
Este artigo do Ecologist [1], relatando a impotência e angústia dos habitantes de dezenas de vilas escocesas cujos rios foram contaminados com químicos da Monsanto e não viram a Justiça reconhecer o princípio poluidor-pagador...levanta muitas questões e inquietações...
Pois...vamos por aí vamos: as empresas fazerem-se de vítimas quando vemos privatizações à força e à bruta [2], instituições públicas a nível europeu a assinarem protocolos verdes com empresas que reincidem com atentados ao ambiente [3] e concorrem aos certificados ambientais apenas para lucros provenientes de engenharia de marketing (como adoptarem a cor verde nas siglas ou mostrarem carros a desfazerem-se em peixinhos numa curva).As empresas e a banca, cada vez mais multinacionalizadas, irão mesmo apoiar projectos de conservação da natureza, dos Parques e Reservas Naturais [3.1]? Irão mesmo substituir o Estado e a Europa naquilo que se propôem fazer no Direito Ambiental de cada estado-membro Europeu [3.2] ou asssistiremos à flexibilidade dos seus projectos financeiros e menor segurança ambiental? Se não criarmos mecanismos de ética profunda nos mercados...onde iremos parar?
Com esta postagem solidarizo-me com os escoceses que se viram derrotados pela Justiça [1], solidarizo-me com os povos que lhes foram retiradas as terras, os lagos, a língua e cultura e que vêm-se forçados à extinção [vídeo Dead Can Dance-Yulunga], solidarizo-me com os povos e pessoas em que as multinacionais do agronegócio lhes retiram a agricultura de sustento [4],solidarizo-me com os jornalistas que exigem informação transparente [5]. Solidarizo-me com as nossas gentes que não querem antenas de muita alta tensão, solidarizo-me com as nossas gentes que querem escolas sem amianto (em há uma lei que diz que é proíbido o amianto [6] e o Estado não quer retirar o fibrocimento com amianto nas nossas escolas). Solidarizo-me com todos os que defendem que BIODIVERSIDADE há só uma e não bidiversidade de primeira e de segunda (vulgo espécies cinegéticas, caça e sobrepesca) e estão no terreno zelando pela biossegurança, pela conservação dos rios, campos, mares e ar e por esse meio anseiam por um mundo livre de conflitos amrmados [7].
[6] O Dec. Lei n.º 101/2005, de 23-6 que proíbe a colocação no mercado e a utilização de produtos contendo amianto
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