Fonte: Fios de Gaia |
Em 1975, por iniciativa da ONU e da UNESCO realiza-se, em Belgrado, um seminário internacional sobre educação ambiental no qual foi aprovada a Carta de Belgrado, um documento muito importante que ainda hoje devia ser alvo de reflexão.
Contou com especialistas de 65 países e representa um marco conceptual no tratamento das questões ambientais até hoje. O documento inicia ponderando que todo crescimento e progresso tecnológico alcançados, ainda que tenham beneficiado muitas pessoas, também provocaram graves consequências socioambientais. Que este cenário, gerado principalmente por um número pequeno de países, afeta toda a humanidade.
Entende como essencial a reconstrução dos processos e sistemas de educação, tendo em vista a formulação desta nova ética de desenvolvimento e da ordem económica mundial.
"Governos e formuladores de políticas podem ordenar mudanças e novas abordagens para o desenvolvimento, podem começar a melhorar as condições de convívio do mundo, mas tudo isso não passa de soluções de curto prazo, a menos que a juventude mundial receba um novo tipo de educação. Esta implicará um novo e produtivo relacionamento entre estudantes e professores, entre escolas e comunidades, e entre o sistema educacional e a sociedade em geral."
Atende ainda à Recomendação nº 96 da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano (Conferência de Estocolmo). Realizada em 1972, esta Conferência suscitou um maior desenvolvimento da Educação Ambiental, considerada essencial para a superação da crise ambiental mundial.
Neste contexto, a Carta de Belgrado corresponde ao início da implantação do Programa Internacional de Educação Ambiental – PIEA, propondo uma estrutura global para a educação ambiental. Referido programa teve sua primeira fase concluída posteriormente no âmbito da Conferência Intergovernamental de Educação Ambiental, ocorrida em Tbilisi, Geórgia, em 1977.
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