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domingo, 6 de outubro de 2024

Dois terços dos suíços disseram “não” à preservação da biodiversidade



O país é dos mais ameaçados pela extinção de espécies, mas mais de 60% dos seus habitantes consideraram que uma proposta de preservação da biodiversidade é “extrema” e “custosa”.

A Suíça, conhecida pela beleza natural, como os lagos cristalinos e os majestosos picos alpinos, está entre os países mais ricos do mundo cuja vida vegetal e animal está sob maior ameaça.

Num referendo recentemente realizado, os ambientalistas procuravam fazer aprovar legislação que garantisse melhor proteção da biodiversidade do país .

No entanto, chamada a pronunciar-se, a população suíça votou contra as medidas de proteção de biodiversidade propostas, que eram apoiada por várias organizações ambientais.

Em causa estavam 400 milhões de francos suíços (cerca de 421 milhões de euros) destinados ao aumento do financiamento público para encorajar agricultores a preservar terras e rios.

As medidas propostas tinham como objetivo que a fauna e a flora locais, imagens de marca do país, se desenvolvam sem interferência humana. Propunha-se ainda a proibição da construção de novas linhas férreas nas áreas protegidas.

Os resultados do referendo refletiram no entanto um descontentamento geral: cerca de dois terços da população (mais de 60%) votaram contra as medidas, apoiadas pela esquerda e pelos verdes.

O partido de direita, que predomina no parlamento, bem como o executivo, manifestaram-se contra a medida, argumentando que já são gastos cerca de 600 milhões de francos suíços (aproximadamente 631 milhões de euros) anualmente na proteção da biodiversidade.

No website da campanha contra a medida, lê-se que esta “limitaria severamente a produção (sustentável) de energia e alimentos, restringiria o uso de florestas e áreas rurais para turismo e tornaria a construção mais cara”. A mensagem é clara: “SIM à biodiversidade, mas NÃO à iniciativa extrema da biodiversidade.”

“Este problema permanecerá, independentemente do resultado da votação”, afirma o Partido Verde da Suíça, em declarações citadas pela Fast Company.

As associações ambientais recordaram também a quarta posição da Suíça no ranking da OCDE para países com as maiores taxas de espécies ameaçadas em todas as oito categorias de vida selvagem.

Em abril, o Tribunal Europeu de Direitos Humanos acusou a Suíça de não estar a fazer o suficiente para conter o impacto das alterações climáticas.

sábado, 5 de outubro de 2024

O Indo que há em nós


Por Nuno Gomes
A Europa moldou o mundo durante os últimos 500 anos, com as invasões em todos os continentes, espalhando a sua "superioridade". Os nazis levaram essa "superioridade" ao extremo e tentaram exterminar aqueles que não encaixavam na sua ideia de raça pura ariana onde nem o próprio Hitler cabia, devendo, portanto, ser mais um para as câmaras de gás, segundo a sua lógica doentia. Hoje em dia, russos e israelitas apregoam essa "superioridade" com bombas e assassínios em massa.
Mas o espantoso é que na verdade a maioria dos europeus, incluindo os arianos, são emigrantes asiáticos, sobretudo das estepes da Ásia Central, que podem ser seguidos até ao vale do Indo, entre a Índia e Paquistão. As primeiras vagas de migração dos africanos modernos na Europa (Cro-Magnons) aconteceram há cerca de 40.000 anos, onde encontraram os Neanderthais e com eles se misturaram. Mas os Africanos ocuparam a Ásia muito mais cedo, chegando à Austrália há cerca de 60-65.000 anos. Os povos asiáticos tiveram, por isso, um desenvolvimento independente dos europeus e enquanto civilizações prosperavam na Índia, China, etc., na Europa vivia-se uma idade da pedra tardia. Basta ver que Göbekli Tepe, na Turquia, tem 12.000 anos e Stonehenge apenas 4.000. O nosso Cromeleque de Almendres é mais antigo que Stonehenge começando a ser construído há 6.000 anos, com modificações durante cerca de 3.000 anos. Mas enquanto os habitantes da Grã-Bretanha construíam Stonehenge os egípcios construíam as primeiras pirâmides. Os chamados povos indo-europeus tiveram origem no Vale do Indo, que migraram para a Europa através das estepes do Uzbequistão e Cazaquistão, Rússia, Ucrânia, etc., pela rota norte do Mar Cáspio e através do Irão, Turquia, Grécia, etc. Entre 4.000 e 5.000 anos atrás, dando origem às civilizações europeias actuais, pouco restando dos cro-magnons originais. Aliás, com a invasão da cultura yamnaya houve um genocídio dos homens, que foram massacrados, mas poupadas as mulheres, havendo uma substituição genética rápida na Península Ibérica há cerca de 4.500 anos.
E o povo ariano, esse tal de Hitler, é tão impuro como os outros e veio também do Indo, de onde veio, aliás, a cruz suástica usada pelos nazis, que por aqueles lados e noutras culturas era símbolo de prosperidade, não de destruição.