quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Lisboa, Aveiro e Figueira da Foz estarão parcialmente submersas já em 2030


Uma área significativa da Reserva Natural do Estuário do Tejo e das costas de Aveiro e Figueira da Foz poderão ficar submersas pelas águas do Atlântico em apenas 9 anos.

Estas são as conclusões retiradas de uma análise da Multinews à nova ferramenta da NASA para visualizar o aumento do nível do mar nas próximas décadas, que foi lançada após a divulgação do sexto relatório de avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

Uma das zonas mais afetadas por este efeito do aquecimento global em Portugal é a Reserva Natural do Estuário do Tejo, prevendo-se que fique submersa uma área que vai desde Alcochete até à Azambuja, afetando os distritos de Lisboa, Setúbal e Santarém.

No distrito de Aveiro prevê-se que, na costa, a Reserva Natural das Dunas de São Jacinto também desapareça por completo, bem como toda a zona desde o Farol de Aveiro até à praia de Mira. Mais junto da cidade poderão ficar submersas as zonas de Murtosa, Cacia e partes de Ílhavo.

Já na Figueira da Foz, toda a zona da foz do Mondego até Montemor-o-Velho pode ficar submersa, zonas predominantemente agrícolas e que quase todos os anos assistem a enchentes em alturas de grande pluviosidade.

Outra zona que será fortemente afetada será a de Faro e Olhão, onde se prevê a extinção da praia de Faro e de reconhecidas ilhas como as do Farol, Armona, Fuzeta ou Culatra.

Portimão, Lagos, Nazaré e Viana do Castelo também serão afetadas pelos efeitos do aquecimento global.

Esta ferramenta, hospedada no Portal do Nível do Mar da NASA, mostra em detalhes como diferentes partes do mundo serão afetadas pelo aumento do nível do mar sob uma série de trajetórias de emissões.

De acordo com o ‘Independent’, nos últimos 100 anos o nível do mar aumentou mais do que em qualquer século nos últimos três milénios.

O nível médio global do mar aumentou a uma taxa de cerca de quatro milímetros por ano na última década e, vivendo quase metade da população mundial a cerca de 100 km do mar, estes efeitos irão afetar diretamente a forma como vivemos.

Sem comentários: