O Aqueduto das Águas Livres, em Lisboa, foi desativado em 1973 devido à diminuição dos caudais das nascentes. Mandado construir por D. João V no século XVIII, ergue-se sobre o vale de Alcântara, localização que lhe permitiu sobreviver ao terramoto de 1755.
Após cinco décadas a seco, o aqueduto voltará a ter água já a partir de 2023, anunciou a Empresa Portuguesa de Águas Livres (EPAL) na sexta-feira, 25 de novembro. O circuito vai voltar a ser ativado graças ao reaproveitamento de águas, que serão posteriormente utilizadas para regar jardins na Amadora e em Lisboa.
A partir do próximo ano, também será possível fazer todo o percurso do monumento nacional, do Aqueduto geral até à Mãe d’Água das Amoreiras, além da já conhecida travessia do Vale de Alcântara. À galeria subterrânea Loreto, que já está aberta ao público, deverão juntar-se as restantes quatro galerias que fazem parte do sistema.
As novidades não ficam por aqui: a empresa também irá instalar 200 bebedouros pela cidade. Os primeiros 50 já estão instalados, sendo que os restantes deverão estar prontos até ao final do primeiro semestre de 2023.
O lago do Jardim do Príncipe Real, que foi “concebido e organizado à volta de um grande lago octogonal com repuxo”, também será reabilitado. Segundo a EPAL, o lago funcionará em circuito fechado de água para uma maior poupança de água.
Outros dos projetos da EPAL que prometem revolucionar a vida em Lisboa são a reabilitação do Reservatório da Penha de França, a instalação de painéis fotovoltaicos em recintos da empresa em Lisboa, a construção de um novo edifício na Rua José Gomes Ferreira, em Campos de Ourique, com habitação e escritórios, e reabilitar o edifício do Páteo do Tronco, na Avenida da Liberdade, para criar dois tipos de unidades de alojamento que possam ser utilizadas por estudantes.
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