Há fãs do Flickr que mantêm páginas de excelente qualidade.Vitor Cabral de Oliveira é um deles. Na sua página, Portuguese Eyes, preocupa-se em escrever uma breve história de cada concelho que visitou, descreve detalhadamente cada foto e as fotos são excepcionais. Alguns pequenos vídeos também. Melhor era impossível. Vejam e comprovem!
domingo, 31 de janeiro de 2010
sábado, 30 de janeiro de 2010
Environmental Performance Index 2010 - Portugal desceu um lugar
A última vez que falámos do Environmental Performance Index (EPI), foi em Janeiro de 2008 no post intitulado Portugal e o Environmental Performance Index (Índice de Desempenho Ambiental) 2008 e mais tarde, em Julho do mesmo ano no post Portugal em 18.º lugar no mundo do ambiente. Por essa ocasião, Portugal ocupava a posição 18 na lista daqueles que mais respeitam o ambiente, num ranking de 149 países. Este ano, de acordo com o Environmental Performance Index 2010, divulgado ontem no Fórum Económico Mundial de Davos, Suíça, Portugal desceu uma posição, passando para a 19.ª posição, sendo que desta vez o ranking diz respeito a 163 países.
Portugal acabou por ficar atrás de países como a Islândia (1), a Costa Rica (3), Colômbia (9) ou Chile (16), mas à frente da Espanha (25), Dinamarca (32), Luxemburgo (41) ou Estados Unidos da América (61).
O EPI é um índice de desempenho ambiental que avalia 25 parâmetros diferentes agrupados em dez categorias que incluem a saúde ambiental, a qualidade dos ar, a gestão da água, a biodiversidade e o habitat, as florestas, pescas, agricultura e as mudanças climáticas. Os efeitos na saúde humana e nos ecossistemas em cada uma destas categorias são também avaliados pelo EPI.
De acordo com a notícia avançada pelo Diário de Notícias consubstanciada pelos dados que podem consultar no Environmental Performance Index 2010 , é nas políticas da floresta e das pescas que Portugal apresenta os melhores resultados, com notas de 100 e 97,3 respectivamente, numa escala de 0 a 100.
Também nas políticas da água, com uma nota de 98,6, o País marca pontos. Acesso à água e saneamento básico são áreas fortes de Portugal.
Já os impactos da poluição do ar nos ecossistemas e a protecção da biodiversidade e dos habitats apresentam piores resultados, com o País a ocupar, respectivamente, os lugares 136 e 89 no ranking dos países em relação a estes parâmetros específicos.
Em relação ao anterior EPI, divulgado em 2008, o nosso país caiu uma posição no relatório de 2010, mas manteve-se no grupo dos segundos melhores (entre 70 e 85), com uma nota global de 73, num máximo de cem.
Neste relatório de 2010, a Islândia lidera o ranking dos 163 países. Para os peritos de Yale e Colúmbia, é o país que melhor gere os problemas de poluição e os recursos naturais.
A sua posição de topo fica a dever-se sobretudo ao bom desempenho na área da saúde pública, no controlo das emissões de gases com efeito de estufa e nas suas actividades de reflorestação, de acordo com o relatório.
Costa Rica, Suécia, Noruega e Suíça são outros exemplos de países com boas notas em políticas e resultados ambientais.
Em contraste com estas boas práticas, estão os desempenhos ambientais dos cinco últimos países na lista. Estão neste grupo o Togo, Angola, a Mauritânia, a República Centro-Africana e a Serra Leoa, todos do continente africano.
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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Hölderlin- Estar unido com tudo o que vive!
Por vezes nem um excelente artigo científico cruzando dados ou simulando modificações num ecossistema ou pareceres técnicos cinzentos permite encontrar ainda o travão ajustado à destruição e à extinção antropogénica. Acho que a POESIA mais nobre ou textos filosóficos podem trazer uma ajuda essencial. Porque estou convencido de que a compreensão da unidade humana com todas as formas de vida é a chave do segredo de um possível êxito nos esforços de conservação,fica aqui um trecho de Hölderlin (1770-1843), o enorme poeta alemão, em Hipérion ou o eremita da Grécia.
(Fala de Hipérion a Belarmino)
Mas tu brilhas ainda, sol do céu! Tu ainda verdejas, sagrada terra! Os rios ainda vão dar ao mar e as árvores frondosas dão sombra ao meio-dia. O prazenteiro canto da primavera abarca os meus mortais pensamentos. A plenitude do mundo infinitamente vivo nutre e sacia com embrieguez o meu indigente ser.
Feliz natureza! Não sei o que se passa comigo quando elevo os olhos perante a tua beleza, mas nas lágrimas que choro perante ti, a bem amada das bem amadas, está toda a alegria do céu.
Todo o meu ser cala e escuta quando as doces ondas do ar brincam à volta do meu peito. Perdido no imenso azul, levanto frequentemente os olhos ao Éter e inclino-os para o sagrado mar, e é como se um espírito familiar me abrisse os braços, como se se dissolvesse a dor da sociedade na vida da divindade.
Estar unido a tudo, essa é a vida da divindade, esse é o céu do homem.
Estar unido com tudo o que vive, voltar, num feliz esquecimento de si mesmo, ao todo da Natureza, este é o cume dos pensamentos e das alegrias, este é o sagrado cume da montanha, o lugar do repouso eterno onde a melodia perde o seu calor sufocante e o trono a sua voz, e o fervente mar se assemelha aos trigais ondulantes.
Estar unido com tudo o que vive!
(Fala de Hipérion a Belarmino)
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
O algodão que, afinal, é muito pouco orgânico...
O escândalo rebentou [DN Bolsa, 23.01.10] : muitas das peças de vestuário vendidas em algumas das grandes cadeias de pronto-a-vestir, como a H&M e a Tchibo, com a etiqueta fabricado em 100% algodão orgânico, afinal são falsas. A denúncia é do Financial Times Germany [aqui].
De acordo com o jornal, grandes quantidades de algodão orgânico importado da Índia é, na verdade, algodão modificado geneticamente. A H&M continua a promover a sua linha Organic Cotton, garantindo que é fabricada em 100% algodão orgânico.
Uma notícia com mais profundidade sobre esta matéria em Ecouterre.
Uma notícia com mais profundidade sobre esta matéria em Ecouterre.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Novo vídeo BioTerra- Saudade
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
The 4 Day Work Week – A Simple Solution To A Happier Planet & Population
Typical eco and lifestyle aspirations for 2010 run the gamut from eating less meat and ridding plastic from our households to walking more frequently and embracing the concept of personal resource conservation. Every little bit helps, but we could kill two birds with one stone by overhauling the way that our country works. Ever since the Fair Labor Standards Act was passed in 1938, our population has been toiling away a standard 5 days each week. Decades ago, that change was admittedly a vast improvement over prior working conditions in which people were expected to act like Energizer Bunnies with virtually non-existent breaks, but today, it bears re-examination. By working ten hour days from Monday through Thursday, demeanors will improve, energy/resources will be saved and far less carbon dioxide will be pumped into our atmosphere.
Who in their right mind would protest this suggestion - after all, what's two extra measly hours in your workday if the reward at the end of it all is a blissful three-day-weekend? Imagine having ample time to recharge your batteries and actually being able to return to the office the following Monday with a genuine pep in your step? The state of Utah ran their own year-long "thank God it's Thursday" experiment in 2008 using 17,000 state employees as guinea pigs and found that in addition to spending 13% less on energy, they were able to cut their CO2 by well over 12,000 metric tons...plus workers saved an estimated $6 million in fuel expenses. That's just ONE office complex in the Beehive State - multiply those numbers by the gazillions of workplaces across the country and you have a recipe for eco-peep elation. Not surprisingly, when asked if they'd like to continue working their daily 10 hour schedules, 82% of Utah's state employees responded with an enthusiastic "yes!"
Climate Progress says that we are responsible for 29% or 328,000 million metric tons of the cumulative global CO2 emissions produced throughout the past 150 years - more than what any other country in the world has generated, China included. Is there any question that America needs to go on a serious greenhouse gas diet? As we've been seeing in ourselves, friends and neighbors, old habits such as letting go of our penchant for hyper consumerism and saying buh-bye to our cushy gas guzzlers generally dies hard, but the advent of a 4 day work week could very well be a relatively easy new eco-concept to embrace that would gain widespread acceptance with little to no resistance. With one less day to commute (a definite crowd pleaser), there would be potentially fewer incidents of road rage and traffic accidents, employees wouldn't call in sick as often since they'd be able to take care of personal business on their weekday off, and productivity would likely be higher since there would be more of a positive attitude and better quality of life.
Let us not forget the Organization for Economic Co-Operation and Development (OECD)'s 2009 report of the world's most happy places. 140 countries were assessed regarding a number of basic factors including work-life balance and they determined that the lower the average work week, the higher the general level of contentment. Americans who are taking their first steps on a greener path would undoubtedly feel inspired that through the simple act of working just 4 days each week, they would automatically contribute to a reduction in air pollutants and crude oil imports, in turn prompting them to consider making even more do-able green lifestyle changes. The greatest impetus to change is the realization that lifestyle alterations don't have to be nearly as challenging as we make them out to be. So, what's your take on this proposal? Yay or nay and why?
domingo, 24 de janeiro de 2010
Vem aí a Geração Depositrão
Os Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE) constituem um tipo de resíduos cuja recolha se iniciou em Portugal há mais de 3 anos. Sensibilizar a população para a importância da deposição selectiva deste tipo de resíduos constitui o principal objectivo do programa Geração Depositrão, iniciado em 2008/2009. A Geração Depositrão surge nas Eco-Escolas em resultado de uma parceria estabelecida entre a Associação Bandeira Azul da Europa e a ERP Portugal.
Poderão inscrever-se nesta iniciativa todas as escolas de todos os graus de ensino inscritas no Programa Eco-Escolas 2009/10. O programa Geração Depositrão é composto por dois tipos de actividade:
Poderão inscrever-se nesta iniciativa todas as escolas de todos os graus de ensino inscritas no Programa Eco-Escolas 2009/10. O programa Geração Depositrão é composto por dois tipos de actividade:
- Recolha – Actividade de recolha de REEE do tipo "pequenos electrodomésticos". *
- Criativa – A proposta de actividade criativa difere em função dos graus de ensino:
b1) Teatro de Fantoches REEE (Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos): 1º Ciclo.
b2) Arte em REEE: 2º, 3º Ciclos e Secundário / Profissional - Decoração de um ou vários REEE por forma a transformar o resíduo num objecto artístico. As escolas deverão apenas utilizar na concepção deste trabalho REEE de pequenas dimensões. Exemplos: leitores de CD e cassete, secadores de cabelo, torradeira / tostadeira, computador, monitor, rato, teclado, impressora, rádio, etc. A dimensão do trabalho final não deverá exceder 1 m3 (no caso de serem utilizados vários resíduos). Esta decoração deverá ser apenas exterior, não implicando a desmontagem dos resíduos.
* NOTA: As escolas da R.A. da Madeira não se poderão inscrever na modalidade de actividade de recolha, devido a obstáculos inultrapassáveis para recolha / contagem dos REEE pela ERP Portugal nesta Região. Poderão no entanto participar na actividade criativa.
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sábado, 23 de janeiro de 2010
Britânico viveu 18 meses com lobos
Durante 18 meses, [Shaun Ellis] viveu com uma matilha de lobos nas Rocky Mountains. Uivou, rosnou, comeu carne crua e passou a ser um deles. O medo transformou-se num saudável respeito. Havia uma linha ténue entre ser aceite e ser expulso do grupo, ou até mesmo ferido ou morto, disse, em entrevista à BBC.
Nesses 18 meses houve vários momentos assustadores, mas recorda um que eventualmente lhe salvou a vida, quando um lobo lhe disse para não ir ao rio. Fê-lo de uma forma muito agressiva, mordendo partes do seu corpo e chegando ao ponto de o derrubar para dentro de uma árvore oca, recorda.
Algumas horas mais tarde, lambeu-lhe o rosto e levou-o ao rio, onde Shaun Ellis viu sinais de que um urso gigante tinha estado lá. [toda a notícia aqui, de 8/2/10]
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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Década 2010-2020 essencial para para atingir o pico das emissões de GEE- reforça um estudo recente de Hans Schellnhuber
Muito recentemente, num impressionante estudo que procura aliar ciência dura e diplomacia, o Conselho Federal Alemão para a Mudança Global (WBGU), dirigido pelo eminente físico Hans Joachim Schellnhuber, explicava as razões pelas quais temos de aproveitar ao máximo o período de 2010-2020. Será uma década essencial para atingir o pico das emissões de gases com efeito de estufa, começando depois a declinar, de modo a não ultrapassar o limite de concentração de 450 ppmv COe., que se considera corresponder ao limiar de 2 graus já referido.
[crónica completa aqui]
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Curta-metragem: Kitchen à la Carte
This film is about the hunger and poverty brought about by Globalization. There are 10,000 people dying everyday due to hunger and malnutrition. This short film shows a forgotten portion of the society. The people who live on the refuse of men to survive. What is inspiring is the hope and spirituality that never left this people.~Ferdinand Dimadura
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Preocupações ambientais na arte de Sofia Beça e mais alguns ceramistas
Livro Contemporary Ceramics
Parabéns, Sofia!
Por Sofia Beça
Chegou-me finalmente à mãos o livro Contemporary Ceramics de Emmanuel Cooper da editora Thames and Hudson. Para este livro foram escolhidos 500 ceramistas de todo o mundo. Todos têm um pequeno texto sobre a sua obra e uma imagem. Sobre mim escreveram:
Chegou-me finalmente à mãos o livro Contemporary Ceramics de Emmanuel Cooper da editora Thames and Hudson. Para este livro foram escolhidos 500 ceramistas de todo o mundo. Todos têm um pequeno texto sobre a sua obra e uma imagem. Sobre mim escreveram:
A powerfull sense of environmental concerns informs the works of artists Satoru Hoshino and Sofia Beça. Hoshino creates a convincing sense of growth in installations that seem to invade and take over gallery space to evoke a sense of the organic without replicating anyparticular aspect. Beça´s work makes allusions to such things as standing stones, objects that may be the result of natural activity or carefully created and placed by human endeavour. The use of earth colours, such as terracota and burnt brown, are the colours of earth, the reassuring, quiet tones of land.Neste livro, para além de encontrar vários ceramistas meus conhecidos, foram também escolhidos Rafael Pérez e Thomas Weber, que participaram comigo nos Encontros Internacionais de Ceramistas em Boassas.
Parabéns, Sofia!
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Jornalismo ambiental e consumo sustentável (o aquecimento global também tem origem no consumismo desenfreado)
Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a parcela da sociedade que está francamente inserida no consumo forma uma classe mundial estimada em 1,7 bilhão de adeptos fiéis, com renda anual média de US$ 7.000. E, provando que a concentração da renda é o maior de todos os males do mundo moderno (HOBSBAWM,1995, p. 393, 395 e 397)13 , mais da metade desses consumidores estão nos países em desenvolvimento. Nessas “lhas de riqueza do Terceiro Mundo, a palavra chave é imitar os padrões de consumo da Europa e dos EUA (o que Roberto Campos chama de crescimento imitativo)14, a tal ponto que o Brasil é o segundo maior comprador de aviões executivos do mundo, logo após os EUA, e São Paulo tem uma das maiores frotas de helicópteros do planeta. Ora, se a mídia é mantida pelo capital das elites e se as elites estão de costas para o Brasil, geralmente voltadas para os grandes negócios internacionais, então resulta claro que a mídia, no Brasil, é um negócio das elites, por isto, não está interessada em notícias menores que tratam de cooperativas, projetos comunitários, críticas ao modelo consumista, ou líderes carismáticos que enfrentam o poderio americano, como fazem os ambientalistas.15
13 A história mundial dos 20 anos após 1973 é a de um mundo que perdeu suas referências e resvalou para a instabilidade e a crise..A maioria das pessoas se tornou mais pobre na década de 1980 que foi de severa depressão.No Brasil, monumento de injustiça social, campeão mundial de desigualdade econômica, os 20% mais pobres da população dividiam entre si 2,5% da renda total da nação, enquanto os 20% mais ricos ficavam com quase dois terços dessa renda conforme dados do início da década de 1990.
14 Entre um terço e a metade da renda dos países periféricos é apropriada pelos que reproduzem os padrões de vida dos países cêntricos, e a outra parte (entre metade e dois terços) divide-se de forma mais ou menos desigual com a massa da população; nesse caso, a minoria privilegiada não pode ir muito além de 5% da população do país”. (Cf. FURTADO, C. O Mito do Desenvolvimento Econômico, 1974, p. 84).
15 A primeira entidade ambiental nasceu em 1948, quando foi criada a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) integrando agências governamentais e órgãos não - governamentais,com o objetivo de garantir os recursos naturais. Com a criação da UICN, os movimentos conservacionistas, inclusive aqueles pela criação de parques nacionais, difundiram-se pelo mundo e foram criadas inúmeras entidades não-governamentais. (Cf. PRADO, N., Bons Ventos
Fonte: Pedro Celso Campos
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Cartazes do Dia - Xaquin Marín, um histórico do humor gráfico da Galiza
Xaquin Marín é um dos maiores nomes do humor na Galiza, sendo considerado o fundador da banda desenhada galega.
O ilustrador galego já participou de mais de 200 mostras em todo o mundo.
Marín tomou posição contra a ditadura franquista (o principal motivo pelo qual os albuns de BD de expressão galega têm só 35 anos) e contribuiu com outras iniciativas das artes e activismo ecológico dentro da sociedade civil espanhola, (como podem averiguar nestes cartazes, entre muitos) e desempenhou um papel muito preponderante aquando da tragédia do óleo derramado pelo Prestige. A reacção aos danos ambientais causados pela embarcação, registe-se, é uma das mais belas lições de cidadania do povo galego no início deste milénio.
Em 2005, para assinalar os 30 anos de carreira de Xaquin Marín, a óptima página electrónica Cultura Galega.org lançou um portal especial que pode ser visto todo o ano: é o Xaquin Marín, Trinta Anos de Humor Gráfico.
Uma pequena autobiografia do artista pode ser lida aqui.
O ilustrador galego já participou de mais de 200 mostras em todo o mundo.
Marín tomou posição contra a ditadura franquista (o principal motivo pelo qual os albuns de BD de expressão galega têm só 35 anos) e contribuiu com outras iniciativas das artes e activismo ecológico dentro da sociedade civil espanhola, (como podem averiguar nestes cartazes, entre muitos) e desempenhou um papel muito preponderante aquando da tragédia do óleo derramado pelo Prestige. A reacção aos danos ambientais causados pela embarcação, registe-se, é uma das mais belas lições de cidadania do povo galego no início deste milénio.
Em 2005, para assinalar os 30 anos de carreira de Xaquin Marín, a óptima página electrónica Cultura Galega.org lançou um portal especial que pode ser visto todo o ano: é o Xaquin Marín, Trinta Anos de Humor Gráfico.
Uma pequena autobiografia do artista pode ser lida aqui.
domingo, 17 de janeiro de 2010
Livro "Ecossistemas e Bem-Estar Humano - Avaliação para Portugal do Millennium Ecosystem Assessment"
O livro representa um esforço único no contexto científico nacional ao reunir o trabalho de mais de 60 cientistas, que de um modo integrado avaliaram o estado dos ecossistemas em Portugal.
A cerimónia de lançamento do livro foi presidida pelo Secretario de Estado do Ambiente, Prof. Doutor Humberto Rosa. O evento decorreu na livraria Escolar Editora, no edifício C5 da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, no dia 13 de Janeiro.
Capa e sinopose do livro aqui
Ricardo Garcia faz uma crónica sobre este livro, publicada no Público dia 14 de Janeiro, com o título sugestivo (e verdadeiro!)
"Deterioração dos ecossistemas pode trazer problemas ao país, da economia ao lazer
Aqueles que consideram que preservar a natureza é coisa dos "malucos do ambiente" estão redondamente enganados. Um livro lançado ontem, em Lisboa, deixa claro que se os ecossistemas do país se deteriorarem - e alguns estão neste caminho - estaremos em maus lençóis em vários domínios, da economia ao lazer.
"Ecossistemas e Bem-Estar Humano" é uma versão completa e actualizada da contribuição portuguesa para o Millenium Ecosystem Assessment, um programa lançado pela ONU no princípio desta década e concluído há quatro anos. O objectivo do programa global era o de avaliar como as actividades humanas interagem com os serviços que os ecossistemas colocam à nossa disposição - como produção de água ou de alimentos, protecção dos solos ou simplesmente fonte de receitas [ver nota minha 1] .
Uma das formas de se olhar para estes serviços é através do seu valor, em dinheiro. "É uma linguagem que todos percebem", afirma Henrique Miguel Pereira, do Centro de Biologia Ambiental da Universidade de Lisboa, que coordenou o livro com mais três investigadores - Tiago Domingos (Instituto Superior Técnico), Luís Vicente e Vânia Proença (ambos também do Centro de Biologia Ambiental).
Por exemplo, a água mobiliza um sector, o do abastecimento, que vale dois mil milhões de euros por ano. E para que haja água de qualidade é preciso que vários ecossistemas estejam a funcionar bem, como as florestas, os aquíferos subterrâneos ou os rios e albufeiras.
Facilmente se atribui uma cifra a outros serviços dos ecossistemas. O livro salienta que as florestas representam dez por cento das exportações nacionais. Além disso, retiram dióxido de carbono da atmosfera, ajudando a conter o aquecimento global. Em 2007, absorveram 5,44 milhões de toneladas de CO2, um serviço que vale 65 milhões de euros, aos valores de hoje do mercado do carbono.
Até uma paisagem pode ter um valor. Um estudo mencionado no livro concluiu que os portugueses estarão dispostos a pagar 30 euros para preservar um terço das estepes cerealíferas de Castro Verde, no Alentejo - o habitat de excelência de algumas aves ameaçadas, como a abetarda. Ajustando-se o resultado para toda a população e para as áreas em causa, chega-se ao valor da preservação de um hectare por ano em Castro Verde: 446 euros, muito mais do que a compensação a que os agricultores têm direito (73 euros por hectares) para conservarem aquele ecossistema.
A agricultura, porém, é um dos sectores que saem mal na fotografia do livro. A maioria das práticas actuais está a degradar o solo, sem conseguir suprir as necessidades de alimentação do país. "Temos muito poucos bons solos e não temos feito um bom trabalho para os proteger", diz Henrique Pereira.[ver nota minha 2]
Na água, o cenário é ambivalente. O país tem-na em excesso: apenas dez por cento da precipitação é utilizada. Mas, quando chega ao solo, a água confronta-se com a poluição, sobretudo a difusa, proveniente da agricultura, por exemplo. Resultado: 40 por cento dos rios e albufeiras estão poluídos.
Com isso, a água - uma matéria-prima gratuita - passa a ter um custo adicional à sua captação e distribuição: o tratamento. "Se os sistemas estiverem degradados, vamos ter de gastar mais", afirma o investigador.
O livro conclui que há uma tendência para se utilizarem mais "os serviços de produção" dos ecossistemas, em detrimento dos "serviços de regulação e culturais". Isto só poderá ser contrariado "se a sociedade se aperceber das implicações negativas para o bem-estar humano". Esperemos que sim.
[1] Esta publicação esclarece melhor todos os aspectos da estrutura conceptual da Avaliação do Milénio dos Ecossistemas
[2] Esta apresentação, de 2004, mostra já uma enorme preocupação desta equipa pelo estado da arte nas florestas, agricultura e da água em Portugal
Ler ainda:
Entrevista a Henrique Miguel Pereira, Confagri, 2004
"Ecossistemas e Bem-Estar Humano" é uma versão completa e actualizada da contribuição portuguesa para o Millenium Ecosystem Assessment, um programa lançado pela ONU no princípio desta década e concluído há quatro anos. O objectivo do programa global era o de avaliar como as actividades humanas interagem com os serviços que os ecossistemas colocam à nossa disposição - como produção de água ou de alimentos, protecção dos solos ou simplesmente fonte de receitas [ver nota minha 1] .
Uma das formas de se olhar para estes serviços é através do seu valor, em dinheiro. "É uma linguagem que todos percebem", afirma Henrique Miguel Pereira, do Centro de Biologia Ambiental da Universidade de Lisboa, que coordenou o livro com mais três investigadores - Tiago Domingos (Instituto Superior Técnico), Luís Vicente e Vânia Proença (ambos também do Centro de Biologia Ambiental).
Por exemplo, a água mobiliza um sector, o do abastecimento, que vale dois mil milhões de euros por ano. E para que haja água de qualidade é preciso que vários ecossistemas estejam a funcionar bem, como as florestas, os aquíferos subterrâneos ou os rios e albufeiras.
Facilmente se atribui uma cifra a outros serviços dos ecossistemas. O livro salienta que as florestas representam dez por cento das exportações nacionais. Além disso, retiram dióxido de carbono da atmosfera, ajudando a conter o aquecimento global. Em 2007, absorveram 5,44 milhões de toneladas de CO2, um serviço que vale 65 milhões de euros, aos valores de hoje do mercado do carbono.
Até uma paisagem pode ter um valor. Um estudo mencionado no livro concluiu que os portugueses estarão dispostos a pagar 30 euros para preservar um terço das estepes cerealíferas de Castro Verde, no Alentejo - o habitat de excelência de algumas aves ameaçadas, como a abetarda. Ajustando-se o resultado para toda a população e para as áreas em causa, chega-se ao valor da preservação de um hectare por ano em Castro Verde: 446 euros, muito mais do que a compensação a que os agricultores têm direito (73 euros por hectares) para conservarem aquele ecossistema.
A agricultura, porém, é um dos sectores que saem mal na fotografia do livro. A maioria das práticas actuais está a degradar o solo, sem conseguir suprir as necessidades de alimentação do país. "Temos muito poucos bons solos e não temos feito um bom trabalho para os proteger", diz Henrique Pereira.[ver nota minha 2]
Na água, o cenário é ambivalente. O país tem-na em excesso: apenas dez por cento da precipitação é utilizada. Mas, quando chega ao solo, a água confronta-se com a poluição, sobretudo a difusa, proveniente da agricultura, por exemplo. Resultado: 40 por cento dos rios e albufeiras estão poluídos.
Com isso, a água - uma matéria-prima gratuita - passa a ter um custo adicional à sua captação e distribuição: o tratamento. "Se os sistemas estiverem degradados, vamos ter de gastar mais", afirma o investigador.
O livro conclui que há uma tendência para se utilizarem mais "os serviços de produção" dos ecossistemas, em detrimento dos "serviços de regulação e culturais". Isto só poderá ser contrariado "se a sociedade se aperceber das implicações negativas para o bem-estar humano". Esperemos que sim.
[1] Esta publicação esclarece melhor todos os aspectos da estrutura conceptual da Avaliação do Milénio dos Ecossistemas
[2] Esta apresentação, de 2004, mostra já uma enorme preocupação desta equipa pelo estado da arte nas florestas, agricultura e da água em Portugal
Ler ainda:
Entrevista a Henrique Miguel Pereira, Confagri, 2004
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sábado, 16 de janeiro de 2010
Documentário - "No-Impact Man" ou "Homem Sem Impacto"
Numa postagem no BioTerra, em 2007, fiz uma notícia sobre a incrível aventura deste nova-iorquino (agora em filme). Entretanto já muitos mais indivíduos fizeram o seu próprio No-Impact e agora o movimento cresceu e temos acessível em Inglês um enorme portal, multifuncional e que recentemente lançou um conjunto educativo gratuito e muito bom, disponibilizando materiais que os levam a reflectir e agir em defesa do meio ambiente de forma positiva. A ver, ler e partilhar: Colin Beavan
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Educação Ambiental através do humor e jogos
A acreditar nos dois vídeos da Fun Theory, promovida pela VW, o humor e o jogo parece cativar e mobilizar mais pessoas para limpar parques, reduzir lixo e a reconhecer a sua importância. O público aderiu e os vídeos são surpreendentes. Veja-os.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Documentário- Mind Control: America's Secret War
This powerful History Channel video documents how for decades, top secret government projects worked virtually non-stop to perfect means of controlling the human mind. Though for many years the government denied that these projects even existed, the details have long been preserved in thousands of pages of now declassified government documents reluctantly released through the Freedom of Information Act. LSD and electroshock therapy in huge doses given to unsuspecting citizens are only a part of this unbelievable program.
Mind Control blows the lid off years of chilling experiments, drawing on the above-mentioned declassified documents and interviews with some of the victims. Hear from John Marks, the author of In Search of the Manchurian Candidate, who originally broke the story of the CIA's abuses by unraveling the mysteries contained in the declassified documents. Learn how many of the most important records pertaining to the mind control experiments were destroyed by the director of the CIA in an attempt to prevent the details from ever being known.
The projects involved brutal, at times lethal experiments on thousands of unsuspecting citizens in direct defiance of law, all ethical codes, and basic human rights. Interviews with top psychiatrists, lawyers, and victims send chills up the spine. U.S. intelligence agencies spent millions on these mind control projects with a goal of creating programmable human spies. A former head of the American Psychiatric Association, Dr. Ewen Cameron, is one of many highly respected doctors who erased the personalities of thousands of unsuspecting victims, while many in the profession simply turned a blind eye.
Among the captivating interviews presented, you will hear from Dr. Cameron's patient Linda McDonald, whose past was completely erased by a brainwashing experiment. Linda describes how at age 25 she was placed on a psychiatric ward and subjected to horrific shock and drug treatments which completely erased her mind and brought her back to being the mental age of an infant. She, along with many other victims of these highly unethical programs eventually won a significant lawsuit against the U.S. government for the crimes committed against her by one of the most respected doctors of psychiatry in the world.
For an abundance of reliable, verifiable information further describing these and other top secret mind control programs and their impact on our world, see our Mind Control Information Center available here. For an excellent two-page summary of the top secret government mind control projects, including numerous, verifiable footnotes, click here.
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Actas da Conferência sobre Decrescimento Económico, Paris 2008
Divers mouvements se développent en France et en Italie afin de promouvoir la Décroissance soutenable. Plusieurs politiciens ont repris le terme décroissance.La question se pose aux chercheurs : après des années d'améliorations de l'éco-efficacité, le supposé découplage entre la dégradation écologique et la croissance économique reste insuffisant. Plus de 150 personnes ont répondu à notre appel. Nous avons reçu plus de 90 contributions. 140 personnes venant de près de 30 pays ont participé à ce colloque. Les actes complets de la Conférence peuvent être téléchargés ici.
Vous pouvez aussi télécharger les résumés, les présentations et les articles séparément en cliquant sur les liens figurant dans le programme ici
Taille du fichier : 6,1 Mo, 322p, il contient des contributions en sciences sociales, économiques, physiques et environnementales
finalement, vous pouvez télécharger la déclaration finale
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
As minhas leituras: Earthdance- Living Systems in Evolution, por Elisabet Sahtouris
EARTHDANCE:
Living Systems in Evolution
Elisabet Sahtouris [página pessoal]
Um livro de filosofia e ecologia excepcional. Editado originalmente em 1999, representa uma actualização de toda uma Escola baseada na Ecologia Profunda, Teoria Quântica, Evolução, Teoria dos Ecossistemas e na Teoria de Gaia. Podemos descarregar em pdf e depois ler com calma ou então em linha. Transcrevo aqui o preâmbulo e os agradecimentos da Autora.
Introduction
This book is a work of philosophy in the original sense of a search for wisdom, for practical guidance in human affairs through understanding the natural order of the cosmos to which we belong. It bears little resemblance to what we have come to call philosophy since that effort was separated from natural science and became more an intellectual exercise in understanding than a practical guide for living.
To find meaning and guidance in nature, I integrated my personal experience of it with those scientific accounts that seemed to best fit it. From this synthesis, meaning and lessons for humanity emerged freely. I wrote the original version in the peaceful, natural setting of a tiny old village on a small pine-forested Greek island, where I could consider the research and debates of scientists, historians, and philosophers, then test them against the natural world I was trying to understand.
Putting into simple words the specialized technical language of scientists and winding my way through labyrinths of philosophic prose, I gradually simplified the story of the origins and nature of our planet within the larger cosmos, and of our human origins, nature, and history within the larger being of this planet.
The Gaia hypothesis, now Gaia theory, of James Lovelock and Lynn Margulis -- the theory that our planet and its creatures constitute a single self-regulating system that is in fact a great living being -- is the conception of physical reality in which my philosophy is rooted. Quite simply, it makes more sense on all levels -- intuitive, experiential, scientific, philosophical, spiritual and even aesthetic and ethical -- than any other conception I know. And I have come to believe, in the course of this work, that this conception contains profound and pressing implications for all humanity.
To ensure that my vision of evolution and history would stay simple and in clear focus, I kept telling its essence and more than a few of its particulars in something of the style of an ancient storyteller during many social evenings among my Greek village friends. I also wrote the story for children before I set about an adult version. To my surprise, these deliberate exercises in simplicity proved more difficult than writing for professional audiences, for in stripping our intellectual language to the essence of what is being said, we must be very sure that essence is really there, really coherent. Science has been a process of differentiating our knowledge into an incredible wealth of precise details, but these details become ever more disconnected from one another and cry out for integration into coherent wholes. I have no doubt I will be accused of oversimplification, and perhaps rightly so, as one pays for scope in lack of detail and precision.
Friends and colleagues have asked me now and then why I insist on dealing with all evolution, even all the cosmos, to discuss human matters; why I don't narrow my scope to workable proportions. My answer is that context is what gives meaning, and a serious search of context is an ever-expanding process leading inevitably to the grandest context of all: the whole cosmos. As the nested contexts for the human story -- especially the context of evolution -- became clearer to me, they revealed a simple but elegant biological vision of just why our human condition has become so critical and what we might do to improve it.
Other people ask why I'm so eager to save humanity when it is proving such a social and ecological disaster. To this I can only answer that, as far as I can see, every healthy living being or system in nature has evolved survival oriented behavior, and I do not exclude myself from this natural health scheme. Of course my purpose is to show how we are straying from this course, so that we may correct the deviations.
I can no more proclaim the worldview arising from my work "reality" than can any particular philosopher working at creating a meaningful worldview in any particular place and time, drawing on the scientific and historical knowledge of that place and time. Philosophy is an intensely personal search that one hopes will have relevance to others, will be validated by their experience, will offer them some insight and guidance, or will at least stimulate them in their disagreement to search further on their own.
Yet a work of philosophy also reflects the broader context and search of a culture at a particular stage, and the biological evolutionary viewpoint of this book reflects a broadly emerging pattern of search for our origins and direction in nature -- a reawakening of that search begun by the original pre-Socratic philosophers, indeed that goes further back to the roots of religion -- the search for re-ligio, for "reconnection" with our origins in the nature or cosmos that gave rise to us and within which we continue our co-creation.
Paradoxically, our self-imposed separation from nature by way of an `objective' mechanical worldview during the past few millennia has led to the scientific knowledge that makes it possible to understand and reintegrate ourselves into nature's self-organization patterns. It has also brought us to a stage of technology that permits us to share our discoveries and our understanding planet-wide in no time at all, to work together as a body of humanity with hope of transcending our present crisis in a far healthier and happier future for ourselves and all the rest of Earthlife.
Although the original version of this book was done in relative isolation and without funding, I am indebted and profoundly grateful to many teachers and friends, from the forest creatures with whom I spent my earliest years to Jim Lovelock and Lynn Margulis, who have not only informed and inspired me in this work, but who gave me invaluable encouragement, confidence, and opportunities in seeing the work through.
As this edition goes to press, scientists have recognized that we are well into the sixth great extinction of species -- the first caused by a single species, and proceeding more rapidly even than the last one, which eliminated the great dinosaurs sixty million years ago because Earth's climate changed dramatically under the impact of a huge meteor in the Caribbean basin.
There is no doubt that we humans continue creating the chaos of ongoing disaster and denial. As I say in Chapter 19, Onondaga Chief Oren Lyons, at the Earth Summit known as Rio '92, reminded us that the passengers of the Titanic refused to believe that marvel of modern technology could go down on its maiden voyage. It did, of course, go down, as its extremely popular and timely Hollywood version reminded us. We may be a true biological marvel as a hi-tech human species, but we have truly gotten ourselves into serious trouble.
A healthy world for all cannot easily rise from total destruction; rather it must be formed now, in the midst of the chaos we create. Such a "new world order," I am again and again reminded by the indigenous elders I have listened to intently for their deep understanding of sustainability, must be based on a very old world order -- on the laws of nature as indigenous people understand them, on laws they have been trying to teach us for a very long time: laws of balance, harmony, of giving back in full measure for all you take; laws designed to insure survival at least seven generations into the future.
The conclusion reached in this book, that we humans as a species must learn quickly to fit our lifestyles harmoniously into the rest of nature, is what led me to seek out indigenous knowledge between editions. Indigenous peoples never saw themselves as anything but an integral part of nature, and so they tend to know much more about that than do industrial peoples. Once, I listened to Jeannette Armstrong, a wise woman of the Okinakan nation, which still lives traditionally, speaking in detail about her peoples' understanding of nature. It was precisely the understanding I had gained in the course of writing this book far off on a Greek island -- confirmation to me that I had gotten it right, for her people had the credibility of thousands of years of careful and scientific observation.
The immense knowledge of nature, the coherent philosophies and the non-technological achievements of indigenous people impressed me deeply. They have observed us far more carefully than we them. Their conscious choice not to develop technological consumer societies gave me a more balanced view of human life and some valuable insights I have shared in several new chapters. One of these insights -- that there can no more be one true science than one true religion -- was difficult to share with fellow scientists of my industrial culture. Almost invariably, they responded, "You mean indigenous knowledge; they don't have science, there is only one science." I have therefore taken some care to show that indigenous people do indeed have science, by our own definitions, as a deep aspect of their cultures (see Chapter 19).
The great effort of industrial culture to fragment our world, to separate science, religion, art, economics, politics and other social practices, has long seemed to me very costly in blinding us to their interrelations. Today this is expressed in such problems as the difficulty of integrating the economy with ecology, two words meaning, in their original Greek, the organizational design and the operating principles of a household. Clearly they should never have been separated! How could it have happened? As Janine Benyus pointed out in a speech at a Bioneers conference, we assigned one group of people -- biologists - to study how other species make a living, and another unrelated group of people - economists - to determine how humans make a living. Only now do we see interest in living systems enter the world of business.
Indigenous people have also taught me that good science can be done without tearing it out of the seamless and sacred fabric of life. They have always known this is a participatory universe, which Western scientists only now acknowledge. We simply cannot observe it without changing it. Indigenous people understand science and spirituality as aspects of the same reality -- an intelligent, conscious continuum with physical and non-physical aspects. They are aware that all parts and aspects of nature are in constant non-physical communication. In Western science, physicists only now discover the deep connectedness and dialogue of everything through concepts of non-locality and zero-point energy.
One crisp cool day in a cornfield on the barren Hopi reservation in Arizona, I watched Martin Gashweseoma -- now almost the only traditional Hopi elder still alive -- kneeling in the dry earth beneath a brilliant blue sky, picking dried ears of blue corn from the stubby plants rustling in a cold late fall wind. Martin continues to live in the sacred way, with only the digging stick given by the Great Spirit, Maasau, along with instructions for living in peace and simplicity. He stood up to greet me and began speaking of the eviction of the faithful Hopi from Old Oraibi in 1906 with only what they could carry, of his uncle Yukiuma who led his people like Gandhi on this exodus, even going to the White House to plead their cause, of the sacred stone tablets his uncle later entrusted to him, of the way they were taken away, of the Day of Purification the white man, Bahanna, is bringing on, with all its suffering as the world becomes desert....
What he said was familiar, as I had been working with the Hopi and other Indians for years by this time, but it took on new significance as it burned into my heart on that crisp, clear fall day, the azure sky blazing behind him as we talked. Three men who had brought me to the field stood behind me and never interrupted; Martin did not take his eyes from mine during our long interchange. It was an experience of total undivided attention I, as a woman, had never experienced from men. The intense energy flowing between Martin and myself created a dense whirlpool tangible even to me, a person normally insensitive to such things. A whirlpool, as I say in this book, is a living entity, and Martin wove such an entity.
Anguish flowed through me at his despair. He spoke of his and other elders' failure to reach the White Brother - our dominant culture - with the Hopi Prophecy, and of how even the Hopi were abandoning their traditions, their cornfields. The Hopi prophecy, discussed at the beginning of Chapter 19, says the world as we know it will end if the White Brother does not heed the Sacred Way of the Red Brother and share his mission to develop technology in that spirit.
His truth - the need for cooperation between the ways of indigenous and industrial peoples to build a sustainable world - is vital to our survival. I found this same truth over and over again in many teachings I have gained from indigenous peoples in many places. I explored this truth in many contexts, from presidential commission dialogues on a sustainable human future in Washington D.C. to traditional villages in the Peruvian Andes, where I spent a whole year studying the cosmology and science of ancient Andean cultures, and now in the corporate world of multinationals, the most powerful organizations humanity has yet devised.
This corporate world, which, along with science and technology, is often blamed for current crises, is suddenly in crisis itself because of a dramatic new development on the human scene: the Internet. From my perspective as an evolution biologist, this World Wide Web of information exchange is a kind of fractal biology repeat pattern of the first version, built by bacteria billions of years ago, as we see in Chapter 4. And just like its ancient counterpart -- still in existence among bacteria worldwide today - it is a self-organizing living system.
Chapter 20 describes the inherent organizational design and operating principles of this new Web as those of living systems, and that is why it has the power to force corporations with organizational designs and operating principles based on command and control mechanics to change their ways -- to become more like living systems themselves. As corporations, which play such a powerful determining role in our species' behavior as a whole, understand and abide by the sustainable survival principles of living systems, their goals will come into harmony with our personal and community goals. We can then mature like other species from competition to cooperation and build a human society in which the goals of individual and community, of local and global economy, of economy and ecology are met. This will shift us out of crises and into the happier, healthier world of which we all dream. Let it be so!
Elisabet Sahtouris, September, 1999
Thank you.
Special thanks to Jim Lovelock and Lynn Margulis for the original inspiration to write this book and for their encouragement over the years, also to Teddy Goldsmith for creating the Gaia Seminars in Cornwall. My deep appreciation to Dave Ratcliffe and Rebecca Lord for putting the book on the Web while it was out of print, and to Bruce Bigenho for his tireless efforts with the second edition. My gratitude extends as well to Nancy Larson for the original cover photo and to my son, Philip LaVere, for the cover design. Lastly, but certainly not least, I thank with a smile my sometimes enigmatic but wonderful editor at Praeger, Jeremy Geelan, for his great enthusiasm and effort to get Earth Dance out there!
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Rio92
domingo, 10 de janeiro de 2010
sábado, 9 de janeiro de 2010
As mais belas rotundas de Portugal [via Dolo Eventual ]
As mais belas rotundas de Portugal
Por Pedro Santos Cardoso, 20 de Agosto de 2006Consciente de que em Portugal é escassa a existência de rotundas; Consciente de que muitas das rotundas deste país são seguras e realmente necessárias; Consciente do louvável esforço épico do autarca português na construção de rotundas e respectiva inauguração; Consciente de que a construção de rotundas é factor de crescimento económico, gerador de emprego e dinamizador do sector da construção; Consciente das verdadeiras obras de arte concebidas no interior destes espaços circulares; Consciente de que o condutor português é exímio na circulação automóvel em rotundas, contrariamente ao que sucede nos obsoletos cruzamentos; Consciente de que o dinheiro gasto em rotundas e sua manutenção é bagatelar; Consciente de que o dinheiro gasto em rotundas e sua manutenção é dinheiro que prepara um futuro melhor o Dolo Eventual, orgulhosamente, vem por este meio anunciar a sua nova rubrica As mais belas rotundas de Portugal onde o leitor poderá admirar e maravilhar-se com a utilidade, as cores, a criatividade, a perfeição geométrica, a diversidade, o espaço envolvente, o fascínio, a beleza, a raridade, a magia destas magníficas e ímpares construções circulares e assistir à atribuição final dos dolosos prémios As mais belas rotundas de Portugal. |
As mais belas rotundas de Portugal - as postagens [última actualização: 29 Abril 2009]
[13º] Rotunda da nora em Mirandela.
[29º] Rotunda eólica, em Tavira.
[33º] Rotunda-de-andar-para-trás na freguesia de S. João Batista, concelho de Tomar e distrito de Santarém.
[42º] Rotunda da erva verde, em Vila Praia de Âncora, Caminha, Viana do Castelo.
[43º] Rotunda arranjadinha, em Sabugal, distrito da Guarda.
[43º] Rotunda arranjadinha, em Sabugal, distrito da Guarda.
[48º] Rotunda-jardim em Guimarães.
[56º] Rotunda-lego em Torres Novas.
[77º] Rotunda da cortiça, em Mora.
Comentário: a minha homenagem ao Dolo Eventual (que estranhamente não publicou mais nada desde Outubro de 2009) e a todos os cidadãos portugueses que participaram na iniciativa As mais belas rotundas de Portugal :
Mário Almeida [A Fonte], Luís Bonifácio [Nova Floresta], Rui Branco [Adufe 3.0], Jorge Ferreira [Tomar Partido e Comunicar a Direito], Nelson Peralta [A Ilusão da Visão], Francisco José Viegas [A Origem das Espécies], Pedro Correia [Corta Fitas], Nuno Gurosan [Espaço Cinzento], André Azevedo Alves [O Insurgente], António David [Pensatempos], Pedro Soares Lourenço [Arcadia], Tomás Vasques [Hoje há Conquilhas, Amanhã não Sabemos], Rui Costa Pinto [Mais Actual], Vítor Figueiredo [Textos Para Tudo], Edgar [The Sock Gap], Susana Barbosa [Arestália], Octávio Lima [Ondas3], Ana Ferreira [Simples Sopros], António Rosa [Postais da Novalis], Portus Alacer [Em Portalegre Cidade], João Correia [Hardblog], Sam [Serendipity], Maria Lua [Maria Pudim], António Paulino [Pra Melhor], Manuela Ramos [Dias com Árvores], Carla Bagão, Cristina Santos, Nuno Ricardo Rocha, Nuno Pereira [Nuno Pereira e o Mundo], NG [Palhaço], Paulo Amaral, Alfredo Caiano Silvestre [ACR Santa Cita], Ana Costa, Ana Sofia [Latitudes&Longitudes], José Paulo Andrade [José Paulo Andrade], Pedro Ponte, O Padrinho [Máfia da Cova], JG [Terra do Sol], Tata [Alandro al], Blogmora, Domingos Carreiro [Descontos Iguais], Ana Vasconcelos, Manuel Pinto, António Machado [O Despropósito], Hélder Guimarães [Filtragens], Vilória Irrisória, Rui Insano Oliveira [Gritos Insanos], Questiuncas Mor [Questiuncas], Mónica Pimentel [Buraco da Rotunda], Eduardo Cerqueira, Perdigão [Vida das Coisas], Sara Nóia, M. Vitória Nobre.
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