Por Carlos Aguiar
Chega a Primavera e com ela motas e veículos todo terreno. Entram num canto da aldeia e atravessam-na a toda a brida, quitados com os símbolos do grupo e forrados de lama. Querem lá saber das crianças, dos velhos, das máquinas agrícolas a cinco à hora, dos gados guiados por pastores e cães ou do direito ao sossego de quem aqui vive. Vale a adrenalina porque os indígenas são empecilhos. Espero um acidente grave um destes dias.
Já vi grupos com dezenas deles, organizados em grupos à margem da lei, no interior do PNM. Muitos deles até são estrangeiros que vêm para aqui fazer o que não podem na terra deles. Em contrapartida, os agentes de animação turística legais têm, e bem, de se inscrever no Turismo de Portugal e possuir autorização do ICNF para orientar pessoas em percursos pedestres.
Enquanto ninguém lhes carrega hei de os receber de forquilha em riste para andarem de mansinho, como fiz na semana passada. A ver se não tomaram juízo.
Meu comentário
E ainda com probabilidade de retirada de subsídio às pessoas da aldeia. Há de uma faísca provocada pelo sobre aquecimento de pneus ou aqueles escapes potentes provocarem um incêndio, para não falar do provocado por lixo depositado. Afirmam que gostam da paisagem e da Natureza mas depois querem conduzir por cima dela na maior velocidade que puderem.
Somente por respeito à lei e ao estado de direito se resiste à vontade de espalhar estrepes nos caminhos…
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