Nos momentos mais frustrantes, em que estás triste e quase desanimada(o), incompreendida(o), destroçada(o), irada(o)...não te desgastes. Concerteza terás feito o melhor que estava ao teu alcance e forças...abraça quem mais amas, afaga um gato, escuta uma música que querias há muito tempo ouvir. Procura e maravilha-te sempre: uma luz, um quadro, uma árvore, uma pessoa,...
Abre sempre as tuas mãos, o teu coração e a tua mente. Vã é a glória e a matéria. A Natureza recicla. Sê natural. Perdição é ter a certeza de tudo, é o muro e o egoísmo. A Natureza cria e transforma. Sê natural, sempre.
COBARDIA
Na eternidade desse instante,
Mais alto do que todos os instantes
E mais profundo que a dor,
Eu tive a morte na mão.
Nesse instante de loucura, chorei!
Chorei perdidamente
E quase que abri a mão.
Ah! Como eu fui cobarde nesse instante!
Cingi nas minhas mãos a liberdade
E não tive coragem
De abrir a mão.
MATURIDADE
Abrindo ao vento as asas da alegria
Eu vou partir,
Sem espaço nem limite,
Tendo cravos de sangue na minha alma
E um gosto a Sol gravado em minha boca.
Os meus braços hão-de colher
Quantas rosas abrirem no caminho,
E a suprema alegria de viver
Há-de vibrar no coração das rolas,
No aconchego dos ninhos
E na chama das papoilas.
O meu olhar há-de ir além do mar
Atingindo a volúpia do infinito,
E o meu pranto de poeta irá salgar
A tristeza cantada pelas fontes,
Na amargura sombria do seu grito
( poemas de José Ary dos Santos, tendo o autor 15 anos e publicados no livro Asas , 1952 )
Porto, 30 de Janeiro de 2004 Teu professor,
Grandes verdades, João!
ResponderEliminarOfereci um "prémio Dardos" ao BioTerra, pelo óptimo trabalho.
Podes ver na barra lateral do meu blog.
Beijinhos,
Ema