quinta-feira, 30 de maio de 2013

Documentário da semana: Monsanto - Patent For a Pig (2006)

[Clica em "CC" e selecciona as legendas Português]

(texto em Inglês) From corruption charges to environmental disruptions, the Monsanto Corporation now makes its way into another documentary film. This time not because of the aforementioned cases, but their huge business plan that aims to tighten their iron-clad control over the food consumption of the masses. 

The documentary film titled Patent For A Pig: The Big Business of Genetics explains how Monsanto has applied for patents in over 160 nations to breed pigs. This elaborate business plan includes patent over a specific genetic code that Monsanto researchers have decoded and the approval of these patents would then establish Monsanto as the sole breeder of these pigs. 

Much to the ire of the farmers, who have objected and protested against this as they believe that Monsanto is laying claim to something that has always been there. Jeopardizing their livelihoods, Monsanto continues with the process, and Patent For A Pig: The Big Business of Genetics documentary film covers the views and reaction of the people towards it. Monsanto wishes to obtain their patent over this particular genetic make-up as they believe it triggers bigger flesh growth in the animals. 

However, to farmers like Kristoff Zimmer, these pigs belong to the farming community and the entire society, but not just to one corporation. It is speculated that Monsanto would further impose fees on the breeding of these animals, in the event of the approval of the patent. Patenting living organisms may be legal in the US, but in the rest of the world, it is often wondered whether a life form should be subjected to something as vain as patenting – it is indeed debatable. 

Patent For A Pig: The Big Business of Genetics documentary film asks a straightforward question regarding the practicality of Monsanto’s claims over these pigs and analyses the repercussions it will have on the farming community all over the world. Furthermore, their existing reputation also fuels speculation and doubts that force us all to question whether or not it is safe to give so much control to an organization that has been known for profiteering and adopting dubious practices.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Dia do Geógrafo


Os geógrafos são profissionais que estudam a Terra. Mas como é isso? Eles sabem tudo sobre o revelo, o clima, a vegetação e os rios que constituem o nosso planeta. Mas não é só isso! Também estudam economia, a distribuição geográfica populacional, as divisões políticas entre os países, as diferenças culturais e muito mais. Pesquisam como as comunidades e habitantes se relacionam com o meio em que vivem! Os geógrafos exercem um papel muito importante actualmente, cuidando do nosso planeta e auxiliando no planeamento urbano, no manejo de recursos naturais, no planeamento da construção de barragens e pólos industriais, que são fundamentais para a sociedade, mas que exigem responsabilidade para que o impacte ambiental seja o menor possível. 

Algumas das actividades exercidas pelos geógrafos:
.Ensino: lecciona no ensino básico, secundário e superior. . 

.Planeamento urbano: planeia o crescimento e desenvolvimento de uma determinada região ou município. 

.Geografia física: estuda os aspectos físicos da Terra, como clima, solo e vegetação.

.Geografia humana: interpreta os dados sociais e económicos de uma população. Planeia a ocupação de áreas urbanas e rurais. 

.Geopolítica: analisa a relação entre espaço geográfico e a organização econômica, política e social de uma região, país ou bloco de países. 

.Meio ambiente: estuda os ecossistemas e previne impactos ambientais causados pela ocupação de terrenos. Faz o manejo de bacias hidrográficas.

.Ordenamento territorial e urbano: organização dos espaços urbanos ou rurais para a instalação de pólos industriais, barragens e outras grandes obras. 

História 
Os chineses foram os primeiros geógrafos dos quais se tem notícia. O primeiro compêndio geográfico da China foi elaborado no século IV a.C. e uma enciclopédia geográfica chinesa de 200 capítulos data de 993 d.C.

A Sagração da Primavera - Le Sacre du Printemps - The Rite of Spring - Das Frühlingsopfer - Consagración de la Primavera, por Pina Bausch


A Sagração da Primavera, do compositor erudito russo Igor Stravinsky, subverte a estética musical do século XX, dando origem ao Modernismo. A célebre composição musical deste irreverente artista do século passado é hoje considerada um símbolo da musicalidade erudita, mas na época causou polêmica ao embalar o balé em dois atos criado pelo não menos rebelde Vaslav Nijinsky, coreógrafo também originário da Rússia.

Este espetáculo narra a trajetória de uma garota marcada para ser entregue como oblação à divindade primaveril, no auge de um ritual pagão, com o objetivo de conquistar para seu povo uma colheita proveitosa. O seu cenário foi arquitetado pelo artista plástico e arqueólogo Nicholas Roerich, e a estreia se deu em pleno Théâtre des Champs-Élysées, na capital francesa, no dia 29 de maio de 1913.

Esta obra revolucionou praticamente todas as principais características da música de então, ou seja, o arcabouço do ritmo, a estrutura orquestral, o timbre, a forma, os aspectos harmônicos, a maneira como se utilizavam as dissonâncias, e o valor conferido à percussão, a qual sobrelevava a própria melodia, algo impraticável até este momento.

Não foi casualmente que esta peça escandalizou a sociedade da França em sua estreia. O público não sabia como assimilar tantas mudanças e subversões, não estava preparado para recepcionar positivamente esta nova estética. A proposta coreográfica também foi rejeitada, por seu caráter primitivista, pelo resgate da ancestral arte rupestre.

Sobraram vaias por todos os lados, e o caos instaurou-se na plateia. Diversos músicos e maestros  retiraram-se do teatro logo no começo da representação, revoltados com a nova abordagem dos instrumentos. Atualmente a história de sua polémica apresentação talvez seja mais conhecida que a obra em si.

O espetáculo é estruturalmente dividido em duas partes essenciais: a adoração da terra e o sacrifício. A orquestra é composta por 8 trompas entre 38 instrumentos de sopro. Tudo tem início com a execução de compassos de fagote, seguidos pelo princípio de uma musicalidade lituana, por um andamento sem nenhuma simetria e repleto de padrões complexos, e por um timbre raro nos instrumentos.

Ainda hoje sua natureza subversiva desnorteia o público, por seu teor provocativo e incivilizado. No palco desfilam cenas ancestrais e excêntricas, despertando em quem as assiste emoções aflitivas. Músicas de natureza folclórica distorcidas, uma feroz estruturação de ritmos totalmente independentes, harmonias politonais desagradáveis aos ouvidos, a rejeição drástica das frases longas, a transferência constante dos acentos rítmicos, a inebriante criação de novos timbres, são características que contribuem para o desconcerto do público. Mas também são aspectos que transformam A Sagração da Primavera numa completa detonação de energia e vida.

A linguagem de Stravinsky centra-se principalmente no ritmo, totalmente destacado na sua estética, o núcleo essencial da sua obra. Ela também é caracterizada pela carência de foco e pelo declínio da narrativa, como já se prenunciava na literatura e na pintura. Da mesma forma que nestas esferas da criação, observa-se na Sagração da Primavera a renúncia ao universo da lógica e da objetividade, um reflexo do mundo moderno.

Crónica sobre a "A Sagração da Primavera" aqui

terça-feira, 28 de maio de 2013

O Sonho




Sonho

Teria passado a vida
atormentado e sozinho
se os sonhos me não viessem
mostrar qual é o caminho

umas vezes são de noite
outras em pleno de sol
com relâmpagos saltados
ou vagar de caracol

quem os manda não sei eu
se o nada que é tudo à vida
ou se eu os finjo a mim mesmo
para ser sem que decida.

~Agostinho da Silva, in 'Poemas'

Hannah Arendt - Filme Completo (Legendado)


Hannah Arendt começa em Nova York, em 1960, onde Arendt (Barbara Sukowa), uma imigrante alemã e judia secular, escreve e ensina em uma universidade. Quando o Mossad, a agência de inteligência israelense, captura o oficial nazista Adolf Eichmann e o leva clandestinamente a Jerusalém para ser julgado, Arendt, que tem um grande interesse filosófico no totalitarismo, discute com seu marido, Heinrich (Axel Milberg), sobre o fato de pedir que William Shawn (Nicholas Woodeson), o editor da revista The New Yorker, a envie para cobrir o julgamento iminente para a revista. Shawn hesita, porque, como observa o seu assistente, "os filósofos não obedecem prazos". Mas ele concorda, e Arendt parte para Israel em 1961.

O filme gira em torno da cobertura de Arendt do julgamento para a revista e das suas aulas que abordam as controvérsias que os artigos despertam em seu retorno.

Arendt fica atordoada quando fica sabendo que o réu será mantido em uma "jaula" de vidro durante o julgamento (para protegê-lo) e questiona a legitimidade da jurisdição de Israel para interrogar um homem por crimes não cometidos lá, cometidos, de fato, mesmo antes que Israel fosse um país. Ela pensava que o único interesse do tribunal era aderir às exigências da justiça para os assassinatos cometidos por Eichmann, mas o julgamento era mais complicado do que isso por causa do seu papel como um burocrata que, ao compartimentalizar a sua consciência, facilitou a "Solução Final" e as mortes de milhões de pessoas.

Assim, o tribunal foi confrontado com um crime que ele não conseguiria encontrar em um livro de direito e com os gostos de um criminoso que ele nunca tinha visto antes. O primeiro-ministro David Ben-Gurion estava determinado a realizar um julgamento de fachada, e testemunhas após testemunhas contaram as atrocidades naziss cometidas contra elas e suas famílias, enquanto Eichmann afirmava, e nunca vacilava, que ele nunca tinha matado ninguém.

Mesmo assim, segundo Arendt, o tribunal "tinha que definir um homem em julgamento por seus atos", porque não era possível interrogar um sistema ou uma ideologia.

As reportagens de Arendt na New Yorker distinguiam entre o mal radical de uma ideologia e o mal banal de um burocrata que seguia a lei. Os leitores de Arendt não conseguiam compreender as complexidades que ela estava tentando enfatizar e acusaram-na de tomar o lado de Eichmann. As polêmicas aumentaram quando o julgamento levantou a questão dos líderes judeus que haviam trabalhado com a Gestapo durante a Segunda Guerra Mundial e que talvez haviam facilitado as mortes dos judeus. Arendt informou o fato, mas seus leitores interpretaram isso no sentido de que ela culpava o povo judeu pelas suas próprias mortes.

Eichmann, o organizador das deportações judaicas e dos campos de extermínio, logo havia defendido em sua defesa que ele só tinha "obedecido ordens". Como Arendt explica para os seus alunos em Nova York depois do julgamento, "ele insistia em renunciar a sua culpa pessoal. Ele não tinha feito nada por iniciativa própria". Em suma, Eichmann preferiu não pensar. Ele foi junto com a multidão.

Como uma filósofa que estudara com Martin Heidegger (1889-1976), com quem ela teve um intenso caso de amor, os escritos de Arendt se focavam em como a capacidade de uma pessoa de pensar é o que faz dela humana e um membro da sociedade. Os seus pontos de vista sobre abrir mão das habilidades de pensamento crítico aos outros é central para as conclusões que ela tirou do julgamento, ao qual ela via como "a totalidade do colapso moral que os nazistas causaram na respeitável sociedade europeia".

Poucas pessoas, mesmo na academia, entenderam a sua resoluta abordagem de filósofa ao relatar e avaliar as complexidades que ela via em torno do julgamento de Eichmann. Arendt ataca os seus críticos, muitos dos quais eram amigos íntimos, dizendo que os assassinatos de caráter não são argumentos, que "entender é a responsabilidade de qualquer pessoa que tenta colocar a ponta da caneta no papel sobre esse assunto", porque "tentar entender não é o mesmo que perdoar".

Na cena final do filme, Arendt responde à insistência de Eichmann de que ele estava apenas fazendo o seu trabalho e que, pessoalmente, não matara ninguém. "O maior mal do mundo é o mal cometido por ninguém", diz ela. "O mal cometido pelos homens sem motivo ou convicção, sem um coração perverso ou palavras demoníacas é o que eu chamo de 'banalidade do mal'".

Hannah Arendt, coescrito por Von Trotta e Pam Katz, não é um filme biográfico em larga escala, embora haja flashbacks à vida de Arendt quando estudante. O diálogo preenche os detalhes da sua breve internação em um campo de prisioneiros francês. O filme flui facilmente do inglês para o alemão, embora demore um pouco para se acostumar com o inglês com sotaque alemão de Sukowa. O seu desempenho é simplesmente justo. Von Trotta e Sukowa, que também interpretou Hildegard, fazem uma equipa formidável nessas histórias sobre mulheres fortes e influentes.

O roteiro parece em grande parte baseado no livro de Hannah Arendt, Eichmann em Jerusalém: Um relato sobre a banalidade do mal, que inclui, com algumas edições de Arendt, os artigos publicados na New Yorker. Publicado pela primeira vez em 1963 nos Estados Unidos, o livro não foi publicado em Israel até o ano 2000. Eu descobri que a edição de 2006 do livro, com uma introdução de Amos Elon, faz uma excelente companhia para o preenchimento das questões que o filme de Von Trotta levanta.

Outra importante intelectual norte-americana da época, Mary McCarthy (Janet McTeer), é uma grande amiga de Arendt. Elas partilham conversas sobre amor e relacionamentos. McTeer parece estranha, mas se encaixa na minha imagem dela como romancista e crítica. Embora Arendt perca seus amigos e colegas homens nas polémicas após a série da New Yorker, seu marido fica ao lado dela. O filme termina como começa: com Arendt fumando um cigarro, pensando.

Eu achei o filme fascinante, embora o seu estilo expositivo possa não agradar a alguns. A inclusão de imagens de arquivo do julgamento de Eichmann é arrepiante, enquanto ele professa a inocência pelas mortes de 6 milhões de pessoas. Mas se você for como eu e se lembrar da captura e do julgamento de Eichmann na televisão (eu era muito jovem para apreciar a revista New Yorker), esse filme e as profundas questões que ele evoca sobre o mal e a responsabilidade humana, a legitimidade da tortura e a jurisdição nessa era de guerra como vida normal, assim como os terríveis episódios de genocídio no fim do século XX e início do século XXI, com as pessoas fazendo pouco ou nada para detê-los, valerão muito o seu tempo.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

domingo, 26 de maio de 2013

Fase de Nathan (profeta bíblico do tempo do Rei David)


Through all the faces that we wear
Sometimes joy, sometimes despair
The mask has gone, no mystery
Replaced by fraud and trickery

It's just a phase you're going through
It's true
You're just a stranger passing through
Yes you know

The streets of London are paved with lead
Just like my lungs are paved with Leb
Brush the cob-webs from my head
Feels like I'm welded to this bed

It's just a phase you're going through
It's true
You're just a stranger passing through
Yes you know

sexta-feira, 24 de maio de 2013

2014- Ano Internacional da Vida Selvagem

Sobre PAN Park
PAN Parks works to protect Europe’s wilderness, the continent’s last remaining untouched areas of nature. Missão We protect the natural habitats and fragile ecosystems so vital to the future of Europe's wilderness. We work in cooperation with European protected areas to ensure these wilderness areas are safeguarded. We build collaborative partnership with individuals and other organisations to protect wilderness together by sharing knowledge. We promote sustainable, responsible toruism to foster love, respect and growing understanding for Europe's wilderness. 
Descrição
Like us to get and comment news about Europe's wildlife, nature conservation, get-away-from-it-all travel destinations and more. 
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quinta-feira, 23 de maio de 2013

UMA ÁRVORE MUSICAL

 Arte Arvore Escultura Instalacao Musica


Concebida por Mike Tonkin e Anna Liu, esta escultura é feita de 1000 tubos galvanizados que, quando percorridos pelo vento, actuam como flautas. Esta árvore metálica produz notas e acordes que variam com a intensidade e direcção do vento, fazendo com que a música aleatória desta escultura alcance quilómetros na paisagem inglesa.

Mike Tonkin e Anna Liu 

Fonte aqui

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Ajudada: economia da dádiva, como funciona- encontro em Portalegre

"A comunidade como solução, a dádiva como inspiração!"



AJUDADA é um encontro internacional a ter lugar nos dias 14, 15 e 16 de Junho de 2013. Os participantes trazem a Portalegre a sua visão e os seus saberes para planear, em conjunto com toda a comunidade, soluções reais de desenvolvimento. AJUDADA é um espaço de diálogo aberto por cidadãos anónimos que procuram soluções reais para os actuais problemas, buscando inspiração nos valores da dádiva e da partilha. 

AJUDADA é um movimento concreto que quer transformar consciências e atitudes para que os recursos locais sejam valorizados e o futuro da comunidade seja mais promissor. AJUDADA acredita que todos têm um papel a desempenhar na economia local, por isso, é também um convite a todos para que tragam os seus sonhos e se juntem à transformação em curso. Chegou a hora de repensar o valor das coisas. 



terça-feira, 21 de maio de 2013

Foto da semana- caracóis bebendo

Foto: From the smallest of creatures to the oldest, largest tree, nature calls out to us with indescribable beauty and grace. How anybody could think to damage our world is beyond me.
~Trippin

Desde as criaturas mais pequenas até às árvores mais antigas e mais grossas, a natureza apela-nos e sensibiliza-nos com uma graciosidade indescritível. Quem continuamente pensa em abusar e destruir este Equilíbrio  ultrapassa-me.
~Trippin

Obrigado Daniel Gonçalves

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Peter Singer: O "porquê" e o "como" do altruísmo eficaz


Você já teve vontade de mudar a vida de alguém, sua comunidade, ou até mesmo o mundo? A maioria de nós quer fazer a diferença, nosso instinto humanitário se manifesta principalmente quando nos deparamos com situações de sofrimento, mortes ou injustiça. Mas escolher sabiamente a causa ou instituição a qual apoiar é muito importante, pois definirá como seu tempo e dinheiro será melhor aproveitado, aumentando as chances de fazer a diferença no mundo, do jeito certo.

 Em sua palestra para o TED chamada “O Porquê e o Como do Altruísmo Eficaz” o filósofo e professor australiano Peter Singer chamou a atenção para a seguinte situação: se víssemos uma criança em situação de risco certamente seríamos tomados pelo sentimento de defesa e socorreríamos aquela criança. É algo óbvio e que qualquer pessoa com o mínimo de amor ao próximo pensaria, não é mesmo? Mas se aprofundarmos melhor a nossa análise ficaremos diante do número assustador de 6,9 milhões de crianças menores de cinco anos que morrem por ano por razões relacionadas à pobreza, segundo a UNICEF em 2011, mencionou o professor. Pensar nessa quantia me faz questionar: Quantas pessoas querem o fim da fome, por exemplo? Imagino que todas, mas quantas pessoas realmente trabalham para isso? A questão não é uma informação nova, esse número parece muito distante quando julgamos não poder fazer nada, mas sim, nós podemos.

O altruísmo, segundo o pensamento do filósofo Auguste Comte, significa tendência ou inclinação de natureza instintiva que incita o ser humano à preocupação com o outro, ou de uma forma bem mais simples de entender: é o “amor desinteressado ao próximo”. E como podemos alinhar a emoção do altruísmo com o bom senso de otimizar esses investimentos e obter o maior impacto possível ao ajudar aqueles que se encontram em pobreza extrema? Essa é a função do Altruísmo Eficaz, garantir que doadores utilizem seu tempo ou dinheiro fazendo a diferença do jeito certo.  

Na mesma palestra, Peter fez uma relação bastante prática e que melhor ilustra o objetivo do altruísmo eficaz: Fornecer um cão guia para uma pessoa cega é uma ótima ação a se fazer não é? Mas se levarmos em conta o fato de que custa cerca de U$40.000 dólares treinar o cão e seu receptor e em contrapartida curar uma pessoa cega num país em desenvolvimento, que apresente tractoma, custa cerca de U$20 a U$50 dólares, qual seria a melhor opção? Um americano cego com seu cão guia ou 400 a 2.000 pessoas curadas da cegueira? Qualquer um saberia responder essa pergunta, já que é algo óbvio.

Seguindo este pensamento, as empresas e seus líderes compreenderam que negócios e filantropia não só podem andar juntos, como também podem ser armas poderosas para mudar o mundo. Um exemplo disso é o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, e a sua esposa, Priscilla Chan, que em dezembro de 2015 prometeram doar 99% de suas ações do Facebook – cerca de US$ 45 bilhões – durante suas vidas, para isso criaram a Chan Zuckerberg Initiative com investimentos em educação e saúde. Esse tipo de investimento efetivo está ganhando força nos mais diversos setores, como educação e inclusão financeira, e as organizações perceberam que assim como nos negócios, a mensuração de resultados é parte essencial para observar o impacto que suas ações podem ter

Por essa razão, doadores estão buscando melhores formas de contribuir com causas. Cada um de nós tem a capacidade para motivar um impacto positivo na vida de pessoas que precisam de nossa ajuda.

Por fim, o Altruísmo Eficaz é capaz de despertar mudanças, assim como qualquer outro tipo de doação, a diferença entre essas duas formas de tornar o mundo melhor é que no altruísmo eficaz o objetivo é gerar o máximo de mudanças positivas que puder.

sábado, 18 de maio de 2013

Música do BioTerra: Né Ladeiras - Ao longo de um claro rio de água doce


E pareciam campinas
vales tão estendidos
pareciam mesmo os teus braços
que me abraçam cingidos
ou seria das silvas
do gengibre do benjoim
do cheiro daquela chuva
dos cacimbos enfim
porque haveria de ter
saudades tuas
ao longo de um claro rio de água doce

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Documentário da Semana: Uma quinta para o futuro

A Farm for the Future from Kromwell Gardens on Vimeo.


A realizadora de filmes de vida selvagem Rebecca Hosking investiga como transformar a quinta de sua família em Devon numa quinta agícola de baixo consumo de energia em preparação para o futuro, e descobre que a natureza tem a chave.
Com seu pai perto da reforma, Rebecca retorna à quinta de sua família em Devon, para se tornar a próxima geração a cultivar a terra. Mas os aumentos de preços do ano passado dos combustíveis foram um alerta para Rebecca. Percebendo que toda a produção de alimentos no Reino Unido é completamente dependente de combustíveis fósseis abundantes e baratos, especialmente petróleo, ela se propõe a descobrir o quão seguro esta fonte de petróleo é. Alarmada com as respostas, ela explora formas de agricultura sem o uso de combustíveis fósseis. Com a ajuda de agricultores e produtores pioneiros, Rebecca descobre que na verdade é a natureza que tem a chave para a futura agricultura de baixa energia.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Pesticidas na comida: Portugal acima da média europeia


Não é novidade...cada vez mais as aves, os batráquios e os insectos (em particular as abelhas e borboletas) e além dos peixes de rio, há muito que estão em risco de vulnerabilidade e alguns passaram para estatuto de vias de extinção...só chegando ao Homem, já é tarde demais.

Portugal é um dos países europeus mais vezes referido num relatório sobre resíduos de pesticidas nos alimentos, divulgado pela Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA). O estudo, referente ao ano de 2010, abrange 29 países europeus – os 27 da UE e ainda Noruega e Islândia – e dá conta dos testes feitos a 12,168 amostras de onze tipos de frutas e legumes e alguns produtos derivados.

O relatório aponta valores em consonância com as normas europeias para 97,2 por cento dos casos testados, e sustenta que 99,6 por cento das amostras não apresentam riscos para os consumidores. Portugal é um dos cinco países onde a média de amostras acima dos valores permitidos superou os 3 por cento: os restantes são Eslováquia, Chipre, Malta e Eslovénia.

domingo, 12 de maio de 2013

Gabriel Fauré, nascido a 12 de Maio

A música é medicina para muitas culturas 


Votre âme est un paysage choisi
Que vont charmant masques et bergamasques
Jouant du luth et dansant et quasi
Tristes sous leurs déguisements fantasques.
Tout en chantant sur le mode mineur
L'amour vainqueur et la vie opportune,
Ils n'ont pas l'air de croire à leur bonheur
Et leur chanson se mêle au clair de lune,
Au calme clair de lune triste et beau,
Qui fait rêver les oiseaux dans les arbres
Et sangloter d'extase les jets d'eau,
Les grands jets d'eau sveltes parmi les marbres.

Biografia de Gabriel Fauré aqui

sábado, 11 de maio de 2013

Mapa biogeográfico secular criado por Wallace, é actualizado!

Até hoje, o antigo mapa de Alfred Russell Wallace, datado de 1876, tem sido a espinha dorsal da nossa compreensão da biodiversidade global. Graças aos avanços da tecnologia moderna e de dados sobre mais de 20.000 espécies, um grupo de cientistas produziu um novo mapa que representa a organização da vida na Terra. Publicado online na Science Express, no dia 12 de Dezembro de 2012, o novo mapa fornece informações fundamentais sobre a diversidade da vida em nosso planeta e é de grande importância para as futuras pesquisas em biodiversidade.

Uma questão essencial para a compreensão da vida na Terra é porquê as espécies estão distribuídas da maneira que estão à volta do planeta. Este novo mapa global divide a natureza em 11 grandes domínios biogeográficos e mostra como essas áreas se relacionam entre si. É o primeiro estudo a combinar informações evolutivas e geográficas de todos os mamíferos conhecidos, aves e anfíbios, num total de mais de 20.000 espécies. O estudo foi publicado no passado dia 12 de Dezembro, na Science, com base no trabalho liderado pelo Center for Macroecology, Evolution and Climate, da Universidade de Copenhague. O trabalho foi desenvolvido a partir de 20 anos de compilação de dados e envolveu 15 pesquisadores internacionais, entre os quais o português Miguel Bastos Araújo, titular da Cátedra “Rui Nabeiro – Delta Cafés” Biodiversidade da Universidade de Évora.

A primeira tentativa de descrever o mundo natural num contexto evolutivo foi feita em 1876, por Alfred Russel Wallace, co-descobridor da teoria da selecção natural, junto com Charles Darwin. "Nosso estudo é uma actualização de um dos mapas mais fundamentais para as ciências naturais. Pela primeira vez desde a tentativa de Wallace, estamos finalmente em condições de fornecer uma descrição ampla do mundo natural com base em informações incrivelmente detalhadas para milhares de espécies de vertebrados ", diz o Dr. Ben Holt, do Center for Macroecology, Evolution and Climate e um dos co-autores do estudo.

"Embora o nosso novo mapa de regiões zoogeográficas do mundo tenha diferenças importantes em relação ao trabalho original de Wallace, o que mais me impressiona são as semelhanças entre o nosso mapa e a primeira tentativa de Wallace para entender os padrões gerais de distribuição da vida na Terra", diz Miguel B. Araújo, titular da Cátedra “Rui Nabeiro – Delta Cafés” Biodiversidade da Universidade de Évora, também co-autor do estudo. "Os mapas de Wallace foram baseados no conhecimento adquirido em viagens de campo por todo o mundo, discussões com colegas e materiais compilados a partir de colecções de museus de história natural. Hoje temos mapas digitais com a distribuição da maioria dos vertebrados terrestres, bem como hipóteses evolutivas sobre como diferentes organismos se relacionam uns com os outros. Que as nossas conclusões sejam tão próximas às de Wallace confirma quão extraordinário foi o trabalho dele", conclui Miguel B. Araújo.

O novo mapa pode ser dividido em detalhes geográficos para cada classe de animais e está disponível livremente, de forma a contribuir com uma ampla gama de ciências biológicas, bem como com o planeamento da conservação e gestão da biodiversidade.

Centenas de milhares de registos

A tecnologia moderna, como sequenciamento de DNA, e uma enorme compilação de centenas de milhares de registos de distribuição de mamíferos, aves e anfíbios em todo o mundo, tornou possível produzir o mapa. "O mapa fornece informações de base importantes para as pesquisas futuras em ecologia e evolução. Ele também tem um significado importante na conservação, diante da crise da biodiversidade e mudanças ambientais globais em curso. “Considerando que a base para o planeamento da conservação tem sido a identificação de áreas prioritárias, baseadas na singularidade de espécies encontradas em um determinado lugar, podemos agora começar a definir as prioridades de conservação com base em milhões de anos de história evolutiva ", explicou o Dr. Jean-Philippe Lessard, co-autor do estudo, da Universidade de Copenhagen e actualmente colaborando na McGill University, Canada.

O autor Carsten Rahbek, director do Center for Macroecology, Evolution and Climate acrescenta:
"Apesar dos incríveis avanços da ciência natural, ainda estamos lutando para entender as leis básicas que regem a vida no planeta. Esta descrição holística do mundo natural que nós fornecemos pode ser uma nova pedra angular da biologia fundamental. "

Sites importantes

sexta-feira, 10 de maio de 2013

A emergência do 4ª sector- toda a economia será Social

Foto: Acción Poética

Fábrica de EscritaCreio que há tanta tecnologia intervindo nas mensagens (androids, redes sociais, telemóveis, Ipad, boletins informativos, especializações, tráficos  atomização) , que a mensagem VOZ perdeu o seu espaço e ar...e andamos todos sedentos de todos. Porque tudo se economizou, proletarizou e o espaço e tempo de amor ficou medíocres e acre e frágil e a austeridade é isso mesmo: uma poluição financeira e uma ditadura, em que o inimigo é difuso.Então cresçamos nalgumas direcções, como a emergência do 4º Sector (saiba mais em Fourth Sector. Net).




E depois podemos pensar no politicamente correcto (o escrito e o oral) muitas vezes é tão ineficaz e só padroniza, idolatra e amesquinha! Avançaríamos para a semiótica, a antropologia cultural...sociologia e a mistificação da sustentabilidade e do amor na new age, etc, etc...Os perigos e riscos de uma vida baseada apenas em "carpe diem"....etc, etc...ou o sacudir meio envergonhado, meio irresponsável de muita gente com quem falamos: "vamos vivendo um dia de cada vez", que substituiu viralmente o "vamos andando"

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Documentário da semana: A Tornallon


A Tornallom, de Enric Peris e Miguel Castro (48')

Espanha, 2003
Espanhol, com legendas em Português. Partes 2 a 5 disponíveis no Youtube
Documentário sobre a luta contra-imobiliária em La Punta, zona rural, agricultural no Sul da Valência, Espanha. A luta é apoiada por um movimento de jovens anarquistas, que chegam da cidade para ali viver. Mostra o conflito com a imobiliária, a vida quotidiana do projecto, as relações entre os jovens e os moradores originais do lugar.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Tratado do Decrescimento Sereno

"O crescimento infinito é incompatível com um mundo finito" - por Serge Latouche, filósofo e economista francês, em "Tratado do Decrescimento Sereno" (Editora Martins Fontes):

"Há perguntas demais neste mundo aqui de baixo, nos diz Woody Allen: de onde viemos? Para onde vamos? E o que vamos comer hoje à noite? Se, para dois terços da humanidade, a terceira questão é a mais importante, para nós, do Norte, os empanzinados do hiperconsumo, ela não é uma preocupação. Consumimos carne demais, gordura demais, açúcar demais, sal demais. O que nos assombra é antes o sobrepeso. Corremos o risco de sofrer de diabetes, cirrose do fígado, colesterol e obesidade: esta atinge 60% da população dos EUA, 30% da Europa e 20% das crianças na França. Estaríamos melhor se fizéssemos dieta. Esquecemos as duas outras perguntas que, menos urgentes, são contudo mais importantes.

Para onde vamos? De cara contra o muro. Estamos a bordo de um bólide sem piloto, sem marcha a ré e sem freio, que vai se arrebentar contra os limites do planeta. (...) Mas, com a nossa refeição desta noite garantida, não queremos escutar nada. Ocultamos, em particular, a questão de saber de onde viemos: de uma sociedade de crescimento - ou seja, de uma sociedade fagocitada por uma economia cuja única finalidade é o crescimento pelo crescimento. É significativa a ausência de uma verdadeira crítica da sociedade de crescimento na maioria dos discursos ambientalistas, que só fazem enrolar nas suas colocações sinuosas sobre o desenvolvimento sustentável.

Dizer que um crescimento infinito é incompatível com um mundo finito e que tanto nossas produções como nossos consumos não podem ultrapassar as capacidades de regeneração da biosfera são evidências facilmente compartilháveis. Em compensação, são muito menos bem-aceitas as consequências incontestáveis de que essas mesmas produções e esses mesmos consumos devem ser reduzidos, e que a lógica do crescimento sistemático e irrestrito (cujo núcleo é a compulsão e a adição ao crescimento do capital financeiro) deve portanto ser questionada, bem como nosso modo de vida."

Para saber mais

terça-feira, 7 de maio de 2013

Exposição «Evolução, um Novo Tipo de Arte» de Leonel Moura


Leonel Moura continua o seu trabalho inovador explorando as potencialidades artísticas da inteligência artificial e das máquinas criativas. A exposição “Evolução” apresenta uma série de esculturas realizadas numa impressora 3D. As formas tridimensionais são geradas previamente no computador por um conjunto de algoritmos e depois enviadas para reprodução. Trata-se assim também de um novo tipo de múltiplos que sucedendo à gravura e à serigrafia, utiliza as tecnologias mais avançadas da actualidade.

O CPS, Centro Português de Serigrafia, tem apostado na ampliação das possibilidades criativas tendo já realizado várias edições por meios digitais. A exposição “Evolução” de Leonel Moura é mais um passo nessa linha de investigação e produção.
A exposição está patente na Galeria do CPS no CCB, de 17 de Abril a 19 de Maio.
A exposição tem o apoio da ISICOM, empresa que em Portugal se dedica à comercialização deste tipo de máquinas.

Galeria CPS, Centro Cultural de Belém, Loja 7, Praça do Império, Lisboa, T: 213162175

sábado, 4 de maio de 2013

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Encontros improváveis: Eduardo Galeano e Adrian Borland


No Dia Mundial do Trabalhador- uma sonora reflexão

"O mundo é isso — revelou — Um montão de gente, um mar de fogueirinhas. Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras. Não existem duas fogueiras iguais. Existem fogueiras grandes e fogueiras pequenas e fogueiras de todas as cores. Existe gente de fogo sereno, que nem percebe o vento, e gente de fogo louco, que enche o ar de chispas. Alguns fogos, fogos bobos, não alumiam nem queimam; mas outros incendeiam a vida com tamanha vontade que é impossível olhar para eles sem pestanejar, e quem chegar perto pega fogo."~ Eduardo Galeano