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sábado, 9 de fevereiro de 2013

Eu penso renovar o Homem usando borboletas

Quando era criança tinha uma figueira num quintal muito próximo de casa. Confesso que não era lá grande e rápido escalador, mas só a vontade e persistência de chegar ao cimo dela era ENORME! Percebe-se porquê na postagem do BioTerra de hoje! Sempre que regresso a uma figueira, permaneço no chão, aprecio seu volume, seus ramos e cheiros. Descobri há uns anos uma figueira a crescer nas paredes do castelo de Monsaraz. Os cimos das árvores são poemas vivos, lições de vida e de Vida!

A maior riqueza do homem
é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como
sou - eu não aceito.
Não agüento ser apenas um
sujeito que abre
portas, que puxa válvulas,
que olha o relógio, que
compra pão às 6 horas da tarde,
que vai lá fora,
que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem
usando borboletas.
Manoel de Barros

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