Seis lobos uivam,
Seus ecos perdidos,
Entre as montanhas e o vento cruel.
Caçadores de lua,
Olhos faiscando como brasas,
Correndo pela vida,
Liberdade desenhada nas patas.
Mas o aço feito por 3 homens cortou o silêncio,
Como trovão no céu sem estrelas,
Chacina sem piedade,
Manchando a terra que outrora os nutria.
Seis corpos sem voz,
E o Gerês em luto,
Folhas murmuram canções tristes,
Rios choram a sua perda.
Quem escutará o lamento da montanha?
Quem lembrará o uivo perdido?
Seis lobos, caídos,
Agora parte da terra,
Elegia que o tempo jamais esquecerá.
João Soares, 8.8.2024
A propósito da cruel matança de 6 lobos ibéricos no PNPG [Fonte]

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