No silêncio alto, sob o céu imenso,
Onde o vento dança, leve e intenso,
Eu sou pequeno, frente ao vasto horizonte,
Mas meu espírito cresce, como a luz de um monte.
Abaixo, o mundo se perde em fragmentos,
Rios serpenteiam como longos pensamentos,
E as árvores, verdes, tocam o firmamento,
Enquanto a montanha guarda seu lento alento.
O ar é puro, o tempo é brando,
Aqui, sou parte do todo, me expandindo e voando,
A alma flutua, leve como a brisa,
No cume do mundo, onde o silêncio avisa:
Que há paz na altura, no vazio encontrado,
Que no topo do mundo, não há mais passado,
Só o agora, vasto e eterno,
Onde o espírito toca o céu moderno.
João Soares, 22/09/2024
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