segunda-feira, 31 de outubro de 2005

Antero Gonçalves e a sua obra O Eucalipto ou o Homem



Esta é uma história de reencontros. Um Professor Universitário, Engenheiro Florestal, Moreira da Silva deu-nos a cadeira Recursos Florestais em 1989 e foi o único que nos falou de Antero Gonçalves. Lembro-me da forma efusiva e entusiástica com que abordou a sua obra O Eucalipto ou o Homem . De facto marcou-me muito e tive a mágoa de ver que o seu livro não tenha sido merecidamente mais divulgado entre nós até receber pela lista da Ambio, esta reflexão da autoria de José Carlos Marques.

Antero Gonçalves até é autor de referência uma vez que conheço ampla divulgação na América Latina. O seu livro contém uma série de pensamentos e questões acerca da gestão dos nossos recursos florestais que nunca tiveram uma resposta.
A sua obra reveste-se, portanto, de uma enorme actualidade.
Saúdo por isso uma vez mais a intervenção de José Marques. Transcrevo inteiramente o seu texto.

Perguntas a que Ninguém Responde

Estou agora a ler pela primeira vez um livrinho que comprei no final dos anos 1980, editado em 1987, intitulado O EUCALIPTO OU O HOMEM, de um senhor chamado Antero Gonçalves (será ainda vivo?). O autor é de grande modéstia, autodidacta, e invoca constantemente o seu carácter de leigo na matéria, embora seja lavrador e tenha plantado muitos eucaliptos, com o que parece ter-se dado mal. A páginas tantas, num artigo datado de 31 de Janeiro de 1973!!!!, coloca uma série de perguntas fulcrais às quais até hoje não foi dada resposta satisfatória e a que ninguém parece querer responder. Pela minha parte, é a falta de uma (boa) resposta prática, legislativa e executiva a estas perguntas,
- que explica o ciclo infindável e repetitivo dos incêndios ditos florestais em Portugal
- que me faz crer que o referido ciclo vai continuar por mais umas décadas, dada a previsão a que me arrisco de que tais perguntas continuarão por muito tempo sem resposta corajosa.
O resto (incluindo as enérgicas medidas decretadas pelos sucessivos governos da era pirómana), parece-me... poeira.

Eis as perguntas:

1. Deve ser livre, condicionada, regulamentada e até cerceada a plantação de eucaliptos?

2. Deve ser livre a sementeira e a plantação de pinheiros?

3. Deve ser livre a destruição de pinhais já feitos para substituir por eucaliptos?

4. Deve ser livre a destruição de sobrais, olivais, pomares, etc. para substituir por eucaliptos?

5. Deve ser livre a plantação de eucaliptos em terras de primeira e até de regadios com ou sem água pelo seu pé?

6. Deve a plantação de matas de eucaliptos CONTÍNUAS ser limitada ou ilimitada?

7. Deve ser livre o arrendamento de terras a prazo para exploração e plantação de eucaliptos?

Independentemente das respostas dadas por Antero Gonçalves, as perguntas são geniais. Como nos anos que correm não se vê ninguém a fazê-las em quem comanda, nada há a esperar nos próximos verões a não ser mais do mesmo.

sexta-feira, 28 de outubro de 2005

Dossiê Física

ATENÇÃO © Copyleft - É permitida a partilha do dossiê exclusivamente para fins não comerciais e desde que o autor e o BioTerra sejam citados.


Modelos Físicos e Matemáticos de estudo de relações bióticas

Física e Ecologia


Instituições

Palestras

Sítios


Youtube

Investigadores

NOVA ATENÇÃO © COPYRIGHT-  Ao partilhar, agradeço atempadamente a indicação do autor e do meu blogue Bioterra. Estes dossiês resultam de um apurado trabalho de pesquisa, selecção de qualidade e organização.

Desenho animado ambiental na Web e outros projectos

Gente amiga, não resisto em partilhar convosco e apesar de imenso esforço pessoal, mais algumas ideias que eu recolhi nesta semana para um projecto que estou a desnvolver na minha Escola com base nos princípois da Agenda 21. Um deles trata-se do site O Menino Caranguejo- Defensor do Ambiente,que tem muita informação e a mais valia de ter ANIMAÇÕES muito úteis para mostrar aos alunos no Centro de Recursos das vossas escolas (sim, porque o choque tecnológico na maioria da nossas escolas ainda não chegou à sala de aula....).Ou simplesmente em casa, envinado para amigos ou nos ecoclubes, nos netcafés,falar desse site nas bibliotecas e pois não colocar nos vossos blogues...
Um grande abraço e um muito obrigado ao Alexandre Brodovski pela indicação!!
Deste site destaco ainda e transcrevo os DEZ MANDAMENTOS DO ECOLOGISTA, da autoria de Ecléa Bosi – membro da OIKOS - União dos Defensores da Terra:


1 - Amar Deus sobre todas as coisas e a Natureza como a ti mesmo.

2 - Não defenderás a Natureza em vão, apenas com palavras, mas através de seus atos.

3 - Guardarás as florestas virgens, pois tua vida depende delas.

4 - Honrarás a fauna, a flora, todas as formas de vida, e não apenas a humana.

5 - Não matarás.

6 - Não pecarás contra a pureza do ar deixando que a indústria suje o que a criança respira.

7 - Não furtarás da terra sua camada de húmus, raspando-a com o trator, condenando o solo à esterilidade.

8 - Não levantarás falso testemunho dizendo que o lucro e o progresso justificam seus crimes.

9 - Não desejarás para teu proveito as fontes e os rios se envenenem com o lixo industrial.

10 - Não cobiçarás objetos e adornos para cuja fabricação é preciso destruir a paisagem: a terra também pertence aos que ainda estão por nascer.

OUTROS PROJECTOS - APELO À PAZ

Estão lembrados do meu post em que eu afirmei que através da Educação Ambiental se promoverá a Paz, propus a tod@s que aderissem à causa da Paz, colocando no site/blogue este poster:

EU ESCOLHI A PAZ ! MY CHOICE IS PEACE ALL OVER THE WORLD!

PAZ -PEACE - PACO- PACE- PAIX- SHALOM- SALAAM- SHANTY- - 평화 - Мир - 平和 - Ειρήνη - 和平 -SELAM VREDE- PAKE - HETEP- RAHU - ASHTE - IRINI - HEIWA - SULH - MIR
PHYONGH'WA - EMIREMBE - PACI - FRED - SULA - POKOJ - PASCH - MIERS- UKUTHULA


CopY/Paste and put in your site/blog.Thank You.

Já aderiram

Como Um Objecto Não Identificado

Golfinho

Flora e Fauna


Arde o Azul

Não façam quebrar esta rede apelando à Paz.
Deixem uma mensagem na caixa dos comentários a indicar que concordam ou enviem por mail para bioterra@iol.pt


Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos ( Pitágoras)

terça-feira, 25 de outubro de 2005

Ser criança é andar bem lento...é estar atento e brincar...

Constantemente a tolher o futuro....em nome de um progresso que já vimos não é sustentável...nem os avisos da seca severa que estamos a sofrer, que a Amazónia está a sofrer...nem as primeiras manifestações de furacões mais intensos os fazem pensar,abrandar e demover dessa galopada em nome do poder....
Nesta semana, depois de conhecermos o Orçamento de 2006, sabemos que o Ambiente tem um corte de 13,3 por cento na despesa do Orçamento de Estado !!!

Fora do debate político desta questão, que daria pano para mangas, principalmente sabendo que o actual Primeiro-Ministro há bem pouco tempo foi Ministro do Ambiente, chegou-me por mail um convite do Grupo Terra.

Convidaram todos a Ser Criança e Brincar,, documento em formato Powerpoint ou com som e trata-se de uma campanha que eles estão a avançar para este Natal.

Espero que muitos economistas, empresários, políticos e todas as pessoas que me lêem que se lembrem como é bom ser criança sempre e se lembrem também que o seu amor/cuidado não se vire apenas para os seus mas para todas as crianças e que os actos que estão a praticar sejam positivos para todas as crianças...

Com estas políticas limitando a quase zero a expressão do Ambiente nas questões do nosso dia dia, estão a matar a criança que está neles e em nós.

A bonita campanha do Grupo Terra, faz-me também lembrar a obra de Alves Redol (1962) Constantino, Guardador de Vacas e de Sonhos.Que recomendo vivamente!

Não me estendo muito mais, deixo o espaço à voz,sonhos e sorrisos de crianças!!


segunda-feira, 24 de outubro de 2005

Dia Internacional da Informação sobre o Desenvolvimento


O Dia Internacional da Informação sobre o Desenvolvimento celebra-se a 24 de outubro.

Este dia foi estabelecido pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 1972, com o objetivo de chamar a atenção da opinião pública mundial para os problemas de desenvolvimento e para a necessidade de unir esforços internacionais para os resolver.

Foi escolhido o dia 24 de outubro para a celebração do dia mundial da informação sobre o desenvolvimento já que foi neste dia, em 1970, que se aprovou a Estratégia Internacional para o Desenvolvimento.

Neste dia celebra-se também o Dia Mundial das Nações Unidas  , organização fundada a 24 de outubro de 1945.

Páginas Oficiais
World Development Information Day
Facebook

Mais Informações
Wiki (EN)

domingo, 23 de outubro de 2005

Movimento de Extinção Humana Voluntária


VHEMT- The Voluntary Human Extinction Movement (sigla em inglês -- pronuncia-se "veemente") é um movimento, não uma instituição. É um movimento apoiado por pessoas que se preocupam com a vida na Terra. Não somos um bando de misantropos e anti-sociáveis, ou malthusianos desajustados, que morbidamente se deliciam sempre que um desastre atinge humanos. Nada poderia estar mais longe da verdade. A extinção humana voluntária é a alternativa humanitária aos desastres humanos.

Não discorremos sobre como a raça humana mostrou ser um parasita ganancioso e amoral sobre a então saudável face deste planeta. Esse tipo de negativismo não oferece solução aos inexoráveis horrores causados pela ação humana.

Ao contrário, o Movimento apresenta uma alternativa animadora à fria exploração e à liquidação da ecologia terrestre.

Como Voluntários veementes sabem, a prometedora alternativa à extinção de milhões de espécies de plantas e animais é a extinção voluntária de uma apenas: Homo sapiens... nós.

Cada vez que alguém decide não acrescentar outro de nós aos bilhões (que continuam a se multiplicar) já ocupando este planeta deformado, um raio de luz brilha pelas trevas.

Quando todo humano escolher parar de procriar, a biosfera terrestre poderá voltar a sua primeira glória, e todas as criaturas restantes serão livres para viver, morrer, evlouir (se é que crêem na evolução) e talvez deixarem de existir, como tantos outros "experimentos" da Mãe Natureza fizeram através dos tempos. A ecologia terrestre terá sua boa saúde restaurada... à forma de vida conhecida por muitos como Gaia.

Três animações
A Cegonha 3:00 minUma variante da tradicional história da cegonha
A sabedoria e a inteligência do câncer 4:30 min.O que as células do cancro diriam se tivessem a nossa sabedoria?
Fertco 3:00 min

sábado, 22 de outubro de 2005

A Vaidade e a Inveja Desaparecem com a Idade

A verdadeira economia é o entrecruzamento das necessidades e produção de bens entre povos sem lesar a felicidade de conviver num condomínio comum~ João Soares


"Com o passar do tempo, há dois sentimentos que desaparecem: a vaidade e a inveja. A inveja é um sentimento horrível. Ninguém sofre tanto como um invejoso. E a vaidade faz-me pensar no milionário Howard Hughes. Quando ele morreu, os jornalistas perguntaram ao advogado: «Quanto é que ele deixou?» O advogado respondeu: «Deixou tudo.» 
Ninguém é mais pobre do que os mortos."
António Lobo Antunes

sexta-feira, 21 de outubro de 2005

Racismo Ambiental

Acham que é só em relação a África, Páises das Américas, etc...Não, temos que fazer o melhor e muito para dotar as nossas cidades de habitação, recursos, empregos e distribuição de riqueza sem discriminações nem preconceitos nem xenofobia....potenciadores do racismo ambiental.

Manuel Freire : Lágrima de preta
Música: José Niza
Letra: António Gedeão

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Encontrei uma preta
que estava a chorar
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar

Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado

Olhei-a de um lado
do outro e de frente
tinha um ar de gota
muito transparente

Mandei vir os ácidos
as bases e os sais
as drogas usadas
em casos que tais

Ensaiei a frio
experimentei ao lume
de todas as vezes
deu-me o qu'é costume

Nem sinais de negro
nem vestígios de ódio
água (quase tudo)
e cloreto de sódio


Na sequência da contribuição dos meus amigos do Terra Viva que muito têm feito para que se fale desta problemática do racismo ambiental, resolvi reproduzir aqui o seu texto.O racismo ambiental é uma forma de discriminação e de prejuízo direccionado em que se torna evidente o resultado catastrófico da hierarquização que os seres humanos estabeleceram entre si e em relação ao meio natural. A hierarquia resulta da percepção de superioridade dos mais poderosos politica, económica e socialmente em relação aos mais fracos, superioridade essa que os faz pensar que podem dispor do que julgam inferior a seu bel-prazer.


Assim sendo, o racismo ambiental pode-se definir como sendo a colocação intencional de lixeiras perigosas, aterros sanitários, incineradoras, indústrias poluidoras, etc., em comunidades habitadas por minorias étnicas ou pelas camadas mais desfavorecidas economicamente da população. Estas comunidades são particularmente vulneráveis porque são vistas como não reivindicativas, sem poder de negociação e fracas politicamente devido à sua enorme dependência dos empregos e ao medo pela própria sobrevivência económica.

Estas são as razões profundas que estão na génese do racismo ambiental:

. Racismo - antes de mais o próprio racismo enraizado nas mentalidades que gera um padrão duplo a respeito das práticas ambientais que são aceitáveis para cada comunidade.

. Poder transnacional e mobilidade das multinacionais - as grandes corporações tornaram-se mais poderosas que os estados nacionais e, com a conivência destes, exercem o seu poder sem dar contas a ninguém a não ser aos seus accionistas. A sua grande mobilidade permite-lhes exercer chantagem sobre as comunidades que vêm a mudança de localização da empresa como uma possibilidade que as leva a aceitar riscos ambientais e perca de direitos laborais.

. O lucro antes das pessoas - O impacto que as industrias de extracção e de processamento têm na saúde humana não importa quando se procura aumentar os lucros.

. Padrões ambientais menos exigentes no estrangeiro - os países em que há regras ambientais menos rígidas são os mais apetecíveis para as multinacionais. As populações são, por sua vez, menos reivindicativas e exigentes.

. Falta de poder - as minorias étnicas na Nigéria, as pequenas comunidades rurais dos EUA, os povos indígenas por todo o mundo, etc. têm algo em comum: não têm poder sobre o seu destino, seja ele político ou de outra natureza.

terça-feira, 18 de outubro de 2005

segunda-feira, 17 de outubro de 2005

Melilla e Ceuta- Racismo Ambiental

Mundo de Cães, diz Barata-Feyo quando aborda esta tragédia na Grande Reportagem deste fim de semana, tão perto de nós e conclui:a Europa deve contribuir com apoios financeiros e o mundo tem obrigação de deixar que os povos africanos explorem sustentavelmente a riqueza que é deles.
onde veio o racismo?
O Grupo TerraViva, Gaia e alguns educadores ambientais têm defendido que uma das causas graves dos problemas socioambientais é também o racismo.E a propósito de um comentário da minha amiga Hanah, esta semana quero abrir o debate sobre Racismo Ambiental, que é, infelizmente pouco falado entre nós, mas que é uma realidade.
Melilla e Ceuta é sem dúvida mais um fenómeno de Racismo Ambiental.

O que é Racismo Ambiental??
Ele está bem definido neste texto, que o transcrevo completamente e escrito por Robert Bullard - Sociólogo e Diretor do Environmental Justice Resource Center. Pode consultar mais bibliografia e algumas conferências em vídeo por ele proferidas aqui nesta página(necessita do QuickTime)

O conceito racismo ambiental se refere a qualquer política, prática ou diretiva que afete ou prejudique, de formas diferentes, voluntária ou involuntariamente, a pessoas, grupos ou comunidades por motivos de raça ou cor. Esta idéia se associa com políticas públicas e práticas industriais encaminhadas a favorecer as empresas impondo altos custos às pessoas de cor. As instituições governamentais, jurídicas, econômicas, políticas e militares reforçam o racismo ambiental e influem na utilização local da terra, na aplicação de normas ambientais no estabelecimento de instalações industriais e, de forma particular, os lugares onde moram, trabalham e têm o seu lazer as pessoas de cor. O racismo ambiental está muito arraigado sendo muito difícil de erradicar.
A tomada de decisões ambientais muitas vezes reflete os acordos de poder da sociedade predominante e das suas instituições. Isto prejudica as pessoas de cor, enquanto oferece vantagens e privilégios para as empresas e os indivíduos das camadas mais altas da sociedade. A questão de quem paga e quem se beneficia das políticas ambientais e industriais é fundamental na análise do racismo ambiental.
O racismo ambiental fortalece a estratificação das pessoas (por raça, etnia, status social e poder), o lugar (nas cidades principais, bairros periféricos, áreas rurais, áreas não-incorporadas ou reservas indígenas) e o trabalho (por exemplo, se oferece uma maior proteção aos trabalhadores dos escritórios do que aos trabalhadores agrícolas).
Este conceito institucionaliza a aplicação desigual da legislação; explora a saúde humana para obter benefícios; impõe a exigência da prova às vítimas em lugar de às empresas poluentes; legitima a exposição humana a produtos químicos nocivos, agrotóxicos e substâncias perigosas; favorece o desenvolvimento de tecnologias perigosas; explora a vulnerabilidade das comunidades que são privadas de seus direitos econômicos e políticos; subvenciona a destruição ecológica; cria uma indústria especializada na avaliação de riscos ambientais; atrasa as ações de eliminação de resíduos e não desenvolve processos precautórios contra a poluição como estratégia principal e predominante. A tomada de decisões ambientais e o planejamento do uso da terra em nível local acontecem dentro de interesses científicos, econômicos, políticos e especiais, de tal forma que expõem às comunidades de cor a uma situação perigosa. Isto é particularmente verdade no Hemisfério Sul e, também, no Sul dos EUA, região que foi convertida numa área de sacrifício; um buraco negro para os resíduos tóxicos. Fora disso, ela está impregnada pelo legado da escravidão e pela resistência braça à justiça eqüitativa para todos.
O Hemisfério Sul (e também o Sul dos EUA) se caracteriza por políticas ambientais equivocadas e pela concessão de significativas deduções fiscais. A aplicação simplificada das normas ambientais deu lugar a que o ar, a água e a terra dessas regiões sejam mais contaminadas pelas indústrias, principalmente das multinacionais estadunidenses.
No Corredor Industrial do Baixo Mississipi, na Luisiana, têm-se estabelecido empresas petroquímicas que produzem agrotóxicos, gasolina, tintas e plásticos. Os ecologistas e os residentes locais o apelidaram de Beco do Câncer, sendo que os benefícios fiscais que recebem essas indústrias poluentes criaram poucos postos de trabalho para esses elevados custos. A revista Time denunciou que na Luisiana foram eliminados U$ 3,1 bilhões em impostos sobre propriedades de empresas poluentes. As cinco companhias mais poluentes receberam U$ 111 milhões em benefícios no último decênio. Este exemplo se aplica a inúmeras empresas dos países do Hemisfério Sul.
Existe uma correlação direta entre a exploração da terra e a exploração das pessoas. De forma geral, os indígenas são a parte da população que se defrontam com algumas das piores formas de poluição, entre elas a do mercúrio usado nos garimpos e as populações marginais que vivem perto dos lixões e aterros sanitários, incineradores e de outros tipos de operações perigosas praticadas pelas empresas mineradoras. A poluição industrial se manifesta também no aleitamento materno das mães das grandes cidades como São Paulo ou Nova Iorque. No caso dos EUA, as reservas dos indígenas norte-americanos, estão sendo sitiadas pelo colonialismo radiativo.
O legado do racismo ambiental institucional privou a muitas nações com grande número de indígenas de uma infra-estrutura econômica capaz de combater a pobreza, o desemprego, a educação e a atenção para a saúde e muitos outros problemas sociais. O racismo ambiental é evidente em escala mundial. O transporte de resíduos perigosos das comunidades ricas para as comunidades pobres não soluciona o crescente problema dos rejeitos em escala mundial. O transporte transfronteirizo de agrotóxicos proibidos, resíduos perigosos e produtos tóxicos e a exportação de tecnologias perigosas dos EUA – país onde a regulação e a legislação são rigorosas – para nações com uma infra-estrutura e uma legislação mais fracas, coloca em evidência a desigualdade normativa.
Os diferentes interesses e os acordos assinados pelos representantes do poder permitiram que as sustâncias venenosas dos ricos sejam oferecidas aos pobres como remédio de curto prazo para paliar a sua pobreza. Esta situação se observa tanto no plano nacional (nos EUA, onde as instalações dos resíduos e as indústrias sujas afetam desproporcionadamente as comunidades de baixa renda e as pessoas de cor), como no plano internacional (onde os resíduos perigosos se transportam dos países membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico – OCDE aos Estados não pertencentes à mesma).
As pessoas de cor que se encontram em perigo nos países industrializados do Norte têm muito em comum com as populações dos países em desenvolvimento, que também estão ameaçadas pelas empresas poluentes. Por exemplo, grupos comunitários do Norco (Estado de Luisiana) e de Ogoni (Nigéria) identificaram a Shell como uma ameaça comum. Os ativistas da justiça ambiental têm se mobilizado em grupos dentro das cidades, bairros e vilas, desde Atlanta até o Equador; do Alaska até a África do Sul; das reservas dos indígenas dos EUA às selvas tropicais da Colômbia, El Salvador e do Brasil. Estes grupos têm se organizado, educado e empoderado a si mesmo, para desafiar o Governo e as empresas industriais poluentes.
O racismo ambiental se manifesta no trato desigual que recebem os operários. Milhares de trabalhadores do campo e as suas famílias estão expostos a perigosos agrotóxicos nas terras onde laboram. Igualmente eles são obrigados a aceitar salários e condições de trabalho inferiores ao nível médio. O racismo ambiental também se expande pelo entorno das funções exploradoras e escravizantes das empresas manufatureiras de roupa, da indústria microeletrônica e das indústrias extrativistas. Uma percentagem desproporcionadamente elevada de trabalhadores que se defrontam a condições trabalhistas e de segurança mínimas são imigrantes, mulheres e pessoas de cor.


O que pode fazer???
Chegou-me este mail da Maria José Tovar (obrigada) com muitas ideias em como podemos intervir, manifestando o nosso repúdio por esta tragédia (mesmo em lingua original).

Si creus que els esdeveniments de Melilla i de Ceuta són quelcom més que simples problemes d'ordre públic. Si creus que aquests filats amb punxes i ganivetes són la frontera entre, d'una banda el malbaratament i la prepotència, i de l'altra la misèria i la injustícia... Si creus que també tu faries el mateix si haguessis nascut on ells han nascut i estiguessis morint on ells estan morint... fes alguna cosa, el poc o el molt que estigui en la teva mà. Però per poc que puguis, segur que:

*Pots emplenar el formulari que trobaràs en aquesta web per tal que Amnistia Internacional faci arribar, en nom teu, una carta (que pots llegir) al President del Govern espanyol i al Primer Ministre marroquí. O descarregar-te i llegir el seu informe España frontera sur.
* O pots visitar la pàgina de l'Associació Pro Drets Humans d'Andalusia,llegir la seva informació més actual i signar (en el cas que representis a una associació) la recent Declaració de Larraix i participar en la campanya de recollida de signatures davant la greu situació en que es troben els immigrants subsaharians en el campament de Benyunesh, prop de Ceuta.
* O pots redactar també personalment una carta i fer-la arribar al President del Govern per a demanar-li, per exemple, que no sigui còmplice d'aquest genocidi a: jose.rodriguez@diputado.congreso.es; o bé a: ciudadanos@mpr.es
* O consultar i difondre el comunicat de SOS Racisme
* O pots llegir i difondre el comunicat de CCOO

* També pots sensibilitzar sobre aquest tema als teus cercles de coneixences, reenviar aquest missatge als contactes de la teva llibreta d'adreces afegint-hi altres propostes, altres contactes, informació sobre altres iniciatives...

Pots fer totes aquestes coses i segurament moltes altres més, sense perdre el temps preguntar-te si servirà o no per a alguna cosa.

Salut i empenta!

quarta-feira, 12 de outubro de 2005

Educação Ambiental e a Espiritualidade

O certo e o errado estão muito vacilantes nestes tempos em que o discurso é a insegurança: nas nações,no emprego,nas relações humanas....nestes tempos apostados no autismo e arrogância de muitos governantes em nome de indecisões ou más escolhas de prioridades estruturantes na Educação, Energia, Água,etc provocadas pelos senhores do capital e poderosos das armas....No limite nestes tempos de procura de algo que mobilize a sociedade...sem que se repitam tempos de dor, tortura, racismo e Guerras Mundiais....
Salvar a Terra não seria o tema mobilizador?? Quando para as questões ambientais são necessárias medidas urgentes e há mais de quarentas anos que não catapultam os políticos nem os economistas, nem a sociedade.Porquê??

No limite não posso chegar a alguém que passa sede e fome por consequências já do efeito de estufa (não falando aqui de questões militares, conflitos de poderes) oferecer Malraux, nem Sartre nem Jesus nem outros pensadores....eu tenho que agir através da melhoria das suas condições ambientais....impondo regras e hábitos aos outros cidadãos do mundo que sejam mais adequados e solidários e aí sim há genuíno Amor....e Paz!!!

Um amigo meu, Serrano Neves, diz-me o seguinte e eu subscrevo inteiramente : O Amor é um discurso de 2.000 anos do calendário cristão, e continua muito firme enquanto discurso.Todos os dias alguém fala em Amor e as pessoas até se "arrepiam", mas no dia seguinte o Pão de cada dia reassume a dominância da mente e o Amor fica para amanhã.

Hoje tive conhecimento de uma Associação Cristã A Rocha, que é uma organização de conservação da natureza, cujo nome em Português reflecte a sua primeira iniciativa - um centro de estudos ambientais na Ria de Alvor, Algarve.
Claramente os objectivos da Rocha são louvaveis e interessantes....

Muitos sites versando Ambiente ou Educação Ambiental penso que impregnam muitos deles essa faceta construtiva....

Contudo o assumir alguma identificação religiosa, pode limitar as opções dos leitores: se for judaico/arabe/hindú etc poderá recusar ler a Rocha ....e lá se vai mais alguma perda importante de informação/formação...para os leitores e no final para o Ambiente!!!


Por outro lado pode-se ser um formador com espiritualidade consciente....será transversal....obriga a que conheça alguns paradigmas de cada religião...mas se o objectivo é uma solução confortável nessa comunidade em que está a trabalhar...melhor ainda.....

Por isso tenho a tónica e penso e muito que Educação Ambiental tem que ser feita na realidade, pensando global, agindo localmente , questionando os hábitos, as preferências, investigando as culturas orais, escritas, arquitectónicas, na busca de soluções ambientalmente confortaveis e depois....sairá frutos...que tangirão depois essa outra realidade....

Por exemplo quando estou a apelar à Paz e ao Amor na Paz, estou a ver onde posso intervir naqueles pequenos conflitos que existem no nosso dia a dia e que geram graves problemas socioambientais:

-Aquele proprietário ruim que não quer ceder por menos dinheiro o seu terreno a uma ONG ou para a protecção da floresta....Vai falar com ele ou deixa passar???
- Na cidade aquele seu vizinho que está constantemente buzinando e barafustando contra qualquer um e até trabalha a poucos quilómetros de casa....Vai falar com ele ou deixa passar???
-Na escola, no trabalho, na Justiça, nas empresas, está a perguntar aos seus colegas sobre a situação dos emigrantes, dos papeis de homens e de mulheres, das identidades/opções religiosas e ver que soluções existem para a pacificação...Está falando disso ou deixa andar??
-A valorização novamente do artesanato como apelo à reutilização e ao comércio justo...Está apostado nisso???
- Tem em sua casa radio a manivela??Faz composto, mesmo na cidade??Tem uma pequena horta???

- E quanto às criaturas de Deus
-É caçador??Aceita a caça, o envenamento??

-Tem variado a sua alimentação, optando por uma culinária mais vegetariana???
- Vai falar aos responsáveis do Horto Municipal pedindo que também plantem/vendam árvores autóctones???

-- Quanto está disposto a salvaguardar um Parque Marítimo e dedicar-se a outras actividades??


Como vê uma paisagem??

terça-feira, 11 de outubro de 2005

Razões para uma dieta vegetariana

Introdução
A saúde e a doença dependem de muitos factores: clima, higiéne, desporto, constituição alimentação e sobretudo de influências psíquicas. Cada um destes factores tem a sua importância, e em qualquer ocasião pode influênciar todos os outros. Geralmente, a alimentação desempenha o papel mais importante, porque é dela que depende a saúde. Uma alimentação racional, pode por si só, dar saúde e resistência, tudo isto mesmo numa habitação sem luz, húmida e desprovida de higiéne; em contrapartida, uma má alimentação pode arruinar a saúde, mesmo que se disponha de uma casa cheia de sol, duma grande propriedade e se faça muito desporto. Os factos são confirmados por exames clínicos. Todas as pesquisas feitas no que se refere à saúde revelam-se particularmente frutuitas no domínio da alimentação.

Entre outras razões para adoptarmos uma dieta vegetariana destacam-se as seguintes: anatómicas e fisiológicas, higiénicas, de saúde, económicas, estéticas, ecológicas e éticas.

Anatómicas e Fisiológicas

O estudo comparativo da anatomia e fisiologia dos animais carnívoros, herbívoros e frugívoros demonstra que a dieta frugívora e herbívora é mais adequada ao homem. Os seguintes dados são um resumo de tais estudos.

Carnívoros
Têm garras.
Não têm poros. Transpiram pela língua.
Dentes caninos frontais alongados, fortes e pontiagudos para rasgar a carne.
Ausência de dentes molares posteriores para triturar alimentos.
Glândulas salivares pequenas na boca (glândulas bem desenvolvidas são necessárias na pré-digestão de cereais e frutas).
Saliva ácida.
Ausência de ptialina, enzima responsável pela pré-digestão dos cereais.
Trato intestinal 3 vezes o tamanho do corpo, para que a carne em decomposição possa ser eliminada rapidamente.
Estômago simples e arredondado.
Forte concentração de ácido clorídrico no estômago, para digerir a carne.
Cólon liso.
Urina ácida.
Mandíbula alongada para a frente.
Alimento: carne.

Frugívoros
Não têm garras.
Transpiram através de milhares de poros.
Ausência de dentes caninos frontais pontiagudos.
Dentes molares posteriores achatados, para triturar.
Glândulas salivares bem desenvolvidas, necessárias à pré-digestão de cereais e frutas.
Saliva alcalina.
Profusão de ptialina.
Trato intestinal aproximadamente 8 vezes o comprimento do corpo.
Estômago com um duodeno como segundo estômago.
Ácido do estômago 20 vezes menos concentrado que nos carnívoros.
Cólon convoluto.
Urina alcalina.
Mandíbula curta.
Alimento: frutas e nozes.

Herbívoros
Não têm garras.
Transpiram através de milhares de poros.
Ausência de dentes caninos frontais pontiagudos.
Dentes molares posteriores achatados, para triturar.
Glândulas salivares bem desenvolvidas, necessárias à pré-digestão de cereais e frutas.
Saliva alcalina.
Profusão de ptialina.
Trato intestinal aproximadamente 8 vezes o comprimento do corpo.
Estômago em 3 ou 4 compartimentos.
Ácido do estômago 20 vezes menos concentrado que nos carnívoros.
Cólon convoluto.
Urina alcalina.
Mandíbula levemente alongada.
Alimento: relva, ervas e plantas.

Homem
Não tem garras.
Transpira através de milhares de poros.
Ausência de dentes caninos frontais pontiagudos.
Dentes molares posteriores achatados, para triturar.
Glândulas salivares bem desenvolvidas, necessárias à pré-digestão de cereais e frutas.
Saliva alcalina.
Profusão de ptialina, para pré-digerir cereais.
Trato intestinal aproxamadamente 7 vezes o comprimento do corpo.
Estômago com um duodeno como segundo estômago.
Ácido do estômago 20 vezes menos concentrado do que nos carnívoros.
Cólon convoluto.
Urina alcalina.
Mandíbula curta.
Alimento adequado: cereais, vegetais, frutas e nozes.

Como vemos, os animais mais próximos do homem, anatómica e fisiologicamente, são frugívoros ou herbívoros. Várias características indicam diferenças pronunciadas entre os animais herbívoros e frugívoros e os carnívoros, mas vale a pena destacar o comprimento do intestino, que nos carnívoros é aproximadamente 3 vezes o comprimento do corpo enquanto que no homem é cerca de 7 vezes. Isto faz com que os carnívoros tenham uma digestão bastante rápida, eliminando a seguir tudo o que não é absorvido. Já o homem tem uma digestão muito lenta, por ter um intestino longo. Isto faz com que a carne, que já estava em processo de decomposição desde a morte do animal, continue a decompor-se no interior de seu intestino, causando muitos problemas de saúde por causa das toxinas libertadas.

Um dos melhores indicadores de que a alimentação vegetariana é mais apropriada ao homem, são os muitos benefícios para a saúde encontrados em dietas à base de vegetais e as inúmeras enfermidades ligadas ao consumo da carne. Além disso, pela análise química e comparação das propriedades nutritivas dos vegetais e da carne, observamos que é possível obtermos do reino vegetal o suficiente para a constituição dos tecidos e a nutrição do corpo.

Higiénicas
As carnes são nocivas ao organismo porque ao dar-se a morte violenta do animal suspendem-se, os actos digestivos e as funções eliminatórias e excretoras. O alimento ingerido que o animal não pode utilizar e as impurezas dos seus tecidos resultantes das trocas nutritivas ficam armazenadas no cadáver do animal e passam ao corpo humano com a ingestão da sua carne.

A carne deteriora-se com enorme rapidez. A decomposição inicia-se imediatamente após a morte e só é detectada pelo olfacto quando já alcançou um estado avançado. Ainda que o calor da cozedura destruisse os mocróbios, como afirma a ciência médica, ficam por outro lado, armazenados na carne milhões ou biliões de cadáveres microbianos que passam em seguida ao organismo após a sua ingestão. Essa enorme massa cadavérica há de influir, indubitavelmente, na formação do terreno orgânico propício para a eclosão das doenças infecciosas agudas e de carácter geral. A média de gérmens, de 65.000 por mm3 de fezes no carnívoro, baixa para 2.000 por mm3 no vegetariano. Esses gérmens extinguem os gérmens saprófitas, benfeitores, daí a frequência de apendicite, diverticulose, colite e enterite entre os que consomem carne.

De Saúde
A etiologia é a parte da medicina que estuda a origem e as causas das doenças. Toda a investigação encaminhada no sentido de descobrir a origem das doenças entra no domínio da etiologia. Esta tem por objecto o conhecimento dos princípios prejudiciais à vida do ser humano.
A etiologia é a base da patologia e da terapêutica, pois sem o conhecimento das verdadeiras causas das doenças não é possível apreciar com exactidão a natureza dum processo patológico que atacou um orgão ou um sistema, nem quais são os meios curativos apropriados para reparar as lesões orgânicas ou para restabelecer a função alterada.

Em estado de saúde, todas as funções do organismo se verificam duma maneira normal, de modo que, nem sequer sentimos esse funcionamento.

Quando uma ou várias funções, tais como digestão, nutrição, circulação, respiração, secreção e excressão, não se realizam normalmente, verifica-se automaticamente, uma mudança no estado de saúde, que se manifesta por mal-estar, inflamação, dor, febre, congestão, más digestões e por outros sintomas que indicam a presença de uma doença em determinado orgão ou sistema.

A American National Academy of Sciences, relatou, em 1983, que "…pessoas podem prevenir muitos tipos de cancro, comendo menos carnes gordas e mais legumes e grãos".

Segundo a Dra. Jacqueline André (André, 1990), o consumo excessivo de carne é nocivo por muitas razões:

A carne é rica em gorduras, favorecendo, portanto, a arterosclerose e o enfarte do miocárdio, os cancros colon-rectais e a obesidade.

O facto de ser rica em colesterol faz dela uma causa de cancros hormonodependentes (mama, próstata, útero).

O facto de ser rica em ácidos nucleicos faz dela um factor de cálculos urinários, hiperuricémias e gota.

Os resíduos de antibióticos nela contidos podem, muito frequentemente, causar alergias.

Os antibióticos, de cujo uso (veterinário ou a título de aditivos alimentares) na preparação industrial da carne necessita, são um factor de resistências transferíveis.

A rápida sensação de saciedade que sua ingestão provoca, pode levar o consumidor a reduzir exageradamente a porção de fibras vegetais na sua dieta alimentar, o que é, sobretudo, um factor de prisão de ventre, de diabete e de cancros colon-rectais.

Aquele que retira a maior parte das suas proteínas da carne, frequentemente negligencia o consumo de leguminosas; esta situação pode conduzir a carências de magnésio, responsáveis principalmente por distúrbios do ritmo cardíaco, depressões nervosas e oxalato na urina.

O Dr. Alberto Lyra (Lyra, 1973) aponta os seguintes inconvenientes da carne como alimento:

Alimento anti-natural. O homem não fabrica amoníaco para neutralizar os ácidos resultantes do metabolismo da carne, como o fazem os carnívoros.

Alimento tóxico. A carne é um veneno lento mas seguro. Ela possui toxinas (venenos), resultantes da decomposição cadavérica, e outras resultantes do metabolismo animal, que ficam retidas e produzem mais toxinas pela desassimilação nos intestinos.

Alimento acidificante. Produz ácido fosfórico, sulfúrico e úrico, causadores de acidez humoral e de irritações esclerosantes. As proteínas em excesso são acidificantes e mucógenas.

Alimento desmineralizante. Os ácidos produzidos pela carne produzem desmineralização ao serem neutralizados no organismo.

Alimento excitante. A carne é um excitante muito forte, equiparável ao álcool, devido às substâncias tóxicas e extractivas dela provenientes. A sensação de vigor é esgotante, o que provoca o consumo de mais excitantes (álcool, açúcar, mais carne etc.). Surge uma aparência de vigor, devido à excitação, e cria-se um apetite enganador, que faz repelir os alimentos suaves. Daí a depressão inicial naqueles que abandonam o uso da carne. Devido ao seu poder excitante, que faz gastar as reservas vitais, e ao seu poder tóxico, a carne é um dos factores da abreviação da vida.

Alimento que contribui para o aparecimento de diversas doenças e degenerações humanas: Apendicite, arteriosclerose, artritismo, eczema, enterite, gastrite, nefrite, reumatismo, úlcera gástrica, vegetações adenóides.

Transmissor de doenças contagiosas e parasitárias: Brucelose, intoxicações alimentares, salmonelose, ténia (solitária), triquinose, tuberculose. No decurso de enfermidades do fígado, dos rins, dos intestinos, da pele, de perturbações nervosas, não há melhor regime do que o vegetariano.

Económicas
Há cada vez mais pessoas a optarem conscientemente por uma alimentação vegetariana. As razões são várias: alguns combatem o mal trato animal, outros a exploração do ambiente e outros ainda, optam por consumir alimetos mais saudáveis.

A carne alimenta poucos à custa de muitos. Isto é, segundo informações do Departamento de Agricultura dos E. U. A., mais de 90% dos cereais produzidos naquele país são destinados ao alimento de gado: vacas, porcos, ovelhas e galinhas.

Estéticas
O comércio de carne é uma das principais fontes de brutalidade que há no mundo. O vegetarianismo promove beleza, o amor, o respeito e a cultura. A comparação dos horríveis espetáculos, sons e odores de um matadouro, com a beleza e o perfume de uma horta ou de um pomar, não deixa lugar a dúvidas quanto a esta questão.

Ecológicas
O problema nº 1 da saúde no mundo, é a destruição crónica.
A criação de gado devasta imensas áreas verdes naturais. O homem provoca desequilíbrios na Natureza, ao alterar processos evolutivos normais de animais e vegetais. A demanda por carne barata, é uma das principais causas da destruição das florestas tropicais e outras florestas em todo o mundo. Isto contribui para a extinção das espécies e a desertificação, além da poluição causada pelo dióxido de carbono.

Éticas
O vegetarianismo está a alcançar cotas de popularidade desconhecidas e a cada dia se generaliza mais a convicção de que o estilo de vida vegetariano é o mais são, compassivo e com mais respeito pelo meio ambiente; no entanto, apesar da grande informação disponível aos consumidores, alertando para os perigos a que conduz o consumo de produtos de origem animal e das múltiplas vantagens de uma dieta isenta de carne, as pressões dos grandes interesses comerciais, políticos e religiosos, para manterem o estatuto de controlo das ideias e do capital dos seus potenciais clientes ou seguidores, continua a distorcer e a debilitar o enorme impacto social da mensagem vegetariana.

Muitas pessoas consideram as razões éticas como as mais importantes para tornar-se vegetariano. Num estudo chamado Acerca de comer carne, o autor romano Plutarco, escreveu: "Podes perguntar porque razão Pitágoras se abstinha de comer carne? Por mim, espanta-me muito e pergunto-me que grande distúrbio ou estado mental o do primeiro homem que levou aos seus lábios a carne de uma criatura morta, cobrindo a sua mesa de corpos mortos e pálidos e se aventurou a chamar alimento e nutrição, a esses seres que em algum momento se alegraram, choraram, movimentaram e viveram…? Como puderam os seus olhos suportar a matança, quando as suas gargantas eram cortadas e os seus membros esquartejados? Como pode o seu nariz suportar tais odores? (…) certamente não comemos leões e lobos por autodefesa, pelo contrário, matamos criaturas dóceis que nem sequer têm dentes para ferir-nos. Por um pouco de carne, privamo-los do sol, da luz e da vida à qual têm direito".

segunda-feira, 10 de outubro de 2005

Prémio Nobel da Paz (?)

Indignado, triste e ainda mais zangado pela previsibilidade desta nomeação e porque mais uma vez os políticos modernos paulatinamente utilizam as opções difusas/confusas de forma sistemática para abrir caminho aos senhores da guerra e de lobbies economicistas...

Temos que manter a lucidez muito firme...

A AIEA (Agência Internacional da Energia Atómica) é superdependente das decisões do eixo Europa/Estados Unidos da América...não tem feito cumprir os tratados de não-proliferação...


Este ano havia personalidades e organizações tão excelentes cuja eleição iria concerteza dinamizar ou polarizar o globo em questões prementes para resolver e com ideias verdadeiramente promotoras da Paz, destacando:
- Bono e Geldof com a campanha acabar com a pobreza;
- e a ONG 1000 Mulheres para a Paz, em que estava incluída a portuguesa Inês Continha, directora da Associação O Ninho, entre outros...

Querem falar do Irão e da Coreia...A memória é curta ....Não esquecer que há pouco menos de 10 anos,Fernando Pereira (
ver post no Bioterra data de 12 de Julho) foi morto num atentado contra a Greenpeace, exactamente por experiências nucleares feitas pela França....

Quanto ao novo paradigma energético global, a solução energética pelo nuclear é tão péssima, mas tão péssima, que ainda é pior que os fósseis...


E como podem ver aqui no Bioterra tenho posto em consideração várias alternativas...todas verdadeiramente sustentáveis e de grande esperança num mundo que não é para ser vivido e consumido apenas hoje....

sexta-feira, 7 de outubro de 2005

Here Today | Aqui e agora

Os objectivos do Milénio estão em andamento em várias partes do globo...eis alguns projectos que ilustram bem o que há hoje em dia...temos em nossas mãos o aqui e agora para andar em frente...a sustentabilidade ambiental e a Paz são linguagens universais...

1. Na América do Sul

Espólio de cultura e conhecimento inca no site Tapuy Tabuni. Se conhecermos os hábitos ancestrais de povos nativos, podemos também hoje em dia tentar resolver criativamente soluções para o combate à desrtificação e à exploração de recursos naturais que estes povos têm sido submetidos....porque a globalização não traz soluções globais....


2. Na Ásia (Japão)

Chegou-me esta ONG World Peace Now , de um país que todos sabemos serviu de testing ground para duas experiências atómicas....

WORLD PEACE NOW

3. Na ONU


Está a organizar vários encontros internacionais para a Paz, entre os quais a rede UBUNTU .
UBUNTU é uma palavra africana que siginifica Bondade.
Nessa perspectiva criou-se esta rede mundial para a promoção da Cooperação entre os Povos.
UBUNTU is a world forum of civil networks promoting Peace. UBUNTU is an age-old African term for humaneness - for caring, sharing and being in harmony with all of creation. As an ideal, it promotes co-operation between individuals, cultures and nations.
4. Na Lusofonia
Destaco o site dedicado ao Desenvolvimento Económico e Social do Território através do Turismo nos Países Lusófonos, como ferramenta de combate à Exclusão Social.
5. Nos países árabes
Leio e acompanho as notícias ecológicas dos países árabes, em inglês ou árabe (sempre pode haver quem saiba árabe entre os meus leitores) e verificamos que têm as mesmas preocupações sócio-ambientais!!!

quarta-feira, 5 de outubro de 2005

Os Meus Professores



Feliz Dia do Professor no Mundo Happy World Teachers' Day

Durante as próximas intervenções vou falar dos meus professores. Quem foram, de que modo influenciaram a minha forma de ver a vida...os modelos de ensino que proporcionaram...as batalhas que partilharam com os seus alunos nalguns períodos trágicos ou espectaculares do colectivo nacional e internacional...E que lições maravilhosas me deram em Educação Ambiental também (não havia o conceito, mas faziam-na)....Falar deles no Bioterra é o meu reconhecimento pessoal, é o negar o esquecimento e é (mais) um testemunho de que o mundo não pode viver sem Educação e os seus agentes...

A Professora Anaíde

Lembro-me daquela figura franzina, alegre e o sorriso da Professora Anaíde, dos meus tempos da Escola Primária.Jovem, muito dinâmica, paciente com as brincadeiras e partidinhas dos rapazes e extremamente delicada quando aquelas perguntas mais feias: de onde nasciam os meninos e meninas? porque é que só os homens podiam ser padres? porque é que os padres não se casavam? Em resposta ao desafio (pois o aluno pretendia a confusão ou o riso matreiro da pequena partidinha), respondia a professora que iria consultar os livros para esclarecer as dúvidas levantadas. E assim era. Reunia-se com o aluno, um pouco antes de entrarmos na aula e em poucos minutos esclarecia a dúvida.
Ainda hoje e, apesar de conhecer várias teorias de Didáctica, recorro ao seu modelo...
Mas o que dela agradeço foi quando chegou Abril de 1974. Tinha apenas 8 anos.Com a Professora Anaíde houve sempre festa e o hino nacional cantado nas nossas aulas até ao final do ano foi substituído por Somos livres, de Ermelinda Duarte:

Ontem apenas
fomos a voz sufocada
dum povo a dizer não quero;
fomos os bobos-do-rei
mastigando desespero.
Ontem apenas
fomos o povo a chorar
na sarjeta dos que, à força,
ultrajaram e venderam esta terra, hoje nossa.
Uma gaivota voava, voava,
asas de vento,
coração de mar.
Como ela, somos livres,
somos livres de voar.
Uma papoila crescia, crescia,
grito vermelho
num campo qualquer.
Como ela somos livres,
somos livres de crescer.
Uma criança dizia, dizia
"quando for grande não vou combater".
Como ela, somos livres,
somos livres de dizer.
Somos um povo que cerra fileiras,
parte à conquista
do pão e da paz.
Somos livres, somos livres,
não voltaremos atrás.

Na distância deste poema e de personalidade da Professora Anaíde, pergunto
- que dizemos às geraçõs de agora se aceitarmos que possam vir a ser reeleitos nas próximas autárquicas fenómenos como Fátima Felgueiras, Isaltino Morais, Avelino Torres e Valentim Loureiro (só para falar nos mais mediáticos) para Presidente da Câmara...? (que esses de independentes não têm nada...são sim dependentes de poder....)
-até quando acabaremos o off-shore na Madeira? E o dinheiro para o Ambiente, para a Cultura?
- até quando dizemos basta a esta futebolização intensiva?
-até quando travamos fenómenos que nos envergonham: os incêndios, o desordenamento do território, o ser chico esperto, o arboricídio, o abandono dos animais, as touradas, o desequilíbrio dos estatutos sócio-profissionais, a imigração,etc...
-até quando deixamos entrar nas nossas casas o medo e a inacção....não vêem que isso é que vai limitando os espaços e tempos de fruição e de liberdade de expressão?...
-até quando?? 
E AGORA

SOMOS LIVRES???

sábado, 1 de outubro de 2005

Os Programas LEADER e o Desenvolvimento Rural em Portugal

Os Programas LEADER e o Desenvolvimento Rural em Portugal
Por Nuno Jordão, artigo da Agroportal

Portugal é um pequeno país europeu, mediterrâneo por localização e cultura, mas também atlântico por posição geográfica, tradição histórica e influência da sua componente insular (Madeira e Açores).
As áreas rurais do país representam mais de 80 % do território e nelas vive mais de um terço da população. Encerram um grande e diversificado potencial de recursos naturais, humanos e culturais, mas são também afectadas por importantes insuficiências em termos de desenvolvimento económico e social e de acesso às condições de suporte à vida das pessoas e à actividade das empresas. Tal como nas outras regiões do sul mediterrâneo e ibérico, em Portugal os contrastes de desenvolvimento entre as áreas urbanas e as áreas rurais são acentuados, em desfavor destas últimas.
Pelas razões objectivas assinaladas, mas também por opção, as políticas de desenvolvimento rural têm vindo a ocupar em Portugal um lugar reforçado na luta por uma sociedade territorialmente mais equilibrada e saudável.
Uma plataforma de objectivos e princípios de actuação para promover o desenvolvimento rural no quadro da União Europeia tem vindo a ser amadurecida desde 1988, foi explicitamente consagrada na declaração de Cork em final de 1996, estando o desenvolvimento rural, actualmente consagrado como segundo pilar da PAC.
Os objectivos centrais a prosseguir parecem ser claros: contribuir para o desenvolvimento de uma agricultura europeia multifuncional, sustentável e repartida por todos os espaços da União, e para a diversificação económica e social dos territórios rurais europeus. A qualidade de vida das pessoas residentes nestes territórios e a sua participação nos processos de desenvolvimento constituirão os indicadores chave para avaliar o sucesso desta estratégia.
Do lado da agricultura e da política agrícola a evolução deverá conter um leque mais amplo de objectivos que contemple uma visão mais alargada gestão do espaço rural.
Do lado da diversificação e dinamização económica e social do território rural haverá que valorizar outras actividades em meio rural e as relações de interdependência com a agricultura. As iniciativas de turismo em espaço rural representam, entre muitos outros, um dos campos onde essa interdependência pode e deve ser reforçada.
O desenvolvimento rural é uma missão da sociedade e não uma tarefa que o Estado deva assegurar isoladamente. Em muitos casos a intervenção da Administração Pública será sobretudo a de disponibilizar recursos e de estimular iniciativas por parte da sociedade civil. Assim acontece com o programa LEADER que iremos abordar agora.
Quando surgiu a Iniciativa Comunitária LEADER, em 1991, não existiam em Portugal muitas Associações de Desenvolvimento, ou outras estruturas, susceptíveis de gerir o programa a nível local.
O Ministério da Agricultura, que assumiu a gestão global do programa, procedeu então a uma ampla campanha de divulgação e dinamizou todo um processo espontâneo de constituição de Associações, com vários tipos de génese mas envolvendo, sempre a constituição de parcerias entre diferentes agentes como as autarquias, Associações profissionais ou recreativas e outros agentes de desenvolvimento, formando-se diversas Associações de Desenvolvimento Local que, conjuntamente com outras, poucas, já existentes se vieram a candidatar ao programa LEADER I.
Foram definidas 20 Zonas de Intervenção em várias áreas rurais do país, incluindo a Região Autónoma da Madeira e foram credenciadas outras tantas Entidades Locais que constituíram os seus Grupos de Acção Local (GAL), elaboraram Planos de Acção Local e viram as suas candidaturas aprovadas pela Comissão Europeia.
Na gestão do programa foi muito respeitada a independência dos Grupos de Acção Local quer na divulgação e dinamização local do Programa quer na apreciação e aprovação dos projectos apresentados pelos diversos promotores, de acordo com os respectivos regulamentos internos e Planos de Acção Local, tendo a administração um papel de intermediário entre a Comissão Europeia e as Entidades Locais, e ainda um papel coordenador e fiscalizador de todo o processo financeiro, de acompanhamento dos GAL na execução do Programa e de informação e de troca de experiências.
O programa LEADER I decorreu com um sucesso notável de que poderemos salientar os seguintes aspectos:
Foi um programa inovador que veio inspirar uma nova abordagem ao desenvolvimento rural, estimulando o aparecimento de muitas outras Associações de Desenvolvimento Local com acções interessantes no meio rural.
A sua filosofia bottom up permitiu o apoio a muitas iniciativas localmente importantes que não teriam apoio na ausência do Programa.
Era um programa financeiramente ágil e eficiente.
Desenvolveu muito a oferta de turismo rural que era quase inexistente até ao momento.
Fomentou o aparecimento local de novas competências na preparação e análise de projectos.
Foi gerador de emprego no meio rural.
A sua característica de abertura permitiu o apoio a iniciativas muito diversificadas e inovadoras.
Este sucesso foi alcançado, não obstante algumas dificuldades das quais saliento as mais significativas:
As iniciativas mais inovadoras confrontaram-se muitas vezes com dificuldades resultantes da aplicação da legislação, que muitas vezes inibia o desenvolvimento, com exigências burocráticas muito pesadas ou mesmo com o impedimento de muitas iniciativas por dificuldades de licenciamentos ou outros requisitos legais. Esta questão colocou-se muito no domínio do turismo rural e no das unidades de transformação de produtos alimentares tradicionais de qualidade.
De qualquer forma, o programa teve uma taxa de execução muito próxima dos 100 % e pode-se considerar, em termos gerais, como um sucesso muito significativo.
Foi neste contexto que surgiu e foi implementada a Iniciativa comunitária LEADER II, lançada para o período de 1994 a 1999.
Surgiu, todavia, num contexto já muito diferente do descrito: o conhecimento do sucesso do programa era já grande no meio rural, a expectativa era muito significativa e, no terreno, existiam já competências técnicas e diversas Associações de Desenvolvimento candidatas à execução local do Programa por vezes no mesmo território.
O processo inicial foi, assim, lento e difícil, chegando-se, todavia a um consenso em todos os casos.
Todas as Entidades Locais do LEADER I, foram reconduzidas, com excepção de uma. Para além destas, foram credenciadas 28 novas Entidades Locais para novas áreas de intervenção, obtendo-se um total de 48 Entidades Locais, com uma cobertura generalizada das áreas rurais de Portugal incluindo as Regiões Autonomas da Madeira e dos Açores.
As formas de parceria encontradas para a formação das Entidades locais mantiveram-se diversas.
De maneira geral, face ao sucesso do LEADER I, seguiu-se o modelo genérico já adoptado, introduzindo-se apenas pequenas alterações que a experiência indicava como aconselháveis.
Foram assim reunidas as condições para que, de forma mais alargada o programa LEADER II continuasse a ampliar o sucesso já obtido e prosseguisse o seu papel específico no apoio ao desenvolvimento rural.
E assim aconteceu:
O interesse das populações rurais intensificou-se com a divulgação do Programa;
alguns aspectos agilizaram-se, pelo reforço das competências criadas a nível local;
a legislação nacional e os procedimentos enquadradores adaptaram-se, em muitos casos, às necessidades do desenvolvimento rural;
a experiência colhida permitiu focar e orientar as acções nos tipos de experiência de maior impacto ou complementares de acções já lançadas;
para além do emprego gerado directa e indirectamente pelo programa, assistiu-se a um crescimento de iniciativas, que ainda que não fossem apoiadas pelo programa, nasceram na sequência de projectos inovadores introduzidos pelo LEADER, criando-se assim novos postos de trabalho induzidos.
Por todos estes aspectos podemos, com segurança, afirmar que a experiência LEADER atingiu e de certa forma superou os seus objectivos, tornando-se uma referência necessária na definição de toda a estratégia de desenvolvimento para o meio rural.
Nuno JordãoPresidente da Comissão Nacional de Gestão do Programa LEADER II
Publicado em 11-11-2002

Novas Canções pela Paz- New Songs For Peace

Neste Dia Mundial da Música, escolhi o excelente site New Songs for Peace, projecto sempre actualizado da ONU onde se apresenta imensos artistas que ora sitematicamente ora porque ao longo das suas vidas pessoais e anseios por harmonia colectiva desejaram celebrar a Paz dando a sua voz e música.

Como nasceu o Projecto?

O site em si mesmo é muito interactivo e rico em oportunidades de conhecermos muitos músicos, as letras dessas músicas, as razões dos músicos quando se inspiraram para as compôr e os sites das editoras...nelas temos oportunidade também de comprar ou apreciar um pequeno demo em mp3, gratuito!

Chamo a atenção para o facto de que podem acrescentar mais alguma canção para a Paz que a Organização ainda não conheça.Por exemplo o álbum Sons de Paz penso que não está referido.Nesse álbum, distribuído em 2003 pela AMI em associação com o jornal Público consta trabalhos da Madredeus, Sérgio Godinho, Manuel Alegre, Isabel Silvestre, Luís Represas, etc.

Escolhi para celebrar a Paz o tema Kuu do último trabalho de Kitaro

Prevejo tempos muito duros e críticos...
Muitos dos meus alunos são de famílas muito desestruturadas,eles próprios já de si muito revoltados, muitos são filhos de desempregados ou com reforma antecipada devido a acidentes de trabalho.
Alguns dos meus alunos são filhos de emigrantes sem direitos- como é possível se Portugal é terra de emigrantes?...
Depois há estas injustiças que sofremos no dia a dia pois há desigualdade de critérios nas reformas, contratações, direitos e privilégios...Depois há os fenómenos da televisão-lixo e voyeurista.
Temos os autarcas que têm casos na Justiça e que continuam arrogantes, vociferam nas televisões e mesmo assim são aplaudidos e corremos o risco de eles voltarem novamente ao poder.

Temos que fazer um esforço colectivo para impedir que a força das armas, dos conflitos, do medo, da violência e da estupidez campeie nas nossas vidas.
Temos que criar resistências à mediatização e à banalidade de crimes e imagens de armas, conflitos e mortes.
A opção é abrandar, respeitar a Natureza e ser mais generoso...e portanto tenho 100% de certeza que através da Educação Ambiental se promoverá a Paz.

EU ESCOLHI A PAZ ! MY CHOICE IS PEACE ALL OVER THE WORLD!

PAZ -PEACE - PACO- PACE- PAIX- SHALOM- SALAAM- SHANTY- - 평화 - Мир - 平和 - Ειρήνη - 和平 -SELAM VREDE- PAKE - HETEP- RAHU - ASHTE - IRINI - HEIWA - SULH - MIR
PHYONGH'WA - EMIREMBE - PACI - FRED - SULA - POKOJ - PASCH - MIERS- UKUTHULA

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