Rever clássicos. Amo a escrita de William Golding . Deão Jocelin tem uma visão: Deus escolheu-o para erigir um magnífico pináculo na sua catedral. O pedreiro encarregado da obra desaconselha-o fortemente, pois a velha catedral foi construída sem fundações e é um milagre que se mantenha de pé. Mesmo assim, o pináculo ergue-se, octógono sobre octógono, cume sobre cume, até os pilares começarem a estremecer e a afundar-se no solo.
A sua altura lança uma sombra cada vez mais escura sobre o chão e, em particular, sobre o Deão Jocelin. Mas este, que acredita ser um mero instrumento nas mãos de Deus, abençoado por uma visão do Criador, insiste em elevar mais e mais alto o pináculo. Todavia, as consequências da concretização do seu objectivo revelam-se trágicas para aqueles que o rodeiam.
Ambientado na Inglaterra medieval, e inspirado na história da catedral de Salisbury, O Pináculo é um romance sobre a realização criativa, que dá vida ao impossível, mas também sobre o custo financeiro, físico e espiritual da loucura de um homem. Ao espelhar na narrativa a progressão dessa loucura, William Golding alcança algo extraordinário. A aparente simplicidade de um livro complexo é o testemunho da sua habilidade literária.
Este não conheço... deixou-me curioso, Salisburo a terra de Charles Dickens que também falava da torre da sua catedral no seu último livro que não chegou a concluir
ResponderEliminarOs seus romances são fábulas sobre o mal, e sondam o abismo entre o mundo da ciência/razão e o mundo da verdade espiritual. Apresenta uma visão "verde" da natureza, como um ecossistema renovável, sob a ameaça sempre presente do homem. Um dos autores meus favoritos. Foi um autor prolífuquo, multifacetado e um excelente psicógo- conhece toas as patologias e explora-as com mestria e um respeito pelos pacientes ou portadores de deficiência fora de série. Pena não ter muitas obras traduzidas.
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