quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

O que John Clauser diz está errado. Travemos a desinformação climática e os negacionistas climáticos


Diz assim o texto no facebook
J𝐎𝐇𝐍 𝐂𝐋𝐀𝐔𝐒𝐄𝐑, 𝐕𝐄𝐍𝐂𝐄𝐃𝐎𝐑 𝐃𝐎 𝐏𝐑𝐄̂𝐌𝐈𝐎 𝐍𝐎𝐁𝐄𝐋 𝐃𝐄 𝐅𝐈́𝐒𝐈𝐂𝐀 𝐃𝐄 𝟐𝟎𝟐𝟐: 
“𝑃𝑜𝑠𝑠𝑜 𝑎𝑓𝑖𝑟𝑚𝑎𝑟 𝑐𝑜𝑚 𝑚𝑢𝑖𝑡𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑓𝑖𝑎𝑛𝑐̧𝑎 𝑞𝑢𝑒 𝑁𝐴̃𝑂 𝑒𝑥𝑖𝑠𝑡𝑒 𝑒𝑚𝑒𝑟𝑔𝑒̂𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑐𝑙𝑖𝑚𝑎́𝑡𝑖𝑐𝑎”.
“... 𝑃𝑜𝑟 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑞𝑢𝑒 𝑖𝑠𝑠𝑜 𝑝𝑜𝑠𝑠𝑎 𝑖𝑛𝑐𝑜𝑚𝑜𝑑𝑎𝑟 𝑚𝑢𝑖𝑡𝑎𝑠 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠, 𝑎 𝑚𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑚𝑒𝑛𝑠𝑎𝑔𝑒𝑚 𝑒́ 𝑞𝑢𝑒 𝑜 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑒𝑡𝑎 𝑁𝐴̃𝑂 𝑒𝑠𝑡𝑎́ 𝑒𝑚 𝑝𝑒𝑟𝑖𝑔𝑜. … 𝑂 𝐶𝑂2 𝑎𝑡𝑚𝑜𝑠𝑓𝑒́𝑟𝑖𝑐𝑜 𝑒 𝑜 𝑚𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜 𝑡𝑒̂𝑚 𝑢𝑚 𝑒𝑓𝑒𝑖𝑡𝑜 𝑖𝑛𝑠𝑖𝑔𝑛𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑛𝑜 𝑐𝑙𝑖𝑚𝑎.
𝐴𝑡𝑒́ 𝑎𝑔𝑜𝑟𝑎, 𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎́𝑚𝑜𝑠 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑚𝑎𝑙 𝑞𝑢𝑎𝑙 𝑒́ 𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑐𝑒𝑠𝑠𝑜 𝑑𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑛𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜𝑙𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑙𝑖𝑚𝑎, 𝑒 𝑡𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑜𝑠 𝑣𝑎́𝑟𝑖𝑜𝑠 𝑚𝑜𝑑𝑒𝑙𝑜𝑠 𝑏𝑎𝑠𝑒𝑖𝑎𝑚-𝑠𝑒 𝑒𝑚 𝑓𝑖́𝑠𝑖𝑐𝑎 𝑖𝑛𝑐𝑜𝑚𝑝𝑙𝑒𝑡𝑎 𝑒 𝑖𝑛𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑐𝑡𝑎.
𝑂 𝑝𝑟𝑜𝑐𝑒𝑠𝑠𝑜 𝑑𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑒́ “𝑜 𝑚𝑒𝑐𝑎𝑛𝑖𝑠𝑚𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜𝑠𝑡𝑎𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑙𝑒𝑥𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑛𝑢𝑣𝑒𝑚-𝑙𝑢𝑧 𝑠𝑜𝑙𝑎𝑟.
𝐴𝑠 𝑛𝑢𝑣𝑒𝑛𝑠 𝑠𝑎̃𝑜 𝑡𝑜𝑑𝑎𝑠 𝑏𝑟𝑎𝑛𝑐𝑎𝑠 𝑒 𝑏𝑟𝑖𝑙ℎ𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑙𝑒𝑡𝑒𝑚 90% 𝑑𝑎 𝑙𝑢𝑧 𝑠𝑜𝑙𝑎𝑟 𝑑𝑒 𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎 𝑎𝑜 𝑒𝑠𝑝𝑎𝑐̧𝑜, 𝑡𝑜𝑟𝑛𝑎𝑛𝑑𝑜-𝑎𝑠 𝑜 𝑎𝑠𝑝𝑒𝑐𝑡𝑜 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑐𝑟𝑢𝑐𝑖𝑎𝑙, 𝑝𝑜𝑟𝑒́𝑚 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑛𝑒𝑔𝑙𝑖𝑔𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑑𝑜, 𝑑𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑐𝑙𝑖𝑚𝑎́𝑡𝑖𝑐𝑜.
𝐷𝑜𝑖𝑠 𝑡𝑒𝑟𝑐̧𝑜𝑠 𝑑𝑎 𝑇𝑒𝑟𝑟𝑎 𝑠𝑎̃𝑜 𝑜𝑐𝑒𝑎𝑛𝑜𝑠. 𝑆𝑜́ 𝑜 𝑂𝑐𝑒𝑎𝑛𝑜 𝑃𝑎𝑐𝑖́𝑓𝑖𝑐𝑜 𝑟𝑒𝑝𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑎 𝑚𝑒𝑡𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑇𝑒𝑟𝑟𝑎.
𝐴 𝑐𝑜𝑏𝑒𝑟𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑚𝑒́𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑛𝑢𝑣𝑒𝑛𝑠 𝑛𝑎 𝑇𝑒𝑟𝑟𝑎 𝑒́ 𝑑𝑒 67%; 𝑐𝑒𝑟𝑐𝑎 𝑑𝑒 50% 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑎 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑎 𝑒 75% 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑜𝑠 𝑜𝑐𝑒𝑎𝑛𝑜𝑠.
𝐴𝑓𝑖𝑟𝑚𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑎𝑠 𝑝𝑟𝑜𝑝𝑟𝑖𝑒𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑝𝑖́𝑐𝑢𝑎𝑠 𝑑𝑎𝑠 𝑛𝑢𝑣𝑒𝑛𝑠 𝑠𝑎̃𝑜 𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑒 𝑞𝑢𝑒 𝑓𝑎𝑙𝑡𝑎 𝑛𝑜 𝑞𝑢𝑒𝑏𝑟𝑎-𝑐𝑎𝑏𝑒𝑐̧𝑎.
𝑷𝒐𝒔𝒔𝒐 𝒂𝒇𝒊𝒓𝒎𝒂𝒓 𝒄𝒐𝒎 𝒎𝒖𝒊𝒕𝒂 𝒄𝒐𝒏𝒇𝒊𝒂𝒏𝒄̧𝒂 𝒒𝒖𝒆 𝒏𝒂̃𝒐 𝒉𝒂́ 𝒆𝒎𝒆𝒓𝒈𝒆̂𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒄𝒍𝒊𝒎𝒂́𝒕𝒊𝒄𝒂”.

O que John Clauser diz está errado. Não tem um artigo de revisão entre pares em questões de alterações climáticas e ainda: Anton Zeilinger, que venceu o Nobel com ele, afirma categoricamente, que Clauser não é um perito em alterações climáticas. 

Robin Monotti não tem credibilidade! A desinformação tem que ser travada. E mais, este negacionismo radical existe entre os membros dos partidos Chega e Iniciativa Liberal.

Aqui as respostas ao texto de Clauser, por 2 cientistas do clima, que estudam há anos esta questão:

1. Michael Mann, cientista climático da Universidade da Pensilvânia, disse que o argumento é “puro lixo” e “pseudociência”.
A “melhor evidência disponível” mostra que as nuvens realmente têm um efeito líquido de aquecimento, disse Mann por e-mail. “Em física, chamamos isso de ‘erro de sinal’ – é o tipo de erro que um calouro tem vergonha de ser apanhado ao cometê-lo”, disse ele.

2. Andrew Dessler, professor de ciências atmosféricas na Texas A&M University, concorda.
“As nuvens amplificam o aquecimento”, disse Dessler num e-mail, acrescentando: “A comunidade científica passou o último século a estudar [as alterações climáticas] e, neste momento, praticamente tudo o que está a acontecer foi previsto. John Clauser e sua turma ignoram isso porque não estão apresentando críticas científicas sérias.”

Se seguirem o link do realizador italiano na rede X vão dar de caras com a rede Deposit of Faith Coalition, ultra-católica, extrema-direita norte-americana. 

Saber mais:

3 comentários:

Manuel M Pinto disse...

« O Nobel da Física de 2022 distinguiu o norte-americano John F. Clauser, da empresa John F. Clauser (Clauser, que nunca foi professor de Física, é sócio-gerente da empresa de consultadoria, na Califórnia, com o seu nome),... »
Ver:
https://dererummundi.blogspot.com/2022/11/os-nobel-da-fisica-colheita-de-2022.html

João Soares disse...

Sim e a sua ligação (membro activo) da CO2 Coalition que é uma organização de defesa sem fins lucrativos 501(c) nos Estados Unidos, fundada em 2015. As suas alegações negacionistas das alterações climáticas entram em conflito com o consenso científico sobre as alterações climáticas.
História
A Coalizão CO2 é a sucessora do Instituto George C. Marshall, um grupo de reflexão focado em questões de defesa e climáticas que foi encerrado em 2015. William O'Keefe, diretor executivo do Instituto Marshall e ex-CEO do American Petroleum Institute, continuou como CEO da Coalizão CO2. William Happer, professor emérito de física conhecido por discordar do consenso sobre as mudanças climáticas, foi outro fundador da Coalizão CO2 do Instituto Marshall. Happer disse que a associação com o contrarianismo climático afetou negativamente o financiamento do Instituto Marshall, a saber: "Muitas fundações que normalmente teriam apoiado a defesa não o fariam porque o nome Marshall estava associado ao clima". As atividades de defesa do Instituto Marshall foram transferidas para o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais
Nos seus primeiros quatro anos, a Coligação CO2 recebeu mais de 1 milhão de dólares em contribuições de fundações que apoiam causas conservadoras e de responsáveis da indústria energética.
Em 2023, John Clauser juntou-se ao conselho da CO2 Coalition.
Atividades
A Coligação CO2 foi uma das mais de 40 organizações a assinar uma carta datada de 8 de maio de 2017, ao presidente Donald Trump, agradecendo-lhe pela sua promessa de campanha de se retirar do Acordo de Paris, que Trump anunciou em 1 de junho de 2017.
Em 2021, a Coligação CO2 apresentou um comentário público opondo-se às regras de divulgação das alterações climáticas da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA. A Coalizão afirmou que "Não há 'crise climática' e não há evidências de que haverá uma", e ainda "O dióxido de carbono, o gás supostamente a causa do aquecimento catastrófico, não é tóxico e não causa danos". afirmações estão em desacordo com o consenso científico sobre as alterações climáticas.

João Soares disse...

Em 2022, a Coligação apresentou um comentário público sobre os riscos relacionados com o clima à Commodity Futures Trading Commission, concluindo que "a ciência real demonstra que não há emergência climática e que não há riscos financeiros ou outros riscos relacionados com o clima causados por combustíveis fósseis e CO2." O comentário criticou os relatórios de avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas e as Avaliações Climáticas Nacionais dos EUA, os resumos consensuais oficiais da ciência climática que informam as políticas públicas:
Francamente, a "ciência" citada para apoiar a investigação da CFTC e possíveis ações é meramente a opinião do governo do Painel Internacional para Mudanças Climáticas [sic] (IPCC) e do Programa Global de Pesquisa Climática dos EUA [sic] (USGCRP), que não é ciência e não pode ser usado como base científica para qualquer CFTC ou outra ação governamental."
Em 2023, um estande da CO2 Coalition foi expulso da convenção anual da National Science Teaching Association. A Coalizão distribuiu uma história em quadrinhos infantil ensinando sobre o dióxido de carbono como uma parte essencial da vida. O cientista climático Andrew Dessler disse: "Ao focar 100 por cento nesta ideia de que as plantas precisam de CO2, eles estão intencionalmente enganando as pessoas, evitando os problemas reais do CO2, sobre os quais eles nem falaram." A Coalizão também distribuiu um panfleto desafiando o que chamou de "a adoção pela NSTA da hipótese do 'aquecimento nocivo causado pelo homem', apesar de sua base em ciência falha e opiniões governamentais..." No contrato para comparecer à convenção, a organização havia concordou que os seus materiais seriam consistentes com a posição da NSTA sobre as alterações climáticas.
Em Fevereiro de 2023, a Coligação CO2 tinha publicado doze livros brancos, seis “questões climáticas aprofundadas”, oito resumos de políticas científicas, testemunhos de membros da coligação e publicações de membros da coligação. O grupo continua a falar publicamente e a emitir comunicados de imprensa sobre questões relacionadas com a produção de energia, as alterações climáticas e a defesa dos combustíveis fósseis.