"Na quietude da noite,
a Lua respira antiga sabedoria.
Entre os seus véus de prata,
canta melodias que só o silêncio entende.
O vento, monge errante,
percorre florestas como quem recita sutras.
Cada folha que vibra
é um sino despertando o agora.
Somos poeira luminosa,
um breve brilho na imensidão.
Mas, ao tocarmos a Terra com gentileza,
ela nos devolve eternidade.
A ecologia profunda nos sussurra
que nada vive sozinho — nem sonhos,
nem rios, nem pássaros, nem pedras, livros da Terra
E ambos os astros
dançam no mesmo tecido que nos tece.
E assim seguimos,
pequenos e vastos,
escutando o universo pulsar dentro de nós:
um coração que se inclina,
em reverência,
à delicada música de existir."
Joao Soares 26.11.2025

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