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quinta-feira, 29 de setembro de 2005

A relação entre conflitos armados e o controlo de recursos naturais

A PAZ. Eis um grande tema e que vejo que está a crescer o debate aqui no Bioterra. Ainda bem. Pois sempre houve conflitos mas esquecemos muitos deles também se prendem com questões ambientais ou de posse de recursos naturais.
Não podemos ficar quietos e entregarmo-nos novamente a sentimentos de alienação e que tipos sem escrúpulos queiram governar as nossas vidas, se acharmos que o que estão a fazer a outros povos, nações e à Natureza não são exemplo de ética, paz e harmonia.
Como comprova este excelente resumo e retrato dessa relação entre conflitos armados e o controlo de recursos naturais, o meu amigo Nuno Quental, recolheu neste seu trabalho, uma série de números assustadores desse ciclo extremamente destrutivo. Nas suas palavras conclui que este ciclo se autoalimenta e é caracterizado pela venda desses recursos em troca de armas, que por sua vez são usadas no controlo de territórios ainda mais vastos e aterrorizar as populações locais.Deste processo resultam violações sistemáticas aos direitos humanos e uma destruição ambiental ruinosa.
Podem descarregá-lo aqui (39 Kb).

Para esclarecer melhor o que está em questão reproduzo aqui a introdução do artigo:

Entre 1900 e 1995, o mundo viu sucumbir 109,7 milhões de pessoas, grande parte das quais civis, enquanto no período decorrido entre 1990 e 2000 eclodiram 118 conflitos armados responsáveis pela morte de aproximadamente 6 milhões de vidas (Brown et al, 1999).
Para além de eliminar vidas, a guerra também destrói culturas agrícolas, florestas, sistemas hídricos e vários outros recursos naturais. Durante a Guerra do Golfo, por exemplo, foram derramados no Golfo Pérsico e no Mar Arábico entre 6 e 8 milhões de barris de crude que provocaram a morte de 15 000 a 30 000 aves marítimas e contaminaram florestas de mangais e bancos de coral. Décadas passadas sobre a Guerra do Vietname, ainda são visíveis os estragos provocados pela desfoliação de 325 000 hectares de floresta que a utilização de Agente Laranja acarretou (World Resources Institute, 2003).
A guerra também destrói ou enfraquece as instituições que estão na base dos processos de decisão, facilitando o aparecimento de grupos rebeldes e autoritários e da corrupção. A maior parte das guerras actuais desenvolve-se dentro das fronteiras nacionais e não entre as nações, mas os seus efeitos estendem-se, por norma, aos países vizinhos. Entre a variedade de motivações para a guerra encontra-se a competição por recursos naturais valiosos, quer existam em abundância ou sejam raros. Quando são abundantes, os recursos em causa são normalmente não-renováveis; quando a competição é por recursos escassos, estes por regra não são comercializáveis nem pilháveis (caso da água e de solos agrícolas).

O APELO À PAZ E AMPLIAÇÃO DA SUA MENSAGEM É VITAL NESTE SÉC.XXI!!

No entender de muitos autores especialistas e pessoas de bem a grande força que poderá efectiva e duradouramente combater o tráfico de armas e a associada pilhagem e comercialização de recursos naturais é uma sociedade empenhada, consciente, movida por valores éticos e exigente no seu respeito.

VARIA LITERATURA ( também referida no artigo)


BROWN, L.; FLAVIN, C.; FRENCH, H. (1999). State of the World 1999. Worldwatch
Institute, New York.
KALDOR, M. (1999). New and Old Wars: Organized Violence in a Global Era. Stanford
University Press, Stanford.
LE BILLON, P. (2001). The Political Ecology of War: Natural Resources and Armed
Conflicts. Political Geography, no. 20, pp. 561-584.
RENNER, M. (1997). Small Arms, Big Impact: the Next Challenge of Disarmament.
Worldwatch Paper 137. Worldwatch Institute, Washington.
RENNER, M. (2002). The Anatomy of Resource Wars. Worldwatch Paper 162.
Worldwatch Institute, Washington.
ROSS, M. (2001). Extractive Sectors and the Poor. Oxfam America, pp. 7-9.
SACHS, D. e WARNER, A. (1995). Natural Resource Abundance and Economic Growth.
Development Discussion Paper no. 517a. Harvard Institute for International Development,
Cambridge, Massachusetts.
WORLD RESOURCES INSTITUTE (2003). World Resources 2002-2004. World Resources
Institute, Washington.

AJUDEM A DIVULGAR
COM ESSE GESTO TAMBÉM ESTÃO A CONTRIBUIR PARA A REFLEXÃO E INTERIORIZAÇÃO MAIS EFICAZ DO VALOR DA PAZ E DA ECOSSOLIDARIEDADE
TODOS SOMOS POUCOS

COP5 – Bonn, Alemanha (outubro/novembro de 1999)


Na quinta Conferência das Partes foram decididas questões relativas à implementação do Plano de Ação de Buenos Aires, sendo que as Partes deveriam intensificar o trabalho preparatório necessário para que fossem tomadas decisões com relação ao Plano na COP6. Foram também abordados aspectos relativos à questão do Uso da Terra, Mudança de Uso da Terra e Florestas – LULUCF 14 , capacitação dos países em desenvolvimento – países não-Anexo I e atividades implementadas conjuntamente em fase piloto.

Saiba mais sobre a COP5

COP4 – Buenos Aires, Argentina (novembro de 1998)


A quarta Sessão da Conferência das Partes serviu para aumentar os esforços de implementação da Convenção e se preparar para a entrada em vigor do Protocolo de Quioto. Com essa perspectiva, foi elaborado o pacote de metas que ficou conhecido como o Plano de ação de Buenos Aires.

O referido Plano de Trabalho determinou uma data-limite, o ano de 2000 (COP6), para que fossem colocadas em prática as principais regras e questões técnicas e políticas, bem como os impasses respectivos à implantação do Protocolo de Quioto. Esse programa possibilitaria ao Brasil obter financiamento externo visando o desenvolvi
mento de projetos no âmbito do MDL. Foi ratificada a necessidade de se considerar as atuais emissões de poluentes e introduzido o conceito de responsabilidade histórica das emissões.

O Plano de Ação de Buenos Aires tratou separadamente dos seguintes temas: i) Mecanismos de financiamento; ii) Desenvolvimento e transferência de tecnologias; iii) Implementação dos artigos 4.8 e 4.9 da Convenção; iv) Atividades implementadas conjuntamente em fase piloto; v) Programa de trabalho dos mecanismos do Protocolo de Quioto; vi) Preparação para a primeira Conferência das Partes servindo ao Protocolo de Quioto, incluindo o desenvolvimento dos elementos do Protocolo relacionados à complacência e políticas e medidas, voltados à mitigação da mudança climática.

Saiba mais sobre a COP4

terça-feira, 27 de setembro de 2005

Em várias línguas: PAZ



Ontem, 26 de Setembro, foi o Dia Europeu das Línguas, bem lembrado pela minha amiga Paciência .

Sugiro que aprendamos e saibamos a dizer a PAZ em várias línguas. E porquê?

Por coincidência ou não, fiquei encantado e pessoalmente maravilhado por receber esta carta, a propósito da minha mensagem O MUNDO NÃO É SÓ TEU. Trata-se de uma pessoa que admiro muito e quero dar-vos a conhecê-la. E depois coloca sempre nas suas mensagens um rodapé com a doce palavra Paz em várias línguas. Reproduzo na íntegra o seu mail.

Estimado JOÃO SOARES:

Permitame felicitarlo por el mensaje del film que nos envias- Sobre este tema ,el mundo entero; es decir todos y cada uno de nosotros deberiamos poner nuestro granito de arena para ayudar a erradicar ese problema llamado Pobreza y Miseria en el Mundo, problema que es una verguenza de la HUMANIDAD .

Me uno de corazon en solidaridad con vosotros y vuestro mensaje, ofreciendo mi humilde colaboracion en lo que fuere posible .

Saludos de este mensajero de paz y de amor

Ghers Zonensain

Noah's Ark-International Peace project for the improvement of the Friendship, Harmony and Cooperation between all the countries of the world.

PEACE- PAZ- PACO- PACE- PAIX- SHALOM- SALAAM- SHANTY- SELAM VREDE- PAKE - HETEP- RAHU - ASHTE - IRINI - HEIWA - SULH - MIR
PHYONGH'WA - EMIREMBE - PACI - FRED - SULA - POKOJ - PASCH - MIERS- UKUTHULA

all over the entire world.

segunda-feira, 26 de setembro de 2005

Música do BioTerra: David Bowie- Moonage daydream

David Bowie- Moonage daydream

I'm an alligator, I'm a mama-papa comin' for you
I'm the space invader, I'll be a rock 'n' rollin' bitch for you
Keep your mouth shut, you're squawking like a pink monkey bird

domingo, 25 de setembro de 2005

Os autarcas deviam vir com manual de instruções

Há um livro que agora vai na 4ª Edição, revista e aumentada, da autoria do advogado Dr. Victor M. Mendes que se chama precisamente Guia do Candiadato a Autarca.Trata-se de facto de um livro que reúne a legislação eleitoral das autarquias, seguindo-se a legislação autárquica, aquela que engloba os diplomas regulamentadores da gestão dos órgãos autárquicos. A obra dispõe ainda de um formulário prático, com diversos modelos úteis, especialmente para os iniciados nas lides autárquicas.
Compreender a acção da maioria dos nossos autarcas (há excepções, muito raras) é que se torna complicado, senão vejamos:
- Percebemos logo facilmente os seus propósitos quando perto das eleições há muitas obras e inaugurações e nas campanhas há distribuição de chouriços e electrodomésticos, visitas relâmpago a hospitais, escolas, jantares e viagens e mais uma com os idosos....
- Muito difícil de os perceber e interiorizar as suas estratégias para a região onde exerce o poder local, sobretudo quando há tantos mecanismos legais apelando à mobilização e participação cívica dos cidadãos nas suas decisões e que os nossos autarcas são abusivamente autistas: é a errância da política construtiva, é a complexa e pouco eficaz rede de empresas municipais, é a ausência de verdadeiras estruturas de apoio à mobilidade e à qualidade de vida dos seus munícipes,são os arboricídios constantes nas nossas vilas e aldeias, é a falta de saneamento básico ainda em muitas terras do nosso País, é o abandono de várias Associações Recreativas que polulam nas nossas freguesias, esvaziadas de programas mais aliciantes do que a conversa do café e algumas partidas de futebol em pequenos campos pelados improvisados, é querer esconder os drogados e os mendigos, é querer não saber de sítios REN e RAN ou geológicamente interessantes, etc,etc...

Com tantas alternativas e tecnologias mais sustentáveis ao dispor de todos nós, seriam os autarcas os primeiros a dar exemplo e deviam vir com manual de instruções:
- saberiam de cor e salteado as regras dos 4 R; saberiam de cor e salteado todo o Direito Ambiental; saberiam ainda todos os princípios da Carta da Terra, da Carta de Atenas, da Agenda 21,Pegada Ecológica e das Cidades Sustentáveis; conheceriam também a relevância da Reforma Fiscal Verde.
-estariam interessados em resolver a habitação social, o emprego e a pobreza;
- estariam realmente apostados na solução da mobilidade, promovendo o transporte público e com tecnologias mais limpas, com preços mais justos para todos;
-resolveriam os problemas do transporte escolar em muitos Agrupamentos do País
-diminuíria a dependência de água potável, através de maior recurso à reciclagem e poupança da água;
- dariam uma maior dinamização e vivacidade das Associações Recreativas, tornando-as pólos de promoção de eventos culturais e/ou recrutamento de voluntários, interagindo com Escolas, Estabelecimentos Prisionais, Serviços de Saúde e Lares de Idosos;
-seriam mais ecoconscientes no geral.

Porque continuamos a votar em autarcas com as costas voltadas para um futuro sustentável???

quinta-feira, 22 de setembro de 2005

Transporte Activo

Hoje vai ser lembrado o Dia Sem Carros.
Várias Associações estão mais unidas no sentido de alertar para os benefícios de abandonar o automóvel.
Conhece-se melhor as cidades, as gentes e os costumes andando a pé. Com o pé usamos expressões e ditos muito engraçadas (leiam o poema POESIA DO PÉ no final).

Fui contactado por José Lobo que pertence à Associação TRANSPORTE ATIVO, que é uma Organização da Sociedade Civil, voltada para qualidade de vida através da utilização dos Meios de Transporte Terrestre à Propulsão Humana nos Sistemas de Trânsito.

Mais uma boa iniciativa de cidadãos que pretendem defender, divulgar, promover em âmbito local, nacional e internacional, os Meios de Transporte Terrestre à Propulsão Humana como opção de transporte, turismo, trabalho, lazer, saúde e esporte; conscientizar sobre seu uso correto e seguro; desenvolver, promover, apoiar projetos e campanhas educativas, culturais e sociais, sempre visando a utilização de formas mais amigáveis e não poluentes de transporte, proporcionando assim cidades mais humanas.
No seu site há um folheto muito bem documentado e que está disponível para divulgação.

Blogues que abordam frequentemente o tema Transportes Alternativos (além do BioTerra, em posts mais antigos)

POESIA DO PÉ
por Alexandre Pelegi

Quem dá no pé quer fugir.
Ao pé da letra é resposta pronta, sem vacilação.
Quem aperta o pé só quer andar mais rápido.
Meter os pés é pagar favor com ingratidão…

Quem fala ao pé do ouvido quer conversa “em segredo”.
Quem bate o pé é teimoso.
Quem bota o pé no mundo quer degredo.
Quem cai de pé é tinhoso…

Quem fica com o pé atrás é desconfiado.
Em pé de igualdade, de igual pra igual.
Se entra com o pé direito, quer ter sorte.

Se entra com o pé esquerdo, é azarado…
Quem lambe os pés, adula e bajula.
Se trata na sola dos pés, é grosseiro.
Quem não chega aos meus pés não tem importância,
É pé-de-chinelo, zé-ninguém sem dinheiro.

Se o negócio está de pé, é porque o acerto é mantido.
Se procuras um pé, buscas pretexto ou motivo.
Quem é pé-de-chumbo não progride na vida;
Mas se é pé-de-bode é trabalhador e prestativo.

Quem chega pé ante pé, vem com vagar, de mansinho;
Mas se é pé-de-guerra, cuidado que de lá vem chumbo!
Se vem pé-d’água, espere toró e aguaceiro.
Se é pé-de-vento é redemunho…

Pé-de-gancho ou Pé cascudo é o diabo!
Quem mete o pé no estribo encaminha a viagem;
Já pé-quente é o motorista ligeiro
Que mete o pé na tábua quando some na paisagem.

Se digo pé-de-página falo de rodapé de livro.
Já pé-de-moleque é doce de rapadura.
Para o pedreiro coluna de casa é pé-direito.
E pé-duro é caipira da roça, sem cultura…

Pé na cova é o doente nas últimas.
Azarado e sem sorte chamam de pé-frio.
Quem se arruína mete o pé no atoleiro.
Acaba pé-rapado, sem dinheiro nem brio.

Quem pisa no pé quer provocação;
Mas quem tem tirocínio tem sempre os pés-no-chão…

domingo, 18 de setembro de 2005

O Último Barril, por Aurélio Porto



Quando a armada persa foi desfeita em Salamina,
aqui diante de meus olhos pairando na neblina levíssima
toda atravessada de luz,
os vencedores, sentindo-se em casa, vieram às águas de Éguina
de onde a vejo,
tranquilamente partilhar os despojos.
Hoje, os que vão longe fora de casa ocupar,
dominar e vencer
não ousam porém confessar que são os despojos de guerra
o que os move.
Belos pretextos, generosas intenções proclamam.
Mentira maior dos tiranos de mãos nuas que apenas tiranizar
procuram, sob o véu diáfano da pretensa liberdade.
Cruéis, a tudo decididos, nem por um momento hesitame as mais ridículas mentiras propagam.
Eles sabem que os ingénuos,
e são a imensa multidão,
apenas tarde descobrirão a falsificação sem disfarce.

E então o solo estará já nas suas mãos,
os despojos bem seguros,
os dividendos, as encomendas, os fluxos do negro óleo garantidos.
E as legiões ficarão, quanto tempo eles quiserem,
até que as contas se fechem em excesso,
o povo exótico tenha sido domesticado,
quiçá anestesiado,
e alguns prófugos regressados tenham fingido legitimar
a desapiedada conquista.
Os antigos pilhavam e repartiam
e outra coisa não diziam que faziam.
Progresso enorme hoje o da perversidade, porém ambíguo
porque o comum dos mortais não dispensa um pretexto
para a expoliação. E tomando à letra o pretexto,
eis que o ingénuo e volátil cidadão exige contas.
E os expoliadores habilidosos mas apressados,
já os enreda a própria perversidade.
Crentes da impunidade,
assegurando-a com as prodigiosas armas guiadas
pela informatizada rede, a mais infame,
eis que mais depressa do que supunham são despidos na praça.
O imperador vai nu,
mas ainda impera. Na universal cobardia se protege,
sabe que o hipotético sucessor contemporizará,
e tão só se dará ao trabalho de envernizar o império,
depois de feito o trabalho sujo. De mãos limpas,
e belos pretextos, perpetuará a presença das legiões
décadas a fio, até que o último barril seja vendido
ao preço do último diamante.
Imenso retrocesso do progresso,
hipocrisia imensa de uma época!

quarta-feira, 14 de setembro de 2005

Salvem O Nosso Céu

Dia 16 de Setembro - Dia Mundial para a Protecção da Camada do Ozono

Urge alertar consciências para os problemas que põem em causa o equilíbrio do nosso planeta.Desta forma, CITIDEP, GAIA e YEE vão lançar uma campanha sobre a Camada do Ozono (COZ) no dia 16 de Setembro, Dia Mundial para a Protecção da Camada do Ozono, junto de escolas básicas e secundárias. Esta campanha será dirigida essencialmente aos mais jovens em virtude destes representarem as gerações em que é possível promover a reflexão e posterior alteração de atitudes e comportamentos de uma forma mais eficaz e rápida.As escolas Secundária Pedro Nunes e Jerónimo Emiliano de Andrade, serão alvo da campanha e irão receber posters, flyers e t-shirts. Se queres colaborar vai à Página YEE Youth and Environment Europe Project no fundo dessa página está o material da campanha em português. Podes imprimir o póster e afixar onde achares melhor, assim como imprimir o panfleto e divulgar junto da família, trabalho, amigos, etc.
Fica bem e até à próxima!

Obrigado Pedro Almeida ( mais dúvidas por favor mailto:
pedroccta@yahoo.com ).

Mais informações

Gaia- Serviço Educação Ambiental

YEE - Youth and Environment EuropeProject Officcer email: yee@ecn.cz

Centro de Investigação de Tecnologias de Informação para uma Democracia Participativa


Para ler com muita atenção e de divulgação livre

Cidades para Bicicletas,Cidades para o Futuro (pdf do grupo muito dinâmico da Bicicletada)

Relatório Cidades Europeias Sustentáveis ( Importante alerta - já de 1996!! - e documento estruturante essencial para perceber o que ainda se pode fazer nas nossas cidades, estas medidas essas sim são genuínas requalificações e não ao que temos assistido ao longo dos Programas Polis e também disponível aqui em pdf)

Por uma Vida Mais Verde (texto e fotos do evento de Verão publicadas no blogue do Grupo Gaia - Porto)

terça-feira, 13 de setembro de 2005

A lenda dos índios caiapós sobre as estrelas

NASA publica a maior foto do mundo.Uma imagem da Galáxia de Andrómeda; a galáxia mais próxima da Terra
Antigamente os índios viviam no céu e nenhum deles conhecia a Terra. Um dia alguém descobriu um buraco que se abria sobre a Amazónia. Tinham descoberto o Paraíso. Os índios olharam incrédulos e, sem hesitar, decidiram dar maior segurança ao seu futuro. Construíram assim uma corda e começaram a descer. Mas quando quase todos os guerreiros tinham descido no planeta, um menino traquinas cortou a corda e mais ninguém conseguiu descer à Terra. Assim, no céu ficaram alguns índios e as suas fogueiras ainda se notam de noite: são as estrelas. ( in Gonçalo Cadilhe,Planisfério Pessoal, 2005).

Esta obra de arte foi capturada com a ajuda do telescópio espacial Hubble e gravada no vídeo abaixo. Como eles fizeram isso? 411 fotos foram tiradas e montadas uma ao lado da outra, para criar a maior fotografia já tirada no mundo. O resultado? Um arquivo de 1,5 mil milhões de pixels que ocupa cerca de 4,3 GB de espaço em disco.


Isso nos faz pensar no quão insignificante nós somos…Por isso tudo,


Não se esqueçam:
Somos pó das estrelas e pó nos tornaremos.
Olhemos as estrelas portanto....
No seu silêncio está a voz maior:
a harmonia galáctica.
João Soares

segunda-feira, 12 de setembro de 2005

Imagem da semana- vencedora do Prémio de Fotografia em Astronomia, do Royal Observatory, Greenwich



Uma das árvores mais antigas do mundo tendo como fundo um dos braços da Via Láctea. Notícia e as outras fotografias premiadas aqui


Por falar em Árvores, sabiam que existe a Associação Árvores de Portugal e também está no facebook? Vamos fazer crescer o seu número de fãs!!

domingo, 11 de setembro de 2005

Teledisco da noite- paz


 Obg, André Freitas

Muito mais profundo que o vídeo MIA original, esta adaptação juvenil é deveras criativo e o apelo que fazem no Youtube a algumas ONG promotoras da Paz, é uma mais valia. Atento às novas sonoridades (rap, hip-hop, etc) não as rejeito completamente, e abraço-as sempre que traz um sentido, uma linha de pensamento e melodia. A ouvir e (re)ler a letra activista. 

World Town
Paz é possível! Não mais 11 de Setembro, não mais blocos, não mais guerra-fria, não mais vietnam, não mais afeganistão, não mais iraque, não mais darfur, não mais ruanda, não mais nato. Não mais!

Compilação de conflitos armados e impactes ambientais até 2007

Hands up
Guns out
Represent the world town

Sick of all the shit that's keeping me down
Dead from the waist down
It's easy staying down
I never thought about it twice
But you do pay the price
It aint your weekly cash that feeds my mum the rice

Yo don't be calling me desperate
When I'm knocking on the door
Every wall you build I'll knock it down to the floor
See me see me bubbling quietly
See me see me acting like you ain't met me

Hands up
Guns out
Represent the world town

Look at what you did, you done it before
Every little dollar just keeps me down more
I never had you on my side bubbling on my side
Why they tell me different
When they make me explodified

Yo dont be calling me desperate
When i'm knocking on the door
Every wall you build i'll knock it down to the floor
See me see me bubbling quietly
See me see me acting like you ain't met me

sexta-feira, 9 de setembro de 2005

A Cimeira do Milénio e os objectivos do Desenvolvimento do Milénio

Cimeira do Milénio
A Cimeira do Milénio realizou-se na Assembleia Geral das Nações Unidas, em 2000, num momento crucial de grandes transformações mundiais, fruto, em grande parte, do crescente movimento de globalização, com todas as consequências que lhe são inerentes e que afectam de forma diferenciada os países.
Esta Cimeira realçou o objectivo de reduzir o número de pessoas a viver com menos de 1 USD por dia, até 2015, apresentando metas específicas a atingir para prosseguir este importante objectivo global.


Os oito grandes Objectivos de Desenvolvimento do Milénio são, assim:

- A erradicação da pobreza extrema e da fome
- A educação primária universal
- A promoção da igualdade entre sexos e reforço do papel da mulher
- A redução da mortalidade infantil
- A melhoria da saúde materna
- O combate ao HIV/SIDA, malária e outras doenças
- Assegurar a sustentabilidade ambiental
- Desenvolver uma parceria global para o desenvolvimento.


Estes objectivos têm vindo a figurar, desde então, como um aspecto central dos trabalhos desenvolvidos pelas Organizações e Conferências Internacionais, e progressivamente incorporados nos programas dos principais doadores.(Fonte: IPAD )


Há um pequeno livro do IEE, em formato PDF, que o pode descarregar aqui.

Agradeço maior divulgação.

As pessoas vêem as coisas como são e perguntam: por quê?

Eu sonho com as coisas que nunca existiram e pergunto: por que não?

Bernard Shaw

quinta-feira, 8 de setembro de 2005

Música do BioTerra : Killing Joke - Sanity


O comissário europeu alemão Gunther Oettinger defendeu que os países endividados devem pôr a bandeira a meia haste. Saude Mental, o tema do séc. XXI...claramente!

quarta-feira, 7 de setembro de 2005

Serenidade



A floresta tem tudo: o buriti é de mil utilidades, as ervas medicinais, o sal extraído do aguapé, as canoas feitas de tronco, as flechas, o urucum, o pequi e todos os frutos. [fonte: Memórias de Lula Araújo]
"Velho burocrata, meu camarada aqui presente, nunca houve quem te ajudasse a evadir-te, e a culpa não é tua. Edificaste a tua paz, à força de tapares com cimento, como as térmitas, todas as saídas para a luz. Rebolaste-te na tua segurança burguesa, nas tuas rotinas, nos ritos asfixiantes da tua vida provinciana; ergueste essa humilde muralha contra os ventos, contra as marés, contra as estrelas. Não queres a inquietação dos grandes problemas, e muito te esforçaste por esquecer a tua condição de homem. Não és o habitante de um planeta errante, não te pões questões sem resposta: tu és um pequeno burguês de Toulouse. Ninguém te sacudiu pelos ombros quando era tempo ainda. Agora, a argila de que és formado secou, e endureceu, e ninguém seria capaz, de futuro, de acordar em ti o músico adormecido, ou o poeta, ou o astrónomo, que talvez te habitasse de início." ~ Antoine Saint-Exupéry, Terra dos Homens

Outras leituras
Antoine Saint-Exupéry (wiki PT)
Antoine Saint-Exupéry (wiki FR)

terça-feira, 6 de setembro de 2005

Somos uma só comunidade...ou não?

Comunidade em termos ecológicos é o conjunto de populações que vivem num determinado biótopo (local onde a comunidade vive)durante determinado tempo.
Ecossistema são as interacções dessa comunidade (muito rica em seres vivos) com o meio onde vivem, das relações entre si e da influência do meio sobre os seres vivos que compõem essa comunidade.O maior deles todos é a Terra!!

Esta definição científica é poesia em forma de erva, árvores, ar, mar, nuvem,animais, rochedos, homem,fogo e grutas!!!
Hoje soube através da minha amiga Brígida Brito, editora do blogue Africa de todos os Sonhos que o PNUD lançou o 15º Relatório de Desenvolvimento Humano .

Portugal gasta dez vezes mais em armas do que em ajuda humanitária.
No mundo, são os Estados Unidos o país com a proporção mais elevada: 25 vezes mais em gastos militares do que em gastos humanitários. Para o PNUD, estas proporções "não fazem sentido" num mundo em que "os próprios governos dos países desenvolvidos reconhecem cada vez mais os vínculos entre ameaças à segurança e pobreza mundial.

O Relatório está acessível a todos on-line. É só clicar, para iniciar o download do Relatório (ficheiro pdf com 6,3 MB e 388 pg).
E podem averiguar que é mais do mesmo...e já estamos com 5 anos depois de entrarmos no séc.XXI.

Se há alternativas e propostas para um mundo sustentado, porque teimamos a viver um mundo multipolar, com tantas desigualdades e atentados aos direitos mais básicos da Vida e Humanidade e um mundo de costas viradas para a Natureza?


Vamos aderir com força à Semana Branca - coloquem os cartazes do movimento Pobreza Zero nas escolas, escritórios- passem a mensagem. Por favor divulguem e aumentem a Voz: POBREZA ZERO!!!

segunda-feira, 5 de setembro de 2005

EcoTerra: How Soon Is Now?

Katrina tem outro nome : é o divórcio dos poderosos e de milhões de pessoas em relação à Terra, seus recursos,biodiversidade e paisagens!!!

-porque é que o Homem ao longo da sua História só tem progredido (e muito lentamente)com a Dor?

-porque é que o Homem, depois de 5 000 anos de civilizações, ainda não sabe construir democracia com mais entendimento cultural,com mais humildade, mais solidariedade e agindo mais na prevenção?

Concluindo, não há segredo: vamos(re)agir COM CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA antes que seja tarde demais...
E....Mais Amor na Paz!

LEITURAS por mim recolhidas atavés dos meus amigos PARA REFLEXÃO E (RE)ACÇÃO

O verdadeiro nome do Katrina é o aquecimento global (obrigada, Pimenta Negra)

ONE blog ( obrigada pela referência, Golfinho)

Mudança de Clima em Portugal (o blogue da lista Ambio apresenta um mapa muito esclarecedor!!)

África - não percam a revista da National Geographic de Setembro!!

Um abraço muito grande aos meus amigos
IberoAmericanos da RIACA e Brasileiros do Tudo Sobre Plantas!!

Mais leituras feitas em posts de mais amigos meus sobre CAUSAS que eu apoio e que são IMPORTANTES todos aderirmos PARA A MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA NAS NOSSAS CIDADES/ALDEIAS

Avenida dos Aliados- Memória de um lugar ( mais uma causa que partilho com os meus amigos Dias Com Árvores)

A Floresta em Portugal (um testemunho pungente e crítico de Henrique dos Santos)


E IDEIAS PARA INTERVENÇÃO MAIS ECOCONSCIENTE de todos nós, agora que estamos em campanhas autárquicas e presidenciais:

Mais hortas sociais nas cidades ( excelente intervenção do Ponto Verde)

Ecologia e construção, uma questão urgente (um excelente artigo recolhido quando visitei o blogue Boassas)

E tantas outras perspectivas que eu defendo, todas elas mais de acordo com os ritmos da Ecologia e do respeito pelos seres vivos.



No fundo, precisamos de AMAR mais!

domingo, 4 de setembro de 2005

POBREZA ZERO - Faz ouvir a tua voz !!!

INCONCEBÍVEL
um em cada 6 pessoas no nosso planeta não tem acesso a água potável.
Mudar isso é possível
Faz ouvir a tua voz
POBREZA ZERO

Segunda semana da Banda Branca - 9 a 16 de Setembro 2005


75 países no mundo inteiro vão despertar os seus governantes para a luta contra a pobreza.
6ª feira, 9 de Setembro, a partir das 23h00, vem à concentração junto ao Palácio de S. Bento (residência oficial do Primeiro Ministro) com os nossos despertadores para os pôr a tocar às 0h00 do dia 10! Vamos despertar o Primeiro Ministro para a Luta Contra a Pobreza!

Participa! Mobiliza-te! - Desperta para a luta contra a Pobreza!


MAIS INFORMAÇÕES: Joana Pires: joana.pires@oikos.pt

Via dos meus amigos Terra Viva soube que o Relatório da World Resources Institute, saído há pouco tempo em 31 de Agosto, critica o facto das organizações ambientalistas não lidarem com questões de pobreza e dos grupos de desenvolvimento não considerarem o ambiente- Como disse???


Estes líderes são capazes das maiores mentiras, cometerem e alimentarem as guerras de poder entre povos e manter as populações inebriadas, esgotadas, divididas e "cegas".....


Os "líderes" só conhecem uma única fidelidade:o seu capital investido na bolsa de valores, manter as suas sedes em paraísos fiscais e os seus nomes no mercado bolsista!!!!
The leaders of men,
Born out of your frustration.
The leaders of men,
Just a strange infatuation.
The leaders of men,
Made a promise for a new life.
No saviour for our sakes,
To twist the internees of hate,
Self induced manipulation,
To crush all thoughts of mass salvation
(excerto da canção de Joy Divison)



Vão colocando velas à noite nas vossas varandas para sermos vistos no Espaço. Publiquem mais artigos de opinião.Exponham o vosso testemunho.

No site da Organização Pobreza Zero estão muitas mais sugestões:

sábado, 3 de setembro de 2005

Rosas no Verão em Vilar d´Allen

Esta fotografia foi tirada numa visita que fiz à Quinta de Vilar d´Allen, neste mês de Agosto. Sendo a primeira vez que visitava a Quinta, levava algumas referências do Dias com Árvores e do capítulo 1 do livro À Sombra de Árvores com História acerca da sua beleza, do conjunto arbóreo que está bem preservado e do acervo botânico, muito especialmente da raridade e variedade das suas camélias- mais de 200.

Impressionou-me sobretudo a vontade férrea que a família tem (e bem) em preservar a Quinta, a memória da pessoa de Alfredo Allen- cidadão empenhado no progresso da urbe, de cuja câmara seria vereador, entre 1866 e 1869... e foi um dos principais entusiastas dos jardins do Palácio de Cristal, no Porto ( in crónica de Helder Pacheco) e o seu legado, que é um verdadeiro Templo da Natureza.

Aliás a Quinta foi visitada por 60 membros da Sociedade Espanhola de Camélias e é bem conhecida e está muito bem divulgada por nossos vizinhos galegos.

Há algumas Quintas em Portugal que estão a ser engolidas por auto-estradas, avenidas e centros comerciais.

Foto de João Soares, Agosto de 2005- Rosas de Vilar d´Allen

sexta-feira, 2 de setembro de 2005

Capacidade biológica ou biocapacidade


We’ve Consumed More Than the Earth Can Produce (fonte: National Geographic)
Capacidade biológica, ou biocapacidade, é uma forma de medir a capacidade de uma área para a produção de materiais biológicos necessários para a vida, como a alimentação, e para absorver suas emissões de dióxido de carbono. Déficits e as reservas são determinadas pela medição da capacidade de uma área contra a sua pegada ecológica, a área necessária para apoiar a população de um ecossistema.

quinta-feira, 1 de setembro de 2005

Do FOGO POSTO escrito por Alexandre O´Neill ao fogo imposto?

O BioTerra está muito poético.Tenho tempos em que fico assim, mais mediditativo, mais zangado.Acredito muito na Poesia e os poetas são os meus pássaros: dão-me asas para os meus sonhos; elevam-me o espírito sem gastar um centimo; são como gosto de dizer os jardineiros da alma.
Os poetas descrevem com mais rigor todas as sensações e emoções que vivemos.Despem-nos sem ser preciso retirar máscaras nem a roupagem e por isso muitos os detestam ou viram-lhes as costas. Acontece o mesmo aos trovadores, malabaristas e ecologistas(?).
Os poemas são arvores, o chão, o ar que preciso de respirar por vezes...
Os poetas têm aquela mestria da economia das palavras que nos remetem ao sangue, à rectidão, à coragem, à dor, à flor, à floresta dos sentimentos, ao sexo, ao mundo tangível. Por vezes,há também aquelas palavras que nos tornam melhores, nos bajulam ou então humilham-nos, porque nos fazem rever o mal que fizemos...
Costumo dizer aos meus alunos que os poetas e alguns romancistas são meus amigos e também costumo dizer aos meus alunos que visitar os espaços e tempo em que os poetas viveram ou fazer fé das suas belas palavras nas acções que todos exercem no seu dia a dia são actos de amizade e de respeito e homenagem deles em relação ao poeta.
Há muitos fogos a apagar neste País, além dos incêndios: a incompetência, a falta de civismo, a corrupção, o laxismo, o quebrar de sonhos prometidos, o medo, a inveja....
Gosto de recitar poemas...tenho um extracto do grande poema-combate de Alexandre O´Neill - FOGO POSTO que quero partilhar convosco em termos de conclusão (curiosamente fui ao Google procurar se alguém teria antecipadamente transcrito para a netesfera e não havia referência a nenhuma página com este tão oportuno poema).

Estou no centro do País, rodeado de incêndios.
Os pinheiros em fogo esbraseiam o ar.
Reguei telhado e o quintal porque as velhas são muitas.
A vizinha cega, sem qualquer progresso, vai tocando o seu órgão Tornado 4.
A irmã apanha velhas, mostra-mas na mão,
apagadas ou parecendo quase,
e fala do carteiro- motorizada aqui,
saco acolá,sapato mais além-
que, presuntivo pirómano, a si mesmo se teria apagado nas águas do Tejo


in As Horas Já de Números Vestidas, 1981