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segunda-feira, 25 de julho de 2005

O País num pasto de chamas


Primeiro era apenas a Natureza e alguns ajustes de contas, até mais ou menos os finais dos anos 80 ( alguém me corrija, se estiver errado).

De seguida os fogos postos: primeiro os pirómanos, depois eram os madeireiros, mais recentemente os interesses imobiliários e seus representantes.


Depois outra questão não tão nova mas importante: o povoamento e crescimento urbano que queremos. Isto é, estão os incêndios a chegar às casas ou as casas é que estão a "chegar" aos incêndios?

É um ano de seca grave, mas mesmo assim, devem ser feitos estudos disso.

O que não é novo é que ainda não se faz um apuramento efectivo das responsabilidades e prisão dos que ateiam os fogos.A incompreensão e insensibilidade dos vários governos em fazer uma politica estratégica genuína para a floresta e habitantes de areas florestais.Depois este mundo neoliberal, altamente lesivo para o mundo rural.

Depois a grande quantidade de pequenos proprietários , muitos terrenos que estão devolutos e a desertificação que impede uma gestão florestal mais eficaz e uma mudança urgente dos comportamentos:o laxismo, as intrigas entre vizinhos, o foguetório, as beatas,etc.

Têm-se feito estudos de recuperação das áreas florestais, os meios de combate e prevenção dos fogos existem, mas muitos projectos estão nas gavetas.

Julgo que a solução para a calamidade dos incêndios seria uma visão estratégica do mundo rural,com um ordenamento do território verdadeiramente sentido e respeitado por todos os portugueses e uma promoção mais a fundo das orientações da Agenda 21.

OUTROS DEPOIMENTOS INTERESSANTES:

Acabar com os Incêndios Florestais! ( um texto de forte indignação- via Editorial)

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