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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2005

Não à privatização da àgua Pública

Processo: Lei Quadro da Água
17 de Janeiro de 2005
Está no site do INAG o novo Projecto de Lei Quadro da Água

Agregando as duas propostas de decreto-lei de dezembro de 2003, e incluindo novos anexos, são mantidos todos os conteúdos mais negativos dos projectos anteriores, destacando-se a concessão a privados da gestão do domínio público hídrico (inconstitucional) e a mercantilização da água - comércio de cotas de captação e comércio de cotas de poluição - que nada têm a ver com a directiva quadro da água (nem com qualquer norma da CE).

A DQA, que serve de pretexto a este desvario, não é transposta por este articulado.

Note-se que o título do documento "Projecto de Decreto Lei" faz entender que, mais uma vez, é pretendido passar a legislação à revelia de um debate na Assembleia da República.
A Associação Água Pública está a analizar o documento com mais detalhe, verificando-se desde já que são pertinentes, em relação a este projecto, todas as críticas que fizémos ao projecto anterior.

Dossier Janeiro - Março de 2004
Documentos para análise do processo
Síntese do Projecto de Lei Quadro da Água apresentado pelo Governo em 19/12/2003, e suas consequências, (Luisa Tovar)

Apropriação da água pública e das infraestruturas (Luisa Tovar - Novembro de 2002)
Comunicados da Associação Água Pública
Outros

domingo, 27 de fevereiro de 2005

Os modelos e as suas aplicações - TerraView -um software gratuito

Há avanços cada vez maiores nest área dos modelo em Ecologia., uma vez que a parte de compreensão e conhecimento de várias variáveis de cada ecossistema já estão aceitavelmente conhecidos e é tempo de os interagrir adequadamente, incoroporando leis de termodinâmica, o incerto e a catastrofe.Ganhamos assim alguma capacidade de gestão ecosustentada do património natural a nível local e indo ate ao nivel global.

Software TerraView: ferramenta útil e gratuitaInpe libera o acesso ao software para análise de informações espaciaisTerraView. O objetivo é oferecer dados para auxiliar na produção de análises emsetores como segurança pública ou gestão urbanaThiago Romero escreve para a Agência Fapesp:O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) passa a disponibilizargratuitamente, para ser baixado pela internet, um aplicativo geográfico para aanálise de informações espaciais. A versão 3.0 Plus do TerraView estádisponível em versões para os sistemas operacionais Windows e Linux.Segundo o chefe da Divisão de Processamento de Imagens do Inpe, Antonio MiguelVieira Monteiro, o software, construído sobre a biblioteca de componentesgeográficos TerraLib, possibilita a utilização dos dados espaciais paradiversos setores, como segurança pública, gestão urbana, indicadores sociais,saúde pública, geografia e problemas ambientais.‘Trata-se de um produto de análise geográfica para o tratamento da informaçãoespacial com o estado da arte em tecnologia, algoritmos e métodos analíticos’,disse Monteiro.Monteiro explica que a licença para programas similares ao TerraView custaatualmente cerca de US$ 1.500. ‘A idéia é que, com o uso gratuito, seja possível ampliar a utilização dos dados espaciais nos diversos setores, de usuários finais a desenvolvedores de soluções customizadas’, afirma.O programa manipula dados vetoriais (pontos, linhas e polígonos) e matriciais (grades e imagens) que são armazenados em um sistema de gerenciamento de banco de dados.‘Isso significa que o programa é capaz de, ao mesmo tempo, tratar informações demapas em formatos vetoriais e dados de imagens ou de modelos numéricos emformato matricial’, explica Monteiro.O TerraView 3.0 Plus é resultado da parceria entre o Inpe, o Laboratório de Estatística Espacial da Universidade Federal de Minas Gerais, o Laboratório deEstatística e Geoinformação da Universidade Federal do Paraná, a EscolaNacional de Saúde Pública Sérgio Arouca e o Centro de Estudos de Desigualdades Socioterritoriais. A permissão para as modificações do programa, que tem licença livre e código aberto, encontra-se sob os termos da Licença Pública Geral do GNU (GPL), como publicada pela Free Software Foundation.Para baixar o software: http://www.dpi.inpe.br/terraview
(Agência Fapesp, 22/2)

sábado, 26 de fevereiro de 2005

Peter Benenson, a Amnistia Internacional e os humanos



Eis uma biografia retirada da Amnistia Internacional Portuguesa A sua criação teve origem numa notícia publicada no jornal inglês "The Observer" em que era referida a prisão de dois estudantes portugueses por terem gritado «Viva a Liberdade!» na via pública. O advogado britânico Peter Benenson lançou então um apelo no sentido de se organizar uma ajuda prática às pessoas presas devido às suas convicções políticas ou religiosas, ou em virtude de preconceitos raciais ou linguísticos.
Um mês após a publicação do apelo, Benenson já havia recebido mais de mil ofertas de ajuda para coligir informações sobre casos, divulgá-las e entrar em contacto com governos. Dez meses passados, representantes de cinco países estabeleciam as bases de um movimento internacional.

Era bom que já não houvesse mais torturas, racismo e assim a sua missão estaria acabada. Prossigamos com entusiasmo, paciência e determinação a sua causa e que é de todos nós, os homens de bem e de paz.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2005

As Cartas Educativas e a Educação Multicultural....suas implicações sócio-ambientais

Nestas eleições pouco ouvimos sobre o ambiente e muito menos da imigração, por exemplo ou das cartas educativas. No que respeita às Cartas Educativas, as suas implicações no desenvolvimento socio-ambiental, progresso e aprendizagem dos alunos é MUITO QUESTIONAVEL. 

Uma política diferente para a educação tem que responder, antes de tudo, ao desafio expresso na Constituição da República quando prescreve que "O Estado criará uma rede de estabelecimentos públicos de ensino que cubra as necessidades de toda a população"(artº 75º). A Lei fundamental do país prescreve ainda no seu artº 73º que "Todos têm direito à educação e à cultura e ainda que "O Estado promove a democratização da educação e as demais condições para que a educação, realizada através da escola e de outros meios formativos, contribua para a igualdade de oportunidades, a superação das desigualdades económicas, sociais e culturais, o desenvolvimento da personalidade e do espírito de tolerância, de compreensão mútua, de solidariedade e de responsabilidade, para o progresso social e para a participação democrática na vida colectiva". 

No que refere à imigração, também tem implicações no nosso NOVO MUNDO da GLOBALIZAÇÃO. Nas nossas escolas e no Ensino Público já há alunos estrangeiros. Penso que o livro "Levantando a Pedra"- Da Pedagogia Inter/Multicultural às Políticas Educativas numa Época de Transnacionalização" de Stephen Stoer e Luíza Cortesão ( Ed. Afrontamento ISBN 972-36-0499-X) é um bom auxílio e merece o maior destaque possível a fim de professores, nós os bloggers e outros cidadãos estejam mais sensíveis e mais disponíveis a aceitar a "diferença". 

No que refere ao cruzamento de tudo isto penso que este pensamento de LynnMargulis conclui bem o que eu pretendo equacionar:"If we wanted to survive the ecological and social crises caused by ourselves, we would probably be forced to undertake radically new and dramatic community enterprises." 

Para finalizar também deixo um artigo co-relacionado e de muito interesse: Eleven peace education ideas for dealing with the war 

A Preservação do Ambiente ( Sustentabilidade) é uma aposta na Paz!

Les faucheurs volontaires



Le 25 juillet 2004, plus de 1.000 personnes rassemblées à l’appel des faucheurs volontaires « neutralisaient » (terme employé par la direction départementale de l’agriculture, pour la destruction des plantes interdites comme le haschisch ou le pavot) deux essais de maïs transgéniques situés dans la commune de Menville. Les élus furent placés en première ligne. Parmi eux, vont passer en procès Gérard Onesta, député européen, Noël Mamère, député de Gironde, Michel Daverat, conseiller régional d’Aquitaine, et bien d’autres encore. José Bové et moi-même participions à cette action de désobéissance civique non-violente à visage découvert. Les forces de l’ordre en petit nombre ne s’opposèrent pas à l’arrachage. Les faucheurs se laissèrent photographier par les policiers qui relevèrent aussi l’identité des voitures. Aucune atteinte aux personnes. L’atteinte aux biens privés fut limitée aux plantes transgéniques concernées. Peu de chose par rapport à l’atteinte irréversible du patrimoine végétal commun. Enfin, tous les acteurs étaient prêts à se présenter devant les tribunaux, à courir les risques des amendes élevées, de la prison et des dédommagements civils provoqués par cet acte illégal, mais non illégitime. Et cela d’une façon solidaire.

Pour l’histoire, il est important de rappeler que les fauchages de plantes transgéniques en France ont commencé en 1997. En 2003, les paysans de la Confédération paysanne s’essoufflaient dans ces actions avec tous les risques que cela comportait. En juin 2003, quand José Bové sortit de la prison de Maguelone près de Montpellier, je lui dis : « Et si nous nous y mettions tous ? » Il était en effet inacceptable de laisser les paysans supporter seuls le poids de l’action. Même si ces derniers sont plus directement concernés, l’environnement et la santé publique nous préoccupent tous.

Revenons à nos faucheurs. S’ils ont transformé leur indignation en action non-violente, c’est pour les raisons suivantes : absence d’application du principe de précaution dans les cultures en plein champ, absence de vérification à long terme des conséquences de ces chimères végétales sur les plantes, les animaux et l’homme, inacceptable appropriation du vivant à des fins mercantiles par l’intermédiaire des brevets. Absence de débat démocratique enfin. Il a fallu attendre l’action des faucheurs volontaires pour que Jacques Chirac y fasse allusion dans le Puy-de-Dôme à l’automne 2004. Tout au long de cette même année, les fauchages ont continué. Par la non-violence, nous avons fait apparaître cette violence cachée qui s’impose de façon obscure pour que le fait accompli crée une situation de non-retour. En général l’action non-violente est suivie d’une aggravation de la répression dans le but de créer par la peur une démobilisation. Ainsi, rapidement, comme l’avait annoncé le ministre Dominique Perben, la justice convoqua en gendarmerie ceux qu’elle tenait pour responsables ou ceux à qui elle voulait faire payer le prix de ces actions. Or, les faucheurs volontaires signent un engagement personnel, adhèrent à une charte et s’organisent en collectifs. Cela signifie qu’il n’y a pas de responsables reconnus par le groupe. Chacun a pris une décision en conscience et en connaissance des conséquences civiles et pénales de son acte, conduit dans le cadre d’une résistance civique non-violente collective. Les actions sont menées solidairement et tous se sentent responsables. C’est ainsi que le premier collectif est né lors du rassemblement du Larzac « Construire un monde solidaire » en 2003. 400 personnes prirent l’engagement de « faucheur volontaire ». Ils sont aujourd’hui 5 000. Cette solidarité n’est pas un vain mot. En effet, lorsque le procureur de Toulouse a choisi 9 prévenus, celui de Riom 6, celui d’Orléans 44 à la suite des fauchages de l’été 2004, la réaction des faucheurs fut rapide. Plus de 400 personnes se présenteront aux gendarmeries de Toulouse et Millau pour demander à être prévenus comme les autres, afin que justice soit faite ! De même à Riom et Orléans, les coauteurs demandèrent justice. Renversement des rôles. Il apparaissait que tous les citoyens n’étaient pas égaux devant la loi. Devant les tribunaux correctionnels des mêmes villes, ces coauteurs se présentèrent en « comparution volontaire ». C’est une disposition du droit qui n’est pratiquement jamais appliquée. En règle générale, le procureur de la République a la prérogative de traduire les personnes devant les tribunaux. Les « comparants volontaires », en incitant la justice à les poursuivre, renversent encore les rôles et introduisent un débat dans les procès. Les reconnaître, c’est approuver le caractère collectif de la lutte. Deux tribunaux, celui de Toulouse et Riom, acceptèrent « les comparants volontaires ». Les cours d’appel interpellées par les procureurs s’empressèrent de casser ces décisions. Il reste que ces dernières sont le début d’une jurisprudence qui, comme l’objection de conscience, pourrait déboucher un jour sur une disposition légale qui intéresserait toutes les luttes sociales.

L’action des faucheurs a également montré que la législation française n’est pas en règle avec les directives européennes concernant les essais en plein champ. Pour dépasser ce problème, le gouvernement a mis en place une mission parlementaire confiée au député socialiste Le Déaut dans le but d’évaluer l’intérêt des cultures OGM (organisme génétiquement modifié). Cette dernière conclut qu’il faut rechercher la coexistence des deux formes d’agriculture, OGM et non-OGM. Comme l’une sera victime de l’autre, le résultat est assuré d’avance !

En 2005, la campagne des faucheurs a continué avec notamment un second grand rassemblement près de Menville suivi de nombreux fauchages. Les faucheurs auront besoin de la solidarité nationale pour tenir. Ils ne sont pas inquiets car la population reste majoritairement opposée aux OGM dans les assiettes. Le gouvernement, lui, reste sourd à toutes les initiatives de la société civile.

Alors finalement, pourquoi la désobéissance civique ? Pour répondre à la nécessité et prendre le relais d’un gouvernement phagocyté par la toute puissance du marché et de ce fait, rendu impuissant. Le colonialisme technologique est une réalité aux multiples facettes. C’est un totalitarisme en formation. Il importe de réagir avant qu’il ne nous submerge tous. « Renoncer à la désobéissance civique, comme dit Gandhi, ce serait mettre la conscience en prison. »

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2005

Steve Bloom- O QUE APRENDI COM OS ANIMAIS SILVESTRES

Os fotógrafos e amantes da Natureza, fruto do íntimo contacto com os animais e os ambientes em que vivem ou a procura dos nichos que eles ocupam e desempenham as suas actividades ao longo do dia, meses e anos, descobrem a INDIVIDUALIDADE. Contra o que é comum pensar, existe individualidade nos animais não-humanos.


Steve Bloom’s concern for the environment is strongly evident in his images. In his book, Untamed, he writes: “I am humbled by the opportunities I have had to witness the diversity of life in so many places, and I hope to share such experiences. Photography is the means by which I strive to engender in others a feeling of unity with the natural world. There remains the ongoing challenge to portray life in all its manifestations, and create images that reveal the very essence of what it is to be a living being.”


Biografia de Steve Bloom na Wiki

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2005

A erosão do nosso litoral.....e assim matamos a "galinha dos ovos de ouro"

Três mil casas ilegais nos parques
ICN identificou 3241 casas irregulares nas áreas protegidas. Demolições
previstas

Por Rita Carvalho

Em Portugal há 3241 construções ilegais dentro de áreas protegidas. O Parque da
Ria Formosa lidera a contagem com 1815, entre as quais as construções nas
ilhas-barreira. O levantamento das edificações irregulares existentes nos
parques naturais foi feito pelo Instituto para a Conservação da Natureza (ICN)
a pedido do ministro Nobre Guedes. A resolução do problema, que pode implicar a
demolição, passa agora para a nova tutela.

As infracções estão relacionadas com o desrespeito pelas regras inscritas nos
instrumentos legais de ordenamento os planos específicos de cada área
protegida, os planos directores municipais e os regimes da Reserva Ecológica
Nacional e Reserva Agrícola Nacional.

"Está a ser realizada uma análise jurídica caso a caso de modo a
operacionalizar a reposição da legalidade", disse ao DN o ainda secretário de
Estado do Ambiente, Moreira da Silva. Este processo pretende verificar se foi
desencadeada uma ordem de demolição, se esta foi alvo de recurso pelo
proprietário e se a decisão do recurso já foi proferida pelo tribunal. Ou seja,
a ordem de demolição do ICN tem sempre de ser precedida de uma ordem judicial.
Só depois do tratamento desta informação se pode "avançar com um programa de
demolições", concluiu.

O Sul do País é o mais afectado pela proliferação de casas construídas
ilegalmente em zonas destinadas à conservação da natureza, provocando fortes
impactos na paisagem e a destruição de habitats.

O Parque Natural da Ria Formosa e o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e
Costa Vicentina (PNSACV) são os que têm mais edificações nestas condições. A
demolição de habitações já está, aliás, prevista para a ria Formosa, ao abrigo
do plano de ordenamento da orla costeira. São edificações construídas nas ilhas
da Armona, Culatra, Farol, Faro e Fuzeta e que terão de desaparecer por
questões de segurança e erosão. O PNSACV foi ainda auditado pela
Inspecção-Geral da Administração do Território para determinar a nulidade dos
alvarás emitidos pelas câmaras de Aljezur e Vila do Bispo.

Esta realidade deve-se, na opinião dos ambientalistas, à "falta de fiscalização
e de vigilância e à conivência das próprias entidades que licenciam" estas
construções. "Este cenário prova o laxismo e a forma displicente como as áreas
protegidas têm sido geridas", afirmou Hélder Spínola, presidente da Quercus. O
ambientalista aponta o dedo aos responsáveis do ICN e às autarquias, que "detém
o papel licenciador e fiscalizador e que permitem que isto aconteça". Essas
pessoas, defende a Quercus, "também têm de ser responsabilizadas".

À fiscalização insuficiente junta-se, segundo os ambientalistas, a morosidade
da justiça, que não resolve as situações em tempo útil. "Há casos em que o
prevaricador é notificado no acto de construção mas continua a construir.
Quando o caso evolui, a construção está concluída e passa a ser um facto
consumado." Outra problemática ocorre quando, mesmo desrespeitando os planos de
ordenamento, as edificações são alvo de licenciamento por parte de uma entidade
a autarquia ou o ICN. "Há direitos adquiridos que legalmente são difíceis de
rebater".


Fonte DN

terça-feira, 22 de fevereiro de 2005

No caso do efeito estufa, o argumento é que as pessoas não podem ver, cheirar, ou sentir (ainda!), por isto não se importam!

Realmente a culpa não está sómente nos americanos, australianos e chineses.
Uma estatística dizia há tempos que 38% portugueses estão preocupados com o Emprego e apenas 1% com o Ambiente. Ao votarem, tal como os americanos, os portugueses não priorizaram concerteza os assuntos ambientais, mas sim aqueles que ( para já) são mais relevantes para eles como a economia, o emprego, a segurança e a saúde. Esquecem-se que sem a articulação de políticas com suporte ecológico, todas os restantes problemas socio-económicos se tornarão ( já não serão?) mais críticos e mais graves???

Como diz o Prof. IEloy F. Casagrande Jr
Infelizmente, o alerta ambiental como que está sendo vinculado pelos ambientalistas não está sensibilizando a população mundial. Eles sugerem, com uma certa dose de lógica, que deveria-se falar em criar um programa maciço de geração de empregos baseado em investimentos em tecnologias de energia limpa, que podem ser competitivas no mercado internacional. No caso do efeito estufa, o argumento é que as pessoas não podem ver, cheirar, ou sentir (ainda!), por isto não se importam. É um problema totalmente diferente daquele que mostra a poluição visível dos rios, passível de gerar pressão para haver investimentos para resolvê-la. Sob este ângulo, na visão dos antropólogos, é difícil transformar radicalmente a economia energética do planeta sem motivar o público e os políticos a apoiar essa transformação. Portanto, a única saída é motivá-los para mudanças na matriz energética que demonstrem os benefícios econômicos e sociais. Tem lógica e é sustentável!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2005

Temos energia para dar e vender, até a desperdiçamos ...

Por Nuno Gouveia, arquitecto
Acho muito triste que quando se fala em energia a primeira abordagem passe por imaginar formas de aumentar a produção. Realmente, a Natureza deve estar orgulhosa de nós.(Quanto à energia nuclear, na minha opinião, enquanto não se conseguirem resolver os problemas associados a um possível acidente (de causa humana ou técnica (se é que esta última existe) esta é simplesmente abominável. Os efeitos da radiação são demasiado grotescos e permanentes (que diriam os nossos filhos e netos de tal decisão)Mas, para não criticar apenas, apresento as seguintes soluções que gostaria de ver implementadas:1-Não considerar o aumento de produção de energia por mais apagões que surjam (com os quais aprenderíamos a viver como sempre fizemos)2-Incentivar a poupança através de:a)aumentos significativos do custo da energia (produzida directa ou indirectamente por combustíveis fósseis)b)taxas muito mais elevadas em veículos de transporte não colectivo.c)taxas igualmente significativas em aparelhos de consumo excluindo apenas (frigoríficos, fogões e talvez máquinas de lavar roupa)(todas estas taxas seriam minimizadas ou inxistentes para agregados com menores posses e para aparelhos necessários a pessoas portadores de deficiências)Imagino ainda que os argumentos contrários a estas medidas tenham que ver com a competitividade da nossa economia. Mas, meus amigos, quando é que vamos olhar o problema de frente, deixar de tapar o sol com a peneira, e perceber que se queremos sustentabilidade temos de deixar o sistema económico em que vivemos. Gostaria que alguém tentasse fazer a quadratura do círculo fazendo coexistir um shopping ou um super-mercado com a sustentabilidade. Eu não vejo forma de meter no mesmo saco umas férias na neve, um óculos de sol, umas sapatilhas de marca e a sustentabilidade.Ao menos sejamos honestos connosco próprios e digamos que queremos para os nossos filhos um mundo pior do que os nossos pais já nos deixaram, pois é isso que temos vindo a fazer:Nunca como hoje se consumiu tanta energia, mesmo em países mais desenvolvidos (em situações para que nós ainda caminhamos). Pessoalmente só com grandes restriçõesdo tipo puxão-de-orelhas é que conseguiremos algo de minimamente visível. Mais do que reciclar (uma panaceia para a consciência mais do que uma solução) temos de não consumir. Acreditar numa ciência messiânica parece-me também grave, sobretudo quando uma solução eficaz passa apenas por refrearmos a nossa preguiça (hoje, por incrível que venha a parecer aos nossos bisnetos temos automóveis cheios de plásticos estéticos e botões fantásticos para por exemplo fazer subir ou descer um vidro ali ao nosso lado!!!!!! somos realmente prodigiosos)

domingo, 20 de fevereiro de 2005

Don´t look back - aposta na sustentabilidade!

Sebastião Salgado

Não, não tenho caminho novo
O que tenho de novo
É o jeito de caminhar
Aprendi(o caminho me ensinou)
a caminhar cantando
como convém a mim
e aos que vão comigo
Pois já não vou mais sozinho..
(Thiago de Mello) (trecho do poema “A vida verdadeira", citado no convite da última turma de formando da Unicamp)
Site recomendado

sábado, 19 de fevereiro de 2005

Fundação O Boticário de Protecção à Natureza


A Fundação O Boticário de Proteção à Natureza é uma organização sem fins lucrativos, criada e mantida pelo grupo O Boticário. Seu objetivo é promover e realizar ações de conservação da natureza.
A Fundação O Boticário concretiza seus ideais por intermédio do incentivo a iniciativas de proteção e pesquisa de conservação da natureza, pela efetiva proteção do ambiente natural e pela educação e mobilização das pessoas para a conservação da natureza.
A Fundação já consolidou o seu papel como financiadora de projetos de conservação nesta área no Brasil. Atualmente, são mais de 900 iniciativas de pesquisadores, apoiadas pelo Programa de Incentivo à Conservação da Natureza, que estão ajudando a salvar plantas e animais em perigo de extinção, proteger áreas naturais relevantes e despertar a consciência ecológica.
Para contribuir ainda mais efetivamente para a preservação de locais de relevante significado ecológico, a Fundação O Boticário desenvolve um importante trabalho por meio do Programa de Áreas Naturais Protegidas. Este programa tem como objetivos criar reservas próprias para proteger significativos remanescentes de nossos biomas para a humanidade, incentivar outros cidadãos e organizações a seguirem este exemplo e ainda compilar dados e informações sobre áreas protegidas públicas para subsidiar o entendimento e ações para o gerenciamento e a proteção dessas áreas. O exemplo mais conhecido do trabalho da Fundação O Boticário nessa linha é a criação e manutenção da Reserva Natural Salto Morato, considerada Sítio do Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO, título raro entre unidades de conservação privadas.
Ainda para demonstrar a importância de ações como essas, a Fundação dissemina conhecimentos, valores e atitudes conservacionistas, educando e mobilizando por meio de publicações, exposições, cursos e eventos. Assim, aposta no futuro. Um futuro que estará protegido, se depender deste trabalho.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2005

10 reasons why we don't need GM foods

If you want to print this article as an A4 leaflet for distribution, download this PDF

With the cost of food recently skyrocketing – hitting not just shoppers but the poor and hungry in the developing world – genetically modified (GM) foods are once again being promoted as the way to feed the world. But this is little short of a confidence trick. Far from needing more GM foods, there are urgent reasons why we need to ban them altogether.

1. GM foods won't solve the food crisis A 2008 World Bank report concluded that increased biofuel production is the major cause of the increase in food prices.[1] GM giant Monsanto has been at the heart of the lobbying for biofuels (crops grown for fuel rather than food) — while profiting enormously from the resulting food crisis and using it as a PR opportunity to promote GM foods! "The climate crisis was used to boost biofuels, helping to create the food crisis; and now the food crisis is being used to revive the fortunes of the GM industry." - Daniel Howden, Africa correspondent of The Independent[2] "The cynic in me thinks that they're just using the current food crisis and the fuel crisis as a springboard to push GM crops back on to the public agenda. I understand why they're doing it, but the danger is that if they're making these claims about GM crops solving the problem of drought or feeding the world, that's bullshit." – Prof Denis Murphy, head of biotechnology at the University of Glamorgan in Wales[3]

2. GM crops do not increase yield potential Despite the promises, GM has not increased the yield potential of any commercialised crops.[4] In fact, studies show that the most widely grown GM crop, GM soya, has suffered reduced yields.[5] A report that analyzed nearly two decades worth of peer reviewed research on the yield of the primary GM food/feed crops, soybeans and corn (maize), reveals that despite 20 years of research and 13 years of commercialization, genetic engineering has failed to significantly increase US crop yields. The author, former US EPA and US FDA biotech specialist Dr Gurian-Sherman, concludes that when it comes to yield, "Traditional breeding outperforms genetic engineering hands down."[6] "Let's be clear. As of this year [2008], there are no commercialized GM crops that inherently increase yield. Similarly, there are no GM crops on the market that were engineered to resist drought, reduce fertilizer pollution or save soil. Not one." – Dr Doug Gurian-Sherman[7]

3. GM crops increase pesticide use
US government data shows that in the US, GM crops have produced an overall increase, not decrease, in pesticide use compared to conventional crops.[8] "The promise was that you could use less chemicals and produce a greater yield. But let me tell you none of this is true." – Bill Christison, President of the US National Family Farm Coalition[9]

4. There are better ways to feed the world
A major UN/World Bank-sponsored report compiled by 400 scientists and endorsed by 58 countries concluded that GM crops have little to offer global agriculture and the challenges of poverty, hunger, and climate change, because better alternatives are available. In particular, the report championed "agroecological" farming as the sustainable way forward for developing countries.[10]

5. Other farm technologies are more successful
Integrated Pest Management and other innovative low-input or organic methods of controlling pests and boosting yields have proven highly effective, particularly in the developing world.[11] Other plant breeding technologies, such as Marker Assisted Selection (non-GM genetic mapping), are widely expected to boost global agricultural productivity more effectively and safely than GM.[12] [13] "The quiet revolution is happening in gene mapping, helping us understand crops better. That is up and running and could have a far greater impact on agriculture [than GM]." – Prof John Snape, head of the department of crop genetics, John Innes Centre[14]

6. GM foods have not been shown to be safe to eat
Genetic modification is a crude and imprecise way of incorporating foreign genetic material (e.g. from viruses, bacteria) into crops, with unpredictable consequences. The resulting GM foods have undergone little rigorous and no long-term safety testing, but animal feeding tests have shown worrying health effects.[15] Only one study has been published on the direct effects on humans of eating a GM food.[16] It found unexpected effects on gut bacteria, but was never followed up. It is claimed that Americans have eaten GM foods for years with no ill effects. But these foods are unlabeled in the US and no one has monitored the consequences. With other novel foods like trans fats, it has taken decades to realize that they have caused millions of premature deaths.[17] "We are confronted with the most powerful technology the world has ever known, and it is being rapidly deployed with almost no thought whatsoever to its consequences." — Dr Suzanne Wuerthele, US Environmental Protection Agency (EPA) toxicologist

7. Stealth GMOs in animal feed - without consumers' consent Meat, eggs and dairy products from animals raised on the millions of tons of GM feed imported into Europe do not have to be labelled. Some studies show that contrary to GM and food industry claims, animals raised on GM feed ARE different from those raised on non-GM feed.[18] Other studies show that if GM crops are fed to animals, GM material can appear in the resulting products[19] and that the animals' health can be affected.[20] So eating "stealth GMOs" may affect the health of consumers.

8. GM crops are a long-term economic disaster for farmers A 2009 report showed that GM seed prices in America have increased dramatically, compared to non-GM and organic seeds, cutting average farm incomes for US farmers growing GM crops. The report concluded, "At the present time there is a massive disconnect between the sometimes lofty rhetoric from those championing biotechnology as the proven path toward global food security and what is actually happening on farms in the US that have grown dependent on GM seeds and are now dealing with the consequences."[21]

9. GM and non-GM cannot co-exist
GM contamination of conventional and organic food is increasing. An unapproved GM rice that was grown for only one year in field trials was found to have extensively contaminated the US rice supply and seed stocks.[22] In Canada, the organic oilseed rape industry has been destroyed by contamination from GM rape.[23] In Spain, a study found that GM maize "has caused a drastic reduction in organic cultivations of this grain and is making their coexistence practically impossible".[24] The time has come to choose between a GM-based, or a non-GM-based, world food supply. "If some people are allowed to choose to grow, sell and consume GM foods, soon nobody will be able to choose food, or a biosphere, free of GM. It's a one way choice, like the introduction of rabbits or cane toads to Australia; once it's made, it can’t be reversed." – Roger Levett, specialist in sustainable development[25]

10. We can't trust GM companies
The big biotech firms pushing their GM foods have a terrible history of toxic contamination and public deception.[26] GM is attractive to them because it gives them patents that allow monopoly control over the world's food supply. They have taken to harassing and intimidating farmers for the "crime" of saving patented seed or "stealing" patented genes — even if those genes got into the farmer's fields through accidental contamination by wind or insects.[27] "Farmers are being sued for having GMOs on their property that they did not buy, do not want, will not use and cannot sell." – Tom Wiley, North Dakota farmer[28]

References

1. A Note on Rising Food Prices. Donald Mitchell, World Bank report, 2008.
http://image.guardian.co.uk/sys-files/Environment/documents/2008/07/10/Biofuels.PDF

2. Hope for Africa lies in political reforms. Daniel Howden, The Independent, 8 September 2008, http://www.independent.co.uk:80/opinion/commentators/daniel-howden-hope-for-africa-lies-in-political-reforms-922487.html
3. GM: it's safe, but it's not a saviour. Rob Lyons, Spiked Online, 7 July 2008, http://www.spiked-online.com/index.php?/site/article/5438/
4. The adoption of bioengineered crops. Jorge Fernandez-Cornejo and William D. McBride, US Department of Agriculture Report, May 2002,
http://www.ers.usda.gov/publications/aer810/aer810.pdf

5. Glyphosate-resistant soyabean cultivar yields compared with sister lines. Elmore, R.W. et al., Agronomy Journal, Vol. 93, No. 2, 2001, pp. 408–412
6. Failure to Yield: Evaluating the Performance of Genetically Engineered Crops. Doug Gurian-Sherman, Union of Concerned Scientists, 2009,
http://tiny.cc/eqZST

7. Genetic engineering — a crop of hyperbole. Doug Gurian-Sherman, The San Diego Union Tribune, 18 June 2008, http://www.signonsandiego.com/uniontrib/20080618/news_lz1e18gurian.html
8. Impacts of Genetically Engineered Crops on Pesticide Use: The First Thirteen Years. Charles Benbrook, Ph.D., The Organic Center, November 2009,
http://www.organic-center.org/science.pest.php?action=view&report_id=159

9. Family Farmers Warn of Dangers of Genetically Engineered Crops. Bill Christison, In Motion magazine, 29 July 1998, http://www.inmotionmagazine.com/genet1.html
10. International Assessment of Agricultural Knowledge, Science and Technology for Development: Global Summary for Decision Makers (IAASTD). Beintema, N. et al., 2008,
http://www.agassessment.org/index.cfm?Page=IAASTD%20Reports&ItemID=2713

11. International Assessment of Agricultural Knowledge, Science and Technology for Development: Global Summary for Decision Makers (IAASTD). Beintema, N. et al., 2008,
http://www.agassessment.org/index.cfm?Page=IAASTD%20Reports&ItemID=2713

12. Marker-assisted selection: an approach for precision plant breeding in the twenty-first century. Collard, B.C.Y. and D.J. Mackill, Phil. Trans. R. Soc. B, Vol. 363, 2008, pp. 557-572, 2008

13. Breeding for abiotic stresses for sustainable agriculture. Witcombe J.R. et al., Phil. Trans. R. Soc. B, 2008, Vol. 363, pp. 703-716
14. Gene mapping the friendly face of GM technology. Professor John Snape, Farmers Weekly, 1 March 2002, p. 54

15. Here is a small selection of such papers: Fine structural analysis of pancreatic acinar cell nuclei from mice fed on GM soybean. Malatesta, M. et al., Eur. J. Histochem., Vol. 47, 2003, pp. 385–388; Ultrastructural morphometrical and immunocytochemical analyses of hepatocyte nuclei from mice fed on genetically modified soybean. Malatesta, M. et al., Cell Struct Funct., Vol. 27, 2002, pp. 173-180; Ultrastructural analysis of testes from mice fed on genetically modified soybean. Vecchio L. et al., Eur. J. Histochem., Vol. 48, pp. 448-454, 2004; A long-term study on female mice fed on a genetically modified soybean: effects on liver ageing. Malatesta M. et al., Histochem Cell Biol., Vol. 130, 2008, pp. 967-977; Effects of diets containing genetically modified potatoes expressing Galanthus nivalis lectin on rat small intestine. Ewen S.W. and A. Pusztai, The Lancet, Vol. 354, 1999, pp. 1353–1354; New Analysis of a Rat Feeding Study with a Genetically Modified Maize Reveals Signs
of Hepatorenal Toxicity. Séralini, G.-E. et al., Arch. Environ. Contam. Toxicol., Vol. 52, 2007, pp. 596-602.
16. Assessing the survival of transgenic plant DNA in the human gastrointestinal tract. Netherwood T. et al., Nature Biotechnology, Vol. 22, 2004, pp. 204–209.

17. Trans Fats: The story behind the label. Paula Hartman Cohen, Harvard Public Health Review, 2006, http://www.hsph.harvard.edu/review/rvw_spring06/rvwspr06_transfats.html
18. Report on animals exposed to GM ingredients in animal feed. Professor Jack A. Heinemann, PhD. Prepared for the Commerce Commission of New Zealand, 24 July 2009,
http://bit.ly/4HcJuJ

19. Detection of Transgenic and Endogenous Plant DNA in Digesta and Tissues of Sheep and Pigs Fed Roundup Ready Canola Meal. Sharma, R. et al., J. Agric. Food Chem., Vol. 54, No. 5, 2006, pp. 1699–1709; Assessing the transfer of genetically modified DNA from feed to animal tissues. Mazza, R. et al., Transgenic Res., Vol. 14, No. 5, 2005, pp. 775–784; Detection of genetically modified DNA sequences in milk from the Italian market. Agodi, A., et al., Int. J. Hyg. Environ. Health, Vol. 209, 2006, pp. 81–88

20. Report on animals exposed to GM ingredients in animal feed. Professor Jack A. Heinemann, PhD. Prepared for the Commerce Commission of New Zealand, 24 July 2009, http://bit.ly/4HcJuJ
21. The Magnitude and Impacts of the Biotech and Organic Seed Price Premium. Dr Charles Benbrook, The Organic Center, December 2009,
http://www.organic-center.org/reportfiles/Seeds_Final_11-30-09.pdf

22. Risky business: Economic and regulatory impacts from the unintended release of genetically engineered rice varieties into the rice merchandising system of the US. Blue, Dr E. Neal, report for Greenpeace, 2007,
http://www.greenpeace.org/raw/content/international/press/reports/risky-business.pdf

23. Seeds of doubt: North American farmers’ experience of GM crops. Soil Association, 2002,
http://www.soilassociation.org/seedsofdoubt

24. Coexistence of plants and coexistence of farmers: Is an individual choice possible? Binimelis, R., Journal of Agricultural and Environmental Ethics, Vol. 21, No. 2, April 2008

25. Choice: Less can be more. Roger Levett, Food Ethics magazine, Vol. 3, No. 3, Autumn 2008, p. 11,
http://www.foodethicscouncil.org/node/384

26. See, for example, Marie-Monique Robin’s documentary film, Le Monde Selon Monsanto (The World According to Monsanto), ARTE, 2008; and the website of the NGO, Coalition Against Bayer-Dangers, www.cbgnetwork.org
27. GM company Monsanto has launched many such lawsuits against farmers. A famous example is the case of the Canadian farmer Percy Schmeiser. Just one article on this case is "GM firm sues Canadian farmer", BBC News Online, 6 June 2000,
http://news.bbc.co.uk/2/hi/americas/779265.stm

28. Monsanto "Seed Police" Scrutinize Farmers. Stephen Leahy, InterPress Service, 15 January 2004,
http://www.commondreams.org/headlines05/0115-04.htm

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2005

Grande dia


[Lusa] e RTP
Quercus apela a partidos que hoje falem sobre Quioto. Os ambientalistas da Quercus apelaram hoje aos partidos políticos para que dediquem "pelo menos 30 segundos" da campanha eleitoral ao Protocolo de Quioto sobre alterações climáticas."Esperamos que hoje os líderes possam dedicar pelo menos 30 segundos a falar sobre o maior problema ambiental global deste século e que está no topo da agenda política na Europa", afirmou aos jornalistas o dirigente ecologista Francisco Ferreira, durante uma acção em Lisboa para comemorar a entrada em vigor, hoje, do Protocolo de Quioto.

Francisco Ferreira lamentou a falta de iniciativas das autoridades portuguesas para celebrar a entrada em vigor do protocolo de Quioto, atribuindo essa "falha" ao período de campanha eleitoral."Mas não devemos esquecer que a agenda política e mediática de hoje passa por este momento da celebração de Quioto", sublinhou. A Quercus iniciou hoje pouco depois das 09:30 um périplo de bicicleta e transportes públicos para entregar uma "espécie de certificado" em 52 embaixadas ou consulados existentes em Lisboa dos 141 países que ratificaram o acordo de redução das emissões poluentes."

A Quercus vem por este meio congratular o seu país por ter ratificado o Protocolo de Quioto e estar assim a dar um passo para um mundo melhor. Parabéns pela sua actuação", refere esse "certificado".
Francisco Ferreira lamentou que o périplo não passe pelas embaixadas da Austrália e dos Estados Unidos, países cujos Governos rejeitaram ratificar Quioto.

O ponto de partida da Quercus foi a rua Augusta, junto ao Terreiro do Paço, onde os ambientalistas empunhavam um cartaz em que se lia "Vamos cumprir Quioto para que esta zona não fique submersa"."Prevê-se para Portugal um aumento de 110 centímetros da subida do nível da água do mar até ao fim do século. Muitas zonas como esta [o Terreiro do Paço] podem estar ameaçadas", justificou Francisco Ferreira.Os ambientalistas lamentaram que Portugal já tenha ultrapassado as emissões poluentes a que está obrigado pelo Protocolo de Quioto até 2010-2012."Portugal tem um caminho muito longo a percorrer e são necessárias medidas urgentes, como a revisão do imposto automóvel, medidas dissuasoras do uso do automóvel ou criação de benefícios fiscais para os cidadãos que invistam em equipamentos com energias renováveis", apelou o dirigente ambientalista.

Para Francisco Ferreira, os governos têm de "parar de dar sinais contraditórios" em relação ao cumprimento de Quioto, como "a construção de mais pontes ou de autoestradas".Os ambientalistas estimam que, em 2005, Portugal esteja 50 por cento acima do tecto de emissões poluentes permitidas por Quioto para 2010-2012."Será muito complicado cumprirmos Quioto, mas temos de fazer esse investimento em várias medidas urgentes", insistiu.

Para a Rede Europeia do Clima - federação de associações ambientalistas - , a entrada em vigor de Quioto representa "um primeiro passo de uma nova era na protecção do clima", de acordo com um documento hoje distribuído aos jornalistas pela Quercus. Várias cidades de pelo menos 30 países preparam iniciativas para celebrar a entrada em vigor de Quioto.

A principal cerimónia de celebração está a acontecer na cidade japonesa de Quioto, onde em 1997 foi assinado o acordo, já ratificado por 141 países, 30 dos quais industrializados. Quioto está a receber hoje uma conferência internacional onde se prevê a participação da Prémio Nobel da Paz de 2004, Wangari Maathai, que é também secretária de Estado do Ambiente do Quénia. Vão estar ainda presentes a secretária executiva da Convenção Quadro da ONU sobre Alterações Climáticas, Joke Waller-Hunter, e a ministra japonesa do Ambiente, Yuriko Koike.
Agência LUSA 2005-02-16 11:20:01

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2005

O caminho de Quioto

Por Francisco Ferreira, Quercus
Parece-me que é óbvio que os ambientalistas e os cientistas que"espalham o medo generalizado" (sim, porque não há quaisquer razões paraisso... - estou obviamente a ironizar), considerem mais importantefocalizar o objectivo na redução das emissões do que na adaptação.Porém, isso até não é completamente verdade. Sendo as notícias geradaspredominantemente por países desenvolvidos, é natural que quem maissofre pouco impacto tenha. Veja-se por exemplo sobre consequências eadaptação o que está nesta recente press release dos Estados pequenas-ilhas.
Veja-se como Portugal desenvolveu um programa sobre medidas de adaptaçãodenominado SIAM. Vejam-se as chamadas de atenção que as ONGAs emPortugal têm feito em relação ao facto dos POOC esquecer a subida donível do mar, colocando tal facto explicitamente nos pareceresefectuados - não é este um alerta para medidas práticas?A questão da adaptação recebeu também grande prioridade nas Conferênciasdas Partes onde tenho participado, principalmente na Convenção quedecorreu em 2002 em Nova Delhi; veja-se o texto final da Declaração:(e) Adaptation to the adverse effects of climate change is of highpriority for all countries.Developing countries are particularly vulnerable, especially the leastdeveloped countries and smallisland developing States. Adaptation requires urgent attention andaction on the part of all countries.Effective and result-based measures should be supported for thedevelopment of approaches at all levelson vulnerability and adaptation, as well as capacity-building for theintegration of adaptation concernsinto sustainable development strategies. The measures should includefull implementation of existingcommitments under the Convention and the Marrakesh Accords;(f) Parties should promote informal exchange of information on actionsrelating tomitigation and adaptation to assist Parties to continue to developeffective and appropriate responses toclimate change;O silêncio não tem nada de espantar - é que quem sofre principalmentecom o fenómeno climático em termos de prejuízos de diversa ordem são ospaíses em desenvolvimento e não os países desenvolvidos que conseguirãoter meios para ultrapassar os custos de fenómenos meteorológicosextremos, da subida no nível do mar, entre outros aspectos. Assim, aadaptação envolve um apoio dos países desenvolvidos que está muito aquémdo desejável, só que é sem dúvida uma voz silenciosa pelaproporcionalidade do peso político de tais países. Mais ainda, essespaíses são quem menos tem capacidade de avaliar os impactes nas suasáreas e com prioridade como a pobreza, a guerra, entre outras, aadaptação às alterações climáticas vão obviamente para o fim da agendadeles próprios. É evidente que neste segmento, há excepções mesmo nospaíses desenvolvidos - um dos países que mais se tem debruçado naavaliação e medidas de adaptação é a Suiça - imagine-se porquê.... Ou na região asiática (aqui incluíndo desenvolvidos e em desenvolvimento).
Mas já agora, aproveito para transcrever o que está na página da Quercusdesde há quase dois meses e foi subscrito como documento base por todasas organizações não governamentais de ambiente europeias presentes emBuenos Aires sobre os caminhos a seguir em termos políticos no querespeita às alterações climáticas, e em que a adaptação tem o mesmo pesoque a redução de emissões:Três caminhos de acção: o caminho de Quioto, o caminho dadescarbonização e o caminho da adaptação; tendência deverá ser a daigualdade das emissões per capitaA Quercus / Rede de Acção Climática Europeia argumentam a favor de umabordagem múltipla, operando numa mesma ou similar escala temporal,dividida em três caminhos: o caminho de Quioto, o caminho “verde” ou dadescarbonização, e o caminho da adaptação.O caminho de Quioto assenta na Convenção das Nações Unidas para asAlterações Climáticas e no Protocolo de Quioto, com o seu sistema legalde reduções absolutas das emissões e regime de cumprimento. Estecaminho, que contém obrigações legais relativas à troca de direitos deemissões contém os fundamentos de um sistema que conduz a um rápidodesenvolvimento tecnológico e sua disseminação, fornecendo a basetecnológica para soluções vencedor-vencedor para os objectivos do climae do desenvolvimento sustentável.O caminho “verde” (descarbonização) pode conduzir a uma rápidaintrodução de tecnologias limpas que podem reduzir as emissões e atingiros objectivos de desenvolvimento sustentável dos países emdesenvolvimento. Os países industrializados deverão proporcionarrecursos e tecnologia para este caminho, mas devem fazê-lo em parceriacom os países em desenvolvimento, não condicionando outras políticasnuma lógica de “pau e cenoura” como se tem verificado em muitas outrasáreas.O caminho da adaptação fornece recursos às regiões mais vulneráveis(Estados pequenas-ilhas, países em desenvolvimento) para lidarem com asinevitáveis alterações do clima. Os países em desenvolvimento terão deconcentrar a sua atenção nos próximos anos na adaptação, dado que são osmais vulneráveis aos impactes das alterações climáticas e a suacontribuição em termos de emissões é pequena tendo em conta a suapopulação e as suas necessidades de desenvolvimento. Os países querecebam apoio no quadro deste caminho da adaptação devem prosseguir nalinha do caminho “verde” (da descarbonização).O nível e o carácter das acções de mitigação neste quadro serádeterminado pela referência a um nível de emissões per capita acordado,a capacidade para actuar (incluindo medidas tais como o salário percapita), e a responsabilidade histórica. Neste contexto, os paísesindustrializados têm a obrigação de agir primeiro para reduzir as suasemissões em termos absolutos. Os objectivos de redução de emissões noquadro do caminho de Quioto devem ser determinados tendo em conta, demodo muito preponderante, uma convergência mundial dos valores dasemissões per capita ao longo do século XXI. Outro critério de justiça,como a responsabilidade histórica, deverá também ser ponderado nodeterminar do tempo, nível e carácter das acções de redução das emissõesexigidas aos diferentes países. Uma combinação de factores tais como asemissões per capita, a capacidade ou flexibilidade para agir e aresponsabilidade histórica deverão ser usadas para determinar quando ecomo os países devem passar do caminho “verde” ou da descarbonizaçãopara o caminho de Quioto.

Sites recomendados

IGS- O instituto para as estratégias ambientais globais (IGES), estabelecido por uma iniciativa do governo japonês em 1998, é um instituto de pesquisa que conduza pesquisa estratégica pragmatic e inovativa da política para suportar o desenvolvimento sustainable na região Ásia-Pacífica da região-um que experimenta o crescimento rápido da população e que expande a atividade econômica. A missão de IGES é promover a transformação da 20a sociedade do século, caracterizada pelo consumo da produção maciça e da massa, a uma estrutura societal nova fundada no sustainability. Nós devemos re-examine nossos sistemas do valor e atividades socio-economic; mude é essencial. IGES aponta propôr várias medidas para os sistemas sociais e econômicos melhorados e realísticos, que dão forma a um paradigm novo para o futuro. A pesquisa estratégica da política para o realisation do desenvolvimento sustainable é uma tarefa formidable na região Ásia-Pacífica, que tem tais topography e culturas diversos, e na variação grande no nível do desenvolvimento econômico. IGES collaborates com uma escala larga das partes interessadas, tais como governos nacionais, de organizações non-governmental, negócios e grupos dos cidadãos, para realizar esta pesquisa de uma natureza tão challenging, apontando assegurar-se de que os resultados estejam refletidos no processo policy-making. Em IGES, nós acreditamos que desenvolver e apresentar estratégias eficazes para a região Ásia-Pacífica jogarão um papel principal na pesquisa ambiental global no século XXI, e contribuímo-lo ao realisation da sociedade sustainable no mundo.

Termómetro de Ratificação de Quioto

terça-feira, 15 de fevereiro de 2005

OGM à solta- Informações sobre a hormona bovina geneticamente manipulada (rBGH)


Ajude os agricultores franceses na luta contra os OGM na alimentação dos animais pecuários, principalmente os produtores de leite. Saiba como agir e ajudar a equipa francesa, secção da Greenpeace designada DétectivesOGM

Em Janeiro, o Centro para Assuntos Globais Relacionados com Comida, fundadopelo Instituto Hudson (fundado, entre outros, pela Monsanto, Novartis Crop Protection, Zeneca, Du Pont, Dow Elanco, ConAgra, Cargill, AgrEvo, Dow Agro Sciences e Procter & Gamble) lançou uma campanha agressiva sob o lema "Leite é Leite" com o objectivo de garantir aos consumidores que não há diferenças entre o leite natural e o que vem de vacas injectadas com as hormonas geneticamente manipuladas de crescimento bovino da Monsanto (recombinant Bovine Growth Hormone - rBGH). No dia 3 de Fevereiro, a Coligação para a Prevenção do Cancro e a Associação de Consumidores Orgânicos (ambas dos EUA) editaram uma declaração onde afirmavam que, pelo contrário, 'há uma grande variedade de informação sobreos efeitos veterinários tóxicos da rBGH, sobre as grandes diferenças entre oleite dessas vacas e o natural e sobre os riscos cancerígenos do leite rBGH. Sintomaticamente, o Instituto Hudson utiliza o termo rBST (recombinantBovine Somatotropin), evitando qualquer referência à palavra "hormona".''As vacas hiper-estimuladas por injecções repetidas de rBGH ficam seriamente stressadas. Tais provas, descritas com detalhe nos ficheiros que a Monsanto submeteu à Food and Drug Administration (FDA), em 1987, foram anonimamente fornecidas a um de nós (Epstein), em Novembro i de 1989. Estes ficheiros revelavam lesões patológicas generalizadas, infertilidade, mastite crónica, tratados com antibióticos ilegais. Com base nesta informação, o House Commitee on Government Operations acusou a "Monsanto e a FDA de escolherem suprimir e manipular informações sobre testes de saúde em animais, num esforço para aprovar a utilização comercial" do rBGH. Esta acusação é consistente com o relatório de 1986 do Comité "Segurança Alimentar Humana e a Regulação das Drogas em Animais". Aí, concluía-se que "a FDA tinha constantemente descurado a sua responsabilidade - colocou, repetidamente, oque considera serem os interesses dos veterinários e da indústria à frente da sua obrigação legal de proteger os consumidores - pondo em risco a saúde e a segurança dos consumidores de carne, leite e ovos. 

"'Em 1994, quando a FDA aprovou o uso da rBGH, sob o nome comercial da Monsanto de Posilac, a etiqueta, vista apenas por agro-pecuários, admitia que "a utilização está associada com o uso cada vez mais frequente de medicação em vacas por causa de mastites" e cerca de outros 80 efeitos tóxicos. (...)'Também contra o que diz o Instituto Hudson, o leite rBGH difere qualitativa e quantitativamente do natural. Os níveis de gordura, particularmente deácidos gordos associados a doenças cardíacas, aumentam, tal como os níveis de uma enzima da hormona da tiróide. Para além disso, a alta incidência de mastite crónica nas vacas injectadas com a rBGH resultam na contaminação do seu leite com antibióticos usados para tratar a infecção, com riscos de reacções alérgicas e resistência a antibióticos generalizada. Menos estudado está a contaminação do leite rBGH com a própria hormona e a prova imunológica da absorção da hormona pelos intestinos. Pior, o leite rBGH está contaminado com altos níveis de Factor de Crescimento semelhante à insulina (IGF-1), que regula o crescimento das células, a divisão e a multiplicação ao longo da vida, particularmente em crianças pequenas; Eli Lilly, na sua candidatura para o registo do rBGH, admitia que os níveis de IGF-1 no sangue de vacas injectadas crescem até 10vezes. O IGF-1 é resistente à pasteurização e à digestão, e é prontamente absorvido a partir do intestino. Os dados da própria Monsanto revelavam quedar IGF-1 a ratos adultos durante apenas duas semanas aumentava significativamente o peso do corpo e do fígado. Pior ainda, os níveis altos de IGF-1 no sangue têm sido apontados como uma grande causa de cancro. O IGF-1 induz a um aumento descontrolado das células de seios humanos em culturas de tecidos, e é incriminado pela sua transformação em células cancerígenas. Cerca de 30 publicações, desde 1985relataram associações fortes entre altos níveis de IGF-1 no sangue e o risco de contrair cancro da mama pré-menopausa. É o maior factor de risco conhecido a seguir ao factor hereditário. Estudos mais recentes também demonstraram fortes associações entre níveis altos de IGF-1 e o cancro na próstata. Igualmente preocupantes são as provas de que níveis altos de IGF-1 inibem o corpo na sua normal capacidade para se proteger a si próprio de cancros microscópicos pelo processo natural de destruição celular programada, conhecido por apoptose (no original, em inglês, "apoptosis"). Isto promove o crescimento e a capacidade de invasão de tumores, para além de diminuir a resposta à quimioterapia.No topo destas provas, um relatório da Comissão Europeia de 1999, feito por especialistas reconhecidos internacionalmente, concluía: 'Evitar lacticínios rBGH em prol de produtos naturais parece ser a intervenção dietética mais prática e imediata para (atingir) o objectivo da prevenção do cancro'. O direito a saber informações sobre causas evitáveis de cancro, um direito aparentemente básico, é continuamente negado pelo agro-negócio e a FDA.

Mais pedidos de ajudas

Campanha para impedir a introdução das sementes exterminadoras (Terminator)

Um documento vazado durante as negociações da reunião da Convenção daBiodiversidade que está sendo realizada na Tailândia revelou que o governo do Canadá pretende acabar com a proibição internacional do uso de sementes exterminadoras. A semente colhida de uma planta exterminadora é estéril, não nasce. Estas sementes foram criadas para as indústrias de biotecnologia imporem suas patentes e impedirem que o agricultor produza sua semente, obrigando-o a comprar sementes todos os anos.

Clique AQUI para reforçar essa campanha em proteção da agrobiodiversidade e em defesa do direito de os agricultores produzirem e selecionarem suas próprias sementes.

SITES RECOMENDADOS:

ETC - O conselho ambiental da tecnologia (etc.) é associação comercial das firmas ambientais comerciais que recycle, trata e dispõe de desperdícios industriais e perigosos; e firmas envolvidas no cleanup de locais contaminados. Fundado em 1982, o conselho foi um líder em promover os padrões ambientais fortes baseados na ciência sadia para assegurar a gerência apropriada do desperdício perigoso. Etc. lutou por seus objetivos com o advocacy legislativo e o processo adminstrativo público, particularmente na agência de proteção ambiental, e nas cortes. A gerência apropriada do desperdício perigoso é crítica em nossa sociedade industrial. O processo de manufacturing apenas de aproximadamente cada produto, das esferas de tênis aos computadores, produz os desperdícios perigosos que devem ser tratados corretamente e disposto com segurança para assegurar essa saúde pública e o ambiente são protegidos. Etc. procura aumentar a consciência sobre o papel que integral a indústria perigosa da gerência waste joga na estrutura económica de América.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2005

Crescimento - Desenvolvimento - Sustentabilidade


Acho curioso como os politólogos falam em sustentabilidade da Segurança Social e não em Desenvolvimento Sustentável da mesma???!!
E depois de ler esta notícia também os economistas/senhores empresários têm que pensar melhor nos desenvolvimentos económicos que andam teimosamente a picaretar, pois esses sim, são INSUSTENTÁVEIS.
Continuo com o debate.


As privatizações contribuíram para agravar o défice orçamental e não impediram o rápido crescimento da dívida pública

RESUMO DESTE ESTUDO

De acordo com dados constantes do estudo “Sector Empresarial do Estado: evolução no período 1996-2001” da Secretaria de Estado do Tesouro do Ministério das Finanças; com dados da auditoria aos “Dividendos e Remunerações de Capitais do SEE” realizada pelo Tribunal de Contas, e com base também em dados do INE, do Banco de Portugal e da Direcção Geral de Orçamento conclui-se:

1. Entre 1989 e 1995, ou seja, com os governos do PSD tiveram lugar as privatizações do sector bancário e segurador tendo sido arrecadado receitas no valor de 6.827,3 milhões de euros. Entre 1996 e 2001, com os governos do PS, as receitas arrecadas com a privatizações somaram 15.919,8 milhões de euros o que, como confessa o próprio ex-ministro das Finanças do PS, Oliveira Martins, «é revelador não só da decisão política de intensificação das operações de privatização como uma das principais transformações estruturais da economia portuguesa», pois permitiu a reconstituição de antigos grupos económicos ou a criação de novos grupos económicos.

2. De acordo com a auditoria realizada pelo Tribunal de Contas, entre 1993 e 2003, as receitas arrecadadas pelo Orçamento do Estado resultantes de dividendos e participações nos lucros de empresas do Estado somaram 4.653,1 milhões de euros (930,6 milhões de contos).

3. No entanto, os lucros das empresas públicas foram muito superiores àqueles valores. Segundo o mesmo relatório do Tribunal de Contas, os lucros antes dos impostos de apenas 11 empresas públicas e só em 4 anos (1999­‑2002) somaram 9.176,7 milhões de euros (1.835 milhões de contos), sendo os lucros líquidos, ou seja, depois de pagar os impostos ao Estado, de 7.057,1 milhões de euros (1.411 milhões de contos). Com a privatização de muitas destas empresas, o Orçamento do Estado perdeu uma importante fonte de receitas, e aqueles lucros líquidos e, muitas vezes, até uma parte dos impostos passaram a ser arrecadados pelos grupos económicos que ficaram com essas empresas.

4. Apesar das privatizações maciças das empresas públicas que tiveram lugar no período analisado (1989-2004), e apesar de um dos argumentos utilizados pelos sucessivos governos para justificar essas privatizações tenha sido que dessa forma se obteriam importantes receitas com as quais se amortizaria a Dívida Pública, reduzindo assim os pesados encargos suportados pelo Estado devido a essa dívida, o certo é que a Dívida Pública nunca parou de aumentar de uma forma rápida.

5. Assim, de acordo com dados do INE, do Banco de Portugal e da DGO, em 3 anos de governo Cavaco Silva (92-95) a Dívida Pública aumentou 46,2%, ou seja, em média 5.548 milhões de euros por ano (1.109,6 milhões de contos/ano); em 6 anos de governos PS de Guterres (1995/2001) cresceu 37,5%, ou seja, em média 3.294 milhões de euros por ano (658,8 milhões de contos/ano); e, finalmente, em 3 anos de governos PSD/PP (2001-2004) a Dívida Pública cresceu 14,7%, ou seja, em média 3.557 milhões de euros por ano (711,4 milhões de contos/ano)

6. Em resumo, entre 1992 e 2004, a Dívida Publica passou de 36.043 milhões de euros para 83.122 milhões de euros, ou seja, em 12 anos aumentou 130,6%, isto é, 47.079 milhões de euros (9.415,8 milhões de contos), o que dá um aumento médio anual de 3.923 milhões de euros (784,6 milhões de contos ano). Face a estes números oficiais é-se obrigado a concluir que o Estado perdeu um importante instrumento de obtenção de receitas e de política económica, que eram as empresas nacionalizadas, muitas delas estratégicas, e não resolveu o problema do rápido crescimento da Dívida Pública.

domingo, 13 de fevereiro de 2005

Sustentabilidade ou Desenvolvimento Sustentável?

O desenvolvimento sustentável começa a ser contestado e há autores com posições muito críticas e entendem que no estrago geral que o Homem está a fazer na Biosfera deve primeiro pensar na Sustentabilidade e depois em desenvolvimento. Para abrir o debate junto anexo um texto de Francisco Milanez professor, ecologista, biólogo e arquitecto.
Membro do Consórcio Internacional de Publicações Académicas Alternativas (ICAAP) INTER-FORUM
Abordagens feitas no artigo: O Início da Questão; O que aconteceu depois da Estocolmo 72 ;A visão tradicional de Desenvolvimento; O Modelo de Desenvolvimento em Pauta ; Mentiras que Atraem; Desenvolvimento Sustentado e Sustentabilidade; Sustentabilidade e Planeamento do Desenvolvimento
O Desenvolvimento Ecologicamente Sustentado ; A Co-dependência da Vida
A Educação como Base para a Participação

A parte mais interessante é esta que eu transcrevo:

A Codependência da Vida
Muitos são os conceitos novos que estão envolvidos nessa nova proposta. Dentre eles está o da interdependência da vida, ou seja que todos os seres vivos são interdependentes e por isto precisamos cuidar dos ecossistemas porque são nossa própria vida. Não há possibilidade de saúde se não houver a saúde ambiental, que é igualmente necessária para todos os seres, já que eles evoluíram sob as mesmas condições ambientais. Estamos atávica e irremediavelmente ligados uns aos outros. Isto é um conceito revolucionário que a cada dia comprovamos mais. A saúde, a meu ver, torna-se uma coisa única. Não faz diferença de que parte do corpo falamos, se ela está doente o corpo inteiro está. Isto nos traz um novo tipo de postura que coincide com a sabedoria de muitas visões religiosas de diferentes culturas, épocas e locais. A visão de que existe um ser que está em todas as coisas e que dá unidade a elas e que gera a necessidade de respeitar ao meio como a si mesmo é a noção que tento introduzir, de saúde interdependente. Não há como ser saudável (equilibrado) comendo seres vivos que não são saudáveis (equilibrados). Sim, porque a saúde, a energia vital, o equilíbrio circulam em todas as cadeias alimentares do Planeta e todos nós recebemos e cedemos nossas vidas para alimentar alguém neste maravilhoso e complexo ciclo da vida. A mesma atmosfera que serviu de suporte ao crescimento das plantas que comemos serviu de suporte para o nosso desenvolvimento por milhares de anos. Temos portanto as mesmas necessidades que elas e o mesmo ocorre em relação a água, ao solo. Os mesmos impactos ambientais que afetam nossa saúde afetam a vida como um todo no Planeta embora de forma diferente. Temos portanto uma irremediável codependência.


Espero que se abra um debate entre os bloguistas! Pois já tenho recebido muitas opiniões por mail, como podem verificar em postagens anteriores.

sábado, 12 de fevereiro de 2005

Beth Orton - So Much More


Another cold London night
I wrap this head around my shoulders, tight
Please excuse me, seems there's someone at my door
I wouldn't leave, but the need is so much more
So much more

Another cold London night
And I'm always walking down the escalator the up way
Please excuse me, I can't seem to get inside
I only wanted to know if you're alive
You're alive... you're alive... you're alive

I got a feeling in me
There's a feeling in me
And I don't know what it is
Don't know what it means

It's a long journey into light
It always seems the furtherest when the end's in sight
Please excuse me, I just need to be outside
Only looking for air to breathe
Air to breathe

I feel alive
(I feel so alive, it's cold tonight
I don't know how to live)

Air to breathe


sexta-feira, 11 de fevereiro de 2005

Dia Mundial do Doente


O Dia Mundial do Doente é celebrado anualmente a 11 de Fevereiro.
A data foi instituída a 11 de fevereiro de 1992, pelo Papa João Paulo II. Na carta de instituição do Dia Mundial do Doente, o Papa João Paulo II lembrou que a data representa “um momento forte de oração, de partilha, de oferta do sofrimento pelo bem da Igreja e de apelo dirigido a todos para reconhecerem na face do irmão enfermo a Santa Face de Cristo que, sofrendo, morrendo e ressuscitando, operou a salvação da humanidade”.
A efeméride, em memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes (França), é celebrada todos os anos pela Igreja Católica.

Dia Mundial do Doente em Portugal

O Dia Mundial do Doente é celebrado em Portugal através da celebração de missas e de ações que visam sensibilizar a sociedade civil para a necessidade de apoiar e ajudar todas as pessoas doentes.

Dia Mundial do Doente em Fátima
No dia 11 de Fevereiro o Santuário de Fátima organiza a oração do rosário, na Capelinha das Aparições. Esta cerimónia é aberta à participação de todos.
Sendo um importante dia para a Igreja Católica, o dia mundial do doente é consagrado à reflexão e à oração.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2005

Sem horizontalidade, podemos falar em política ambiental?

JOSÉ MANUEL ALHO – A Política Pública da Conservação da Natureza e da Biodiversidade tem sido assumida, em termos de Administração, como uma área de intervenção da responsabilidade do Instituto da Conservação da Natureza. Este é, sem dúvida, o problema fundamental da Conservação da Natureza e da Biodiversidade em Portugal: a negação da necessária horizontalidade da intervenção interdepartamental da Administração e dos outros actores e o localizar das competências e responsabilidades numa estrutura incapaz de dar respostas eficientes por falta de condições técnicas, financeiras e políticas. (dirigente do LPN, numa entrevista dada em 2003 no jornal Dia )

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2005

Transversalidade - uma prioridade!


Nestas legislativas e pelo que vi nos programas dos principais partidos não falam em transversalidade. Que pena...é mais do mesmo e a situação ambiental e sustentabilidade adiadas. 

Leonardo Boff (teólogo da Libertação, escritor, professor e conferencista, doutor em Teologia e Filosofia pela Universidade de Munique, professor de Teologia e Espiritualidade em vários centros de estudo e universidades no Brasil e no exterior. Autor de mais de 60 livros nas áreas de Teologia, Espiritualidade, Filosofia, Antropologia e Mística) diz o seguinte e eu concordo: "desenvolvimento sustentável não é uma panacéia, mas um placebo. Persistir em aplicá-lo, é enganar o paciente, talvez, matá-lo. É o que tememos com a biosfera. Entender tal equívoco é entender o por quê do impasse na Cúpula da Terra no Rio-92 e agora em Joanesburgo-2002. A categoria mestra é sustentabilidade e não desenvolvimento. Precisamos a Terra, a sociedade e a vida humana sustentáveis. Em seguida o desenvolvimento. É o que os senhores do desenvolvimento (in)sustentável não entendem. O Titanic está vazando água por todos os lados. Não temos tempo a perder. Importa despertar senão pode ser tarde demais. Isso não é ser apocalíptico, mas simplesmente realista."

O nosso país, tem ainda em potência, património ambiental para sermos criativos e encetarmos uma tarefa nesse objectivo: SUSTENTABILIDADE e isso só se consegue na TRANSVERSALIDADE de políticas: saúde ambiental; urbanismo ecoconstruído, ecosolidariedade, fiscalidade ecológica, empresas ecológicamente competitivas, educação ambiental, ecotecnologias, etc.
Fica o apelo.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2005

ARCA - Associação de Repórteres de Ciência e Ambiente

Uma iniciativa que há muito era por mim desejada!! Muitos anos de vida à ARCA.

Jornalistas portugueses de ciência e ambiente criam associação
A preocupação de formar melhor os jornalistas portugueses que tratam deassuntos ligados à ciência e ao ambiente levou à constituição de umaassociação, apresentada hoje em Lisboa, que pretende seguir alguns exemploseuropeus.Criada por um grupo de jornalistas de vários órgãos de comunicação social, a ARCA - Associação de Repórteres de Ciência e Ambiente recebeu já o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, do British Council, da embaixada dos EUA e da Fundação Luso-Americana, que se mostraram disponíveis para ajudar em programasou acções de formação.O jornalista do PÚBLICO Ricardo Garcia, da direcção da ARCA, afirmou que emPortugal existem muito poucas acções de formação para jornalistas de ciência eambiente, ao contrário do que acontece noutros países europeus. Ao todo,trabalham em Portugal nestas duas áreas 30 jornalistas, de acordo com a ARCA.Um diagnóstico reforçado pela intervenção do presidente da União Europeia deAssociações de Jornalistas de Ciência, Istvan Palygai, que apontou o exemplo da Escandinávia, onde este tipo de formação é paga pelo Governo.Palygai chamou ainda a atenção para a dificuldade do trabalho dos jornalistas de ciência nalguns países da Europa comparativamente com os EUA, onde existe maior noção da importância da comunicação científica."A ciência é tão importante para a imprensa generalista como o desporto, oentretenimento ou as artes", disse, exortando os jornalistas presentes naconferência a adoptar novos métodos, estilo, truques, que os faça sair "dogueto".Ricardo Garcia estimou, no entanto, que a cobertura das notícias de ciência eambiente em Portugal tem melhorado, apesar das dificuldades que por vezes têmos jornalistas em "conseguir comunicar com o público", com os cientistas etambém com os editores, que têm de ser "convencidos da importância dos temas"."Esse será também um dos objectivos da ARCA: tentar fazer com que a ciência e oambiente ganhem mais espaço nos jornais e conseguir comunicar melhor com opúblico", acrescentou. Formar melhor os jornalistas ajudará a "passar melhor amensagem", o que ajudará à divulgação científica, frisou.Para justificar a junção das duas áreas na mesma associação, Ricardo Garcia deu os exemplos da co-incineração, das alterações climáticas ou até mesmo da seca,temas à partida de ambiente, mas que exigem aos jornalistas que compreendam "a ciência que está por detrás". Para isso é necessário contactar osespecialistas, interpretar a ciência e tentar passá-la para o público em geral.Também presente na apresentação, o investigador Carlos Fiolhais fez um apanhado da cobertura noticiosa do tsunami que devastou o sudeste asiático, apresentando um balanço positivo das notícias produzidas desde 26 de Dezembro, que serviram nomeadamente para alertar para algumas falhas na prevenção e aumentar os conhecimentos científicos do público sobre o tema. Ainda assim, o professor de Física da Universidade de Coimbra apontou aspectos negativos como osensacionalismo e a falta de exactidão.