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sábado, 25 de novembro de 2023

Carta aberta aos defensores do eucalipto


Eu já vi eucaliptos a arder. É uma árvore assustadoramente pirófita. O som dele a arder é horripilante, sibilante, as explosões que disparam a madeira em todos os sentidos e os seus frutos até longas distâncias, incendiando novas árvores. É imparavél. O eucaliptal está de tal ordem desorganizado, que infelizmente ocupou a sucessão habitual do carvalhal, pelo menos a Norte e Centro do País. 
Há pequenos resquícios como a MilVoz , da Silveira, do Movimento Gaio, Medronhalva e do Projecto 100.000 Árvores
O eucalipto é claramente uma árvore invasora, infestante e prejudicial à biodiversidade indígena Portuguesa. 
Como já disse, os Franceses é que foram espertos: há mais de 100 anos que não quiseram o eucalipto, mantêm o carvalhal como sucessor clímax e estão e são mais ricos que nós. Os franceses tiveram vários Presidentes da República e confiam na Ciência Florestal do seu País. Não querem eucalipto!! 
Aqui em Portugal também temos uma política de 4 em 4 anos, que altera tudo, porém mantem e subjuga-se ao lóbi das celuloses. 
Hipoteticamente se o eucaliptal nacional não tiver controle humano e deixado em completo abandono, acabará por morrer por si próprio, sem antes passados mais uns 20 anos de incêndios, quiçá mais gente morta (não bastou a tragédia de Pedrógão), mais desertificação e o País sem água para abastecer as bacias hidrográficas. Muito trágico e muito triste. 
Quando a aposta económica, social e ecológica seria o ecossistema do carvalhal.

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