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domingo, 23 de janeiro de 2005

Muúsica do Bioterra: A culpa é da vontade e Reflexões

Ouço imensas vezes esta música..."a vontade que vive dentro de mim e que só morre com a idade, com a idade do meu fim": Paz Profunda,  Amor Inteiro, Respeitar a Natureza.


1. Aquecimento global: ponto de não retorno pode chegar mais cedo do que o previsto (estudo divulgado em Londres)

2. Portugal é o país da Europa com maior défice de agendas 21 locais Lusa
Portugal é o país da Europa com maior défice de agendas 21 locais para promoção do desenvolvimento sustentável a nível regional, uma realidade que começa a ser debatida quarta-feira em Sintra. "Somos a lanterna vermelha de toda a Europa no que se refere às agendas 21locais", comentou Aristides Leitão, representante do Conselho Nacional do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, uma das organizações responsáveis pelo Fórum Internacional "Agenda 21 local: Sustentabilidade e Municipalismo", que decorre quarta e quinta-feira em Sintra.Apenas cinco por cento dos municípios portugueses (entre 15 a 20) têm esses instrumentos para que a nível regional se alcance mais progresso sem prejudicar o ambiente - o princípio que preside à criação do conceito de agenda 21 local a nível internacional." Países como a Suécia ou na Dinamarca já têm uma taxa de cem por cento", assinalou Aristides Leitão. Um dos casos de sucesso é o da região espanhola da Catalunha: "As agendas locais vieram dar-lhe um incrível dinamismo e capacidade de acção".No final de Setembro, o ministro do Ambiente, Luís Nobre Guedes, prometeu que110 municípios portugueses teriam dentro de dois anos agendas locais 21."Decidimos fazer um programa ousado, com o objectivo de em 2005 estarem envolvidos 50 municípios e mais outros 50 em 2006", anunciou na altura Nobre Guedes.Este objectivo envolve cerca de um terço dos 308 municípios portugueses. A Associação Nacional de Municípios aplaudiu a proposta, mas lembrou que é necessário financiamento do Governo para a elaboração das agendas 21.Em matéria de agendas 21 locais, o próprio Ministério do Ambiente já reconheceu que Portugal está em incumprimento desde 1992, quando na Cimeira da Terra se definiram estes instrumentos de gestão e participação local. "Como fazer Portugal reagir e conseguir dar exemplos de acções ligadas a este domínio foi um dos objectivos de trazer este Fórum Internacional para Portugal", comentou Marília Bernardes, presidente da Fundação Internacional Cidade Aberta, sedeada nos Estados Unidos. Segundo a responsável, as autoridades portuguesas têm considerado que as agendas 21 locais estão ainda em estado incipiente e chegaram a lamentar-se de pouco conseguirem fazer para promovê-las. O fórum pretende debater "vários caminhos possíveis" para "fortalecer vínculos entre crescimento económico, qualidade ambiental, progresso social e reformas democráticas", segundo os organizadores. O Presidente da República, Jorge Sampaio, o ministro das Cidades, José LuísArnaut, e o presidente da Associação Nacional de Municípios, Fernando Ruas, entre outros, estarão presentes na sessão de abertura do Fórum.

3. Biodiversidade atravessa maior crise desde a extinção dos dinossaurios Lusa
O director-geral do Programa das Nações Unidas para o Ambiente, Klaus Toepfer, disse hoje que a Terra atravessa a pior crise "desde a extinção dos dinossauros" e convidou a reflectir sobre o recente tsunami no sudeste asiático. Toepfer falava na Conferência Internacional sobre "Biodiversidade, Ciência e Governabilidade" que até sexta-feira reúne 1200 cientistas e responsáveis políticos de 30 países na sede da UNESCO, em Paris. A conferência tem por objectivo alertar para a degradação acelerada dosambientes naturais e das espécies vegetais e animais na Terra. Toepfer convidou a comunidade internacional a não repetir os "erros humanos" que acentuaram a tragédia do maremoto que a 26 de Dezembro varreu as costas do oceano Índico. "Os primeiros relatórios indicam que as zonas que mantiveram os seus ecossistemas em boa saúde resistiram melhor do que as que os tinham degradados", afirmou, por seu lado, o director executivo da Convenção sobre Biodiversidade Ecológica, Hamdallah Zedan. É chegado "o momento de nos interrogarmos sobre os meios para interromper esta perda de diversidade", disse Toepfer, acrescentando: "Os nossos filhos e os nossos netos vão querer saber por que razão deixámos prosseguir esta perda deseres vivos".Segundo Zedan, "45 por cento das florestas originais já desapareceram, como dez por cento dos co rais, e o restante está gravemente ameaçado". Esta conferência, lançada em Junho de 2003 pelo Presidente francês, Jacques Chirac, na cimeira do G8 em Evian (leste de França), poderá à criação de um grupo governamental de peritos, tal como existe para o clima, para estimular os decisores políticos. A biodiversidade é essencial para a manutenção do equilíbrio dos meios naturais e a sua deterioração pode ter consequências extremamente graves, segundo os cientistas. O predomínio do homem na Terra traduziu-se no desaparecimento acelerado de espécies a um ritmo 100 a mil vezes superior ao natural, referem os peritos. Estima-se que cerca de 16 mil espécies animais estejam actualmente ameaçadas de extinção, ou seja, um em cada quatro mamíferos do planeta, uma em cada oito espécies de aves e um em cada três anfíbios.

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