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sábado, 7 de dezembro de 2024

Música do BioTerra: Björk - Hyperballad


[Verse 1]
We live on a mountain right at the top
There's a beautiful view from the top of the mountain
Every morning I walk towards the edge
And throw little things off
Like car parts, bottles, and cutlery
Or whatever I find lying around

[Pre-Chorus 1]
It's become a habit
A way to start the day

[Chorus]
I go through all this before you wake up
So I can feel happier to be safe up here with you
I go through all this before you wake up
So I can feel happier to be safe up here with you

[Verse 2]
It's early morning, no one is awake
I'm back at my cliff, still throwing things off
I listen to the sounds they make on their way down
I follow with my eyes till they crash
I imagine what my body would sound like
Slamming against those rocks
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[Pre-Chorus 2]
And when it lands
Will my eyes be closed or open?

[Chorus]
I go through all this before you wake up
So I can feel happier to be safe up here with you
I go through all this before you wake up
So I can feel happier to be safe up here with you
I go through all this before you wake up
So I can feel happier to be safe up here with you

[Post-Chorus]
Safe up here with you



“Quando te apaixonas, nunca sabes se essa será a última vez que te vais apaixonar e isso acaba por se tornar em algo muito precioso para ti. Tornas-te superprotetor. E sempre que te encontras com a pessoa por quem estás apaixonado, mostras apenas o teu lado bom e certificas-te que ela nunca vê o teu lado mau, para que este amor se mantenha. Isto acontecia a todos os meus amigos”.

As palavras são de Björk e descrevem o ponto de partida para Hyperballad, o quarto single do seu segundo álbum em inglês, Post, um dos discos que mais cópias vendeu no seu catálogo e aquele que contém, simultaneamente, o seu mais conhecido tema para o público em geral e aquele que a compositora mais tem ignorado em digressões desde então, a sua versão de It’s Oh So Quiet. Björk é assim. De extremos. Ou era, com os seus 31 anos. E também o é Hyperballad, que celebra este mês 20 anos sobre o seu lançamento.

Aquele que é frequentemente citado por muitos como um dos melhores singles lançados pela islandesa, principalmente se fecharmos o espectro de análise à década de 90, é um hino ao anti-politicamente correto. Hyperballad é explodir quando estamos sozinhos para podermos dar o melhor de nós quando não o estamos. É a plataforma catártica para a libertação de frustrações, angústias e inseguranças. Nem que isso implique subir ao topo de um penhasco e atirar peças de carro, garrafas e talheres, como tão candidamente Björk exemplifica na letra.

Ao longo de quase cinco minutos e meio, o quarto single do disco mais eufórico da cantora descreve um sonho que a islandesa teve, e que serviu, assim, de inspiração para a sua composição. Assim como a própria mensagem do tema, que não é mais do que uma espécie de bola anti-stresse para manter a chama acesa numa longa relação, também a composição instrumental do tema, criado em parceria com o seu habitual colaborador Nellee Hooper, vai evoluindo. A consistente percussão quase hipnotizante e pequenos apontamentos psicadélicos de eletrónica no refrão dão lugar a um final pós-clímax e apaziguador, a cargo dos instrumentos de cordas.



O teledisco de Hyperballad, de resto, esteve a cargo do francês Michel Gondry, um dos principais parceiros audiovisuais de Björk na sua carreira, tendo sido também o responsável pelos vídeos de Jóga, Bachelorette, Army Of Me, Isobel, Declare Independence e Crystalline.

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