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domingo, 30 de setembro de 2007

Para quando uma Revolução Ecológica no nosso País?

Eu quero um referendo sobre o próximo Tratado da Europa.


Texto e blogue recomendados:
Pode um Tratado ser Constituição?
Respublica Europeia

Entretanto leio que a França prepara-se para redefinir política ecológica do país, após um bom puxão de orelhas bem grande de Bruxelas sobre o péssimo estado dos seus rios : com mais bairros e urbanizações ecológicas, medidas de conservação de energia, redução de emissão de nitratos nas águas fluviais, uma moratória aos transgénicos e mais apoio à agricultura biológica.

Aliás sobre OGM e competitividade e contrariando uma falácia muito comum, estudos científicos mostram que a agricultura biológica daria para alimentar todo o planeta e tem mais benefícios que a agricultura convencional (ler aqui em inglês - está a ser feito um esforço em traduzir o artigo e publicá-lo no Bioterra), imposta pelo agro-negócio das multinacionais, ao arrepio da contestação de cientistas e milhões de europeus, apoiando as VANTAGENS da AGRICULTURA BIOLÓGICA e constantemente alertando para a instabilidade dos genes introduzidos, para a toxicidade dos mesmos e para a desertificação dos solos.

E em Portugal?
No Porto está a ser instalada a maior Árvore de Natal- artificial- da Europa, com enormes gastos de energia (ao passo que, leio no Público de sexta-feira, o Reino Unido prepara-se para substituir as lâmpadas incandescentes)...quando uma aposta política séria no uso racional de energia e da água seria mais lucrativa e mais ecológica que o Alqueva. E ainda querem construir uma barragem no Rio Sabor???

Será mesmo? Mas há mais confusões...E que dizer dos empreendimentos quintas como este em Almada? E dos empreendimentos jardins, como os que temos em Gaia? Modernos???...E os custos ambientais?....Quando seguramente Jardins (os verdadeiros jardins) e Quintas (as verdadeiras quintas) remetem-nos para espaços verdes nas cidades, árvores, borboletas, etc... e vida ao ar livre...

Se os políticos não avançam com medidas concretas, entretanto persiste no comum Portugês (os menos atentos) certos hábitos pouco ecológicos e de solidariedade para com os seus concidadãos, querendo segundas ou terceiras habitações pelo País fora (os poucos que podem) com impactos negativos no ambiente (casas em terrenos RAN, REN), estranhando mas ao mesmo tempo entranhando os planos Sinzentos do arquiteto do regime, Siza Vieira e companhia que, em catadupa, estão a vestir de negro e betão as nossas cidades (e ouço dislates no Metro como uau isto sim vai atrair turistas...pois eu acho que ironicamente veste bem o país faducho e futeboleiro- afinal a maioria dos portugueses preferem cortar nas despesas de um bom livro sobre Ecologia ou passar fome, mas o jornalinho da Bola, vai consigo no Metro e na parte da frente do automóvel...ah e com telemóvel de última geração ao ouvido e a conduzir ao volante....Povo tão Moderno...) e a persistirem em comprar empreendimentos de condomínio fechado ou privado com nomes subtis e a parodiar a Natureza como Flamingos do Tejo, novos e sem atender a nenhum critério ecoconstrutivo, salvo as regras de construção sísmica.
Com tanta ganância, com tanta impunidade, com tanto sacudir o capote para a 
Natureza, sempre que há uma chuva mais forte, quando os autarcas e vereadores e empresas municipais não funcionam entre si articulando medidas de prevenção dos riscos naturais (pelo contrário betonando os rios e ribeiras das suas cidades, substituindo Zonas Verdes por mais prédios e não cumprir regras básicas de limpeza dos saneamentos, recolha de RSU mais frequente, etc etc etc...). Alguma vez paraste para ver a tua cidade? Olha que felizmente a Second Life ainda não é para muitos.....
E o negócio do imobiliário será mesmo um mercado competitivo e progressista? Vejam aqui, um dossier muito bom , em inglês, sobre os efeitos nefastos do fenómeno Housing Bubble/Bolha Imobiliária...e retirem as conclusões.

Cidades ecológicas? Há sim, na América Latina, Bogotá, Curitiba e Porto Alegre!!!
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