Um estudo científico chinês propôs adicionar cinco pares de asas a cada vagão dos comboios de alta velocidade do país para reduzir o seu peso e aumentar a velocidade em 28,6%, segundo um jornal de Hong Kong.
De acordo com o South China Morning Post, o estudo, parte do projeto oficial CR450, que visa aumentar a velocidade dos comboios atuais, constatou que o acrescento de pequenas asas pode gerar sustentação suficiente para reduzir o seu peso em um terço, aumentando a velocidade para 450 quilómetros por hora.
Os comboios tradicionais de alta velocidade chineses atingem atualmente 350 quilómetros por hora.
Engenheiros japoneses tiveram uma ideia semelhante na década de 1980, mas esta foi descartada porque as asas eram muito grandes e tornavam impossível que os comboios circulassem nas linhas ferroviárias e túneis existentes.
No entanto, os cientistas chineses optaram por colocar asas menores no teto dos comboios, em vez de nas laterais, segundo o South China Morning Post.
De acordo com os cientistas, que publicaram o seu estudo na revista científica Acta Aerodynamica Sinica, a ideia é um "avanço no campo da aerodinâmica dos comboios de alta velocidade que reduzirá custos e energia", embora eles alertem que velocidades maiores podem reduzir "a vida útil das rodas e que as asas teriam que ser instaladas e cuidadosamente projetadas".
Com 37,9 mil quilómetros de extensão, a malha ferroviária de alta velocidade da China compõe mais de dois terços do total do mundo.
A primeira linha chinesa de alta velocidade - um troço de 117 quilómetros entre Pequim e Tianjin - começou a funcionar em 2008, quando a capital chinesa organizou os Jogos Olímpicos, 28 anos depois do nascimento do TGV francês.
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