Em 1937, como parte de uma missão científica norueguesa, Peter Munch visitou Tristão da Cunha. Ele ficou surpreso ao descobrir que a forma da organização social na ilha era a anarquia... e tem sido há mais de 100 anos.
Não havia governo, nem polícia, nem dinheiro nem líder. Munch escreveu: "Os princípios da liberdade e da anarquia estavam firmemente enraizados na comunidade Tristão como uma classe social baseada no consentimento voluntário de homens e mulheres livres. Nessa comunidade não só o poder, o controlo ou qualquer tipo de governo oficial ou informal é considerado desnecessário e indesejável, mas considerado uma ameaça aos direitos individuais”. (P. Munch, Crise em Utopia, 1971)
Os habitantes de Tristão não eram uma comuna autoeleita que tinha ido lá para estabelecer utopia. Eles eram de todas as etnias e sobreviventes de naufrágios ou de antigas baleias que lá haviam dado há mais de 100 anos. O facto de a anarquia se ter tornado a forma natural da sua organização social e ter persistido contra todas as tentativas do governo britânico de a minar é ainda mais notável.
Ilha Tristão da Cunha - a ilha habitada mais isolada do mundo.
Tristão da Cunha faz parte de um arquipélago localizado no Oceano Atlântico Sul e fica a aproximadamente 2.400 km da ilha de São Vicente. Aproximadamente o mesmo número de quilómetros o separa da África do Sul, e são mais de 3.200 km até a costa da América do Sul.
Este apresenta um relevo de origem vulcânica.
Não há aeroporto na ilha, e o acesso só é possível por barco. Os cerca de 300 habitantes são descendentes daqueles que se estabeleceram na ilha no século XIX. A ilha tem uma escola, um hospital, um museu, uma agência de correios, um pub, um café e uma piscina
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