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sábado, 14 de setembro de 2024

Malditas Conyza


Os agricultores detestam as Conyza ... e os botânicos também. São tão variáveis, as correlações de caracteres tão frágeis que a Flora Ibérica arrumou tudo em duas espécies, quando outros autores reconhecem 5 e mais.
A C. canadensis não levanta dúvidas (capítulos glabros, pequeninos). Bem, a C. bonariensis sensu FI é um saco de gatos. A planta em anexo cumpre os critérios de C. bonariensis s.str. (plantas ramificadas desde a base, de crescimento simpodial, folhas estreitas, capítulos granditos, brácteas involucrais tintas de vermelho na extremidade distal estreitando para a base, e papilho branco). Sim, a entidade C. sumatrensis existe – são plantas bem grandes, frequentemente unicaules, de folhas mais largas (na base e no caule), monopodiais (com uma panícula de flores na extremidade), capítulos mais pequenos que os de C. bonariensis, brácteas involucrais verdes, papilho cor de palha, e brácteas mais largas no terço basal. O problema é quando as sumatrenses são cortadas e se ramificam ... ou os papilhos das bonarienses se enchem de pó e ficam amarelados. Enquanto a C. canadensis e a C. bonariensis abundam em ambiente urbano (entulhos, passeios mal-tratados, terrenos de construção, muito cão e muito gato), a C. sumatrensis entra em ambientes menos ruderalizados, em força nos campos de cultura.
E são resistentes ao glifosato. Virtude ou defeito?

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