O número de “tachos e tachinhos” no Governo de Luís Montenegro atingiu um novo máximo no terceiro trimestre de 2024, ao subir 48% face ao final de 2015, para 26,4 mil cargos, o que confirmou uma tendência que disparou durante a governação de António Costa.
De acordo com dados do Instituto Mais Liberdade, nunca houve tantos empregos públicos com vínculo de comissão de serviço, cargo político ou mandato, que abrangem todos os níveis da Administração Pública: central, regional e local. No cargo político estão ainda assessores e pessoal de apoio aos gabinetes do Governo, grupos parlamentares e autarquias.
Entre 2015 e o terceiro trimestre de 2024, há mais 8.508 cargos, sendo que 2.731 dizem respeito à administração central e 5.449 no local. Desde a chegada de Luís Montenegro ao Governo, os números dispararam para 26.358 cargos, sendo que 13 mil são de dirigentes intermédios e mais de quatro mil são representantes do poder legislativo – os restantes são técnicos e dirigentes superiores.
André Pinção Lucas, diretor executivo do Instituto Mais Liberdade, salientou que “devíamos, como sociedade, fazer um escrutínio maior destes cargos e questionar os Governos sobre a desagregação destes números pelo tipo de funções e perceber os motivos destes aumentos”. De acordo com o responsável, “só assim conseguiremos caminhar para um Estado mais eficiente e com menos gorduras”.
“É um hábito muito português na nossa política: quando há um problema, cria-se um grupo de trabalho, uma comissão ou nomeia-se um líder. E envia-se um sinal à sociedade de que alguma coisa está a ser feita”, apontou, destacando que “na maioria dos casos, é um placebo, com pouca eficácia”.
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