"Não pode ser um ministro a dizer corte-se esta árvore por utilidade pública. Não pode ser. É uma árvore classificada. Isto é um ecossistema brutal. Quando se derruba uma árvore destas derrubaram-se, mataram-se, eliminaram-se muitos seres vivos. E, por isso, é que nós andamos a brincar. Neste momento, a gaiola onde estamos metidos só tem 25% das florestas que existiam quando nós aparecemos na terra. Isto é gravíssimo! Eu acho que só tenho uma palavra para isto: É um crime! É um crime nacional! E, portanto, isto tem que ser travado ou pela lei ou pela Assembleia da República." - Jorge Paiva – Botânico
Nos últimos 20 anos foram abatidos quase 78 mil sobreiros e mais de 262 mil azinheiras, em Portugal, espécies protegidas por Decreto-Lei. Projetos de imprescindível utilidade pública ou relevantes para a Economia Local têm permitido a devastação.
Um dos casos mais recentes envolve a permissão para o abate de mais de 1.800 sobreiros para a implementação do Parque Eólico de Morgavel, em Sines.
O projeto teve luz verde no verão passado através de um despacho assinado pelo ex-ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro. Uma decisão que despertou a indignação da sociedade civil.
Várias foram as ações interpostas em Tribunal para travar o abate de sobreiros, ao longo dos últimos anos. Mas afinal o que se sobrepõe? A lei ou um despacho governamental?
Reportagem aqui
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