O país não pode estar entregue à celulose, além disso, o eucalipto não é assim tão bom negócio quanto isso.
"Com mais um bocado de trabalho, o carvalhal dá mais rendimento", argumentou Carlos Evaristo, apontando a um estudo da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). Embora demore mais anos a crescer, uma floresta de carvalhos "permite subprodutos como os cogumelos ou o mel, valoriza a paisagem e atrai turistas - ninguém gosta de fazer turismo no meio dos eucaliptos", acrescentou, lembrando o mote principal da manifestação: os fogos florestais.
"O eucalipto é uma árvore que beneficia do fogo para se reproduzir", diz Carlos Evaristo. A árvore, originária da Austrália, não só medra no fogo como "é terreno fértil para outras invasoras como mimosas e acácias", argumentou, defendendo a substituição do eucaliptal por floresta autóctone. "Os carvalhos e sobreiros desenvolveram estratégias melhores para lidar com o ciclo do fogo", argumentou.
"A monocultura do eucalipto é uma paisagem monótona que só degrada os solos", que não é só consequência, mas também causa. "Num interior abandonado, o eucalipto cresce por ele próprio, não precisa de manutenção, não produz emprego e contribuiu mais para a desertificação", defende Carlos Evaristo.
O eucalipto é uma espécie invasora Estudos internacionais comprovam isso mesmo.
O que precisamos é de uma floresta para o futuro, uma floresta com várias espécies misturadas e com espécies nativas, espécies que já estão adaptadas às nossas condições climáticas há milhares e milhares de anos, portanto, não precisamos de espécies exóticas que nos trazem os problemas atrás referidos.


Sem comentários:
Enviar um comentário