O Movimento Antinuclear Ibérico (MIA) manifestou a sua satisfação com o anúncio do encerramento da central nuclear espanhola de Almaraz anunciada pela empresa pública espanhola ENRESA, responsável pela gestão de resíduos radioativos.
“De acordo com o programa de operação e desmantelamento de instalações nucleares em Espanha, inserido no VII Plano Geral de Resíduos Radioativos, a data de cessação da exploração das Unidades I e II de Almaraz está fixada para novembro de 2027 e outubro de 2028, respetivamente”, refere, em comunicado enviado à agência Lusa, o MIA.
Em declarações à agência Lusa, José Janela, responsável da Quercus uma das associações que integra o MIA em Portugal , afirma que o anúncio “é um primeiro passo e que o governo de Espanha está a ir no bom caminho”.
“O dia da vitória será quando os dois reatores deixarem de funcionar e é necessário que a central seja desmantelada com toda a segurança”, sintetizou.
O ambientalista salienta ainda que a Quercus e o MIA têm vindo a alertar para o perigo que a central nuclear de Almaraz constitui: “Não deveria ter sido prolongado o prazo de funcionamento e iremos todos continuar atentos a todo o processo”.
O MIA tem lutado há muitos anos pelo encerramento desta central nuclear “que constitui um perigo para Espanha e também para Portugal”.
O movimento espera que seja feito também um plano social para a reconversão profissional dos trabalhadores da central de Almaraz e que possam ser criados empregos verdes e dignos para todos.
A central está implantada numa zona de risco sísmico e apenas a 110 quilómetros em linha reta da fronteira portuguesa.
Os proprietários da central de Almaraz são a Iberdrola (53%), a Endesa (36%) e a Naturgy (11%).
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