O poema épico Os Lusíadas é composto por 1102 estâncias, cada uma com oito versos decassilábicos (8816 versos). Tendo o poeta viajado pela região tropical asiática indo-pacífica, de elevada biodiversidade e rica em especiarias, o número de espécies de plantas referidas neste poema é quase o dobro do das citadas em toda a Lírica camoniana. Como Camões viajou por ilhas florestadas, n’Os Lusíadas são referidas muito mais espécies arbóreas e plantas tropicais do que na Lírica. Como a maioria dos poemas líricos foram escritos na Europa, predominam referências a plantas europeias. A Lírica camoniana (canções, éclogas, elegias, odes, redondilhas, sextinas e sonetos) é, fundamentalmente, poesia de afetos e amores, e por isso nela predominam referências a flores de plantas herbáceas. Apesar de a Lírica camoniana ter um maior número de versos (cerca de mais 20% do que o poema épico), a fitodiversidade referida na Lírica é muito menor (cerca de metade).
O E-livro encontra-se aqui

3 comentários:
Muito obrigado, caro João Soares, pela preciosa informação constante do "E-Livro: As Plantas na obra Poética de Camões" da autoria do Prof. Jorge Paiva.
Peço-lhe permissão para publicar no meu blog: "Alcança quem não cansa".
Um grande abraço
MMPinto
Concerteza, estimado Manuel Pinto. Um grande abraço.
https://alcancaquemnaocansa.blogs.sapo.pt/as-plantas-na-obra-poetica-de-camoes-211625
«AS PLANTAS NA OBRA POÉTICA DE CAMÕES» de JORGE PAIVA (e-Book).
Enviar um comentário