viciaram-se em estereótipos, juízos apressados, pensamentos tacanhos, condenações precipitadas. Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada.
Os cozinheiros desta magna "fast food" intelectual são os jornalistas e comentadores, os editores da informação e filósofos, os romancistas e realizadores de cinema. Os telejornais e telenovelas são os hamburgers do espírito, as revistas e romances são os donuts da imaginação.»
O problema central está na família e na escola. «Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se comerem apenas doces e chocolate.Não se entende, então, como é que tantos educadores aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, videojogos e telenovelas. Com uma «alimentação intelectual» tão carregada de adrenalina, romance, violência e emoção, é normal que esses jovens nunca consigamdepois uma vida saudável e equilibrada.»
Um dos capítulos mais polémicos e contundentes da obra, intitulado "Os Abutres", afirma:
«O jornalista alimenta-se hoje quase exclusivamente de cadáveres de reputações, de detritos de escândalos, de restos mortais das realizações humanas. A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular.». O texto descreve como os repórteres se desinteressam da realidade fervilhante, para se centrarem apenas no lado polémico e chocante. «Só a parte morta e apodrecida da realidade é que chega aos jornais.»
Outros casos referidos criaram uma celeuma que perdura.
«O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades. Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy. Todos dizem que a Capela Sistina tem tecto, mas ninguém suspeita para que é que ela serve. Todos acham que Saddam é mau e Mandela é bom, mas nem desconfiam porquê. Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um cateto».
As conclusões do tratado, já clássico, são arrasadoras. «Não admira que, no meio da prosperidade e abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência. A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a arte é fútil, paradoxal ou doentia. Floresce a pornografia, o cabotinismo, a imitação, a sensaboria, o egoísmo.
Não se trata de uma decadência, uma «idade das trevas» ou o fim da civilização, como tantos apregoam. É só uma questão de obesidade. O homem moderno está adiposo no raciocínio, gostos e sentimentos.O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos.
Precisa sobretudo de dieta mental.
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Relatório da Global Humanitarian Forum- Kofi Anan- 2009 : "Alterações Climáticas - A Anatomia de uma Crise Silenciosa"
Os números da morte pelo capitalismo - só em 2008, 40 milhões de pessoas (!!) tinham fome (e muito provavelmente morreram) devido ao aumento do preço dos alimentos (pág. 24).Perdas económicas devido às alterações climáticas já atingem hoje - 2009- mais de 125 biliões dólares por ano. Isto é mais do que o PIB individual de 73% de todos os países do mundo, e é maior do que o montante total da ajuda que, atualmente, os fluxos dos países industrializados para nações em desenvolvimento a cada ano. Em 2030, as perdas económicas devido às alterações climáticas triplicarão para 340 bilião dólares anualmente.
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domingo, 20 de novembro de 2011
Portugal ficou mal num exame da Global Subsidies Initiative (GSI) sobre a subsidiarização dos combustíveis fósseis
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Ponto de situação dos EUA (daqui) |
A pergunta aos governos era :
"Qual foi o montante total efectivamente incorridos durante os últimos três anos fiscais sobre os subsídios de petróleo, gás e carvão quer a nível de produção quer a nível do consumo?"
Muitos países se poderia esperar relatar tais informações, uma vez que eles assumiram compromissos internacionais para reduzir os subsídios de combustíveis fósseis. O Protocolo de Quioto, com 84 signatários, descreve o tipos de medidas que as partes irão tomar para alcançar os objectivos da convenção, e isso inclui redução dos subsídios de combustíveis.
Em 2009 os líderes dos G-20 e a Cooperação Económica Ásia-Pacífico (Apec) comprometeram-se a remover o ineficiente subsidiaridade dos combustíveis fósseis na sua jurisdição a médio prazo. Nova Zelândia criou até um grupo de trabalho Reforma-Subsídio para acelerar o progresso.
Apenas 27 dos 80 estados inquiridos responderam adequadamente ao inquérito. Portugal ficou mal no exame e passo a transcrever:
In Portugal, an Amnesty International researcher received angry phone calls fromthe minister’s office who could not understand why they wanted information onthe environment. Some incomplete information was then provided. The hostileresponse undermines the right of access, as, by law, citizens do not have to justifytheir request (Subsidy Watch, 2010) (pág. 6)
sábado, 19 de novembro de 2011
Música do BioTerra: Bird Girl - Antony Johnson
Este ano 3 mulheres receberam o Prémio Nobel da Paz. Ellen Johnson Sirleaf, presidente da Libéria (foi a 1ª presidente africana eleita, Leymah Gbowee, activista liberiana e Tawakkul Karman, activista do Iémen (veja as fotos da cerimónia Em Maio de 2004 salientei o projecto 1000 mulheres para a Paz. Em todo o mundo as Mulheres da Paz estão comprometidas com a promoção da paz, a justiça social, o ambiente e um futuro seguro, actuando com criatividade, usando diversos métodos e dinâmicas de valores. Juntaram em 2005 as suas experiências, seus conhecimentos e seus contactos na organização Mulheres da Paz no Mundo - PeaceWomen Across the Globe .
Veja fotos das vencedoras e do anúncio em OsloDurante a guerra, Gbowee conviveu diariamente com as crianças soldados e percebeu que "a única maneira de mudar as coisas, do mal para o bem, era que nós, mulheres e mães dessas crianças, nos levantássemos e avançássemos pelo bom caminho".Hoje ela é mãe de seis filhos e está instalada desde 2005 em Gana."Nada deveria levar as pessoas a fazer o que fizeram com as crianças da Libéria", drogadas, armadas, convertidas em máquinas de morte, explicou em um documentário sobre a luta das liberianas pela paz.Esta luta "não é uma história de guerra tradicional. Trata-se de um exército de mulheres vestidas de branco, que se ergueram quando ninguém queria fazê-lo, sem medo, porque as piores coisas imagináveis já haviam ocorrido conosco", escreveu em sua autobiografia."Trata-se da maneira como encontramos a força moral, a perseverança e a valentia para levantar nossa voz contra a guerra, e reestabelecer o sentido comum em nosso país", acrescentou.
Activismo de Leymah Gbowee na Libéria rende-lhe o Nobel
Ellen Sirleaf foi a 1ª presidente africana eleita
Tawakkol Karman dedica Nobel à Primavera Árabe
Leia os perfis das vencedoras do Nobel
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Cartoonista da Semana: Robert Crumb
expo Crumb por info34410
Símbolo da contracultura nos anos 1960, o catoonista Robert Crumb [sítio oficial] já adaptou obras de Franz Kafka, Charles Bukowski e Philip K. Dick para a banda desenhada. Ele também colaborou com o roteirista Harvey Pekar, de "O Anti-Herói Americano", nos anos 1970 e foi tema de documentário lançado em 1994 pelo cineasta Terry Zwigoff.
Obras: "Génesis" (imagem), "Blues", "América", "Kafka de Crumb", "Fritz, O Gato", "Mr. Natural", "Mr. Natural Vai Para o Hospício", "Minha Vida"
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Novo Relatório PNUMA - "Rumo a uma Economia Verde" comprova que a economia verde cria emprego e protege o ambiente
UM MARCO HISTÓRICO


Foi publicado ontem, 16 de Novembro, o relatório PNUMA (UNEP) criador de esperança, de planos de investimento já existentes em todo o mundo e nas diversas actividades humanas, em que se privilegiou a economia verde. O Relatório comprova que houve progresso significativo nas populações, com criação de postos de trabalho e maior protecção ambiental. No meu blogue deixo o resumo técnico em Português e o Prefácio. Para leitura completa (e em inglês) a UNEP disponibiliza em linha, que podes lê-lo aqui ou em pdf, que podes descarregar também aqui.
Vinte anos após a Cúpula da Terra, as nações se encontram novamente a caminho do Rio, mas num mundo diferente, que mudou muito desde 1992. Naquela época estávamos apenas vislumbrando os desafi os emergentes em todo o mundo desde a mudança climática até a perda de espécies devido à desertificação e à degradação da terra. Hoje, muitas dessas preocupações, aparentemente distantes, estão se tornando realidade com implicações sóbrias não somente para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas, mas também estão pondo em risco a oportunidade de quase 7 bilhões de pessoas – 9 bilhões até 2050 – de sobreviver, quem dirá de prosperar. A Rio 92 não foi um fracasso mundial – longe disso. Ela forneceu a visão e as peças fundamentais de um mecanismo multilateral para se alcançar um futuro sustentável. Mas isso só será possível se os pilares ambientais e sociais do desenvolvimento sustentável tiverem um mesmo tratamento econômico: onde a frequentemente esquecida força motora da sustentabilidade, desde as florestas até a água doce, também receba tratamento de mesmo peso, ou maior, num planejamento econômico e de desenvolvimento.
Rumo a uma Economia Verde está entre as contribuições-chave do PNUMA ao processo Rio+20 e ao objetivo geral de luta contra a pobreza e promoção de um século XXI sustentável.O relatório apresenta argumentos econômicos e sociais convincentes para o investimento de 2% do PIB mundial para tornar verde os 10 setores estratégicos da economia, de forma a redirecionar o desenvolvimento e desencadear um fluxo público e privado rumo à baixa emissão de carbono e a um caminho de uso eficiente de recursos.Tal transição pode catalisar uma atividade econômica de tamanho comparável pelo menos às práticas atuais, mas com um risco reduzido de crises e choques cada vez mais inerentes ao modelo existente. Novas ideias são assustadoras por sua própria natureza, mas muito menos assustadoras do que um mundo onde a água potável e a terra produtiva estão se acabando, devido ao cenário de mudanças climáticas, eventos de condições
climáticas extremas e aumento da escassez de recursos naturais.
Uma economia verde não favorece uma ou outra perspectiva política. Ela é relevante a todas as economias, sejam elas controladas pelo estado ou pelo mercado. Também não é uma substituição de um desenvolvimento sustentável. Ao contrário, ela é uma forma de se alcançar desenvolvimento nos níveis regional, nacional e global, ressoando e ampliando a implementação da Agenda 21.A transição à economia verde já está a caminho – como está destacado neste relatório e nos estudos complementares elaborados por organizações internacionais, países, corporações e organizações representantes da sociedade civil. No entanto, o desafio, claramente, é como aproveitar ao máximo este impulso. A Rio+20 oferece uma oportunidade real para se ampliar e fortalecer esses “brotos verdes”. Ao fazer isso, este relatório oferece não somente uma rota para o Rio, mas vai além de 2012, onde um gerenciamento mais inteligente de capital natural e humano guia a criação de riquezas e a direção deste mundo.
Achim SteinerDiretor Executivo do PNUMA
Subsecretário Geral da ON
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