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quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Habitats costeiros serão devastados se emissões poluentes não forem reduzidas



Há cerca de 17 mil anos, durante aquela que é considerada a última Idade do Gelo, era possível viajar a pé da Alemanha para Inglaterra e da Rússia até ao continente americano. Nesses tempos remotos, o nível do mar estava, em média, 120 metros abaixo do atual.

Contudo, com o fim dessa era gelada, os oceanos do planeta subiram rapidamente, quase um metro a cada 100 anos, uma tendência que tem vindo a ser intensificada pelas emissões de gases com efeito de estufa lançadas na atmosfera pelas atividades humanas, e que estão a provocar o degelo nos polos e noutras regiões.

Num artigo publicado esta quarta-feira na revista ‘Nature’, uma equipa internacional de cientistas, liderada pela Universidade de Macquarie, na Austrália, alerta que se as sociedades humanas não conseguirem manter o aquecimento da Terra entre os 1,5 e os 2 graus Celsius, relativamente aos níveis pré-industriais (1850-1900), a rápida subida do nível dos mares engolirá os habitats costeiros.

Recifes de coral, manguezais e sapais são alguns exemplos das zonas que poderão ser perdidas para o avanço das águas marinhas e os cientistas dizem que é preciso fazer mais para protegê-las, uma vez que são importantes sumidouros de carbono, refúgios para juvenis de várias espécies de animais, para a subsistência de comunidades humanas e para proteger a costa da erosão provocadas pelo mar e de tempestades, cada vez mais frequentes por causa das alterações climáticas. Nas Ilhas Salomão, no sul do Oceano Pacífico, a subida do nível do mar causou a morte de grande porção das florestas de manguezais, expondo a costa à erosão e à força devastadora de tempestades cada vez mais intensas e frequentes.

Tendo como referência milhares de anos de história da Terra, Neil Saintilan, primeiro autor do artigo, acredita que “estes habitats costeiros podem provavelmente adaptar-se, até certo ponto, ao aumento do nível dos mares”. No entanto, avisa que se os limites do aquecimento global forem excedidos, esses habitats “atingirão um ponto de viragem”.

Em comunicado, o investigador salienta que sem a redução das emissões de gases com efeito de estufa, a subida do nível dos mares “excederá a capacidade dos habitats costeiros para se adaptarem”, o que, segundo ele, resultará em “instabilidade e alterações profundas” desses ecossistemas.

Ainda que, por exemplo, os manguezais, espécies vegetais halófitas, tenham evoluído para singrar em ambientes que seriam inóspitos para outras espécies vegetais, existindo numa zona em que água doce e água salgada se fundem, essa capacidade de adaptação tem os seus limites.

Se, com a subida do mar, os manguezais ficarem permanentemente mergulhados em água salgada, acabam por morrer. “Este tipo de morte pode ser devastador para muitas florestas naturais de manguezal na Ásia”, explica Saintilan, em que o desenvolvimento urbanístico na costa impede que essas florestas recuem para zonas mais favoráveis ao seu desenvolvimento e sobrevivência.

E a ameaça também se estende aos recifes de coral, sobretudo àqueles que circundam ilhas de reduzida elevação. Chris Perry, da Universidade de Exeter (Reino Unido) e outro dos autores do artigo, aponta que esses recifes atuam como uma espécie de barreira, que protege a costa da erosão causada pelas ondas e impede que o mar ‘engula’ a ilha, e toda a vida que ela contém.

No entanto, se o nível do mar for suficiente para que as águas passem acima dos recifes, não haverá nada que proteja os habitats e ecossistemas insulares de desaparecem sob as ondas, e esse cenário pode tornar-se realidade se o aquecimento global for além dos 2 graus Celsius, o limite máximo definido no Acordo de Paris de 2015, e que alguns cientistas consideram que não será cumprido dada a ainda forte dependência que as sociedades humanas têm dos combustíveis fósseis.

“No curto-prazo, os ecossistemas costeiros podem ser vitais para ajudarem os humanos a mitigar as alterações climáticas, absorvendo dióxido de carbono da atmosfera e oferecendo proteção contra tempestades oceânicas”, diz Simon Albert, da Universidade de Queensland e que também assina o trabalho.

Mas para que esses serviços continuem a existir e possamos continuar a beneficiar deles temos também de ajudar os habitats costeiros, e isso passa por queimar menos combustíveis fósseis, transitar para modelos de produção e consumo de energia limpa e renovável e adotar soluções baseadas na Natureza que permitam combater os piores efeitos das alterações climáticas.

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Rare Super Blue Moon


Get ready for the rare Super Blue Moon on August 30, 2023, illuminating the sky with its remarkable brilliance.

A dazzling celestial event is set to grace the skies on August 30, 2023 – the Super Blue Moon, an extraordinary occurrence that promises to be the grandest and brightest Moon display of the year.

According to moon.nasa.gov, this phenomenon is an infrequent spectacle, offering a once-in-a-lifetime visual feast until its reappearance in 2037. The subsequent instances of the Super Blue Moon will emerge as a pair in January and March 2037.

Exploring the Supermoon Marvel: Shedding Light on the Phenomenon
The Supermoon is a remarkable phenomenon born from the intricate celestial dance between our Earth and its lunar companion.

As the moon orbits our planet in an elliptical trajectory, it crosses its nearest point to us, a location aptly termed 'Perigee'. The convergence of a full moon with this proximity results in what we call a Supermoon.

Untangling the Mystery of the Blue Moon
A 'Blue Moon' occurs when a full moon graces our skies twice within the span of a month.

This enigmatic phenomenon is witnessed every two to three years when a full moon emerges at the start of the month, only to be followed by another at the month's conclusion.

In essence, when two full moons grace our calendar within a single month, the celestial event earns the moniker of a Blue Moon.

This occurrence can be further classified into two categories: monthly and seasonal. The upcoming Blue Moon on August 31, 2023, falls under the monthly variety.

Decoding the Super Blue Moon: Realities and Misconceptions
The convergence of a full moon's double appearance within a single month, combined with its proximity to Earth's closest point (Perigee), births the awe-inspiring Super Blue Moon.

However, despite its name, the Super Blue Moon doesn't truly manifest in a blue hue. Occasionally, minute particles such as dust and smoke disperse the red wavelengths of light, leading to a deceptive blue appearance of the moon.

Unravelling the Enigma of Size and Brilliance
Contrary to misconceptions, the visual disparity in size during a Super Blue Moon is subtle. moon.nasa.gov explains that during its closest approach to Earth, the Supermoon appears approximately 14 percent larger than when it is at its farthest distance.

This size distinction mirrors the difference in dimensions between a quarter and a nickel. The moon's proximity during this phase in its orbit contributes to its heightened luminance, making it appear brighter than its usual radiance.

Mark Your Calendars: August 31, 6:07 AM IST
When the Super Blue Moon of 2023 reaches its peak luminosity, it will be 6:07 AM IST on August 31.

As the world anticipates the spectacular event, enthusiasts and sky gazers are primed for a celestial display that fuses scientific wonder with visual enchantment.

Música do BioTerra: Amália Rodrigues - Sabe-se Lá


Lá porque ando embaixo agora
Não me neguem vossa estima
Que os alcatruzes da nora, quando chora
Não andam sempre por cima

Rir da gente ninguém pode
Se o azar nos amofina
Pois se Deus não nos acode
Não há roda que mais rode
Do que a roda da má sina

Sabe-se lá, quando a sorte é boa ou má
Sabe-se lá, amanhã o que virá
Breve desfaz-se uma vida honrada e boa
Ninguém sabe, quando nasce, pra que nasce uma pessoa

O preciso é ser-se forte
Ser-se forte e não ter medo
Porque na verdade a sorte, como a morte
Chega sempre, tarde ou cedo

Ninguém foge ao seu destino
Nem para o que está guardado
Pois, por um condão divino
Há quem nasça pequenino
Pr'a cumprir um grande fado

terça-feira, 29 de agosto de 2023

Microplásticos podem aumentar a temperatura da areia. E isso são más notícias para as tartarugas marinhas

Cria de tartaruga-verde (Chelonia mydas) acabada de emergir do seu ninho. 

Investigadores dos Estados Unidos da América (EUA) alertam que altas concentrações de microplásticos podem fazer subir a temperatura da areia das praias e comprometer seriamente o desenvolvimento dos embriões de tartarugas marinhas.

Num artigo divulgado na ‘Frontiers in Marine Science’, os cientistas afirmam que praias saudáveis são fundamentais para que os ovos desses répteis oceânicos possam incubar devidamente e dar origem a crias em boas condições físicas que ajudem a fortalecer as suas populações.

Mariana Fuentes, docente na Universidade Estadual da Flórida e primeira autora do artigo, explica que a temperatura é um fator-chave que influencia o sexo, a condição física e o sucesso das crias de tartarugas marinhas. Ainda que reconheça que pouco se sabe sobre como a presença dos microplásticos afeta a temperatura da areia, afirma, em comunicado, que “perceber como as alterações ambientais podem afetar a temperatura dos locais de nidificação é importante para monitorizar o futuro destas espécies”, que são parte importante dos ecossistemas marinhos.

Através de uma série de experiências, em que colocaram microplásticos em diferentes recipientes com areia, os investigadores concluíram que as amostras com as maiores concentrações dessas partículas sintéticas registavam as temperaturas mais elevadas.

Embora as concentrações de microplásticos consideradas nas experiências (cerca de 9,8 milhões de partículas por metro cúbico) não tenham ainda sido reportadas em nenhuma praia do mundo, os cientistas recordam que tudo aponta para um aumento do uso, e descarte, de produtos de plásticos, pelo que não afastam a possibilidade de concentrações desse tipo poderem vir a ser verificadas.

Como o sexo das tartarugas, tal como o de outras espécies, é determinado pela temperatura em que os embriões se desenvolvem, areias mais quentes podem resultar num desequilíbrio do rácio macho-fêmea e, dessa forma, comprometer a estabilidade das populações. Como as fêmeas surgem com temperaturas de incubação acima dos 29 graus Celsius, os cientistas dizem que mesmo pequenas concentrações de microplásticos podem ser suficientes para fazer a balança pender mais para um lado do que para o outro.

Além disso, se a temperatura subir consideravelmente, então pode também aumentar o número de mortes de embriões, afetando a capacidade de recrutamento das populações de tartarugas marinhas.

“Os ovos das tartarugas marinhas são sensíveis à temperatura e os microsplásticos são outro fator que se vem juntar ao calor que já enfrentam” por causa das alterações climáticas, afirma Fuentes.

EUA aplicam 2,78 MME na adaptação de infraestruturas a eventos climáticos extremos


O Governo norte-americano anunciou a atribuição de quase três mil milhões de dólares (2,78 mil milhões de euros) para financiar projetos de desenvolvimento de resiliência às alterações climáticas e eventos climáticos extremos.

Em comunicado, o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos da América (EUA) indicou que esse financiamento integra o programa ‘Investir na América’, um pilar fundamental da agenda económica do Presidente, e visa apoiar projetos selecionados para adoção de códigos de construção resistentes a riscos, mitigação de inundações, fortalecimento de redes elétricas, entre outros.

“As seleções, através de dois programas competitivos de subvenções, ajudarão as comunidades em todo o país a aumentar a resiliência às alterações climáticas e aos fenómenos meteorológicos extremos”, diz o comunicado do Departamento de Segurança Interna.

De acordo com as autoridades norte-americanas, comunidades em todo o país estão a enfrentar eventos climáticos severos mais frequentes e intensos, resultando em impactos devastadores nas suas casas, empresas e famílias.

“Os nossos parceiros locais e comunitários são os primeiros a responder quando ocorrem eventos climáticos extremos e estão na linha da frente da construção da resiliência (…) aos impactos das alterações climáticas”, disse o secretário da Segurança Interna, Alejandro Mayorkas.

“Ao investir hoje no fortalecimento das nossas infraestruturas críticas, especialmente para as comunidades mais marginalizadas e vulneráveis, a agenda do Presidente [Joe] Biden irá manter os americanos e as suas comunidades mais seguros e resilientes”, acrescentou.

De acordo com Deanne Criswell, administradora da Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA, na sigla em inglês), embora a sua agência ajude as comunidades a responder e recuperar-se desses desastres, também é fundamental construir resiliência antes que os desastres aconteçam.

Os Estados Unidos, juntamente com outros países, vêm sendo afetados por eventos climáticos adversos, como inundações, furacões, secas, incêndios florestais ou calor extremo, atribuídos por grande parte da comunidade científica às alterações climáticas globais.


Uma tempestade tropical irá atingir esta semana o Estado da Florida, onde há pouco menos de um ano o furacão Ian deixou um rasto de morte e destruição.

Musica do BioTerra: Motörhead - Breaking the Law


There I was completely wasting, out of work and down
All inside it's so frustrating, drift from town to town
Feel as though nobody cares if I live or die
So I might as well begin to put some action in my life

Breaking the law, breaking the law [4x]

So much for the golden future, I can't even start
I've had every promise broken, anger in my heart
You don't know what it's like, you don't have a clue
If you did you'd find yourselves doing the same thing too

Breaking the law, breaking the law [4x]

You don't know what it's like
Breaking the law, breaking the law [8x]

Biografia e Discografia

Página Oficial

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

Florestas antigas ucranianas destruídas para o mercado da UE


As empresas europeias são cúmplices na destruição de florestas antigas nos Cárpatos ucranianos, cuja madeira é vendida em toda a União Europeia. Esta é a descoberta chocante de uma pesquisa e viagem de campo do Greenpeace na Europa Central e Oriental à floresta antiga ucraniana.
A Greenpeace CEE está actualmente a liderar uma Expedição de 40 dias, para lançar luz sobre a destruição maciça que afecta as florestas dos Cárpatos em cinco países: Roménia, Ucrânia, Hungria, Eslováquia e Polónia.
A Greenpeace apela à União Europeia para que implemente medidas eficazes para proteger este património natural europeu. Se os governos e as instituições europeias levarem a sério a travagem da desflorestação internacional e a melhoria da protecção e restauração das florestas, devem começar por implementar os seus próprios compromissos e obrigações em matéria de protecção da natureza.

Yehor Hrynyk, um biólogo ucraniano, membro da expedição, disse : "Os Cárpatos ucranianos abrigam grandes áreas de florestas antigas que são um hotspot essencial de biodiversidade. Infelizmente, a indústria florestal da Europa Ocidental os vê apenas como uma fonte de lucro. As consequências da exploração madeireira irresponsável nesta região são devastadoras, num país que já sofre uma guerra injustificada e onde é mais difícil do que nunca aplicar os princípios da conservação da natureza. As áreas protegidas não estão a ser estabelecidas em florestas com elevados níveis de conservação. valores para que a procura do mercado europeu por madeira e produtos de madeira seja atendida.”

O mais recente Relatório do Greenpeace CEE, publicado em novembro de 2022, revelou até que ponto as florestas dos Cárpatos foram impactadas pela exploração madeireira industrial. De forma alarmante, menos de 3% dos ecossistemas críticos estão estritamente protegidos, estando a maioria exposta à exploração madeireira e exploração generalizada.

Segundo estatísticas oficiais [1], a União Europeia é o principal importador de madeira e produtos florestais ucranianos. A Greenpeace CEE, juntamente com activistas ucranianos, visitou vários locais de exploração madeireira localizados em áreas florestais antigas durante o ano passado, onde os impactos da exploração madeireira industrial são claramente visíveis.
Uma das empresas que utiliza madeira proveniente de florestas antigas dos Cárpatos ucranianos é a empresa suíça Coroa suíça. Esta empresa é especializada na produção de painéis de partículas para o mercado ucraniano e para exportação. No seu website, a Swiss Krono afirma que a madeira que compra é sustentável, apesar de a madeira proveniente de locais de exploração madeireira em áreas florestais antigas ter sido anteriormente fornecida à Swiss Krono.
Durante a expedição aos Cárpatos, a equipe do Greenpeace de ativistas ucranianos, poloneses e romenos visitou o local de extração de madeira que fornece madeira para a coroa suíça e um dos locais de processamento da coroa suíça em Broshniv-Osada. O Greenpeace CEE apela à empresa para que deixe de utilizar madeira proveniente de florestas imaculadas dos Cárpatos.

Robert Cyglicki, Diretor do Programa do Greenpeace CEE, disse : "Os governos e autoridades europeus devem garantir que todas as florestas dos Cárpatos de alto valor de conservação, incluindo aquelas localizadas na Ucrânia, sejam estritamente protegidas. Se as tendências atuais continuarem, as florestas desprotegidas, essenciais para a restauração e ecossistemas vitais para espécies ameaçadas, serão erradicadas. Para enfrentar as crises climáticas e naturais, a UE deve proteger os sítios naturais excepcionais que permanecem em solo europeu de qualquer tipo de extracção. Ao mesmo tempo, as empresas devem retirar as mãos destes locais únicos e antigos. florestas."

Fonte: aqui
Imagens fotográficas e de vídeo da investigação podem ser baixadas através de nossa Biblioteca de Mídia internacional 
Para informações adicionais e entrevistas, também podemos conectar-nos aos nossos parceiros ucranianos

Notas aos editores:
[1] De acordo com estatísticas oficiais, em 2021 a Ucrânia exportou 4.645.549 toneladas de madeira e produtos de madeira com um valor total de 2.005.803 USD (grupos de mercadorias 44-46). Apesar da guerra, em 2022 as exportações de madeira e produtos representaram 94% do valor do ano passado (1.885.422 dólares), o que representou 4,3% do total das exportações da Ucrânia em termos monetários.

Asteracea


A família Asteraceae consiste em mais de 32.000 espécies conhecidas de plantas com flor em mais de 1.900 géneros dentro da ordem Asterales. Comumente referida como a família aster, margarida, composta ou girassóis, Compositae foram descritos pela primeira vez no ano de 1740. O número de espécies em Asteraceae é rivalizado apenas com as Orchidaceae, e qual é a família maior não é claro, uma vez que a quantidade de espécies existentes em cada família é desconhecida.
Os fósseis mais antigos conhecidos são grãos de pólen do Cretáceo Superior (Campaniano a Maastrichtiano) da Antártida, datados de c. 76-66 milhões de anos atrás. Estima-se que o grupo coroa das Asteraceae evoluiu pelo menos 85,9 milhões de anos atrás (Cretáceo Superior, Santoniano) com uma idade de nó-tronco de 88-89 milhões de anos atrás (Cretáceo Superior, Coniaciano).

The family Asteraceae consists of over 32.000 known species of flowering plants in over 1.900 genera within the order Asterales. Commonly referred to as the aster, daisy, composite, or sunflower family, Compositae were first described in the year 1740. The number of species in Asteraceae is rivaled only by the Orchidaceae, and which is the larger family is unclear as the quantity of extant species in each family is unknown.
The oldest known fossils are pollen grains from the Late Cretaceous (Campanian to Maastrichtian) of Antarctica, dated to c. 76–66 million years ago (mya). It is estimated that the crown group of Asteraceae evolved at least 85.9 mya (Late Cretaceous, Santonian) with a stem node age of 88–89 mya (Late Cretaceous, Coniacian).

França irá proibir uso da abaya em escolas


O governo da França irá proibir que as alunas de escolas do país usem a abaya, túnica comum em países do Norte da África e árabes, anunciou neste domingo o ministro da Educação francês, Gabriel Attal.

“Não será mais possível usar abaya na escola”, declarou Attal em entrevista ao canal de TV TF1, na qual considerou que a vestimenta vai de encontro às normas estritas de laicidade no ensino francês.

A abaya cobre o corpo e deixa de fora rosto, mãos e pés. Seu uso por adolescentes gerou polémica na França, sobretudo devido a críticas da direita.

“Quando o aluno entra numa sala de aula, não se deve poder identificar a sua religião ao olhar para ele”, disse o ministro.

Há relatos sobre o aumento do uso de "abayas" nos estabelecimentos de ensino, bem como das tensões dentro da escola sobre a questão entre professores e pais. O debate intensificou-se desde que um refugiado checheno radicalizado decapitou o professor Samuel Paty, que tinha mostrado aos alunos caricaturas do profeta Maomé, perto da escola num subúrbio de Paris, em 2020.

O deputado Éric Ciotti, presidente do partido de oposição Republicanos (direita), saudou a decisão, enquanto a deputada de esquerda Clémentine Autain a considerou inconstitucional e criticou “a política da vestimenta”.

Embora o Conselho Francês do Culto Muçulmano (CFCM) considere que a peça não representa um símbolo islâmico, o Ministério da Educação francês divulgou, no ano passado, uma circular autorizando as escolas a proibir a abaya, bem como bandanas e saias muito longas.

“As instruções não estavam claras, agora estão, e nós as saudamos”, disse à AFP Bruno Bobkiewicz, secretário-geral do sindicato que representa os diretores de instituições de ensino.

Em 2004, a França proibiu em escolas e institutos qualquer símbolo religioso ostensivo, como o véu islâmico e quipá.

domingo, 27 de agosto de 2023

Incêndio em veículos eléctricos - atenção


Em 2020 , a Ford teve que recolher todos os híbridos recarregáveis Kuga vendidos. As baterias do Kuga  aqueciam e pegavam fogo. Não importa se o carro está dirigindo, carregando ou estacionado. A recolha aplicou-se a 28.000 Kuga. Carros elétricos pegando fogo é um grande problema porque a extinção normal não suprime o fogo. O fogo pode reacender depois de muitas horas. A temperatura de combustão em carros elétricos pode subir até +1000 graus. Na Finlândia, alguns departamentos de bombeiros têm de ter contentores de água móveis, onde um carro elétrico em chamas é levantado durante dois dias para arrefecer. Também não deve rebocá-lo para o lago, porque um carro elétrico em chamas é uma verdadeira bomba ecológica.

Combustíveis fósseis: Subsídios globais atingem recorde de 7 biliões em 2022


No ano passado, os apoios dos governos aos combustíveis fósseis atingiram um valor recorde de sete biliões de dólares (cerca de 6,5 biliões de euros) a nível global, devido à subida de preços provocada pela guerra na Ucrânia e aos efeitos económicos da pandemia de COVID-19.

A conclusão é de uma análise divulgada esta quinta-feira pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), na qual se revela que, numa altura em que o planeta está a braços com a limitação do aquecimento do planeta a 1,5 graus Celsius, face a níveis pré-industriais, os apoios públicos à energia fóssil representaram 7% da riqueza mundial em 2022, quase o dobro das despesas com a edução e aproximadamente dois terços do que é gasto em saúde.

Contas feitas pelos especialistas do FMI, mostram que os subsídios globais aos combustíveis fósseis subiram cerca de dois biliões de dólares comparando com 2020.

Os autores consideram que a eliminação dos apoios fornecidos pelos Estados à produção e consumo de combustíveis fósseis mostrará o verdadeiro custo dessa fonte energética, e que tal resultaria na redução significativa das emissões de dióxido de carbono, num ar mais limpo, em menos casos de doenças pulmonares e cardíacas causadas pela poluição e numa maior margem fiscal para os governos.

No artigo, estimam que, sem esses subsídios, seria possível evitar perto de 1,6 milhões de mortes prematuras todos os anos, aumentar a receita dos governos em 4,4 biliões de dólares, em termos globais, e cortar perto de 43% das emissões até 2030, de forma a alcançar as metas estabelecidas para o aquecimento do planeta no Acordo de Paris.

E, segundo os autores, permitiria uma melhor redistribuição da riqueza, “uma vez que os subsídios [aos combustíveis fósseis] beneficiam mais famílias ricas do que as pobres”.

Ainda assim, os especialistas do FMI reconhecem que acabar com esses apoios seria “complicado”, e que os governos teriam de implementar reformas transformativas e abrangentes. Mas dizem que o aumento das receitas resultante “deve ser usado para compensar as famílias vulneráveis pela subida dos preços da energia”, e que o restante poderia ser usado para financiar a edução, os cuidados de saúde e projetos de energia limpa.

“Com os preços globais da energia a caírem e com as emissões a aumentarem”, os autores afirmam que esta é “a altura certa” para começar a abandonar os subsídios aos combustíveis fósseis, em prol de “um planeta mais saudável e sustentável”.

De recordar que também esta semana um relatório do Instituto Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (IISD) revelou que os países do G20, responsáveis por cerca de 80% das emissões globais de dióxido de carbono, gastaram mais de um bilião de dólares em 2022 em apoios aos combustíveis fósseis, quer à produção, quer ao consumo.

Embora reconheçam que parte significativa dos apoios tenha sido destinada a ajudar os consumidores a fazerem face ao aumento dos preços, os autores dessa análise dizem que aproximadamente um terço desse total (440 mil milhões de dólares) terão sido canalizados para fomentar a produção de combustíveis fósseis.

“Este apoio perpetua a dependência do mundo relativamente aos combustíveis fósseis, abrindo caminho a ainda mais crises energéticas devido a volatilidade do mercado e aos riscos da segurança geopolítica”, escrevem, acrescentando que também “limita gravemente as possibilidades de se atingir os objetivos climáticos definidos pelo Acordo de Paris, ao incentivar as emissões de gases com efeito de estufa” e constranger a competitividade das energias renováveis e limpas.

sábado, 26 de agosto de 2023

Quem é Vivek Ramaswamy, o empresário necro- milionário que quer chegar à Casa Branca e brilhou no debate republicano?


Na corrida presidencial do Partido Republicano para a Casa Branca, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aparece em pesquisas como o favorito, mas trava uma forte disputa interna com o atual governador da Flórida, Ron de Santis.

Ainda assim, um filho de imigrantes novato na política conseguiu desbancar esses dois principais nomes e se tornar o protagonista do primeiro debate dos candidatos republicanos à presidência dos EUA, realizado na noite de quarta-feira (24) - nos Estados Unidos, os partidos realizam uma votação prévia às eleições gerais, as chamadas primárias, para escolher o candidato que concorrerá pela sigla.

Com tiradas debochadas e um discurso que segue a cartilha da ultradireita, Vivek Ramaswamy, um empresário exótico e filho de imigrantes indianos, foi o vencedor do debate, na avaliação da imprensa norte-americana e de especialistas do país, que vem chamando o pré-candidato de "o novo Trump".
Donald Trump optou por não ir ao debate por conta de uma audiência judicial nesta quinta-feira na Georgia. Esperava-se que os quatro processos aos quais o ex-presidente responde na Justiça fossem o ponto central do debate, mas os candidatos decidiram não tocar no tema.

Já De Santis, um ultraconservador que vem se apresentando como a grande alternativa a Trump dentro do partido, não conseguiu se manter no centro das atenções e acabou apagado, também na avaliação da imprensa dos EUA.

Ramaswamy aproveitou então o vácuo de protagonismo e conquistou os holofotes no debate, mesmo sem ter nenhum histórico na vida política e pouco até como eleitor. Ele revelou que não votou para presidente por 15 anos seguidos (nos EUA, o voto não é obrigatório).

Trajetória
Vivek Ramaswamy entrou na política financiado por ele mesmo. Aos 38 anos, é um empresário bilionário da área de biotecnologia, e inclusive já escreveu livros sobre o assunto. Vive numa mansão no estado de Ohio, onde nasceu e cresceu.

Seu pai era um engenheiro e advogado de patentes e foi morar nos Estados Unidos para trabalhar na General Electric. Já sua mãe era psiquiatra - apesar de ser filhos de imigrantes, ele defende a deportação de todos os que entram no país de forma irregular (leia mais abaixo).

Ele fez fortuna após abrir uma empresa de biotecnologia - o pré-candidato é formado em biologia pela universidade Harvard. No ano passado, fundou uma empresa de gestão de ativos.

Ao decidir entrar na política, ele se afiliou ao Partido Republicano e começou a adotar um discurso ultraconservador. Ao mesmo tempo, no entanto, gosta de se apresentar como um político jovem, risonho e descontraído.

Se diz amante de rap, um estilo musical com discurso geralmente associado às pautas do Partido Democrata - pelas redes sociais, circula até um vídeo no qual ele canta um rap e dança num palco quando ele era estudante de Harvard.

Recentemente, ao ser questionado por jornalistas sobre se via ambiguidades em suas ideias e as defendidas em letras de músicas de rap, ele justificou que, assim como vários cantores do género, se sente um "outsider" (excluído, em uma tradução livre).

O termo é um dos exemplos de como Ramaswamy da cartilha da extrema direita - um dos pontos mais comuns de políticos ultradireitistas é se apresentar como um "outsider", alguém de fora do sistema político que chegou para mudá-lo.

Aborto - Ramaswamy se diz contra o aborto, que já chamou de um assassinato. Mas também afirma não concordar com uma proibição do aborto no país inteiro. Sua proposta é que cada estado deveria proibir a interrupção da gravidez a partir das seis semanas de gestação.

Alterações climáticas - É contra qualquer política pública para amenizar as emissões de carbono dos Estados Unidos ou combater as mudanças climáticas.

Imigração - Embora seja filho de imigrantes, Ramaswany é o pré-candidato republicano mais linha dura contra a entrada ilegal de estrangeiros nos EUA. Ele defende o fortalecimento das fronteiras e a deportação de qualquer imigrante que tenha entrado no país de forma ilegal - não está claro se esse foi o caminho de seus pais.

Direitos da população LGBTQIA+ - O pré-candidato quer retirar todas as leis que concedem direitos às pessoas trans, que ele chama de uma doença mental.

O pré-candidato também costuma se definir como um "anti woke", em referência ao termo "woke", em referência a jovens dos Estados Unidos engajados em diversos temas sociais, políticos e ambientais. Ele já disse inclusive lamentar que os EUA tenham se tornado "um país cheio de vítimas".

22 Messages of Hope (and Science) for Creationists

Fonte e imagens aqui

No snark, no sarcasm, no judgement, just the genuine, honest answers to 22 creationist messages.

“In science it often happens that scientists say, ‘You know that’s a really good argument; my position is mistaken,’ and then they would actually change their minds and you never hear that old view from them again. They really do it. It doesn’t happen as often as it should, because scientists are human and change is sometimes painful. But it happens every day. I cannot recall the last time something like that happened in politics or religion.” -Carl Sagan

Yesterday, a two-and-a-half hour debate took place on the topic of evolution and creationism. Earlier today, I saw this Buzzfeed post being shared left-and-right everywhere I looked, which appeared to make fun of creationists by showcasing the “ridiculous-and-condescending” 22 messages and/or questions they had for people who believed in evolution.

The thing is, if all you do is mock the people who disagree with you, you miss your chance to honestly engage with them, learn about where they come from, and — just maybe — teach them a little piece of something that they might not have known before. Now, I’m not a professional biologist; I’m a professional astrophysicist, for full disclosure, but when I saw these 22 messages, it made me think of a large number of young people I’ve encountered throughout my life in various schools, classrooms and educational situations. If these were messages posed to me, what would I say? Without further ado, here we go!

1. Are you influencing the minds of children in a positive way?
t’s very tempting to demonize anyone who doesn’t share the same perspective or beliefs as you. I myself have been chastized by christians for not being christian, by atheists for not being atheist enough, by jews for not being jewish enough, by the cool kids for being too nerdy and by the outcasts for being too mainstream, and by people of all virtually all political leanings for not having identical political leanings to them. So when you ask me (and — confession — I’m not Bill Nye), I’ve always been of the mindset that no matter what anyone else claims, you can always ask the very powerful question: how do you know?

And if you can pose a question that can be answered by looking to the Universe and asking it questions about itself, you can not only learn what we know, but also how we know it. To empower someone like that — to teach them how to seek answers to whatever questions they may have — I can’t think of a single way in which that’s a negative influence. Can you?

2.) Are you scared of a Divine Creator?
I think there is this idea out there that every scientist who doesn’t believe in the divine word of scripture thinks that science will eventually tell a complete, whole story of the Universe, including every aspect of where it came from and why. I am going to come forward and just say it right now: we know that is false. The Universe is vast — some 46 billion light years in radius — with at least 200 billion galaxies and around 10^25 planets, total, in just the part of it that’s observable to us. There are some 10^91 particles existing in the Universe right now, all of which were created some 13.8 billion years ago. But as big as these numbers are, they are finite. And because of that, so is the total amount of information present in the Universe accessible to us. We maybe able to extrapolate back to the Big Bang and even a little bit before, but the scope of what is knowable to us, even in principle, is limited.

So I understand that I can never know for certain every aspect of where this Universe came from and why, and that whatever I cannot rule out, I must admit as a possibility, however much it defies my sensibilities. Although my conception of what a Divine Creator would have to be to create our entire Universe may differ from yours, I can conceive of one. Thinking about it awes me and maybe does scare me a little; there is a Greek word that springs to mind — δεινός — that very much encapsulates how I feel.

3.) Is it completely illogical that the Earth was created mature? (I.e., trees created with rings… Adam created as an adult…)

When I was a child, after reading a particularly good Choose Your Own Adventure book, I remember having the idea that perhaps the Universe wasn’t as it seemed, and that the entire thing was created just for me at the moment of my birth. That everyone I knew who was older than me — my parents, grandparents, friends and other relatives — were created along with the rest of the Universe on the day I was born, with memories, feelings and experiences of their past that never really happened. It also occurred to me that, if this were the case, there would be no way to disprove it. But if I accepted this view of the world, there would be a great number of things I could never learn.

I could never learn about history before 1978, because it would all be a great fiction to me. I could never learn about biology, geology or astronomy, because my worldview would conflict with the evidence I’d get by asking the Universe about itself. It isn’t necessarily illogical to believe that the Universe was created in medias res, but it’s very limiting, and unnecessarily so. If ever an assumption of a 13.8 billion year old Universe conflicted with something we were able to observe and verify, I hope I would be among the first to question our assumptions.

4.) Does not the second law of thermodynamics disprove evolution?
Very quickly, no. The second law of thermodynamics states that the entropy (a physically quantifiable and measurable entity) of an isolated system can never decrease. And I definitely understand that when you look at the total entropy on the surface of the Earth today — versus the surface of the Earth some 4.5 billion years ago — we clearly are in a lower entropy state today.Image credit: Christian Joore of http://kindaoomy.com/ (L), NASA (R).

The question is: is the Earth’s surface, oceans and atmosphere an isolated system? Given that we receive energy both externally from the Sun, internally from the Earth’s core, and also a little bit cosmically from sources beyond our Solar System, the answer is no. In addition, we also radiate energy away, back out into the Universe. By all accounts, the Earth is not an isolated system. If it were — if we prevented it from absorbing or emitting any radiation or information with the outside Universe — only then could we apply the second law of thermodynamics to it.

5.) How do you explain a sunset if [there] is no God?
I think this is an outstanding question. How can you explain the sunset, in all its beauty, without appealing to the divine? You and I may have differing opinions on what makes something beautiful, but you’d have to be someone I couldn’t understand at all if you said that the sunset didn’t fall into the beautiful category.I
But this is something that science can explain quite wonderfully, including the different colors, gradations, atmospheric effects and visual illusions. To me, at least, everything is more beautiful the more you know about it.

6.) If the Big Bang Theory is true and taught as science along with evolution, why do the laws of thermodynamics debunk said theories?
Now, we’ve already taken a look at whether the laws of thermodynamics disprove evolution in question number 4, above, and concluded that they don’t, because the Earth is not an isolated system. But it can be argued that our observable Universe is. So let us ask: has the entropy of our Universe, from the moment we could first describe it with the Big Bang Theory, ever had a moment where its total entropy decreased?
The answer is no. The entropy is always increasing. With every nuclear reaction in the heart of a star, with every gravitational collapse, with every chemical bond formed or broken, when you take all of the initial-and-final products and reactants involved and look at them together, the entropy is not only increasing overall, it increases-or-stays-the-same for every single reaction. The laws of thermodynamics don’t debunk these theories, but instead make predictions about them and provide tests for them; that they pass these tests is in fact evidence that they are not invalidated.

7.) What about noetics?
Now, I’ll confess, I had to look this one up. I had been under the impression that noetics was only something that Aristotle wrote about, but a little research shows that it’s actually about: “how beliefs, thoughts, and intentions affect the physical world.” Well, this sounds like an interesting question: do beliefs, thoughts and intentions affect the physical world? And if so, how?

If you want to show that beliefs, thoughts and intentions actually do affect the physical world, all you have to do is perform a repeatable, quantifiable and measurable experiment that shows that there is an effect. You don’t even need to explain how; you just need to show that there is an effect that you can measure and quantify, and that you can repeat the effect whenever you repeat the experiment. I don’t know of any experiments at present that do this, but if you can find (or perform) them, I’m open-minded.

8.) Where do you derive objective meaning in life?
This is a tough one, and the first one where I’ll have to confess that I don’t think I do. In fact, I might even go a little farther and say that I don’t think anyone does.

There may be an objective meaning to this life or there may not be, and I may believe there is an objective meaning or I may not. But whatever the case may be, I am unable to define it without being inside my own mind. How can I (or anyone, for that matter) truly be objective about my life’s meaning when I’m unable to conceive of my own life without experiencing it. As far as I know, my life had a beginning, it is going on right now, and at some point in the future, it will end. I don’t think my life had any objective meaning before I ever existed, and although I am sure that my existence has affected (and continues to affect) the Universe, I don’t know that that fact is objectively meaningful. I just know that the Universe is different than what it would have been without me.

9.) If God did not create everything, how did the first single-celled organism originate? By chance?
This is a question where I’m proud to say “I don’t know.” Because it’s true: I don’t, but perhaps someday we will! You are asking one of the biggest questions of all: how did life come to exist in this world? And the answer is that — right now — we don’t know.

But scientists are working on it. There’s a lot that we do know that’s related to that question, but the big one — how we went from non-life to life in the Universe — is still an open one. I hope I live long enough to be there when we figure this puzzle out; don’t you?

10.) I believe in the Big Bang Theory… God said it and BANG it happened!
One of the wonderful things about this existence is that no one can ever invade your own mind and force you to think or believe something against your will. As I wrote under question number 2, there are a great many things that we do know about this Universe, and there are still a great many more things that we know about the Big Bang.
If you’re interested in learning what some of them are, I wrote a piece a couple of years ago on The Big Bang for Beginners, and I think it’s a wonderful introduction to the subject. We think we know what came before the Big Bang, but we’re not sure what came before that. If you think that there’s a God there who made it happened, I have no evidence to disprove it, but I would ask you to ask yourself this question: is that the best explanation that we have, given the evidence? Or can we learn more by not making that assumption?

11.) Why do evolutionists / secularists / [humanists] / non-God believing people reject the idea of [there] being a creator God but embrace the concept of intelligent design from aliens or other extra-terrestrial sources?

This is a pretty good question. In other words, could life have originated elsewhere in the Universe and then came to Earth? The answer seems to be absolutely yes. Let me show you a multiwavelength picture of the center of our galaxy, filled with the atoms-and-gas expelled from many generations of stars that no longer shine in our Universe.
We find many “organic” molecules in here, created naturally and spontaneously. We find sugars, we find amino acids, we find polycyclic aromatic hydrocarbons. We find ethyl formate, the molecule that gives raspberries their scent. In short, we find a great number of the building blocks of life. If there are trillions of planets in our galaxy alone, wouldn’t it be unnecessarily restrictive to claim that aliens or other extraterrestrial sources couldn’t have existed in the Universe prior to life on Earth?I

12.) There is no in between… the only one found has been Lucy and there are only a few pieces of the hundreds necessary for an “official proof.”
Lucy, for those of you who don’t know, is a fossilized ape-like creature who lived roughly 3.2 million years ago. Lucy is classified as a hominid, and represents a significant fossil find — a 40% complete fossil — of something more human-like than any of our extant ape relatives, yet less hominid like than more recent evolutionary ancestors.
For decades, Lucy was the only Australopithicus afarensis ever discovered, and the fact that the fossilized remains of even one such creature existed was seen as a remarkable serendipitous discovery. But then in 2000, the skull of Selam was discovered! Another Australopithicus afarensis, Selam lived about 120,000 years before Lucy, but this is definitely the same creature. There are many things we don’t know: is this an evolutionary ancestor or a mere “cousin” of humans? But hopefully, as more fossil discoveries happen into the future, maybe we’ll find out!

13.) Does metamorphosis help support evolution?
There are two meanings to that word “metamorphosis” that I know of, and I don’t know which one you mean. On the one hand, rocks can be metamorphic. Geologically, sedimentary rocks form in layers, as deposits build up over time. When creatures are buried in that sediment, they can fossilize over time, and given enough time, those rocks can metamorphose, usually destroying any fossils inside. In that instance, I’d say, no, metamorphosis doesn’t help support evolution; it’s a tremendous annoyance for fossil hunters.

On the other hand, some species undergo multiple life stages, such as tadpoles that turn into frogs, caterpillars that turn into butterflies, or larvae that turn into flies. Metamorphosis is simply how an organism develops and it can be easily understood in the context of evolution, although that is certainly not a required path for evolution to have taken. But there isn’t a conflict there; all of that information is encoded in the organism’s DNA.

14.) If evolution is a Theory (like creationism or the Bible), why then is Evolution taught as fact?
You are asking about the burden of proof for a theory to become accepted as a scientific truth, and that’s a very important question to ask. In fact, it’s something I’ve written about very recently, and so I’d like to quote from that piece, if you don’t mind:

“You need the data to support the foundations of your reasoning. You need the laws and correlations to build your theoretical framework atop them. You need a hypothesis or an idea of how it all fits together and can be explained by (relatively) simple principles. And finally, only if you have multiple lines of evidence and multiple tests and confirmed predictions, can you begin to rightly call your idea a theory.

“… So although it’s true that absence of evidence is not evidence of absence, there is a burden of proof that must be met before we’re willing to promote an idea or hypothesis to the status of scientific theory. Once we’re there, however, we take the predictions of that theory very seriously, and are willing to consider not only the possibility but the probability that those new predictions — even the ones for which we do not yet have evidence — might be correct, no matter how assumption-challenging they may be.”

I recommend reading the whole thing if you want the full answer.

15.) Because science is by definition a “theory” — not testable, observable nor repeatable, why do you object to creationism or intelligent design being taught in school?
Let me personally be clear: I think that creationism or intelligent design has every place in a classroom on literature, politics or social studies, just not in a science classroom. Why? Because it isn’t a scientific theory. Again, I want to ask you to read this piece where it’s explained in full, but let me quote you a different part that I think explains the difference:

Scientific laws can tell you what’s going to happen under certain conditions, but they haven’t yet advanced to the point of a scientific theory. You see, a scientific theory is even more advanced than this, and posits an explanation and/or a mechanism from which scientific laws arise. And that’s where science can really show off its true power.

You see, as the generations pass, living organisms give rise to subsequent generations of living organisms; that’s data.

Those organisms are different in measurable ways from their predecessors; that’s the scientific law of evolution.

But the mechanism behind it — that organisms have the information for their traits encoded in their DNA, that DNA mutates and (in the case of sexually reproducing organisms) combines from two parents to form an offspring’s genetic makeup, and that the least fit organisms for survival are selected against, naturally — that’s a scientific theory.

Scientific theories are the deepest and most powerful explanations of how a scientific process takes place. The germ theory of disease is a theory; biological evolution is a theory; the atomic (and subatomic) theory of matter is a theory; and the theory of gravity is a theory.

I hope this helps.

16.) What mechanism has science discovered that evidences an increase of genetic information seen in any genetic mutation or evolutionary process?
Have you ever made a photocopy of a document, and noticed some imperfections in the copy when you compared it to the original? How about photocopying a photocopy? Does it get worse? It sure does, and this is something that any imperfect copying technology will get you, from the JPEG file format to DNA.

Most of the time, genetic mutations have negative-or-neutral consequences; on rare occasion, they’re beneficial. But whenever you have a mutation that gives rise to a genetic code that didn’t exist before, that’s an increase in genetic information! In fact, genetic mutation is one of two key ingredients (the other being selection) necessary for evolution to occur. If you have them both, evolution is inevitable!

17.) What purpose do you think you are here for if you do not believe in salvation?
I promised to be honest with you in answering these questions, and in this case, that means I’m very likely going to give you an answer that you aren’t going to be able to relate to. I believe that the purpose of my existence is to increase the knowledge, understanding, and awareness that we have of the world around us, as well as the amount of kindness in it. I don’t know if that is a worthy purpose of an existence, or if it is the one that a divine being intended — if one exists and if that being has an intention for me — but it is one I have chosen for myself. If, at the end of my life, I discover there is some form of salvation, perhaps I will have earned it by living the best life I was able to live. If not, I lived a life true to the purpose I chose for myself.

18.) Why have we found only 1 “Lucy,” when we have found more than 1 of everything else?
You and I haven’t met, but I am Ethan Siegel. There are many others with that name, but there is only one Ethan Siegel that is me. Whoever she (or he) was, there was only one Lucy as well. But as far as Australopithicus afarensis, there are at least nine known extant fossil fragments of that species. In fact, in 2011, new fossil evidence was discovered showing that the foot-bones of this species were more human-like than we had realized, and that it almost certainly walked upright. There is only one “Lucy,” but there are many Australopithicus afarenses, and I’m hopeful that there will be even more to come as excavations continue!

19.) Can you believe in “the big bang” without “faith”?
There is no doubt that I can and do “believe” things. Some things, I suppose, I do take on some level of faith, in that I have faith that other scientists who came before me were scrupulous in taking their data. That they reported their results accurately. That the people who repeated and verified their work subjected it to rigorous scientific scrutiny. And that the conclusions we draw from that body of evidence are going to continue to have their predictions borne out by experiments and observations.

But if not, I am willing to change my conclusions. If bona fide evidence came in contradicting the Big Bang, if the Big Bang no longer described the Universe accurately, I would no longer believe in the Big Bang. It is possible to believe based on evidence alone, and to have a level of underlying uncertainty to your beliefs, where I can tell you exactly what sort of evidence could change my mind. I like to think that I “believe” all of the conclusions of science without “faith” in that regard.

20.) How can you look at the world and not believe Someone Created/thought of it? It’s Amazing!!!
It sure is amazing; you’ll get no disagreement from me there. The thing is, there are so many things out there that are also amazing, I don’t want to detract from the wonder of those other worlds, those other solar systems, and surely those other life forms that are out there in the Universe. I don’t know for certain where it all came from, before the Big Bang, before cosmic inflation, but when I look out at the amazing Universe we live in, this is what I think of.

I think of the billions upon billions of galaxies out there, and the trillions of worlds that exist in each one. I think of the uniqueness and diversity of each one, and I wonder at how many of them have life, and whether any of them have intelligent life out there like us? I wonder if anyone over there is wondering about any of us over here? And I wonder if, someday, two lonely species of intelligent beings will ever journey across the distances between the stars and find each other. I don’t know whether it was designed to be this way or not, and I don’t know how we can know that. But I do know that in my time here, I want to figure out as much of what we can know as possible. I’d even bet that’s something we have in common.

21.) Relating to the big bang theory… Where did the exploding star come from?
When you hear the word “bang,” it’s only natural to think of an explosion, isn’t it? But the Big Bang is no such thing; it’s one of the most common misconceptions about it. There was no primeval star that exploded, but rather a rapid expansion of space itself, and a rapid cooling of all the matter-and-radiation present therein. This piece may help explain that a little bit; instead, may I suggest this as a more accurate picture.

It wasn’t until many millions of years after the Big Bang that the first stars were able to form, and that came about due to gravitational collapse of the leftover matter from the Big Bang. It was when the most massive among them exploded that — for the first time — the Universe became filled with heavy elements. After generations of stars living and dying like that, there were finally enough to give rise to rocky planets, complex molecules, and eventually, life as we know it.

Travel the Universe with astrophysicist Ethan Siegel. Subscribers will get the newsletter every Saturday. All aboard!

And finally…

22.) If we come from monkeys then why are there still monkeys?
This is one of the most common questions I’ve seen about evolution. You might think that evolution is a picture where single-celled organisms turned into jellyfish, then into arthropods, amphibians, reptiles, mammals, primates and finally us. Well, that’s kind of true, but it’s more accurate to say that single-celled organisms gave rise to a diversity of descendents, some of which are single-celled organisms and some of which were multicellular ones. Of the multicellular ones, some of those gave rise to jellyfish, while some of those gave rise to animals with spinal cords. Of the ones with spinal cords, some of those gave rise to amphibians. And so on. Evolution isn’t a linear progression, but a complex structure with many branches.Image credit: Leonard Eisenberg, 2008, via http://evogeneao.com/.

The monkeys that existed millions of years ago evolved into both modern monkeys and modern apes, and the apes that lived just a few million years ago evolved into the modern great apes as well as — very recently, evolutionarily speaking — modern humans.

And that is what I’d have to say to any creationists who had any of these questions for someone who believed in evolution. I hope you enjoyed it!

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Quantum Computer Terrifies Scientists After Something Weird Is Happening


A era da Inteligência Artificial já começou, suscitando preocupações entre os cientistas que acreditam que a IA deve ser controlada. Porém, há algo ainda mais preocupante: o desenvolvimento dos Computadores Quânticos. Os cientistas prevêem que os computadores quânticos em breve se tornarão acessíveis a todos. A questão que se coloca é: o que acontecerá quando a IA e os computadores quânticos unirem forças?

The owl and the old man


"A man with a beard so long and wide, 
And on his shoulder an owl with pride, 
Captured in a reflective gaze, 
As if lost in some distant maze."

João Soares, 25.08.2023

quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Marcha: "Vamos Salvar os Sobreiros"


Marcha "Vamos Salvar os Sobreiros", a realizar no próximo sábado, 26 de agosto, com início pelas 12:00 horas, no Parque Eduardo VII, em Lisboa, dirigindo-se depois para o Ministério do Ambiente e Ação Climática e a terminar no jardim do Príncipe Real.

Em causa está a salvaguarda de um bosque de sobreiros, adultos, saudáveis, a extrair cortiça, localizado em Sines. Embora seja uma espécie protegida, o Governo autorizou o abate de mais de 1800 sobreiros, classificada pelo Parlamento como “Árvore Nacional de Portugal”, para a instalação de um parque eólico pela EDP Renováveis.

O objetivo desta marcha é exigir aos governantes a revogação do Despacho n.º 7879/2023, de 1 de agosto 2023, que autoriza a EDP a proceder ao abate.

Porquê proteger os sobreiros?
- Árvores resistentes ao fogo, importantes para o ciclo hidrológico, retenção de água nos solos, limpeza e arrefecimento do ar, silvopastorícia, apicultura, colheita de cogumelos, turismo rural e casa de inúmeros animais - crucial para a biodiversidade!
- Exportação de cortiça gera cerca de 900 milhões de euros anuais. Um sobreiro pode dar cortiça até aos 200 anos de idade!
- Produzem muito oxigénio e retêm muito dióxido de carbono: Um montado de sobreiros pode anualmente absorver até 14,7 toneladas de dióxido de carbono (CO2) por hectare - aqui estamos a falar de 32 hectares 

Num momento em que as alterações climáticas são cada vez mais sentidas, é imprescindível proteger as nossas florestas. Os sobreiros são das árvores mais importantes a nível ecológico e económico que temos em Portugal. 

A EDP promete repovoar uma área de 50 hectares, contudo os sobreiros demoram cerca de 20-25 anos até atingir idade adulta, e não sabemos quantas destas árvores plantadas poderão sobreviver (com o aumento da seca, as percentagens de sobrevivência são baixas) 

A energia eólica pode ser produzida em muitos lugares: zonas sem floresta ou onde os incêndios passaram, ou zonas de monoculturas ou com espécies invasoras como acácias ou eucaliptos que são altamente inflamáveis e são um problema grave em Portugal. 

Sobre o Projeto e porque é que desaprovamos:
- 16 km de linhas elétricas associados ao empreendimento junto ao Parque Natural do Sudoeste Alentejano e da Costa Vicentina.
- coincide com o corredor de migração de aves selvagens protegidas, nos concelhos de Sines e Santiago do Cacém.
- o projeto de compensação do abate de sobreiros a realizar em Tavira, deveria ser proposto para a Área Florestal de Sines, ou outra próxima, no Alentejo.
- o Plano de Acompanhamento Ambiental da Obra omite o plano para a compensação do abate de sobreiros, assim como o Plano de Gestão Florestal e a sua monitorização.
- a constituição de nova faixa de gestão de combustível sobre as linhas elétricas aumenta impacto do projeto.
- este projeto localiza-se próximo de 1 dos 2 únicos ninhos de Águia-pesqueira existentes em Portugal e pode contribuir para o desaparecimento da população reprodutora desta espécie em perigo critico de extinção.
- o projeto também está localizado numa área muito crítica identificada pelo ICNF para as aves aquáticas que interdita este tipo de projetos. 

Libélula- Camuflagem

Crothemis erythraea, fêmea
Libélula-escarlate
Crocothemis erythraea (Brullé, 1832)
Estatuto de Conservação: LC - Pouco Preocupante

Libélula com tamanho variável, sendo que os adultos podem ultrapassar os 40 mm de comprimento, e atingir os 33 mm de envergadura de asa. Os machos maduros são robustos e vermelhos-escarlate (tórax, abdómen e patas); os olhos são vermelhos com a parte inferior azulada. As fêmeas e os imaturos são castanho-amarelados ou dourados, podendo apresentar uma linha negra abdominal (vista dorsal). O abdómen é largo e achatado. Os dois pares de asas apresentam nervuras anteriores vermelhas e pterostigmas longos, castanho-amarelados. A base das asas posteriores apresentam manchas basais bastante características, que são laranjas no macho e amarelas/âmbar na fêmea. Voam de Fevereiro a Novembro.

Habitat / Ecologia
Encontra-se junto de águas com pouca profundidade, estagnadas e eutróficas tais como lagoas, arrozais e canais de drenagem. É tolerante a alguns graus de salinidade.

Os adultos passam muito do seu tempo empoleirados na vegetação. Os machos têm um voo lançado e rápido, pairando frequentemente no ar. 

Economista necro-fóssil

Economista necro-fóssil
Minha arte digital.
Ainda hoje soubemos que as gigantescas Shell e a BP geraram apenas 0,02% e 0,17% da energia proveniente de fontes renováveis em 2022, respectivamente. [The Ecologist].
A alegoria do economista necro-fóssil é para levar a sério. Todos encamisadinhos, bem vestidos são uma trupe fanática do lobismo fóssil. Primeiro eles próprios representam indústrias que fazem o mínimo de investimento em energias renováveis. Outros são cobradores de fraque. Vão aos países pobres pedir satisfações porque o seu produto não está a ter rendimento, quantas refinarias afinal tem o país escravizado? Nós devemos responder-lhes que antes de nos atirar à cara , o que têm feito eles no cumprimento do Acordo de Paris e se já efectuaram algumas das medidas da COP27.

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

What the Fossil Fuel Industry Doesn't Want You To Know


Numa palestra emocionante, o Prémio Nobel Al Gore analisa os dois principais obstáculos às soluções climáticas e dá a sua opinião sobre como poderemos realmente resolver a crise ambiental a tempo. Não vai querer perder a sua dura acusação às empresas de combustíveis fósseis por retrocederem nos seus compromissos climáticos - e o seu apelo a uma repensação global dos papéis das indústrias poluentes na política e nas finanças.

Countdown é a iniciativa global do TED para acelerar soluções para a crise climática. O objetivo: construir um futuro melhor, reduzindo para metade as emissões de gases com efeito de estufa até 2030, na corrida para um mundo com zero emissões de carbono. Envolva-se em  Countdown

Golfinhos do Mar Negro são vítimas invisíveis da guerra na Ucrânia


A verdade sobre os golfinhos
A atividade naval russa no Mar Negro levou milhares de golfinhos à morte, desde o início do conflito na Ucrânia. Um biólogo experiente tem feito tudo para revelar como os estragos gerados pela guerra destroem a vida selvagem da região.

O especialista alerta
Ivan Rusev é o chefe do Departamento de Pesquisa do Parque Nacional dos Estuários de Tuzly, na Ucrânia. No início de maio, ele postou no Facebook informações sobre a trágica perda de outros 100 golfinhos do Mar Negro, no mês anterior.
“Infelizmente, em abril de 2023, mais de cem golfinhos mortos foram encontrados nas baías de Sebastopol e outras praias da Crimeia, nas proximidades de Novorossyska, Sochi e Gelendzhik”, escreveu Rusev, de acordo com o USA Today.

Submarinos russos no Mar Negro
"Esta é a confirmação de que a atividade dos submarinos naquela parte do Mar Negro, perto da Crimeia e Novorossiysk, é prejudicial", escreveu Rusev.

Esta não é a primeira vez que Rusev alerta sobre a ameaça sofrida pela população de golfinhos do Mar Negro. Em agosto de 2022, o biólogo ucraniano disse estar preocupado, pois contabilizava a morte de cerca de 5 mil golfinhos, desde o início da guerra.

Devastador
“Eu nunca vi isso antes, é algo absolutamente novo e aterrorizante para os cientistas”, disse Rusev em entrevista ao Kyiv Independent.

De quem é a culpa?
Rusev relaciona as mortes dos animais aos navios e submarinos russos presentes no Mar Negro, alegando que seu sonar afeta a saúde da vida submarina.
“Os golfinhos caem na zona de radiação dos dispositivos de navegação dos navios, desativando seus próprios órgãos de ecolocalização”, disse o biólogo.

O perigo do sonar
O sonar é particularmente perigoso para mamíferos como os golfinhos, porque eles usam o som subaquático para deslocamento, captura de presas e comunicação com o restante de seu grupo.
O sonar militar de baixa frequência gera ondas sonoras que podem viajar por centenas de quilómetros debaixo d'água, podendo causar ferimentos e até a morte em alguns animais.

Como o sonar afeta os golfinhos?
De acordo com a jornalista do The Verge, Alessandra Potenza, “o sonar militar prejudica alguns animais, pois interrompe o seu acasalamento, sua comunicação e faz com que se separem de seus filhotes, causando estresse”.

Os golfinhos do Mar Negro não conseguem comer
Rusev afirmou que o sonar usado pelas forças navais russas danifica o sistema de comunicação acústica dos golfinhos no Mar Negro, impedindo-os de comer.

“Os golfinhos não conseguem se orientar no mar para pescar, portanto perdem peso e seu sistema imunológico enfraquece”, disse Rusev.

Uma catástrofe ambiental para o Mar Negro
Rusev também observou que tanto as minas quanto as explosões subaquáticas aumentam o número de mortes de golfinhos. Segundo ele, está instaurada uma catástrofe ambiental na costa ucraniana do Mar Negro.
Por 40 anos, Rusev monitorou a costa da Ucrânia e nunca havia visto nada parecido.

Qual o total de animais mortos?
“No total, estimamos que entre 50 e 100 mil golfinhos tenham morrido”, disse Rusev, durante uma entrevista em vídeo à Radio Free Europe.
De acordo com o Ministério de Proteção Ambiental e Recursos Naturais da Ucrânia, existem apenas cerca de 253 mil golfinhos no Mar Negro.

O cenário é preocupante
Se as estimativas de Rusev forem verdadeiras, isso significa que mais de um terço da população de golfinhos do Mar Negro pode ter morrido em decorrência da guerra.

E se a guerra continua?
Durante uma entrevista à Radio Free Europe, Rusev disse que havia acabado de encontrar 12 golfinhos mortos e observou que, antes da invasão da Rússia, nunca havia encontrado um único cadáver  de golfinho naquela parte da costa da Ucrânia, um sinal preocupante à medida que a guerra da Rússia se estende.