As práticas de lobby da indústria farmacêutica: nunca mais vamos olhar para o nosso armário de medicamentos da mesma forma.
O documentário de Luc Hermann e Claire Lasko (no original "Big Pharma, labos tout-puissants" 2018) investiga as práticas de lobby da lucrativa indústria farmacêutica. Uma pesquisa global e complexa que reúne depoimentos de pacientes que sofreram efeitos colaterais de medicamentos perigosos autorizados, incluindo hospitalizações e incapacidades com risco de vida, e que estão envolvidos em difíceis batalhas judiciais contra as empresas.
O objetivo é revelar as zonas escuras do paradigma que compromete a longevidade dos nossos sistemas de Saúde Pública, no qual a regulação na Europa e nos EUA se tornou disfuncional. Nunca mais vamos olhar para o nosso armário de medicamentos da mesma forma.
Mais rica e poderosa do que nunca, a indústria farmacêutica influencia a economia e a política e tem poder para decidir sozinha as políticas de saúde do governo, às vezes em detrimento da nossa saúde. Alguns laboratórios conseguem direcionar as pesquisas, os financiamentos e os reembolsos públicos para os tratamentos mais caros, nem sempre em benefício da saúde dos pacientes. Os laboratórios são responsabilizados por terem ocultado durante muito tempo os sérios efeitos aditivos ou colaterais dos seus medicamentos. E a batalha feroz contra a Covid-19 exacerbou o apetite dos laboratórios. Será que o novo paradigma da indústria farmacêutica, com uma financeirização total do ecossistema de medicamentos, ameaça a longevidade do mais belo sistema político solidário, a saúde pública?
Nos últimos 10 anos, o cenário da indústria farmacêutica transformou-se consideravelmente. Um pequeno grupo de empresas farmacêuticas concentra a produção da maioria dos medicamentos. No top 5 mundial estão a suíça Novartis, as duas gigantes americanas Pfizer e Johnson & Johnson, a Roche, outra indústria suíça, e a gigante francesa Sanofi. Com 100.000 funcionários cada, são estas multinacionais, presentes no mercado global, habitualmente chamadas de Big Pharma.
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